Ilusões



Disclaimer: Harry Potter,e todo "o mundo mágico"
pertencem a JK Rowling. Da minha autoria somente a trama. E alguns personagens.
Essa obra não tem fins lucrativos.Somente entreternimento.



Ploft! Foi o barulho que se repercutiu em todo o recinto.

Um porta-retratos acabara de se espatifar no chão.

O ambiente encontrava-se ao caos, roupas e objetos estavam jogados pelo chão.

Em um canto do quarto, agachada no chão, com o semblante confuso, encontrava-se uma garota.

Que aparentava por volta de 15 anos, o rosto de aparência frágil, tinha os cabelos muito ruivos e lisos, que caiam pelas suas costas, mais que no momento estavam grudados em seu rosto.

O semblante fino da garota estava molhado...

Molhado pelas lágrimas que até aquele momento tinham-se recusado a cair.

Quebrar objetos sem vida, fazê-los chocar-se com a parede e vê-los romper-se, tornara a única alternativa para aliviar o choque que tinha recebido, e aliviar de alguma forma a mágoa, e atordoamento

que instalara em seu peito,desde o momento que presenciou aquela cena.

Virgínia fechou os olhos, na tentativa inútil de afastar as lembranças tão dolorosas de sua mente, com o fio de esperança, que quando os abrisse dar-se-ia conta de que tudo fora ilusão de ótica ou um pesadelo, ou qualquer argumento mais coerente.

Grossas lágrimas desciam pela face pálida e farta de sardas da moça ruiva.

A garota tentava em vão fazê-las parar de cair, com o dorso da mão enxugou-as da face.

Lembranças começaram a passar novamente pelo seu pensamento, como em um filme trouxa,

Eram tão nítidas,tão suficientemente reais que a dor se intensificava,fechou os olhos com força.

“Flash Black”

Há poucas horas tinha combinado um encontro com Harry, seu namorado.

Sim, Harry Potter se tornara seu “perfeito namorado”, há exatamente 06 meses, que sensação inexplicável de contentamento tinha-se apoderado de seu ser, no dia que finalmente o garoto de olhos verdes tinha-se apercebido de sua presença, e como em um passe de mágica, a pedira em namoro, seus irmãos, seus pais, até mesmo Hermione, todos estavam felizes pelo romance, Harry entrara definitivamente para “Família Weasley”.

Nas últimas semanas, tinha-se tornado até rotineiro seus passeios ao anoitecer, na maioria das vezes, era um passeio pelo interior do Castelo, ou pelo jardim, para “namorar” um pouco, e nessa noite em especial, a garota ruiva tinha combinado um encontro, após o toque de recolher as 23:00 no Salão Comunal da Grifinória,mas já fora uma hora de espera,e nada do garoto aparecer .

Resolveu dar uma volta pelos corredores próximos, e de repente se deparou com uma sala entre dois quadros de cavaleiros, que no momento as pessoas no quadro estavam dormindo.

Sua curiosidade sempre fora seu maior mal, e quanto ela daria para não ter essa qualidade (ou defeito neste caso) uns 05 minutos após se aproximar da sala, que curiosamente estava entreaberta.

Estranho, aliás, o que não era estranho naquele castelo?Perguntou-se mentalmente, mas nunca havia reparado em certas passagens ou salas.

Quando se aproximou da porta, percebeu que vinha da abertura uma fraca luz.

E podia jurar que ouviu sussurros e palavras entrecortadas vinda de dentro da sala.

Alguma coisa dentro de si dizia-lhe para recuar, mas ela estava completamente envolvida, e com uma suspeita nada agradável na mente.

Quando a ruiva olhou pela fresta da porta, por um segundo paralisou-se, a cena aos poucos foi se formando em sua frente.

Havia um enorme sofá dentro daquela sala, e deitados no sofá encontrava-se um casal.

Pelo menos é o que pode deduzir, observando o formato dos corpos.

De repente, após seus olhos terem se acostumado com a escuridão do lugar que adentrada, levou suas mãos aos lábios,em um gesto confuso e de extrema surpresa .

-Não, não é possível, não pode ser. Sua voz era praticamente inaudível.

Harry Potter e Melanie Peasegood, uma das garotas que dividia o mesmo dormitório que ela, estavam se beijando e trocando caricias muito ousadas.

Virgínia sentia-se tonta, suas pernas tremiam, e não correspondiam ao aviso de sua mente para se afastar do local.

Estava em um estado próximo da petrificação.

Harry Potter. SEU namorado, que havia lhe jurou amor, que sempre lhe dizia que ela era única, estava lhe traindo,transando com aquela garota, justamente a garota, que desde que entrava em Hogwarts antipatizara completamente. Ele prometera que sempre lhe seria fiel... E Virginia percebeu que as promessas foram em vão, ele simplesmente mentira, fizera - a acreditar em algo que ele não estava apto a cumprir. Seu tão “perfeito” namorado, que ela fazia questão de sempre defender, estava na cama, com outra.

