Vocês Serão Os Próximos



(N/A: antes de qualquer coisa, quero avisar que o capítulo é baseado no que há sobre as maldições imperdoáveis em Harry Potter e o Cálice de Fogo. Porém, realmente recomendo que vocês leiam, pois há trechos no meio que são bem importantes para a fic! Enjoy...)

Capítulo X – Vocês Serão Os Próximos


“São tantas coisas a dizer, mas como lhe explicar?
O que me aconteceu, não vou contar, se não vai me deixar...”

(Rei Leão – Nesta Noite)


--- Argh, vocês demoram demais! --- Lily reclamou, quando ela, suas amigas e os marotos chegavam na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas quase atrasados.

--- Lily, Lily... --- Tiago disse, sorrindo para ela. --- Você tem que aprender a relaxar.

--- E você tem que aprender a ficar de boca fechada. --- ela disse, ignorando-o e entrando na sala, onde o professor e mais um homem estavam em pé perto da escrivaninha.

Sendo otimista, digamos que o tal homem era um pouco... Esquisito. Na verdade, ele era um pouco assustador. Sentaram-se todos nas primeiras fileiras, já que foram os últimos a chegar e os outros lugares estavam todos ocupados.

--- Certo, acho que a maioria de vocês já ouviu falar de mim. --- o homem disse, sério. --- E para os que não ouviram, meu nome é Alastor Moody. Sou auror do Ministério da Magia, e vim aqui hoje a pedido de Dumbledore dar uma aula digamos que... especial para vocês.

Todos os alunos o observavam, interessados. Se ele estava ali a pedido de Dumbledore devia ser uma aula realmente importante.

--- Então, vamos direto ao assunto. Maldições. Elas têm variados graus de força e forma. Agora, segundo o Ministério da Magia, eu devo ensinar a vocês as contramaldições e parar por aí. Não devo lhes mostrar que cara têm as maldições ilegais até vocês chegaram a maioridade, o que a maioria ainda não fez. Até lá, o Ministério acha que vocês não têm idade para lidar com elas. Mas o Prof. Dumbledore tem uma opinião mais favorável dos seus nervos e acha que vocês podem aprendê-las, eu digo que quanto mais cedo souberem o que vão precisar enfrentar, melhor. Como vão se defender de uma coisa que nunca viram? Um bruxo que pretenda a lançar uma maldição ilegal sobre vocês não vai avisar o que pretende. Não vai lançá-la de forma suave e educada bem na sua cara. Vocês precisam estar preparados. Precisam estar alertas e vigilantes.

--- Então... Algum de vocês sabe que maldições são mais severamente punidas pelas leis da magia?

Alguns braços se ergueram no ar, inclusive o de Lily, no que o professor apontou para ela.

--- Maldição Imperius. --- a ruiva falou, hesitante.

Moody abriu a gaveta da escrivaninha e tirou um frasco de vidro. Três enormes aranhas pretas corriam dentro dele. Meteu a mão dentro do frasco, apanhou uma aranha e segurou-a na palma da mão, de modo que todos pudessem vê-la. Apontou, então, a varinha para o inseto e murmurou “Imperio!”

A aranha saltou da mão dele para um fino fio de seda e começou a se balançar para frente e para trás como se estivesse em um trapézio. Esticou as pernas rígidas e deu uma cambalhota, partindo o fio e aterrissando sobre a mesa, onde começou a plantar bananeiras em círculos. Moody agitou a varinha, e a aranha se ergueu em duas patas traseiras e saiu dançando um inconfundível sapateado.

Todos riram – exceto Moody.

--- Acharam engraçado, é? --- rosnou ele. --- Vocês gostariam se eu fizesse isso com vocês?

As risadas pararam quase instantaneamente.

--- Controle total. --- disse, em voz baixa, quando a aranha se enrolou e começou a rodar sem parar. --- Eu poderia fazê-la saltar pela janela, se afogar, se enfiar pela garganta de vocês abaixo...

Toda turma engoliu em seco.

--- A Maldição Imperius pode ser neutralizada, mas é preciso força de caráter real e nem todos a possuem. Por isso é melhor evitar ser amaldiçoado com ela se puderem. VIGILÂNCIA CONSTANTE! --- vociferou ele, e todos os alunos se assustaram.

Moody apanhou a aranha acrobata e atirou-a de volta ao frasco.

--- Alguém conhece mais alguma? Outra maldição ilegal?

A mão de Lily voltou a se erguer, mas dessa vez o professor apontou para um dos marotos.

