Perdidos



Cap22


Capítulo 22: Perdidos.


_Se acomodem.- disse Amy, ela esperou, e então tomou fôlego.- Ontem, durante a festa recebemos notícias que alguém havia sido seqüestrado. Isso não é novidade em tempo de guerra, mas o que nos preocupou foi que essa pessoa havia sido convidada para a festa, e acho que muitos a conhecem; Cho Chang.- Harry pode sentir os olhares em cima dele, mas ele não tirou os olhos da madrinha.


_Você nos disse isso ontem, Amy. O que mais aconteceu?- perguntou o garoto.


_Estávamos tão preocupados em saber quem não viria a festa, dos nossos, que nos esquecemos dos de vocês...- Ela olhou para os bruxos da Ordem.


_O que aconteceu com minha avó?- Neville se levantou depressa.


_Não é com sua avó, Longbottom.- foi Draco quem respondeu, mas ele apenas moveu os olhos por alguns segundos, sua preocupação estava com a castanha ao seu lado.- “dos nossos”... Amy quis falar dos...- Draco parecia que ia vomitar as palavras, mas as engoliu e passou a olhar para Hermione diretamente.- Amy está falando dos pais da Granger.


Era óbvio que a garota estava inutilmente tentando segurar as lágrimas, que estavam prestes a cair de seus olhos, e o corpo tremia, mas ela continuou calada, sentada. Harry e Rony trocaram olhares, e foram para o lado da amiga, um de cada lado, segurando as mãos dela.


_A prioridade dos Guardiões é encontrar os três, os Granger e Cho Chang, o restante da Ordem terá que descobrir quem.- terminou Amy.


_NÃO!- Exaltou-se Molly.- Eles são apenas crianças, Amy! Para isso existe a Ordem da Fênix, para que as crianças não tenham que ir para a linha de fogo.


_Já chega, Molly!- foi a vez de Amy colocar-se a frente, a Sra. Weasley não desviou o olhar.- Eu entendo você, mas eu não vejo mais crianças aqui.


_Não vê? O QUE ACHA QUE ELES SÃO?- A Sra. Weasley apontou para os oito.


_Molly...


_NÃO, ARTHUR! Dá última vez que eles saíram, nós tivemos que ir buscá-los! Eles têm apenas 16, 17 anos! Nessa idade nós...


_Nessa idade Molly, nenhum aqui era importante ou se importava o suficiente para estar na posição em que estão.- interrompeu Amy.


_Você... Quando Arthur me disse quem você era, a neta de Alvo Dumbledore, eu fiquei realmente aliviada, achando que a Ordem estaria em boas mãos. Seu avô sempre estava preocupado com o futuro, mas você... É uma inconseqüente que só agi por conta própria!


_POR CONTA PRÓPRIA?- Amy levantou-se ainda encarando a Sra. Weasley.- Molly, eu entendo seu lado. Ver os seus sete filhos na Ordem deve ser um fardo, mas...


_Você entende? O que você acha que entende? Uma piralha...


_Uma piralha que já é MÃE! E que mesmo a única filha estando na “linha de fogo” está aqui, a mandando novamente para uma missão.- Molly pareceu não ter argumentos.- Acredite, eu erro apenas uma vez, se eu não os achasse capaz de retornar com sucesso dessa missão, a hipótese teria sido anulada.


_Rachel, é melhor explicar logo a missão.- intrometeu-se Lupín.


_Tem razão, Remo. Alastor.- disse Amy.


_Estive com alguns aurores de confiança, pertencentes à Ordem, vasculhamos toda a área imaginável que eles poderiam estar, mas somos limitados, por falta de conhecimento. A Sra. Longbottom não foi levada, mas está no St. Mungus.- Neville se levantou preocupado.- O estado dela não é tão grave pois chegamos a tempo, um Comensal está morto, o outro fugiu. Nós temos a Sra. Malfoy sobre custódia, ela está afirmando querer ajudar a Ordem, estamos a mantendo sobre vigilância.- Draco cruzara os braços e se segurou para não avançar.- Quanto a situação da Srta. Chang e do Sr e Sra. Granger, ainda não sabemos sua localização. Motivo é considerável o mesmo, fazer Potter e os demais Guardiões saírem das sobras e irem atrás de Voldemort. Isso é tudo.


_A idéia, é novamente dividi-los, com seus parceiros. Nicole e Harry irão atrás da Srta. Chang, por acharmos que ela irá estar mais bem vigiada, Rony e Luna irão com vocês. Neville e Ginny ficaram no St. Mungus para certificar-se da segurança da Sra. Longbottom, temos motivos para achar que eles tentaram novamente se saberem que o neto estará lá, e por ser de “puro-sangue”, achamos que eles irão querer recrutá-lo, Neville, talvez tenha sido esse o objetivo de tentarem levar sua avó. Draco e Hermione... Vocês irão atrás dos Granger.- esclareceu Sirius.