Finalmente, suas pernas receberam o comando de sua mente, e deixaram o quarto, e aquele ambiente que estava começando a atordoá-la ainda mais. Saiu apressadamente, sem se fazer notar.

Fora tudo muito rápido, mas muito claro. Mas era uma informação que sua mente não aceitava, aliás, se negava a acreditar. Ela precisava ficar sozinha e pensar.

“Fim do FLASHBACK”.

Levantou-se bruscamente, mirou-se no espelho, e sem raciocinar o que faria a seguir, atirou no espelho o último porta-retratos que se encontrara intacto até aquele momento.O porta-retrato que continha a foto dela e de Harry, com os rostos felizes, uma felicidade que pensara que nunca iria acabar. Na verdade, uma felicidade que nunca existira com sinceridade. Uma ilusão de felicidade era o termo adequado.

Aproximou-se do espelho, mesmo sua imagem estando partida e fora de foco, podiam-se ver seus olhos castanhos, muito vermelhos de choro e dor.

Não identificava naquela imagem a garotinha que outrora estava tão contente.

A garotinha que sorria que em seu rosto estampava a satisfação de seu romance, que acreditava que era a moça de mais sorte no mundo bruxo.

Ela construíra aquele amor, alimentara aquele sentimento, agüentara calada a indiferença de Harry, e sempre estivera ali, disponível quando ele a quisesse.

Construíra aquela ilusão de felicidade, aquele amor que somente a ela pertencia, como doía a lembrança dos lábios tão queridos, beijando os de outra garota. O amor que tinha no coração, era como um cristal.

E o cristal fora quebrado. E quebrado da forma mais brusca que se podia quebrar.

Por que Harry começara a namorá-la?Apenas por diversão? Seus pensamentos fervilhavam de suposições.

Da mesma forma que seu reflexo no espelho, estava seu coração, partido.

Os raios de sol invadiram sem pressa, as frescas da janela do dormitório feminino da Grifinória.

Virgínia acordou sobressaltada, afastou os cabelos do rosto, e apalpou a cabeceira da cama, a procura do despertador. Quando finalmente conseguiu tatea-lo, para ver o horário, seus olhos arregalaram-se em surpresa.

-Ah, que maravilha! 11h00!– “disse sarcasticamente a garota”.

Tinha perdido todas as aulas do período da manhã. Passara praticamente toda a madrugada encostada no parapeito da janela, remoendo o acontecimento que presenciara. Alimentando a dor que estava sentindo.

Depois de muito pensar, o sono a venceu, e adormecera profundamente. Um sono pesado.Um sono que não ajudara em nada em seu descanso.

Tinha se esquecido completamente de colocar o despertador para despertar, e suas colegas de quarto nem se deram ao trabalho de fazer o favor de acordá-la, apesar de que Virgínia não nutria nenhum tipo de amizade com as garotas, e no momento dava Graças a Merlim não estarem ali, principalmente Melanie, aquela vadia. Ficou pensando se enquanto dormia profundamente, as garotas tinham entrado no quarto, e visto o estado em que ele se encontrava, completamente quebrado, e bagunçado. Bem, se tivessem visto, deveriam estar fofocando e algum canto sobre o porquê da bagunça, ou se soubessem, estariam a rir dela, a “Ginny bobinha, idiota, etc.”.

Bem, pouco importava a Virginia naquele momento onde as garotas estavam. E nem mesmo o fato de estar atrasada a perturbava.

Sentia-se cansada, como se tivesse corrido por horas, seu corpo estava dolorido. Resolveu banhar-se demoradamente, já que estava atrasada não faria muita diferença uns trinta minutos a mais de atraso. Queria que tudo fosse pro inferno.

Após se trocar e pegar a mochila com seu material, desceu apressada a escadaria para chegar ao Hall de Entrada, pulando os degraus de dois em dois.

Seu estômago deveria estar embolado, deveria sentir ânsias só de pensar em comida, mas não, estava com fome, nervoso sempre a fazia comer, às vezes até de forma compulsiva.

Acomodou-se no fim da longa mesa da Grifinória, sozinha. Mesmo namorando ficava a maior parte do tempo sozinha, Harry sempre tinha algum assunto urgente para tratar com Ron e Hermione, não mencionava com ela, o que havia sido pauta da conversa, pois a achava nova demais para se preocupar com “assuntos da Guerra Iminente, Voldemort, ou qualquer coisa que seja que o Garoto-Que-Sobriveu estivesse envolvido”. Sim, sempre fora, e era tratada como se tivesse sete anos. Harry nunca a deixara penetrar realmente em sua vida.