--- A Maldição Cruciatus. --- Sirius disse, numa voz fraca, mas clara. Lembrava-se como se fosse ontem das vezes que seu pai a aplicara nele, como castigo.

--- Isso, a Maldição Cruciatus --- Moody começou. --- Preciso de uma maior para lhes dar uma idéia. --- disse, apontando a varinha para a aranha. --- Engorgio!

A aranha inchou. Estava agora maior que uma tarântula. O auror tornou a erguer a varinha, apontou-a para a aranha e murmurou “Crucio!”

Na mesma hora, as pernas da aranha se dobraram sob o corpo, ela virou de barriga para cima e começou a se contorcer horrivelmente, balançando de um lado para outro. Não emitia som algum, mas todos puderam ter certeza de que, se tivesse voz, estaria berrando. Moody não afastou a varinha e a aranha começou a estremecer e a se debater violentamente...

--- Pare! --- Lílian gritou, com a voz aguda. --- Não está vendo que todos estão ficando aterrorizados?

Moody ergueu a varinha. As pernas da aranha se descontraíram, mas ela continuou a se contorcer.

--- Reducio! --- Moody murmurou, e a aranha encolheu, voltando ao tamanho normal. Ele a repôs no frasco em seguida.

--- Dor. --- o auror explicou, em voz baixa. --- Não se precisa de mais nada parar torturar alguém quando se é capaz de lançar a Maldição Cruciatus... Alguém conhece mais alguma?

Pela expressão dos alunos, pareciam estar todos pensando no que aconteceria com a última aranha. A mão de Nat tremia levemente quando se ergueu no ar.

--- Sim? --- Moody disse, olhando-a. Aquela garota não lhe era estranha.

--- Avada Kedavra. --- ela sussurrou.

Vários dos colegas olharam-na intrigados, inclusive Lily.

--- Ah --- o homem exclamou, um sorrisinho torcendo sua boca enviesada. --- A última e a pior. Avada Kedavra... A maldição da morte.

Ele enfiou a mão no frasco e, quase como se soubesse o que a esperava, a terceira aranha correu freneticamente pelo fundo do objeto, tentando fugir dos dedos de Moody, mas ele a apanhou, colocando-a sobre a escrivaninha. O inseto começou a correr, desvairado, pela superfície de madeira.

Moody ergueu a varinha, prendendo a atenção de todos. --- Avada Kedavra!

Houve um relâmpago ofuscante de luz verde e um rumorejo, como se algo vasto e invisível voasse pelo ar – instantaneamente a aranha virou de dorso, sem uma única marca, mas inconfundivelmente morta. Várias alunas abafaram gritinhos, e outros olhavam para aquilo espantados.

--- Nada bonito. --- ele disse, calmamente. --- Nada agradável. E não existe contramaldição. Não há como bloqueá-la, e ninguém nunca sobreviveu a ela.

Nat foi quem mais se abalou. Sentada na primeira fileira, podia ver a aranha de perto. Como se sua visão pudesse dar zoom, ela enxergou os olhos da aranha de perto, e aquilo a transportou para a pior lembrança que ela guardava em sua memória...

Aproximou-se da cama onde dois corpos jaziam imóveis, e completamente pálidos. Sua mãe e seu pai... Mortos. A expressão de terror estampada claramente em seus olhos. Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto sem que a criança pudesse evitar. Gritando de tristeza e desespero, sacudiu inutilmente o corpo da mãe pelos ombros numa tentativa frustrada de acordá-la.

A garota teve a impressão de que Moody recomeçara a falar de muito longe. Com um enorme esforço, se obrigou a voltar ao presente e fixar a atenção no que o auror dizia. A lembrança da morte dos pais sempre trazia uma dor horrível, e a deixava meio aérea ao resto do mundo...

--- Avada Kedavra é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la, vocês podem apanhar as varinhas agora, apontá-las para mim, dizer as palavras e duvido que consigam sequer que meu nariz sangre. Mas isto não importa. Não estou aqui para ensiná-los a lançá-la.

O silêncio ainda predominava na sala, todos pareciam estar meio que em choque.

