Acidentalmente Apaixonados

Acidentalmente Apaixonados



No último episódio de ‘Romeu e Julieta’...

- Eu não vou sair daqui nessa chuva! – disse, voltando para a cadeira onde estava.
- Eu também não. – disse Ginny, o seguindo. Ele se sentou e encarou Ginny.
- Ótimo. – disse, sarcástico – Então estamos presos aqui.



Ginny estremeceu com as palavras de Draco. 'Ótimo.Então estamos presos aqui’. A idéia de estar presa na estufa junto com Draco Malfoy era assustadora. ‘E agora? O que eu faço?’ perguntou a si mesmo, não obtendo resposta. Ficou ali, parada na frente do loiro, e com uma cara nada boa, de acordo com a expressão de Draco.

- Virgínia? – chamou o loiro, confuso – Acorda, Virgínia!
A voz rouca do loiro a acordou, e ela se sentiu envergonhada. Ele a olhou, curioso, e um silêncio mortal caiu sobre eles. O único barulho vinha da chuva que caía violenta lá fora. Ginny pensou no que fazer ali, com ele, por só Merlin sabia quanto tempo. Os dois se encararam por longos instantes, que pareceram anos. Olhos cinzas nos cor-de-mel. A tensão tomava conta da estufa. Até que Ginny teve uma idéia.
- Bom... – começou ela, estralando os dedos das mãos – Já que não temos nada pra fazer, eu vou experimentar o figurino do baile. – foi em direção à escada do palco e subiu com rapidez, sentindo o olhar de Draco sobre si. Ele considerou a questão por um instante e levantou-se, indo atrás da ruiva.
- Melhor do que ficar sentado olhando para o nada. – resmungou ele, inexpressivo. Ginny sorriu e foi até a parte de trás do palco, onde havia um pequeno guarda-roupa. Era um pouco mais alto que Ginny, e ela duvidava que coubesse alguma roupa pendurada. Draco pareceu perceber a dúvida da ruiva, pois disse:
- Não tem mais nada aqui. Elas têm que estar aí dentro. – Ginny encarou-o, sentindo suas bochechas corarem. Pegou a fechadura dourada e tentou abrir o guarda-roupa, sem sucesso. Fez força para abri-lo, mas não conseguiu. Draco riu.

- Virgínia... aprenda com o mestre! – pediu licença para que Ginny saísse da frente. Ela deu um passo para o lado e ele posicionou-se na frente da porta. Sem muito esforço puxou-a, e esta se abriu. Ginny riu.
- Viu como é fácil? – perguntou ele, rindo. Os dois se encararam por alguns instantes, até que Ginny acordou do transe.
- Então vamos ver essas roupas! – disse ela, escancarando a porta do guarda-roupa, vendo que este era aumentado magicamente, havia dezenas de roupas ali. Logo encontrou a que devia ser a sua, estava separada em um canto. Tirou-a do armário e observou-a.

- Só uma palavra pode descrever isso... – comentou ela com Draco, horrorizada com a roupa – Ridícula!
O loiro riu e procurou a sua fantasia, que também estava separada, no canto. Não acreditou no que viu.
- O que aquela bicha louca pensa que nós somos? Bonecos de pano? – perguntou ele, observando as roupas com desprezo. Ginny riu da cara do loiro.
- Bom... é melhor agente experimentar! – disse ela, esperando que Draco saísse de lá para que ela pudesse se trocar, mas ele não se moveu, apenas encarou-a divertido.