_Não é melhor alguém acompanhá-los? Apenas eles dois...- disse a Sra. Weasley.


_Ao chegarem, eles terão ordens de avisar-nos a localização, nós aparataremos direto para lá.- respondeu Lupín.


_Missão entendida?- perguntou Amy. Todos concordaram.- Alguma pergunta?


_Porque não fui avisado que minha mãe estava sob custódia da Ordem?- perguntou Draco.


_Ela veio a nós apenas há dois dias. A interrogamos com Veritaserum, mas havia possibilidade dela estar sobre efeito da Imperius. Tivemos que esperar.- ela respondeu.


_Quem está cuidando dela?


_Gui e Horácio, mas não se preocupe, ninguém está fazendo nenhuma mau a ela, Draco.- respondeu Amy.- Mais alguma coisa?- Não houve resposta.- Estão dispensados.


Mas Draco não se moveu. E foi percebido. Sirius e Amy trocaram olhares, mas ela deu sinal de ok. Harry e Rony não desgrudaram de Hermione, assim como Ginny. Nicole, Luna e Neville os seguiram.


_Algo mais, Draco?- Amy perguntou, o loiro estava de frente para ela.


_Quero visitar minha mãe, antes de ir.- ele foi direto.


_Acha mesmo uma boa idéia? Eu sei que você é, agora, um membro da Ordem, mas não se esqueça que há alguns meses você tentou matar meu avô, o líder dela. Acha que é uma boa idéia ir visitar sua mãe, enquanto não conquistou a confiança dos seus companheiros?


_Eu não me importo. A Questão aqui é me redimir. Quando você me ofereceu remição, coloquei minha própria mãe em perigo e acreditando que ao menos ELA meu pai iria proteger. Se ela está agora sobre custódia da Ordem, quero saber por quê. Tenho certeza de que o Lorde das Trevas não iria simplesmente deixar a esposa de Lúcio Malfoy, pai do que o traiu, fugir.- Amy o observou.- Preciso vê-la, Amy. Ela é minha mãe! Tudo que fiz até agora, foi por ela.


_Você tem razão, até o fim do dia irei proporcionar sua visita.


_Obrigada.- Draco riu irônico.


_Algum problema?


_Nenhum, só não estou acostumado a dizer isso com tanto significado. Com licença.- dizendo isso ele foi embora.


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Harry afagava os cabelos de Hermione que chorava em seus braços, e lançava olhares para Rony que retribuía com o mesmo significado. Não era comum a amiga chorar daquela forma, principalmente na frente deles, ambos tentando entender o que ela passava, mas sem sucesso. Rony ainda tinha ambos os pais, e apesar de eles serem membros ativos da Ordem, ele sempre tinha o sentimento de certeza que eles voltariam seguros. Harry, por outro lado, já perdera os pais, então nunca havia passado tal preocupação.


_Hermione... Você tem que pensar positivo.- Rony disse segurando a mão da amiga.


_Sim, ninguém fará nada com seus pais, você os encontrará.- completou Harry.


_Vocês não entendem.- ela disse tentando limpar as lágrimas do rosto.- Eles não entendem o que está acontecendo, apenas, achavam que um assassino ou ladrão fugiu da cadeia. Foi realmente difícil deixá-los me permitir ir ao casamento de Gui e Fleur, e o fato de que eu não me comunicava desde então, não ajudou em nada. Eles... Eles podem facilmente...- ela começara a chorar novamente.


Harry e Rony não abriram mais a boca. Enquanto o moreno beijava delicadamente a cabeça da amiga, o ruivo acariciava a mão dela. Eles zelaram até a última lágrima da castanha, sem dizer mais nada. Ouviram um barulho, mas o ignoraram, tomando atenção aos soluços da castanha.


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_Foi bastante útil até agora. Amy Black não tem noção do que está fazendo, é nova demais.- disse Nott.


_Claro que não. Agora percebo que aquele velho já estava bem caduco! Como ele pode deixar uma coisinha inexperiente como líder dos idiotas!- Belatriz comentava maldosa.


_Não tenha certeza, Belatriz. Dumbledore sempre teve as idéias nos eixos.- rebateu Snape.


_É, mesmo? Então em que direção estava seu eixo quando você o matou?- ela perguntou rindo.


