Amizades Sagradas



Disclaimer : Os personagens obviamente não me pertentem.
Pertencem a JKRowling.A mulher mais criativa e perfeita da literatuva juvenil. SE HP fosse meu.Seria uma loucura =D
Essa obra não tem fins lucrativos,é diversão apenas.
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O céu amanheceu acinzentado naquela fria manhã de dezembro. Os elfos domésticos trabalhavam com mais afinco naquele dia. Haveria novo hóspede na casa, e as ordens foram para preparar o quarto de hóspedes com vários adornos, e deixar a Mansão com ar mais aconchegante, e requintado com mais delicadeza.

A Mansão Zabini, situada no centro de Londres, em uma área mágica reservada para os bruxos de classe média alta, era imponente, com seus largos portões em forma de Z, um jardim vasto repleto de flores, com estufas ao fundo ondea Sra.Millicent Bullstrode Zabini fabricava os antídotos contra poções venenosas, comercializando os produtos em sua famosa loja “Antídotos Zabine” na entrada do Beco Diagonal.

Era a forma que encontrara para se manter ocupada, e manter longe de seus pensamentos fatos que a entristeciam, mais tudo correra bem nos últimos anos, isso de alguma forma a tranqüilizava.

Blaise Zabini se tornara obliviador viajante, trabalhando para o Ministério da Magia, em áreas mais necessitadas para controle das práticas mágicas.

Apagar das mentes dos trouxas lembranças de terem presenciado feitiços ou qualquer tipo de magia, para desta forma a comunidade bruxa continuar no anonimato, se tornara não somente sua profissão, mais a ocupação que também procurava em seu íntimo.Sendo filho único, herdou uma imensa fortuna de sua mãe, quando esta veio a falecer após cinco anos de viuvez de seu 7° marido.Não necessitava trabalhar, mas tanto ele quanto sua esposa desejavam isso, tinham prometido a si próprios trabalhar pra si mesmos após o final de toda catástrofe.

Manter-se ocupado, tinha se tornado a regra naqueles últimos anos.

A Sra. Zabine andava de um lado para o outro na sala de estar, a cada minuto entornava um gole de seu uísque de fogo, que a cada vez que acabava o líquido, voltava-se a encher novamente, por magia. Sim o mundo mágico estava evoluindo com novas invenções. Era uma mulher de seus 33 anos aproximadamente, robusta, com as maçãs do rosto rosadas, talvez pelo efeito do álcool no momento, os olhos de um azul escuro, era baixa e tinha os cabelos negros presos em um coque no alto da cabeça, seu andar era agitado, mais ainda sustentava a pose esguia e imponente, como seu sobrenome. Apesar da imagem de imponência que insistia em carregar na face, tinha sua beleza, não a clássica, de traços finos e angelicais, uma beleza rústica, de traços firmes, mesmo dessa forma possuía em seu íntimo um coração bom, logicamente com as pessoas que conseguiam tocá-lo. Sempre fora fria com a maioria das pessoas, mas algumas a fizeram se tornar diferente tocaram no ponto fraco. Ginny. Ela soubera tocar o seu coração. E era por ela que estava à espera, iria rever e hospedar sua amiga, após esses anos que a separaram, as notícias vinda de corujas não fora suficientes para apaziguar a ansiedade e inquietude que lhe era característica, e que tomava níveis maiores durante os últimos anos.

Uma agitação no cômodo ao lado, despertou Millicent de seus pensamentos.

A campainha deve ter tocado e nem se tomou conta disso ao pousar o copo na mesinha de centro, virou-se em direção a porta do Hall de entrada, e deparou-se com o elfo doméstico Zink que entrava cambaleando trazendo bagagens no ar, conforme murmurava feitiços de levitação.

Uma agitação invadira seu coração.

-Leve as bagagens para o último andar, ao primeiro quarto de hóspedes-ordenou a mulher em um sussurro elegante ao elfo conforme andava apressada pro centro do ambiente.

- Que recepção desanimada, destruiu minhas expectativas Milly - a jovem mulher ruiva disse em tom brincalhão ao entrar devagar no ambiente.

Millicent sorriu. Os anos não afetaram Ginny da forma que ela pensara.

Os cabelos de um vermelho vivo estavam na altura do colo, lisos e soltos como ela lembrava, o rosto tinha amadurecido, mais ainda mantinha o mesmo semblante amistoso, os olhos castanhos claro carregavam o mesmo brilho de quando era menina, talvez estivessem mais opacos, com alguma sombra de tristeza, mas ao sorrir, sua feição mudava, e ela rejuvenescia e seu rosto corava. Chérrie. Estava usando um elegante vestido preto, com mangas largas e desfiado, um, sobretudo da mesma cor que o vestido a moda trouxa, cobria o corpo ainda jovial de Ginny.