- O que foi, Weasley? Tá com medo que eu te veja pelada? – perguntou ele, sorrindo. Ginny sentiu suas bochechas queimarem. – Não tem problema, já estou acostumado com isso.
- Ora Malfoy... você não espera que eu me troque na sua frente, né? – perguntou ela, empurrando-o para o palco, tentando esconder suas bochechas. Fechou as cortinas que separavam os bastidores do palco, e despiu-se um pouco desconfiada, enquanto ouvia a risada irônica do loiro lá fora.
- E você, Weasley, realmente acha que eu queria te ver pelada? – perguntou ele, do palco. Ginny sentiu seu sangue ferver. Ele era um idiota. Ela não queria que ele a visse pelada, mas ouvir ele falando assim dava a impressão de que ela não o atraía de nenhum modo. ‘E o que isso te importa?’ perguntou a si mesma.
- Cala a boca e se troca, Malfoy! – bufou ela, enquanto colocava aquele vestido horrível. Ele parecia bem antigo, o modelo era da época das princesas medievais. Tinha um corpete preto com várias faixas finas brancas se entrelaçando na altura da barriga, que deviam ser amarradas bem apertadas, Ginny se lembrava das aulas de Estudo dos Trouxas, para diminuir a cintura e aumentar os seios da mulher, ao mesmo tempo que a deixava totalmente ereta. A saia era bem volumosa e inteira branca, com vários babadinhos caindo por todos os lados. Não era um vestido feio, mas ficava realmente estranho para uma festa à fantasia. Ginny tentou amarrar as faixas, mas não conseguiu, tinha que fazer um laço nas costas. Só tinha uma alternativa.

- Draco, me ajuda a fechar o vest... – começou ela, abrindo as cortinas, mas parou imediatamente quando olhou para o loiro, que terminava de fechar a calça e estava sem camisa. Sentiu seu coração quase saltar pela boca, o físico do rapaz era verdadeiramente tentador. Observou-o por um instante, extasiada, mas se virou de costas quando sentiu seu rosto queimar como nunca tinha sentido antes.
- Des... des... descul...pa – disse ela, nervosa, amaldiçoando-se por ter feito aquilo. Só ouviu a risada fria de Draco.
- Weasley, Weasley... eu sei que sou lindo, maravilhoso, gostoso e perfeito, mas se você queria me ver seminu devia me avisar pra eu mesmo providenciar isso. – disse ele, sorrindo malicioso, enquanto vestia uma camisa branca cheia de babadinhos. Ginny sentiu suas mãos suarem e tremerem.

- Eu só queria uma ajudinha para fechar esse vestido. – disse ela, respirando fundo para se controlar. Ele foi até a ruiva, que continuava de costas, e ficou a centímetros dela. Bem lentamente, colocou sua mão em seu ombro, sentindo a garota se arrepiar. Era uma sensação muito boa. Aqueles dedos frios em contato com sua pele quente. Sentiu um arrepio que percorreu todo o seu corpo. Ele sabia muito bem como provocar uma garota. Ficou imóvel, sem saber o que fazer, ainda sentindo a mão dele em seu ombro. Queria tê-la em seus braços. Poder abraçá-la, beijá-la, ter certeza que ela era só sua.
- Er... você tem que amarrar essas faixas aí atrás. – disse ela, quase num sussurro, tentando manter a calma. Pegou duas das faixas que pendiam sobre sua barriga e levantou-as, para que ele pudesse ver. Ele deu um passo para frente, juntando seu corpo com o da garota, e segurou as duas faixas, puxando-as para trás e amarrando-as ali. Sentia o corpo de Ginny estremecer. Voltou para a barriga da garota e pegou as outras faixas que ainda estavam soltas, quase abraçando a ruiva por trás. Trouxe-as com força para trás e amarrou-as em um grande laço. Ginny sentiu sua barriga se contrair, mas não sabia se era por causa do laço ou pela inexplicável vontade de virar-se e beijar aquele loiro. Draco deu um passo para trás e perguntou:

- Assim está bom?
Os pêlos da nuca de Ginny se arrepiaram ao ouvir aquela voz. Tomou coragem e virou-se de frente para o garoto. Encarou aqueles olhos azuis com firmeza, mas sentindo seu coração quase pular pela boca.
- Sim, está. Obrigada, Draco. – respondeu ela, se virando para as cortinas que levavam para atrás do palco – Agora pode terminar de se vestir e...
- Já estou pronto. – interrompeu ele, terminando de vestir um colete preto com lantejoulas prateadas. Ginny virou-se para o garoto, e viu que este olhava para suas próprias roupas, rindo.
- De onde aquela bicha tirou que isso é uma fantasia de peregrino? – perguntou para Ginny, que riu e também observou seu vestido. Não havia reparado como ele ficava depois de amarrado, e assustou-se com o que viu. Sua cintura estava minúscula, e os seios estavam bem maiores e mais levantados. O decote era grande, o que deixou Ginny um pouco corada. Não acreditava que mulheres usavam aquilo no dia a dia a inúmeras décadas atrás. Levantou o olhar devagar, e percebeu que Draco a observava. Sentiu seu rosto corar mais um pouco, e ela sorriu com o constrangimento dela.