_Parem já com isso, o Lorde das Trevas sempre respeitou Dumbledore, por algum motivo Bella, então o respeitemos.- apaziguou Lúcio.


_Você já devia saber que sua moral não está alta, Lúcio. Com um filho como Guardião da Ordem, e a esposa refugiada na própria, você deveria passar a cantar baixinho.- disse Crabbe.


_É, porque você sabe, não importa quem pegarmos primeiro, filho ou esposa, eles serão história, como traidores de Lorde Voldemort.- falou Dolohov.


_Como a família Malfoy decaiu, concorda Snape? Dos mais leais, aos sob maiores suspeitas.- ria Rookwood.


_Já disse que já chega!- gritou Lúcio.


_Lúcio, Lúcio... Não se incomode com os comentários dos seus companheiros. Você sabe o quanto aprecio sua lealdade, e quanto a sua esposa... Posso presumir apenas que foi uma triste escolha da irmã errada, concorda minha querida Bella?- Voldemort estava sentado em uma grande cadeira na ponta de uma enorme mesa.


_Claro que sim, meu Lorde. Minha irmã deve ter perdido alguns parafusos, ou estar sobre efeito de algum feitiço. Sabe que minha lealdade é apenas sua.- a mulher curvou-se em reverência.


_Observa, Lúcio? Isso é uma mulher obediente e fiel, uma companheira digna.- ele disse com um sorriso maldoso.- Agora, quanto a Sra. Black, sua nomeação é mais do que evidente, mas não é importante entrarem em seu conhecimento... Estou certo, Nagini?- a cobra que estava enrolada na cadeira balançou a cabeça em afirmativo.- Nosso trabalho agora é apenas esperar.


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_Hermione já está melhor?- Harry assustou-se ao ver a noiva sentada no chão e encostada na porta de seu quarto.


_Parou de chorar, mas nós sabemos que ela ainda está preocupada.- o moreno respondeu sentando-se ao lado dela.


_Eu não sei o que dizer.- Harry sorriu e pegou a mão da garota.


_Apenas a escute.- ele sorriu para ela, e Nicole retribuiu encostando a cabeça no ombro dele.- Além disso, ainda há possibilidade deles estarem vivos.


_Você acredita mesmo nisso?- a morena perguntou brincando com os dedos do noivo.


_A Mione nunca foi de falar muito sobre os pais. Eu só sabia que eles eram dentistas e ponto. Mas ela realmente os amava, quando ela se tornou monitora, as primeiras pessoas que ela quis contar foram eles...


_Dentistas... O que dentistas fazem?


_Bem, os trouxas não tem feitiços ou poções para arrumar os dentes como nós, então é isso que os dentistas fazem, através de aparelhos trouxas e medicamentos, eles os arrumam.- Harry respondeu, era estranho explicar aquilo como se ela fosse uma criança.


_Parece fascinante.- ele sorriu. Esquecia fácil que Nicole era uma bruxa completa.


_Nem tanto, mas é uma profissão de respeito.


_Hmm o que você vai querer ser quando essa guerra terminar, ganharmos e continuarmos vivos?


_Auror.- ele respondeu.- E você?


_Professora de Música.- Harry a encarou, Nicole ruborizou.- Sei que Hogwarts não tem essa opção, mas gostaria de persuadir McGonagall com tal idéia. Nós tínhamos aula de canto em Beauxbatons.


_Eu com certeza assistira a todas suas aulas.- ele comentou beijando o topo da cabeça da morena.- Eu estava querendo vasculhar a Mansão, sabe, descobrir mais sobre onde meus pais viveram. Se junta a mim?


_Hmm, então primeiro saiba que seus pais não moraram aqui.- ela disse se levantando, com Harry a acompanhando.


_O que?


_Sim, aqui foram seus avós. Mas as coisas de seus pais estão no sótão... Quer ir lá?- Nicole segurou a mão do garoto, que fez positivo com a cabeça e a seguiu.


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_Desculpa ter deixado você sozinha.- Rony disse entrando no quarto de Luna, que lia um grande livro na escrivaninha.


_Oh não, sem problemas. Eu entendo.- ela fechou o livro e foi em direção ao ruivo.- Como está Hermione?


_Ainda preocupada. Ela ficou na biblioteca, para estudar. Ela sempre tirou os problemas da frente assim.- ele sorriu.


_Cada um tem seu método. Além disso, não há certeza de que eles estão mortos.- Luna observava Rony, que riu da sinceridade da namorada.


_Estive pensando...- ele puxou a loira para sentar-se ao seu lado na cama.- Talvez você pudesse conversar com ela depois? Vocês têm muito em comum, não é?