Desde que entrara em Hogwarts nunca tivera amigos, sempre andava sozinha, sua consciência tentava sempre convencê-la de que “sua própria companhia bastava” e “antes só do que má acompanhada”. Apenas habituara-se a isso. Acomodara-se e pronto.

Serviu-se de generosas fatias de bacon, arroz de forno e batatas, e conforme bebericava seu suco de abóbora, começou a observar as mesas das outras casas, sentindo uma pontada de inveja, dos grupos de meninas da Lufa e da Corvinal que conversaram alegremente. Pousou seus olhos na última mesa, a mais distante da onde estava. A mesa da Sonserina. E ficou a observar atentamente enquanto comia com apetite.

-Draco, faça o favor de apressar-se, daqui a pouco começa dois tempos de Transfigurações – Pansy dizia de forma apressada enquanto procurava um prendedor de cabelo em sua bolsa.

Draco Malfoy estava sentado em frente à garota. Era um rapaz alto, magro, de cabelos loiro platinados, que no momento caiam no rosto, por estarem crescendo bastante nos últimos meses, e possuía olhos azul-acinzentados. Sim, esta era descrição básica para se fazer de sua pessoa. Tinha uma beleza fina, de toques delicados e sutis.

-Não irei comer apressadamente a ponto de me engasgar, somente porque você está desesperada pra aula da McGonagall. – o loiro respondeu com sua característica voz arrastada.

Pansy revirou os olhos. “Que dramaticidade!” - pensou.

- Não estou desesperada, somente quero chegar cedo, para conseguir um bom lugar, esqueceu que hoje dividimos a aula com a Grifinória?- rebateu em tom explicativo a garota,enquanto prendia os longos cabelos dourados .

-Como poderia esquecer do meu dia da semana preferido? –O loiro disse em tom irônico conforme limpava a boca com o guardanapo.

-Vamos antes que aqueles projetos de heróis tomem nossos lugares, para poder puxar saco da velha. –Draco disse maldosamente enquanto se levantava, colocando a mochila nas costas.

Inconscientemente Draco, olhou a sua volta, o Salão Principal estava se esvaziando, e por acaso cruzou os olhos com uma das garotas que restava na mesa da Grifinória, e sustentou o olhar por breves momentos, olhares castanhos que logo se desviaram, quando se apercebeu serem notados. Estacou momentaneamente, sentindo uma leve curiosidade sobre quem era a garota, que fitava a Mesa da Sonserina sem discrição nenhuma, a distancia infelizmente não permitiu registrar a fisionomia com exatidão.

Rapidamente Draco se distraiu do breve acontecido, pois Pansy começara a empurrá-lo para fora do Salão, alegando que Millicent, Blaise e Theodore estariam à espera deles há muito tempo.

- Calma Pansy, eles não irão fugir – o garoto comentou risonho enquanto apressava os passos para alcançar a menina.

-Ah Draco, venha logo, lembra-se do que disse ontem sobre a reunião que Dumbledore teve com as monitoras?Então, quero contar a vocês – Pansy estava eufórica, e puxava Draco pelo braço enquanto relatava trechos da reunião.

Do outro lado do Salão, Virgínia engolira em seco ao ser pega, observando a Mesa da Sonserina, principalmente, sendo pega pelo olhar do Malfoy que estava acompanhado da Parkinson, que sabia ser a monitora da Sonserina, a mesa deles estava cheia, pelo visto os sonserinos não estavam preocupados com o atrasado, pelo menos alguns deles, notara que a moça loira estava apressada.

Balançou a cabeça para parar de pensar sobre o que estivera observando, do jeito que ouvia boatos que Draco Malfoy se achava o tal, iria pensar que ela estava tentando flertar com ele, ”que absurdo”-pensou conforme se levantava da mesa, conformada em ir assistir as aulas da tarde, deixaria sua conversa com Harry, para depois. Sim, iria terminar aquele “namoro- não– tão- perfeito- como- gostaria –que –fosse, ou –tivesse-sido”.

Ainda, imersa em pensamentos, Virginia saiu do Salão Principal.

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Fim do segundo capítulo
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Nota da Autora: A partir desse capítulo, Virginia começará a recordar da época que estudava em Hogwarts, do seu 5° ano, principalmente, em algum momento voltaremos ao “dia atual”, mas por enquanto a fanfic se passará no passado. Draco teve seu “papel de coadjuvante” nesse capítulo rs, no próximo ele irá aparecer mais, ok?

[Obrigada a Vivi Malfoy pelo comenário,a cena dos quadros é minha favorita,e adoro despertar a curiosidade,irei ler sua fanfic sim H/P é o máximo hauahauahau...Bjo flor ^^]

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