- Bom... e também não acho que essa roupa seja adequada para uma santa. – disse ele, referindo-se ao decote. Ginny queria abrir um buraco no chão e sumir por lá, mas era impossível. Só olhou para o chão, tentando esconder suas bochechas que estavam mais vermelhas que seus cabelos. Ouviu Draco andar até a parte de trás do palco e abrir mais uma vez o guarda-roupa. Após alguns segundos ele voltou, segurando uma caixa de papelão.
- Parece que são essas mesmo as nossas fantasias, nenhuma lá se encaixa nos papéis. – disse ele, indo até a beira do palco – Mas olhe pelo lado bom, eu achei comida! – apontou para a caixa e se sentou com uma das pernas para fora do palco. Tirou o colete e atirou-o longe, ficando apenas com a camisa e a calça de babados.
-E o que tem aí? – perguntou Ginny, indo até ele. Mas quando tentou se sentar percebeu que não o conseguiria tão cedo. Não conseguia curvar a coluna. Fez um enorme esforço e conseguiu se sentar, com a coluna extremamente ereta, mas não conseguia se mexer. Draco teve um ataque de risos.

- Ei! Do que você está rindo? – perguntou ela, fingindo-se de indignada, mas se segurando para não rir – Pára, Draco!
- Não seria mais fácil se você... – disse ele, entre risos, apontando para a barriga de Ginny – se você desamarrasse esse negócio?
Ela olhou rapidamente para o laço em suas costas e sentiu-se ridícula por não ter pensado naquilo antes. Desamarrou-o e sentiu-se bem mais aliviada. Virou-se de novo para Draco, e viu que este mexia na tal caixa. Ele pegou tudo o que tinha lá e colocou no palco. Viu os olhos de Ginny brilharem.
- Chocolate! – exclamou ela, parecendo uma criança. Atacou o sapo de chocolate mais próximo. Draco olhou-a com nojo.
- Você gosta dessa coisa? – perguntou ele, e ela engoliu a metade do sapo que estava dentro de sua boca.

- É a melhor coisa do mundo! – respondeu, animada. Ele arqueou as sobrancelhas. – Porque? Você não gosta?
Ele riu, irônico.
- E porque eu deveria gostar dessa coisa marrom nojenta? – o queixo de Ginny caiu.
- Espera aí! Acho que não entendi direito! – ela disse, indignada. Ele encarou-a inexpressivo. – Você acabou de dizer que não gosta de chocolate?
Ele assentiu, pegando uma tortinha de abóbora. Ginny arregalou os olhos.
- Como é possível alguém não gostar de chocolate? – ela perguntou, mais para si mesmo, dando outra mordida no sapo de chocolate. Ele encarou-a divertido.
- Eu não entendo como é que uma pessoa pode gostar tanto de chocolate como você! – comentou ele, vendo que ela já pegava outro sapo. Ela encarou-a e riu. Mais uma vez o silêncio caiu sobre eles, só se podia ouvir o barulho da chuva. E aquilo era estranho.

- Eu gostaria de saber onde é que Mister Jean vai todas as noites. – comentou Ginny, enquanto comia mais um sapo. Draco terminou de comer uma tortinha de abóbora, encarando a garota.
- Tenho minhas teorias. – disse ele, indiferente. Ginny esperou uma continuação, mas ele apenas pegou mais uma tortinha e começou a comer.
- E então? – perguntou ela, curiosa. Se tinha uma coisa que Ginny tinha de sobra, era a curiosidade. Não agüentava ver alguém guardando uma coisa dessas. Ele olhou-a como se estivesse confuso.
- E então o que? – perguntou, e ela começou a se irritar.
- Quais são suas teorias sobre a saída do Mister Jean? – perguntou, soltando o chocolate e o encarando. Ele riu.
- Pra você soltar o chocolate deve estar mesmo curiosa, hein?! – a ruiva assentiu – Mas eu não posso dizer.
Ginny indignou-se.