Uma troca de sorrisos, olhares que transmitiam a saudade e amizade que os anos não conseguiramdestruir. O pequeno espaço que a separavam foi rompido,quando um abraço se formou,um choro que tentavam reprimir brotou dos olhos de cada uma, no mesmo momento. Após o longo abraço que transmitiu o carinho, a saudade, que cada uma sentia, elas se afastaram ainda com as mãos enlaçadas observando-se,com um sorriso nos lábios.

-Pequena Milly, você se tornou a mulher mais elegante de Londres. Uma Narcissa Malfoy morena. É tão bom vê-la assim - Ginny comentou com sinceridade.

- É uma honra ser comparada com a Eterna Cissy.

Os anos te rejuvenesceram, e te deixaram mais encantadora Ginny comentou a amiga conforme enlaçava os ombros da ruiva, enquanto a guiava a caminho da sala aonde se encontrava anteriormente .

Após se acomodarem no sofá, lado a lado, Millicent pediu aos elfos para trazerem uma bandeja com chocolate quente e bombas de creme

- Lembra-se quando fugíamos do Salão Comunal para roubar bombas de creme na cozinha de madrugada? - relembrou Ginny após se deliciar com o antigo sabor. -Lembro sim, e também lembro que Pansy brigava conosco, dizendo que iríamos pegar uma detenção na próxima fuja - Milly disse em tom saudoso.

-Tão cheia de regras, e centrada nos estudos, sempre dizia que ela era uma Ravenclaw enrustida, misturada com Hufflepuff - Ginny sorriu.

-Verdade, brincávamos que o chapéu seletor estava muito velho, tinha-nos colocado em casas que não correspondia a nossas verdadeiras personalidades, que você nos despertou, tanto que você mesma dizia que era Slytherin fitou Ginny com graça, ao bagunçar seus cabelos.

-Eu sou Slytherin, de coração. Vocês me influenciaram, aliás, me acolheram na pior fase - retribuiu o sorriso, masum sorriso melancólico.

Milly apertou a mão da amiga em tom consolador.

- Você acolheu nossos corações, nos ensinou tanta coisa, é bom vê-la aqui - Respondeu a morena com sua mão ainda na da amiga.

Quando soube da morte de Lucius Malfoy, há meses atrás, sabia que Ginny iria voltar para Londres, se sentiria segura, ela e Blaise a manteriam em segurança haviamprometido.

-Obrigada por me hospedar. Não queria retornar, mas após a morte de Lucius Malfoy sabia que seria necessário. - Ginny abaixou o rosto.

-Sim, todos os jornais noticiaram a morte.

O Profeta Diário fez uma edição especial aqui em Londres, uma vitória para os aurores, após tantos anos conseguiram liquidar os últimos comensais restantes - Milly disse em um fôlego, observando a feição de sua amiga se contrair.

- Porque veio sozinha? Aquele mauricinho que você chama de marido ficou em Paris?- Milly perguntou querendo mudar o assunto.

Ginny apenas balançou a cabeça afirmativamente.

-É o primeiro dia de Sophie em Beauxbatons, ela é apegada com Draco, preferiu que ele a acompanhasse, e Draco por sua vez se mostrou mais tranqüilo sabendo que agora a deixará em boas mãos. Pretende passar uma semana com ela na Escola, eles permitem esse convívio nos primeiros dias, para a adaptação ser mais rápida - explicou Ginny de forma evasiva.

-Mais Draco precisa estar aqui para... Você sabe os bens que é de direito. E também por... - sua voz sumiu ao ser cortado por Ginny:

-Ele virá até o final do mês, eu iria esperar, mas não iria conseguir ficar sozinha, aqui sabia que teria sua companhia Milly, tudo vai ficar bem - Ginny disse em tom firme, como para provar a si mesma, que dali para frente, tudo iria ser mais tranqüilo. Millicent se levantou oferecendo o braço a mulher ruiva.

-Vamos conhecer seu quarto, trouxe fotos da Sophie?Deve estar uma princesa! - indagou conforme arrastava sua amiga para o último andar.

A Mansão era enorme, os cômodos ordenados com mobílias finas, às paredes com textura bege, e vários objetos de valor. Ginny se perguntava ao subir os lances de escada, como Milly pudera se tornar tão cuidadosa, com sua aparência e sua casa, era uma surpresa muito boa, observar essa mudança.