--- Ora, se não há uma contramaldição, por que eu estou lhes mostrando essa maldição? Porque vocês precisam conhecê-la. Vocês têm que conhecer o pior. Não queiram se colocar em uma situação em que precisem enfrentá-la. VIGILÂNCIA CONSTANTE! --- ele berrou, e a turma inteira tornou a se sobressaltar. --- Agora, essas três maldições, Avada Kedavra, Imperius e Cruciatus, são conhecidas como as Maldições Imperdoáveis. O uso de qualquer uma delas em um semelhante humano é suficiente para ganharem uma pena de prisão perpétua em Azkaban. É isso que vocês vão ter que enfrentar. É isso que precisam lhes ensinar a combater. Vocês precisam estar preparados, vocês precisam de armas. Mas, acima de tudo, vocês precisam praticar uma vigilância constante, permanente. Apanhem suas penas, copiem o que eu vou ditar...

Os alunos passaram o resto da aula tomando notas sobre cada uma das Maldições Imperdoáveis. Ninguém falou nada até a sineta tocar, mas quando Moody os dispensou e eles saíram da sala, explodiram em um falatório irrefreável. A maioria dos alunos discutia as maldições em tom de assombro “Você viu ela se contorcendo?”, “E quando ele matou a aranha – assim!”

Sirius indignou-se com o modo como comentavam a aula, como se tivesse sido um espetáculo fantástico. Ele não a achara nada divertida – tampouco Nat ou os outros amigos.

Quando mal haviam começando a caminhar, Moody veio atrás deles. --- Senhorita Andrews?

Ela estacou ao escutá-lo chamar seu nome, havia a reconhecido, como ela temia. --- Sim, Senhor Moody? --- ela respondeu, tentando parecer o mais formal possível. Não queria que os outros percebessem que já o conhecia antes.

--- Posso conversar com você por um instante? --- ele perguntou, encarando-a.

--- Er... Tudo bem. Vão indo na frente, encontro vocês depois. --- disse, virando-se para os amigos.

O auror colocou a mão em suas costas, conduzindo-a para sua sala. Fez sinal para que ela sentasse, no que a garota obedeceu.

--- Você era tão pequena... Mas suponho que se lembre de mim? --- ele perguntou, sentando-se atrás da escrivaninha.

Ela fez um sinal afirmativo com a cabeça. --- O senhor é um auror, trabalhou no caso dos meus pais. Lembro-me que foi o primeiro a chegar... Naquele dia. --- seu tom de voz foi abaixando enquanto ia terminando a frase.

--- Sim, sim... Descobriram que foi o assassino? --- ele perguntou, diretamente. --- Tive que me ausentar do caso...

--- Descobriram. --- ela disse, simplesmente. --- Mas nunca conseguiram provar.

O auror a olhava, curioso. Tinha a sensação de que a caçula e membro restante da família Andrews sabia mais do que dizia... Muito mais.

--- Se me dá licença, Sr. Moody, eu tenho que ir encontrar meus amigos...

--- Claro. --- ele disse, observando a garota levantar-se. --- Pode ir.

--- Então... Tchau, eu acho. --- ela disse, meio desorientada. Era estranho conversar com aquele homem novamente. Quando criança, ele a vira chorando como nunca, tão fraca. Ela não era mais fraca, não queria que pensassem que era. E ele era um dos que testemunhara sua fraqueza.

Saiu da sala, caminhando rapidamente em direção a Sala Comunal, onde provavelmente os amigos estariam, já que não teriam mais nenhuma aula aquele dia.

--- Ah, Nat, aí está você! --- Tiago disse, logo que a garota passou pelo buraco do retrato. --- O que aquele auror esquisitão queria com você? --- perguntou, erguendo uma sobrancelha.

Argh, justo aquilo que ela não queria que perguntassem. O que responderia?

--- Er... Nada demais! --- ela disse, dando um sorriso amarelo para tentar fugir do assunto. Mas pelo jeito sua atuação não foi das mais convincentes, pelo menos não para todos.

--- Nat? --- Lily a chamou, aproximando-se dela. --- Está tudo bem?

A loira a olhou, fingindo-se de desentendida. Aquela era sua única saída, fingir. --- Mas é claro, por que não estaria?

Sorriu o mais verdadeiramente possível para a amiga, mas é como dizem: os olhos não mentem enquanto a boca o faz. Ela podia apostar que, naquele momento, seu olhar a traía. Confiava em Lily, realmente confiava. Mas seu passado era algo que ela preferia não trazer a tona...

--- Sei lá. --- a ruiva respondeu, simplesmente. --- Você anda estranha desde que teve aquele pressentimento... Deve ser imaginação minha. --- completou, para encerrar o assunto, mas o olhar que ela lançava à amiga entregava que não estava acreditando muito naquilo.