- Como assim não pode dizer? – perguntou ela. Ele balançou a cabeça negativamente – Ah, Draco! Fala, vai! Por favor!
- Não. – ele disse, segurando o riso.
- Por favor, eu imploro! Me diz, vai! – ela pediu, fazendo biquinho. Ele olhou-a divertido. Era tão linda que ele não conseguia resistir.
- Tá bom, eu digo! – os olhos de Ginny brilharam – Eu acho que ele está tendo um caso com a Madame Pomfrey.
A ruiva surpreendeu-se e sorriu.

- Mas ele não é gay? – perguntou ela para Draco, que riu.
- É o que ele parece, mas duvido que seja realmente. – ele disse, mas a garota olhou-o desconfiada.
- E o que te leva a pensar isso? – perguntou a ruiva. Ele deu mais uma mordida na tortinha.
- Sou monitor, vejo e ouço muitas coisas que ninguém nem imagina. – disse ele, simplesmente, encarando o teto. Ela não perguntou mais nada, sabia que ele não responderia mesmo. Observou-o por um momento. Parecia um anjo. Mechas do cabelo loiro platinado caíam por seus olhos, deixando-o displicentemente sexy. E aquele ar misterioso, que fazia qualquer uma querer desvendá-lo.

- A incógnita Draco Malfoy. – pensou, mas percebeu que tinha dito isso alto, pois ele voltou-se para ela confuso.
- O que? – ele perguntou. Ela passou a mão pelos cabelos ruivos e tentou se sentir confortável no chão.
- Eu disse que você é uma incógnita. Ninguém sabe o que você sente de verdade, ninguém imagina o que você vai fazer a seguir. Ninguém te conhece de verdade, Draco.
O loiro pensou por um segundo.
- Não é que você tem razão, Virgínia? – ele disse, ainda pensativo. Ela sorriu. Era tão estranho conversar com ele daquele jeito, civilizadamente.

- Eu não entendo como você consegue ser tão fechado. – ela comentou – É muito difícil guardar tudo pra si, nós sempre temos que desabafar um pouco.
- Nunca senti falta disso. Sou feliz assim. – ele disse, pegando mais um pacotinho de feijõezinhos de todos os sabores.
- Mas se você continuar agindo assim vai se tornar uma pessoa amarga no futuro. – disse a ruiva, pegando o pacotinho da mão de Draco e despejando alguns feijõezinhos em sua mão. O loiro riu. – Anda, me conte.
Ele arqueou as sobrancelhas.
- Contar o que? – perguntou ele, pegando o pacotinho de volta. Ela encarou-o, sorrindo.

- Me conte alguma coisa que ninguém saiba sobre você.
Ele apoiou-se no chão com as mãos e pensou.
- Não costumo fazer isso. – disse, enquanto Ginny esperava ansiosa.
- Pára de tentar fugir e fala de uma vez, Draco! – ela disse, rindo, e ele pôs-se a pensar novamente.
- Bom... eu odeio chocolate. – ele respondeu, e ela começou a se irritar.
- Disso eu já sei, Draco! Quero alguma coisa que ninguém saiba, uma coisa bem obscura!
- Deixa eu pensar... – ele disse, fingindo pensar – Odeio aulas de Trato de Criaturas Mágicas.
- Draco... – ela sussurrou, já ficando vermelha. Ele riu.

- Tá bom, eu falo! – rendeu-se – Eu adoro te ver nervosinha!
Ginny sorriu e sentiu suas bochechas corarem. Ele deu de ombros e pegou mais alguns feijõezinhos, rindo.
- Agora é a sua vez. – ele disse, com a boca cheia. Ela sorriu.
- Bom... eu odeio aulas de Poções, principalmente do professor. – ela disse, e ele riu e disse:
- Depois sou eu que quero fugir do assunto! Por favor, alguma coisa que ninguém saiba!

- Ok... – ela pensou por um instante – Eu acho que você é uma boa pessoa.
Ele ficou sério, parecendo confuso.
- E o que você quer dizer com isso? – perguntou ele. Ela suspirou.
- Quero dizer que você não é a pessoa assustadora que todo mundo vê todo dia. Percebi que você tem sentimentos, mesmo que seja bem difícil de ver, e isso te torna mais humano do que aquela parede de gelo que você demonstra ser.
Ele pensou por um instante.

- Teoria interessante, Virgínia.