A morena a guiou até o último andar, fazendo-a adentrar no primeiro quarto.

Seus olhos brilharam, agradeceu em um sorriso sincero ao observar o ambiente atentamente.

O quarto era de porte médio, com uma cama de casal de madeira no canto, com colchas que aparentaram ser de algodão, de tão macias à aparência. Uma janela com vista pras estufas que mantinham uma corrente de ar permanente, fazendo o quarto ser arejado.

Um guarda roupa estava ao lado da cama, com seus pertences já organizados, e uma escrivaninha no centro, com um arranjo de flores, com as flores “brinco de princesa” que ela tanto gostava. Andando pelo quarto ao se virar, seu coração palpitou, na parede atrás de si, estava um enorme quadro em forma de pintura trouxa, uma moldura prateada fazia o retrato se tornar mais chamativo.

- Presente para você. Espero que goste! -Ouviu Milly murmurar atrás de si;

Lentamente Ginny se aproximou do quadro, com o coração batendo forte, há tantos anos não via esse quadro, tinha-o em porta retrato pequeno, mas tinha-o guardado fora de sua vista há anos atrás, um ato bobo pensou, ao observar os seis rostos queridos na foto. Com os braços entrelaçados, e o semblante de extrema diversão.

No canto esquerdo da foto estava Millicent. Pequena Milly. Seus cabelos negros estavam soltos e tocavam o ombro, os olhos azuis estavam claros e transmitiam a mesma ansiedade que hoje Ginny observou em sua amiga. Tinha uma aparência robusta e forte, mas somente ela sabia sua amiga, por dentro era uma garota frágil, e vulnerável, mas se mostrara companheira. Sempre.

Ao lado de Milly, estava Blaise Zabini, o Eterno Malandrão, os olhos negros transmitiam força e carisma, era um negro alto, com porte atlético, um sorriso brincalhão mostrava em seus lábios. Um garoto que sabia a hora de brincar, sabia a hora de ficar sério. Na época se mostrou arisco, como um gato.Se escondendo de si mesmo,mas um momento se deixou descobrir,trazendo a estabilidade para sua amiga Milly. E para todos eles.

Uma dor atingiu seu coração, fazendo-a tremer por dentro.

Theodore Nott sorria timidamente, os cabelos castanhos claros lisos estavam caindo nos olhos grandes e amendoados.

Ginny sempre achara que Théo tinha o rosto mais simpático e agradável de todos eles. Era bonito de um jeito sutil e discreto, e excedia a todos com sua altura e seus ombros largos. Seu coração apertou. Théo se tornara mais uma visita da era a qual havia crescido. Sua determinação era palpável. Estava perdido para eles.

Ginny se perguntava aonde eles tinham errado. Um remorso a acometeu. Ao lado de Théo, sorrindo de forma espontânea estava à bela Pansy Parkinson.

A Garota Dourada deles. Possuía os cabelos louro dourado e encaracolado na altura da cintura, tinha uma constituição pequena, de rosto angelical, os olhos verdes claros penetrantes transmitiam carisma, e eletricidade.

Apesar da palidez característica, e da aparência delicada e frágil, era o oposto de Milly. Pansy era forte, a mais forte de todos eles, na visão da mulher ruiva.

Ginny tinha certeza que fora a energia de aço de Pansy que chamou a atenção em sua personalidade. Um soluço brotou se seu peito, lágrimas rolaram por seu rosto sem permissão, conforme alisava o retrato de sua amiga. Ela também estava perdida para eles. Perdida para si mesma. Vivendo seus dias naquele ambiente horrível, alheia a tudo e a todos. Mais Ginny guardaria na memória a garota viva do retrato, com carinho. Para sempre.

E ali estava ela espremida no meio de Pansy e do Draco.

As feições da juventude, os olhos castanhos brilhavam acompanhando o sorriso diversão que estampava seu rosto. Os cabelos ruivos intensos, ela mantinha-os cacheados, longos. O corpo não era escultural que nem da loira ao seu lado, mas era magro e pequeno, com sua beleza natural, Pansy dizia que ela não necessitava de maquiagem, tinha uma beleza pura. Um sorriso brotou em seus lábios inconscientemente

Seu olhar pousou na última pessoa do retrato. Draco Malfoy.

Alto, com ombros largos e pose esguia, não possuía o porte atlético de Blaise, mas era forte, mais como Milly também possuía suas fragilidades, que mantinha escondidas.