_Depois da missão, quem sabe?- ela sorriu em conforto, que Rony retribuiu. O ruivo acariciou o rosto de Luna, e a beijou delicadamente, depois colocou a cabeça no colo dela.


_Luna, o que você está lendo?- ele perguntou enquanto a garota passava os dedos entre seus cabelos.


_Ah, Os contos de Beedle, o bardo.- respondeu simplória.- Amy pediu para lê-los, algo sobre o Profº Dumbledore ficar folheando-o e Amy querer saber a razão.


_E você está lendo o dele?


_Não, o Ministério ainda não entregou os bens do Diretor para ela, então estou lendo o que estava na biblioteca.


_Hmm, então é melhor eu ir?- Mas não parecia uma pergunta, porque Rony virou-se e puxou Luna pela nuca e a beijou suavemente.


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_O que você está fazendo?- o loiro perguntara olhando a castanha curioso.


_É cego? Estou lendo.- Hermione nem se dignou a olhá-lo, continuou com a cara enfiada no livro em cima da escrivaninha.


_Nossa, estamos na defensiva?- ela o olhou ameaçadoramente.- Oh! Estamos psicopatas.


_Não estamos nada, Malfoy.


_Engraçado, não era Malfoy o que estava escutando há algumas horas.- ele riu sádico. Hermione respirou fundo e fechou com raiva o livro, passando a encará-lo.


_O que você quer?- ela o olhava impaciente.


_Quero que você conheça minha mãe.- Hermione esperou, assim como Draco que a encarava. Ela olhou para os lados esperando alguém sair gritando “Pegadinha!”, mas como ninguém apareceu, passou a olhar desconfiado para o garoto.


_Por que...?


_É mais do que justo, se vou conhecer seus pais.


_Não foi uma escolha, Draco. E acredite, não há necessidade desse tipo  de “justiça”.- ela abrira novamente o livro.


_Eu não estou fazendo isso para firma algum tipo de compromisso, Hermione.- ele fora até a escrivaninha, arrancou o livro das mãos da garota, e o fechou com violência.


_Tá fazendo porque?- ela o olhou irônica.


_Você vai entender quando a ver. Agora, vamos?


_Eu não quero ir. Não tenho tempo de pensar na sua mãe, enquanto os meus pais estão lá fora, a mercê do seu pai.- ela frisara as palavras.


_Acho que já deixei bem claro aqui, mas eu não sou meu pai. E você vai, e ponto.


_Quer apostar?- ele a olhou desafiadora, e ele respondeu com um irritado.- ME SOLTA, MALFOY!- No segundo seguinte, a porta da pequena biblioteca da mansão foi escancarada. Hermione estava no ombro de Draco, se debatendo.


_O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, MALFOY?- Neville gritou ao ver a cena.


_Fica na tua, Longbottom.


_NEVILLE! ME TIRA DAQUI! MANDA ELE ME SOLTAR.- Ela ouviu uma risada irônica dele que continuou seu caminho.


_EI, SOLTA A HERMIONE!- Disse Ginny com a varinha em punho.


_Você vai mesmo fazer isso, Weasley?- Draco a olhava irônico.


_Ei! Que gri...O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM A MIONE? LARGA, MALFOY!- Rony mandara descendo as escadas com Luna logo atrás, e a varinha na mão também.


_R-RONY! SOCORRO!


_CALA BOCA, GRANGER!- Draco ordenara.- Eu não estou a seqüestrando se é o que saber.- respondeu o loiro.


_Ehr... Draco, a definição de seqüestro é exatamente isso que você está fazendo.- respondeu Luna.


_Só quero levá-la a um lugar.


_MAS EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO IR! AGORA, ME SOLTA!- Draco revirara os olhos.


_Ei, ei... Draco, porque está segurando Hermione assim?- perguntara Amy.


_ELE QUER ME LEVAR PARA VER A MÃE DELE! COMO SE EU ME IMPORTASSE.- Hermione respondera.


_Na verdade Hermione, foi eu quem deu a idéia.- disse a mulher.


_O QUE?- Todos perguntaram.


_Agora, Draco, coloque-a no chão.- o rapaz bufou, mas o fez.


_Feliz?- ele perguntou encarando a castanha.


_Muito!- ela respondeu irritada.


_Agora, vamos!- ele disse a pegando pelo braço.


_Espera!- ela se soltou com brutalidade.- Porque eu tenho que ir com ele?


_Porque vocês são os únicos que não tem uma sincronia muito boa.- respondeu Amy. Draco rira irônico e resmungou algo como “Você não faz idéia...”.


_E o que isso tem a ver?- quem perguntou foi Rony.