--- É, deve ser imaginação... --- Nat comentou, pensativa, indo sentar em uma das poltronas junto com os outros.

Isa estava sentada ao lado de Remo, e ele a abraçava timidamente, passando o braço por cima de seus ombros. Nat sorriu francamente ao vê-los trocar um rápido beijo, era bom ver os amigos felizes.

--- Hey, Almofadinhas! --- Tiago disse, como quem se lembra de algo. --- Estamos sem artilheiro para o time de Quadribol, sendo que o Oliver se formou ano passado. Alguma idéia de quem poderia substituí-lo?

Sirius parou para pensar um momento. --- Não, não sei... Acho que você vai ter que organizar um teste, Pontas.

--- Argh, droga! --- Tiago disse, suspirando.

Era sempre uma chatice ter que realizar esses testes, várias garotas que não sabiam nem segurar uma vassoura indo lá para se mostrar, além dos incompetentes que queriam tentar virar populares jogando.

--- Isa, por que você não joga?! --- Nat questionou, sorrindo.

--- NAT! --- ela a repreendeu, corando. --- Não, de jeito nenhum. Eu não jogo faz muito tempo e...

--- Besteira! Você sempre jogou muito bem, principalmente como artilheira!

--- Isa, eu não sabia que você jogava! --- Tiago disse, sorrindo abertamente. --- Está decidido então, só preciso ver você jogando para ter certeza de que pode fazer parte do time.

A garota corava cada vez mais, não gostava de chamar atenção desse jeito. E não queria nem imaginar o que era jogar na frente de toda Hogwarts, era responsabilidade demais...

--- Desculpe Tiago, mas eu... --- ela começou, tentando arranjar uma saída.

--- Ora, por que não, Isa?! --- Sirius disse, sorrindo amigavelmente. --- Você vai jogar – se souber jogar bem, é claro. Está decidido!

--- Ham, ham. --- Tiago limpou a garganta, falsamente. --- Até onde eu me lembro, o capitão aqui ainda sou eu!

--- Você não seria nem metade do capitão que é se não fosse por mim! --- Sirius disse, gabando-se. --- Quanto menos o time teria conquistado tantas vezes a taça.

--- Ah, Sirius e sua incrível modéstia... --- Nat disse, revirando os olhos.

--- Não posso evitar. --- ele retrucou, lançando um sorriso um tanto quanto suspeito para a loira. --- Já nasci perfeito.

Todos riram com o famoso comentário à lá Sirius Black.

--- Pronto, começou... --- Remo disse, balançando a cabeça para os lados num falso gesto de desaprovação.

--- Que tal irmos agora para o campo de Quadribol para vermos como a Isa joga? --- Tiago sugeriu, ansioso.

--- Potter! --- Lily o repreendeu, entrando na conversa depois de ter passado algum tempo calada. --- Isso não é hora para se ir ao campo de Quadribol, já está tarde.

--- Ainda não está tão tarde assim. --- Nat disse, consultando o relógio na parede. --- Temos um bom tempo até a hora em que precisamos estar de volta à Sala Comunal.

--- Perfeito, então. --- Sirius disse, dando um salto da poltrona. --- Estão esperando o que?

Todos levantaram e já iam em direção ao buraco do retrato, quando perceberam que a ruiva não os acompanhava. Tiago abriu a boca para falar, mas Remo fez um sinal com a mão para que ele parasse – do jeito que ele e Lílian brigavam, aí sim que ela não ia querer ir.

--- Vamos, Lily. Não está tarde ainda, e eu prometo que nós voltamos logo. Sem falar que o Tiago é o capitão do time de Quadribol da Grifinória, qualquer coisa usamos isso como desculpa. --- Remo disse, dando um sorriso amigável.

--- Certo, certo. Vocês venceram. --- a garota disse, levantando-se. --- Mas nós vamos voltar cedo, e nada de reclamações.

--- Sim, Lily. --- Todos os amigos disseram em coro. Nem que eles tivessem combinado teria saído tão certo.

Chegando no campo, não tiveram uma surpresa muito agradável – parecia que não eram os únicos que decidiram treinar aquele dia. O time da Sonserina também estava lá.

--- Hey, Potter. --- Malfoy disse, descendo com a vassoura numa altura um pouco acima dos recém chegados. --- O que você pensa que faz aqui?

--- Isso não vai acabar bem... --- Isa sussurrou para Lily, que assentiu com a cabeça. Nada que envolvesse grifinórios e sonserinos, e principalmente que envolvesse os Marotos e Lúcio Malfoy acabava bem.