O cabelo louro platinado, estava comprido na altura do queixo, caia delicadamente no rosto, de forma rebelde. Os olhos azuis acinzentados estavam claros, talvez porque trazia nos lábios um sorriso que os olhos acompanhavam, o sorriso que Ginny se alegrou ao ver pela primeira vez. O sorriso que tanto demorou a ver, e que ainda hoje a animava.

O semblante de Draco continha um ar travesso. Anjo Travesso.

Ginny sentiu Milly se aproximar, e tocar seu ombro.

- Pansy fez questão de nos presentear com esse retrato no último ano de Hogwarts, lembra-se? Tenho certeza que cada um de nós ainda guarda esse retrato.

Você adorou, e fez questão de escolher apelidos e escrever nos retratos. - Milly sorriu.

-Éramos tão felizes, tão sonhadores, queríamos abraçar o mundo com os braços. Se eu soubesse tudo que iria acontecer, teria aproveitado mais a companhia de vocês, me entristecido menos, e dado valor aos nossos pequenos momentos.

- Éramos felizes e sabíamos disso - Milly fez questão de frisar ao oferecer à amiga um lenço.

- Em algum momento nos perdemos. - Ginny despejou com voz rouca.

-Não pense dessa forma Virginia. Éramos jovens, inconseqüentes e mimados. Não tínhamos o amadurecimento que hoje temos. - repreendeu a morena.

- Prometemos nos apoiar, nos ajudar, e fugimos de nossas promessas - disse em tom amargurado.

Milly suspirou, onde estava àquela garota positiva, que ensinara a todos a ver o lado bom dos fatos?

A garota que contagiou a Slytherin de uma forma avassaladora?

Observava, não apenas hoje, mas há anos, o amargo que se instalou em Ginny.

A dor que não foi superada. Iria reviver Ginny. Da mesma forma que ela reviveu todos eles há anos atrás.

Faria isso pela sua amiga, e por todos eles.

Eles tinham cumprido sua promessa da juventude. Alguns deles, Milly foi obrigada a concluir.

Só que Virginia se recusava a enxergar. Recusava-se a aceitar. O destino preparou surpresas inusitadas no passado. Surpresas que machucaram Ginny profundamente, cicatrizes que não foram cicatrizadas, porque as mantinha acesas, como se jogasse sal, para fazê-las arder, assim de alguma forma mantendo vivas.

Lembranças e Promessas que a obrigavam a se manter viva.

Milly observava que Ginny extinguira-se sua energia, tinha desistido de viver a felicidade. Ela teria que aceitar. Antes que fosse tarde demais. Antes que Draco também cansasse de esperar. Milly seria forte. Seus amigos precisavam dela.

- Vou preparar um banho para você Gin, e iremos jantar, Blaise chegará daqui à 1 hora.

Irá adorar revê-la. - disse, e após limpar a garganta dizendoenfim:

- Vocês estão livres agora. Tudo vai ficar bem. Você poderá procurar sua família-Milly tentou argumentar para chamar atenção de sua amiga que continuava em pé, de costas observando o retrato com lágrimas nos olhos.

- Você sabe os motivos que me trouxeram aqui. Não quero contato com o passado.

E eles não são minha família - murmurou de forma amargurada.

Millicent após várias tentativas, conseguiu guiar sua amiga ao banheiro, precisava cuidar do bem estar de Gin, e após isso, ela e Blaise iriam dialogar novamente. Tentar fazer a ruiva ver os fatos de outro ângulo.

Era a última tentativa. Pansy e Théo gostariam de ver Ginny feliz, precisava lembrá-ladisso.

Enquanto deixava a água morna da banheira relaxar os músculos cansados.

Ginny relaxou o corpo, fechou os olhos e com a mão direita apertou a corretinha de ouro que carregava há anos no pescoço. Lembranças voltaram com toda força a sua mente. Recordações boas que a fizeram sorrir. Lembranças que marejaram seus olhos. Ela iria se permitir recordar-se.

Talvez assim pudesse aceitar os fatos que ocorreram.

Talvez pudesse reerguer-se novamente.

Fim do Primeiro Capítulo



N/A .
Eu não sou louca.Sei que Ginny é da Grifinória,mas fatos que posteriormente saberão farão ela estar sempre no meio dos Sonserinos.Ùnica forma dela se aproximar do Draco,não é?
Havera algumas "descaracterizações"da Pansy,se não gostar,só tenho a lamentar,creio eu,que ela é uma boa personagem a ser trabalhada e assim farei.
Já tinha postado aqui,mas resolvi mudar alguns fatos,"começar do fim" é legal,ou seja no próximo capítulo comecerá as lembranças,ok?
Espero que gostem.
Aceito críticas.
Até a próxima.

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