So she said what's the problem baby
então ela disse, qual é o problema baby
What's the problem I don't know
qual o problema eu não sei
Well maybe I'm in love
bom, talvez esteja apaixonado
Think about it every time
penso nisso o tempo todo
I think about it
eu penso nisso
Can't stop thinking 'bout it
não posso parar de pensar nisso


A ruiva sorriu e continuou.
- E como eu não quero que você vire um velho rabugento e que todos pensem que você é uma pessoa horrível pra sempre, hoje você vai me contar tudo!
Ele arqueou as sobrancelhas.
- Tudo o que, Virgínia? – perguntou, segurando-se para não rir.

- Tudo sobre você! Tudo o que você se lembrar! – ela disse, animada. Ele não agüentou e riu.
- Como você é curiosa! - ele comentou, e corou. – Eu respondo as suas perguntas, mas para não ficar injusto você também vai ter que respondê-las!
Ela sorriu e assentiu. Ele se deitou de barriga para cima e apoiou sua cabeça com os braços.
- Então vamos começar. – ela disse, transbordando animação – Matéria preferida?

- Poções. – ele respondeu, olhando para o teto.
- DCAT. Comida preferida?
- Costelas de porco.
- Torta de frango, sem contar o chocolate.


How much longer will it take to cure this?
quanto tempo vai levar pra curar isso?
Just to cure it cause I can't ignore it if it's love
só pra curar porque eu não posso ignorar, se isso é amor
Makes me wanna turn around and face me
faz com que me vire e me encara
But I don’t know nothing 'bout love
mas eu não sei nada sobre o amor


- Lugar preferido?
- Salão Comunal da Sonserina quando quero conversar, mas a beira do Lago quando quero ficar sozinho.
- A Toca, minha casa. O jardim de lá é perfeito. Mas a beira do lago não fica muito atrás. Melhor amigo?
- Bom… acho que Blaise Zabini.
- Natalie McLite a May Su.
- Belas amigas, hein?!
Ginny levantou uma sobrancelha.
- O que você quis dizer com isso?
Draco riu.
- Elas são doidas, principalmente a Su. E nunca vi uma sonserina ser amiga de uma grifinória como ela é. Completamente maluca.
- O Zabini não fica atrás.

- Mas tenho que assumir que nenhuma das duas é de se jogar fora... – ele disse, encarando Ginny, querendo provocar ciúmes nela, o que não passou despercebido pela ruiva.
- Digo o mesmo do seu amiguinho. – comentou ela, rindo da cara assustada do loiro.


Come on, come on
venha, venha
Turn a little faster
vire um pouco mais rápido
Come on, come on
venha, venha
The world will follow after
o mundo virá logo atrás
Come on, come on
venha, venha
'Cause everybody's after love
pois todos estão procurando amor


- Primeira briga séria?
- Aos 4 anos, com um elfo doméstico. Deixei-o preso no armário de vassouras por duas semanas, até que meu pai o achou.
- Nossa! A minha foi quando tinha 11 anos. Ron não queria que eu jogasse quadribol, achava que era coisa de homem. Deixei-o com um belo tornozelo roxo. Pessoa que mais gosta no mundo?
- Minha mãe.
- Difícil responder, mas acho que não viveria sem meu pai. Fato mais inesquecível?
- Meu primeiro vôo de vassoura. Me senti livre pra fazer o que quisesse sem que meu pai me enchesse o saco.
- Meu primeiro vôo de vassoura também. Roubei a vassoura do Bill e saí voando. Me senti extremamente feliz e em paz, até que levei um belo tombo.


So I said I'm a snowball running
então eu disse que sou uma bola de neve correndo
Running down into the spring that's coming
correndo até a primavera que está trazendo
All this love
todo esse amor
Melting under blue skies
derretendo debaixo do céu axul
Belting out sunlight
espalhando a luz
Shimmering love
amor cintilante