--- O mesmo que você, eu suponho. --- Tiago disse, cínico.

Malfoy deu uma risada de deboche. --- Grande time o seu, hein? Traidores do próprio sangue, e não venha me dizer que até a sangue-ruim vai jogar agora?! --- disse, indicando Lílian com a cabeça.

--- Lílian Evans. --- Tiago disse, furioso, tirando a varinha do bolso e apontando-a para o sonserino. --- O nome dela é Lílian Evans. E se eu ouvir você falar isso mais uma vez, eu juro que faço você se arrepender de ter nascido.

Lílian estremeceu. Tiago sempre a defendia, mas nunca o vira tão furioso daquele jeito. É claro que as ofensas a incomodavam um pouco, mas ele não precisava se envolver dessa forma.

--- Experimente tentar, Potter. --- ele disse, rindo. --- Pessoal, já que nós já terminamos mesmo, vamos deixar o timinho da Grifinória treinar um pouco, quem sabe assim eles entram em condições de nos enfrentar. --- Malfoy gritou para o seu time, rindo.

--- Boa idéia, Malfoy. Por que você não aproveita para ir tomar banho e lavar suas madeixas loiras? Aposto que com um pouco de cuidado seus cabelos ficam tão sedosos quando os da Narcisa. --- Sirius disse, maldosamente.

Todos explodiram em risadas, principalmente Pedro, com seu costumeiro jeito de idolatrar qualquer coisa que vinha de Sirius ou Tiago.

--- Não vou perder tempo com você, Black. Você mancha o nome da sua família andando com esse tipo de gente. --- Malfoy disse, sério. --- Deveria aprender a andar com as pessoas certas.

--- Acho que eu consigo ver sozinho quem são as pessoas certas.

Ignorando o comentário, mas com uma cara não muito boa, Malfoy passou voando por eles em direção ao castelo. Quando já estava a uma distância segura, virou para trás.

--- Até mais, sangue-ruim. --- gritou, no que Tiago fez menção de azará-lo, mas foi impedido por Remo. --- Vocês serão os próximos. --- dizendo isso, saiu voando rapidamente e desapareceu do campo de visão deles.

Lily estava em estado de choque. O que aquilo poderia significar? “Vocês serão os próximos”?!

--- Vocês escutaram isso? --- Tiago disse, tentando se acalmar, andando de um lado para o outro. --- Se querem saber, eu não duvido que ele possa ser um Comensal.

--- Você está pensando besteiras demais, Potter. --- Lily disse, já recuperada do susto. --- Estudantes do sétimo ano não podem ser comensais.

--- Sonserinos sim. --- Sirius disse, sério. --- E se os conheço bem, e posso garantir que conheço, principalmente os Malfoy.

--- Lily tem razão, Tiago. --- Remo disse, calmamente. --- Quer dizer, todo mundo sabe que certos sonserinos tem uma queda pelas Artes das Trevas, como a família do Malfoy, mas daí a serem comensais...

--- É impossível. --- Nat disse, olhando para o nada. Pela expressão indecifrável que trazia no rosto, estava tentando convencer mais a si mesma do que aos amigos.

--- Mas olhe o que ele disse! – Tiago exclamou, indignado por os amigos não concordarem com ele.

--- Seja ele comensal ou não, --- Isa disse, decidida a por um fim naquela discussão. --- Tudo que nós temos são meras suspeitas, não há como provar. Agora que tal começarmos a jogar? --- sugeriu, animada.

Concordando com a idéia, todos os jogadores montaram em suas vassouras. Antes de levantar vôo, Tiago olhou para Lily, enquanto a mesma o observava com uma expressão curiosa, mas desviou o olhar ao encontrar o dele.




N/A: Capítulo meio sem graça, mas importante para a fic. Entendam. Vocês não queriam que a vida dos marotos se resumisse simplesmente em amor, não é? A menos que a fic fosse voltada para isso. Como ela é voltada para toda a história deles...

Ah, eu sei que no quarto livro quem deu essa aula não era o verdadeiro Moody. Porém, com essas coisas importantes eu gosto de pegar as referências reais, dos livros, e, como ele estava se passando pelo Moody, devia saber como ele agia, certo?

Se surpreenderam com a Isa jogar como artilheira? Pois é... Na verdade eu decidi isso esses dias, porque vai ser útil mais para frente. Bem útil.

Beijos!

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