_É bom que eles aprendam mais sobre um e o outro.- Hermione e Draco trocaram olhares cúmplices.- Agora, Hermione, acompanhe Draco, vocês junto com alguns aurores da Ordem iram até onde Narcisa está.- Hermione respirou fundo e aceitou. Eles caminharam até a porta onde encontraram Gui os esperando junto a Tonks.


_Precisa mesmo das vendas?- perguntou à castanha.


_Para ambos, Hermione.- respondeu Gui. Draco rira de lado, mas colocou a venda logo após a castanha.- Agora nós aparataremos até o local, então, relaxem.


_Até parece.- o loiro disse baixinho.


_Respeito, meu jovem.- Horário disse. Eles sentiram uma vertigem e de repente estavam em solo firme de novo. Tiraram a venda, e Hermione identificou logo o local, a antiga Mansão dos Black, ainda tinha o aspecto de há dois anos.


_Porque estamos aqui?- ela perguntou se sentindo repetitiva, mas não ouviu nenhum comentário do loiro, que esperava ansioso Gui o levar até onde sua mãe estava.


A garota olhou atenta Draco, sua expressão era de nervosismo e felicidade, como quem espera um presente e está sendo tentado a procurá-lo. Os dois entregaram um pedaço de pergaminho a ela e Draco, em que tinha escrito; Centro de custódia da Ordem da Fênix, encontrado no largo Grimmauld, número doze, Londres. Ela estranhou, não precisou fazer isso na Mansão Potter, mas logo lembrara. O largo Grimmauld era da família Black, feitiços diferentes estavam implícitos além do Fidelius, que apenas Dumbledore deveria saber, ela pesquisaria depois mais sobre isso.


_Queimem.- disse Horácio. Ambos obedeceram.- Agora, vamos.


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_Aqui. Essa é legal.- Nicole apontou uma foto em que Lupín, Sirius e Thiago brincavam com uma criança, Harry virou a foto e estava escrito “Harry Lupín e Marotos”.


_O que é isso?- ele perguntou frustrado.


_Você não sabe?- Harry esperou.- Remo foi casado, eles tiveram um filho, chamado Harry. É uma das razões por ele evitar ficar muito próximo de qualquer um, mamãe disse que é a razão dele ter evitado Tonks de início. Ela também disse que a falecida era amiga próxima deles... Oh! Acho que tem uma foto aqui em algum lugar...- Nicole revirou um pouco.- Aqui! Harry, essa é Stephanie.


Harry observou a foto. Nela estava, sua mãe segurando alguns livros e parecendo chateada por estar perdendo tempo tirando fotos enquanto podia estar estudando, mas tentava negar um sorriso, Amy bem mais nova com um sorriso radiante e uma moça de cabelos loiros escuros longos e um sorriso angelical, era realmente bela, tinha traços que Harry considerou lembrar alguém e que não teria preconceito algum com o antigo professor. Atrás da foto estava; “Lily, Rachel e Steph, Hogwarts 5º ano - Grifinória”.


_Stephanie... Acho que o Sr Weasley comentou sobre ela, quando contou a história de Amy e Sirius com Lupín.- comentou Harry


_Sim, ela foi apaixonada por Remo. Ela conseguiu quebrar um pouco o próprio preconceito que ele tinha consigo, eles casaram e tiveram um filho, Harry Lupín. Mas Greyback os atacou enquanto Lupín estava fora… Eles não puderam fazer nada, depois disso Remo se afastou.


_Isso... Isso é horrível.


_Essas lembranças estão aqui porque Lupín não as quer. Mamãe acha que ele tem uma da própria família, e só. Tonks entende, ele mesmo contou a ela.


_Eu não me permitiria deixar algo acontecer com você.- o moreno disse olhando para a garota que corou e sorriu.


_Não seja tolo, não vamos pensar nisso... Olhe! Essa, meus pais e os seus, junto aos de Neville!- ela apontou tentando mudar de assunto.


_Hmm... O que é isso?- ele pegou uma caixa e abriu, saindo uma melodia.


_Eternal Snow, um presente para seus pais, mamãe quem deu.- ela respondeu e começou a cantar a música, Harry apenas ouvia.


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_Para quê exatamente a venda, se nós tivemos que ler aquela porcaria?- perguntou Draco.


_Coisas de Alastor, não nos pergunte.- respondeu Gui.


_Como aqui é o centro de custódia? Não ouço mais ninguém na casa.- perguntou Hermione, ao entrarem na casa.


_Feitiços foram feitos para isso minha cara, não queremos que todos escutem o que está havendo aqui, certo?- disse Slughorn, subindo as escadas, com os três ao seu alcance.