- Primeiro beijo?
O loiro pensou um pouco.
- Não lembro... foram tantos!
- Draco! – exclamou a ruiva, levemente aborrecida. Ele riu.
- Aos 10 anos, com uma garota francesa, neta de uma veela. Não a vi depois disso.
Ginny não pode deixar de sentir uma pontada de ciúmes.
- Er... aos 14 anos, com um idiota que nem vale a pena comentar.
- Miguel Corner? – perguntou o loiro, inexpressivo. A ruiva se assustou.
- Como você sabe? – perguntou ela. Ele encarou-a.
- Eu já disse, sou monitor. E os monitores vêem e sabem de coisas que ninguém mais sabe.
Ela encarou-o, curiosa. Ele não disse nada por uns segundos, mas não agüentou a cara de hipogrifo molhado da ruiva.
- Peguei a Chang e ele no maior dos amassos em uma sala no 2º andar. Quando contei para o Zabini ele disse que tinha ouvido falar que você namorava o Corner. Menos de uma semana depois, ouvi umas sonserinas comentando que você tinha terminado com ele, e imaginei que fosse pela traição.


Well baby I surrender
bom baby, eu me rendo
To the strawberry ice cream
ao o sorvete de morango
Never ever end of all this love
nunca termine esse amor
Well I didn't mean to do it
bom, eu não pretendia fazer isso
But there's no escaping your love
mas não há escapatória para seu amor

O queixo de Ginny caiu.
- Quer dizer que aquele idiota me traía?
- Você não sabia disso? – ele perguntou, sentando-se de novo – Pensei que esse fosse o motivo da separação.
- Eu terminei com ele porque ele era um ciumento que não me largava nem por um segundo. Mas não sabia que ele me traía!
Ela começou a ficar vermelha, e Draco apaziguou.
- Calma aí, Virgínia! Isso já passou, e não tem mais nada a ver! Ele é um idiota completo, e não tem porque você se irritar com isso.
Ela pensou um pouco e suspirou.
- É, você tem razão. Não tem porque eu me stressar com um nojento de quem eu nem gostava!
- Você não gostava dele? – perguntou o loiro, com um rápido interesse no assunto. Ela balançou a cabeça negativamente – Mais um motivo pra não se alterar!
Ela sorriu. Aquele loiro a fazia tão bem.


These lines of lightning
essas linhas de relâmpagos
Mean we're never alone,
significam que nunca estamos sozinhos
Never alone, no, no
nunca sozinhos, não, não


- E então… falando de amor… tenho mais uma pergunta. – ela disse, sorrindo marota. Draco deitou-se de novo no chão do palco.
- Pois faça. – ele disse, já imaginando o que estava por vir.
- Primeiro amor?
Draco levantou a cabeça e encarou Ginny por um longo instante.
- O que isso vai acrescentar na sua vida? – perguntou ele, e a ruiva sorriu.
- Nada de tentar fugir do assunto, Draco Malfoy! Responda!
Ele riu. Ela parecia mesmo uma criancinha curiosa.
- Responda você primeiro.
- Eu perguntei primeiro! – ela disse, sentindo-se extremamente infantil.
- Então responda primeiro.
Ela revirou os olhos, o que fez o loiro rir.
- 11 anos, Harry Potter.
Draco sentou-se imediatamente, com cara de nojo.
- Credo! Você gosta dele desde os 11 anos?
Ginny assentiu com a cabeça.
- Que tempo desperdiçado! – disse, deitando-se de novo.
- O Harry é uma ótima pessoa, viu?! – retrucou Ginny.
- Claro, ele é uma ótima pessoa! – disse Draco, sarcástico – Uma ótima pessoa que se acha o melhor só porque tem uma cicatriz particularmente horrível na testa. Um idiota prepotente.
Ginny caiu na gargalhada, o que fez Draco ficar confuso.
- Do que você está rindo?
- Olha quem fala de prepotência! – disse a ruiva, entre risos.


Come on, Come on
venha, venha
Move a little closer
venha pra mais perto
Come on, Come on
venha, venha
I want to hear you whisper
quero ouvir você sussurrar
Come on, Come on
venha, venha
Settle down inside my love
acomode-se dentro do meu amor