_Quem está aí?- uma voz já conhecida e bem biruta perguntou, era Alastor Moody.


_Olá Alastor, trouxemos o menino Malfoy e a garota Granger para visitar Narcisa Malfoy.- respondeu Gui.- Imagino que Amy tenha lhe informado isso?


_Sim, mas você não deve contar tudo assim, meu jovem! Nem ao menos se certificou que sou mesmo Alastor Moody!


_Oh sim, sim! Mas deixemos isso para depois, sim Alastor? Tenho que levá-los logo a Sra. Malfoy.- Gui passou pelo auror revirando os olhos. Hermione percebeu o olhar acusador de Moody para Draco, mas o garoto parecia ansioso demais para perceber.- Aqui está.


Hermione reconhecera o quarto, era onde ficava o quarto de Sirius, o maior da casa. Draco não esperou nada mais, abriu a porta com vontade e ambos entraram. A garota não pode deixar de notar o quanto Narcisa Malfoy, mesmo presa, mantia a postura. Ela estava próxima a janela, de braços cruzados e expressões preocupadas. Vestia um longo vestido verde, já amassado, que lembrava bastante uma capa verde. A gola pólo, presa por um pingente de esmeralda e prata com um “M” centrado, a cintura império com uma fita verde claro segurando o decote preto e separando o resto do vestido. Lembrou logo as aristocratas do mundo trouxa.


_Mamãe...- Hermione acordou do seu devaneio quando o garoto ao seu lado correu para abraçar a mãe que o recebeu de braços abertos e um suspiro de alívio.


_Draco...- ela segurou o rosto do filho e o analisava a cada centímetro.


_Como está mamãe, fizeram algo com você? Eles te maltratam?- Draco a olhava preocupado.


_Não, não, eles não me fizeram nada, são os bonzinhos.- ironizou a mulher, ambos riram.


_Porque está aqui, mamãe? E o papai? O que foi que aconteceu?


_Já contei tudo o que sabia a Ordem, mas eles ainda não confiam o suficiente para me deixar sair. Contarei tudo o que precisar saber...- Narcisa deu uma rápida olhada para a porta e percebeu Hermione junto a Gui, Slughorn e Moody à porta.- O que ela faz aqui?- Era óbvio o desprezo em sua voz, o que a castanha devolveu com o olhar.


_Esta é Hermione Gra...- Draco dizia sem se virar.


_Eu sei quem ela é! Minha pergunta foi o que ela faz aqui?- Narcisa não tirava os olhos de Hermione.


_Eu sou um membro da Ordem da Fênix, estou aqui por um convite, sair e entrar quando desejar. O que não posso dizer da senhora.- a garota respondera em tom de desafio.


_Hora sua...


_Mamãe! Foco! Preciso saber tudo o que a senhora sabe.


_Primeiro me responda!- a mulher voltara sua atenção a Draco, com olhar e tom autoritário.- Porque ela está aqui?


_Ela é minha parceira na Ordem.- respondeu Draco, sem mudar a urgência na voz, dando a importância secundária que aquilo exigia.- Agora, me diga tudo.- Narciso olhou uma última vez com desgosto para o grupo na porta, e puxou o filho para sentar-se na cama que havia. Gui, Slughorn e Moody incentivaram Hermione a permanecer no quarto, e fecharam a porta.


_Foi Pansy, ela contou tudo a Lorde das Trevas.


_Pansy Parkinson? Sempre soube que a sua namorada ia acabar nos ferrando de algum jeito, Malfoy.- disse Hermione olhando para as costas do loiro.


_Calada, Granger.- ele virou o rosto por alguns segundo e depois voltou a olhar para a mãe, enquanto Hermione sentou na poltrona de frente para ambos.- Continue, mamãe.


_Como ia dizendo, Pansy contou tudo a Bella, que passou a informação ao Lorde. Que você havia retornado a Hogwarts junto aos amigos de Harry Potter, que até andava com eles, até mesmo com a sangue... – Narcisa olhou para Hermione que levantou uma sobrancelha a desafiando. - a nascida trouxa. Que vocês estavam tendo reuniões secretas e que desapareciam da escola algumas vezes. Confirmou o noivado do Potter com a Black, o retorno de Sirius, tudo! Então, sua tia quis saber os pontos fracos, já que não podia atacar a Black pela frente, procurou alguém de fora que o Potter deixou... Pansy falou sobre a garota que ele tinha namorado Cho Chang, e a própria avó de Neville... Os pais da nascida trouxa vieram por tabela.