- Tem uma diferença entre a minha prepotência e a prepotência do cicatriz! – disse o loiro, indignado. Ginny segurou o riso.
- E qual é?
- Ele não tem motivo para se achar, é apenas mais um perdedor idiota que vive na barra das vestes de Dumblodore.
- E você? – perguntou Ginny, divertida.
- Eu sou lindo, perfeito, maravilhoso, gostoso, inteligente, rico e outros adjetivos, e assim tenho todo o direito de demonstrar tudo isso. Eu não entendo como tem gente que dá trela pro Potter, e muito menos como você pôde se apaixonar por ele.
Ginny riu e perguntou:
- Será que tudo isso não é ciúmes, não?
Draco encarou-a no fundo dos olhos.
- E porque eu teria ciúmes do Potter, Virgínia? – perguntou ele, sorrindo irônico. Ela sentiu seu rosto corar.
- Ora... não sei. Podem haver vários motivos... – ela disse, encarando-o. Ele percebeu muito bem qual era a intenção da garota com aquilo.
- Agora quem está sendo prepotente é você.
Ginny riu.
- Aprendi com o melhor.


Come on, come on
venha, venha
Jump a little higher
pule um pouco mais alto
Come on, come on
venha, venha
If you feel a little lighter
se você se sentir um pouco mais leve
Come on, come on
venha, venha
We were once upon a time in love
era uma vez nós apaixonados


- Mas responda logo! Seu primeiro amor...?
- Não posso responder se a coisa nunca aconteceu, Virgínia.
O queixo da ruiva caiu mais uma vez. Aquele garoto só a surpreendia.
- Você quer dizer que nunca se apaixonou?
- Creio que foi isso que eu disse.
- Mas... como? É impossível você nunca ter se apaixonado!
- Bem Virgínia, se eu estou dizendo que eu nunca me apaixonei, é porque eu nunca me apaixonei! – disse Draco, começando a se irritar.
- Mas... até a Murta já se apaixonou! – comentou a ruiva. Ela não conseguia acreditar que Draco nunca tinha se apaixonado.

- A Murta é uma fantasma que chora o dia inteiro, e seu passatempo preferido é passear por canos entupidos e espiar os garotos tomarem banho. Não é difícil acreditar que ela já se apaixonou.
Ginny pensou por um instante e concordou, mas era bastante difícil aceitar a idéia. Certo, ele era Draco Malfoy e com certeza ninguém esperava que já tivesse se apaixonado, mas nos últimos dias Ginny havia conhecido o outro lado de Draco, o lado que pode até se apaixonar.
- E com certeza é muito melhor não se apaixonar do que cometer a insanidade de se apaixonar pelo Potter.
Ginny riu.
- Realmente, tenho que confessar que demorei bastante tempo pra perceber que para o Harry eu era apenas a irmã mais nova do Ron. E só depois disso consegui mostrar pra todos quem eu sou de verdade.

- Mas agora você caiu nos braços do Potter de novo... – comentou Draco, amargo, se levantando e indo em direção às suas roupas, que estavam jogadas em um canto do palco. Ginny seguiu-o.
- Quem disse isso? – perguntou a ruiva.
- Não é preciso ninguém me dizer, eu vejo como vocês são. – o loiro comentou, pegando suas roupas do chão.
- Como nós dois somos? Eu não estou te entendendo! Eu não tenho nada com o Harry! – Draco encarou-a no fundo dos olhos.
- E por acaso ele sabe disso?


We're accidentally in love
estamos acidentalmente apaixonados
Accidentally in love
acidentalmente apaixonados
Accidentally
acidentalmente


- Claro que ele sabe! – retrucou a ruiva, sem ter muita certeza do que dizia. – Nós apenas nos beijamos algumas vezes, não há nada de sólido nisso!
- Então você devia dizer isso para ele, pois eu duvido que ele ache a mesma coisa que você! – disse Draco, enquanto puxava Ginny para a parte de trás do palco e fechava as cortinas vermelhas, pretendendo de trocar.
- Ora, Malfoy, você não sabe de nada! – desabafou a ruiva, enquanto se trocava. Ouviu Draco bufar do outro lado.
- Eu não sei de nada? Claro que sei, Weasley! Eu vejo muito bem como o Potter te olha, como ele morre de raiva quando nos vê contracenando! Eu não sou cego.
Ginny terminou de se vestir e voltou para o palco, onde Draco recolhia os doces que haviam sobrado, colocando-os na caixa.

- Pois se o Harry faz isso, o problema é dele! – exclamou ela, já se descontrolando. Draco colocou a caixa em um canto e voltou-se para ela.
- Pois eu pensei que você ainda fosse apaixonada por ele.
Ginny corou.
- Mas... eu ainda… ainda sou apaixonada por ele. – ela disse, sem a mínima convicção. Draco arqueou as sobrancelhas – Quer dizer... não sei! Não sei de nada, e não estou com vontade de pensar nisso agora!
Dizendo isso, foi até a escada do palco e desceu-a rapidamente. Draco foi atrás dela.


Come on, come on
venha, venha
Spin a little tighter
gire um pouco mais apertado
Come on, come on
venha, venha
And the world's a little brighter
e o mundo é um pouco mais claro
Come on, come on
venha, venha
Just get yourself inside her
apenas dentro dela


- Aonde você vai? – perguntou ele. Ela continuou a andar.
- Vou caçar grindlows, não está vendo? – disse ela, irritada. – Estou indo embora.
- Nessa chuva? – perguntou ele, enquanto a ruiva abria a porta e pingos de chuva entravam pela porta. A chuva tinha diminuído um pouco, mas continuava forte. Ela o encarou.
- Como se você se importasse! – ela disse, saindo na chuva. Sentiu as gotas geladas da água penetrarem no seu corpo, seu cabelo começar a pesar, encharcado. Já tinha dado alguns passos quando sentiu uma mão forte a puxar.

- Pois você se engana muito se pensa que eu não me importo com você, pois eu me importo! – viu Draco dizer, a voz abafada pela chuva. Estava encharcado, os cabelos loiros caíam pesadamente na cabeça, e ele estava mais lindo do que nunca. Ela pensou no que dizer, mas só uma coisa lhe veio à cabeça.
- Mas você não deveria se importar! – praticamente gritou, tentando parecer decidida – Você não pode se importar comigo, não faz sentido!
Draco sentia como se estivesse dentro de um cubo de gelo, e não mais media as palavras.

- Já cansei desse seu papo de que agente não devia fazer isso, não devia fazer aquilo! Porque, não importa como, eu consigo tudo o que quero!
Ginny nem teve tempo de pensar em uma resposta, pois sentiu os braços fortes de Draco abraçarem-na e unir suas bocas. Era um beijo quente, esfriado pelas gotas geladas da chuva. Draco abraçou a cintura da garota com força, enquanto ela fazia o mesmo com o pescoço de Draco. Ficaram assim por um bom tempo, a língua dos dois explorando cada lugar de suas bocas. Sentinram-se completos. Mas uma voz na cabeça da ruiva falou mais alto. Não podia fazer aquilo com Harry. Memo que ela não gostasse mais dele, era verdade o que Draco dissera: ele ainda acreditava que eles tinham alguma coisa. E isso não era justo. Empurrou Draco levemente. Ele encarou-a confuso, mas o único que ela conseguiu fazer foi virar-se e sair correndo. Era inevitável e ela tinha que assumir de uma vez. Estava apaixonada por Draco Malfoy.

****
Assistiu Ginny correr para o castelo. Sua ruiva. A ruiva que tomava conta de si. Sentiu um imenso vazio por dentro sem tê-la ali consigo. De repente, seu corpo se congelou. Sentiu cada centímetro dele ficar frio, e sabia que não era por causa da chuva. Já estava na hora de assumir a verdade. Estava apaixonado por Ginny Weasley.


Love ...I'm in love
amor... estou apaixonado









N/A: Olá amores da minha vida!! Capítulo novinho pra vocês!! Gostaram?? eu ameei!! espero que gostem e comentem preu saber oq vcs acharam!! Hoje não vou poder responder os coments, tenho simulado amanhã e nem abir a apostila ainda!! então vou só citar os nomes:

Srta. Pontas!, Lah Malfoy, MF's Slytherin, Ariadne Lasombra, BeLaaH Malfoy PotteR !, ***kAkA***, Maggy Malfoy, kaKa MoNtEiRo, Tatah Malfoy, Mady Potter e Luuú Andrade : Brigadão por comentarem, viu?! os coments de você são muuuuito importantes pra mim, me fazem sentir muuuito bem e animada pra continuar a fic!! por isso, continuem comentando, ok?!

Tenho que ir agora!! Tem muita gente que entra e não comenta, e isso me deixa triste!! comente, por favor! é de graça!!
xD
beijos!!

COMENTEM!!!


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