_Eu vou matar aquela vaca!- Hermione disse se exaltando, segurando firma os braços da poltrona.


_Draco... Ela é uma Comensal.- Narcisa ignorou a castanha, e Draco segurou o braço que a garota sabia existir a Marca Negra.


_Pansy é uma tola, ela não sabe o que faz.- Draco disse passando as mãos pelo rosto.


_Draco, eles possuem um plano.- ambos esperaram a mulher continuar.- algum de vocês terá que morrer. Não importa quem vá, o objetivo é capturar a Black e o Potter. Os demais morrem.- Draco engoliu como se fossem suas palavras.- Foi por isso que eu fugi. Seu pai está dizendo que não tem mais filho, nem mesmo Bella quis lhe proteger. Os demais são meros piões, o Lorde dará segunda opção apenas ao filho dos Longbottom, por ser sangue puro, mas os Weasley são traidores do sangue, e a Lovegood entra na mesma categoria.


_Como você conseguiu fugir, mãe?- Draco estava indiferente.


_Eu estava com Yaxley. Foi bastante fácil fugir dele, ninguém suspeitava.- respondeu Narcisa.- Draco, a única dúvida do Lorde quando eu saí, era como você tinha fugido.Severo era seu responsável.- Draco encarou a mãe. Hermione prestara mais atenção agora, ela também estava curiosa quanto a isso.


_Snape me colocou sobre proteção de MacNair. Ele foi tão idiota que não precisei de muito para fugir, uma Imperius, uma estuporada... Ele ainda deve estar perguntando como o fiz tão rápido.- fez um segundo de pausa, e o loiro se levantou.- Agora, nós temos que ir mamãe. Nos preparar melhor.


_Mas... Draco, eu vim aqui para tirá-lo dessas missões suicidas. Quando o Lorde o obrigou a matar Dumbledore, eu simplesmente não acreditava, entrei em pânico com a possibilidade... Se Severo não o tivesse feito, você teria...


_Já chega!- Draco respirou fundo.- Mamãe, estou bem. Estou fazendo isso por nós, ninguém mais. Quando tudo isso acabar, voltaremos a ser os Malfoy.- Hermione se surpreendera com o olhar carinhoso que o loiro tinha com a mãe.- Agora, me prometa que ficara aqui, segura. Que ajudara no que for possível.


_Oh meu filho...- ela o abraçara. A castanha se sentiu intrusa na cena, ela agora lembrava-se das vezes que o garoto protegera a mãe, e assim ela mesma lembrou dos pais.


_É melhor irmos, Malfoy.- ela disse por fim, se levantando e dirigindo-se a porta, sem olhar para trás.


_Certo. Até logo, mamãe.- ele falou, beijando a mão da mãe em sinal de respeito.


_Até meu filho... E garotinha.- Agora a castanha virou-se desafiadora.- Se você encostar em um fio de cabelo do meu filho, você não encostará em mais nada.- Hermione riu em deboche.


_Essa é boa.- A garota bateu na porta, e ela foi aberta por Gui. Draco saiu com um sorriso travesso.


_Então? O que conseguiram?- perguntou Moody. Ambos informaram tudo o que havia acontecido, não obtiveram novas informações.


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_Draco!


_O que é agora...?- o loiro virou-se impaciente para a mulher. Amy trazia uma espada embainhada e entregou a Draco.- O que é isso?


_Uma espada.- respondeu Rony com sarcasmo. O loiro o ignorou.


_Veja como ela é.- disse Amy animada. Draco obedeceu, desembainhou a espada e ficou maravilhado. Era feita de prata pura, com o punho coberto de esmeraldas e diamantes, seria uma cópia da espada de Gryffindor, se não tivesse escrito Salazar Slytherin na lâmina e não fosse um pouco mais grossa que a própria.


_Porque me deu isso?- ele perguntou se maravilhando.


_É! Porque não ganhamos presentes legais?- perguntou Ginny.


_Vocês reclamam demais.- Amy disse revirando os olhos.- Suas varinhas servem para o quê?


_Poderíamos perguntar o mesmo para o Malfoy.- disse Rony, que recebeu um olhar assassino de Amy.- Desculpa, não está mais aqui quem falou.


_Ótimo, agora vão!


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_Aqui foi o último lugar que viram a Cho.- disse Harry dentro de um bar nas ruas de Londres.


_Harry, aqui não é a...- Rony apontou para uma cabine vermelha telefônica que faltavam vários vidros nos caixilhos e estava instalada em uma parede grafitada.


_O último lugar que a Cho foi vista, foi em frente ao Ministério?- perguntou Harry, uma óbvia pergunta retórica.


_É o que parece, o Ministro não parece preocupado com o jardim.- disse Nicole.


_Temos que perguntar se alguém a viu.- Luna tirou duas fotos com a imagem de Cho da bolsa.- Aqui, um para cada, se descobrirem, nos procurem.


Nicole pegou a foto e observou bem a antiga namorada de Harry. Os cabelos negros compridos e as expressões levemente asiáticas como os olhos negros puxados e a pele branca. A garota não podia chamá-la de feia.


_Vamos logo.- Harry percebeu a noiva observando a foto por demais, tirou a foto das mãos dela, e a puxou de leve, com um sorrisinho no rosto.


Ninguém parecia ter prestado bastante atenção em Cho por ali, aparentemente ela ia algumas vezes com um grupo de amigas, mas nos últimos dias ela não havia aparecido, mas o grupo estaria ali em algumas horas. Então Harry resolveu esperar, assim como os demais. O bar era misto, eles resolveram sentar-se em uma das mesas.


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_Então aqui é a residência dos Granger.- Draco foi a frente, e abriu a pequena porta da cerca da frente da casa.


Era uma casa bastante comum e simples, de dois andares. Um pequeno jardim na frente, cercado. A casa era branca com uma pequena varanda, com cadeiras com almofadas azuis e verdes, e a porta, assim como as janelas, era contornada com detalhes azuis e branca.


_Você costumava brincar aqui?- ele perguntou. Hermione o ignorou. Ela respirou fundo e abriu a porta. A casa estava totalmente intacta. Nenhum móvel tirado do lugar, não era um sinal bom. Eles ouviram um barulho.- Fique atrás de mim.


Draco subiu as escadas com a varinha em punho. Hermione estava bem atrás, também com a varinha. Eles chegaram ao segundo andar, ainda escutando o barulho, vinha de um dos quartos. Draco pediu silêncio, e contou até três com os dedos, e chutou a porta, lançando um feitiço estuporante, mas ao entrarem perceberam que não havia ninguém. Eles se olharam, e o causador do barulho apareceu.


_Bichento!- Hermione correu para o gato que pulou para seus braços.- Você está bem? Onde estão o papai e a mamãe?


_Você está seriamente perguntando a um gato?


_Ele é mais inteligente do que parece.- ela o soltou, o gato ficou roçando entre suas pernas.- Agora, Bichento, preciso que você me ajude. Você consegue achar o cheiro do papai e da mamãe?- ela perguntou se ajoelhando de frente para o gato.


_Hermione, isso não é um cachorro. E pare de falar como se ele não fosse um animal.- mas ambos ignoraram Draco, e o gato saiu em disparado para a porta.- Viu? Só um gato idiota...


_Espere.- mal Hermione terminara a palavra, Bichento estava de volta, com um jaleco na boca.- Bom menino.- Hermione o chamara novamente para seus braços.- Agora, nós vamos há alguns lugares e você irá tentar achá-los para mim, está bem?- o gato miou.


_Isso é a coisa mais bisara que eu já vi fazerem com um gato.- Bichento o olhou feio.


_Vamos logo, Draco. Não temos tempo. Segure em mim, você não sabe onde é.- Draco acatou, e puxou Hermione para mais próximo, Bichento ainda o seguia com os olhos, o loiro passou a olhá-lo com desprezo também. No segundo seguinte, aparataram.


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Os quatro observavam o bar, quando notaram o barman apontar para grupo que havia entrado naquele momento no recinto. Três garotas e um garoto de aspecto bem duvidoso. As garotas eram absurdamente lindas, e vestiam roupas bastante ousadas e maquiagem pesada, o garoto também era lindo e tinha um ar de calado e bem sombrio. O grupo se dirigiu ao bar, e Harry foi até eles, pedindo-os para se juntar aos seus amigos, eles aceitaram.


_Então, você é o “Menino Que Sobreviveu”, certo?- uma das garotas perguntou, era loira e Harry jurou ter visto um piercing em sua língua.- Prazer, Joyce.


_Prazer, eu sou Harry Potter.- ele não conseguia tirar os olhos da boca dela, que sorriu travessa. Nicole deu uma cotovelada em suas costelas.


_Essas são a Meredith e Georgina, e esse é Davis.- Joyce apontou para a ruiva e a outra loira, terminando com o garoto.- O que podemos fazer por vocês?


_Nós estamos atrás, dela.- Luna lhes mostrou a foto.- Cho Chang.


_Nós a conhecemos. Ela é realmente interessante.- Joyce analisava a foto.- Mas não a vemos faz alguns dias.- ela devolveu a foto.


_Sabe o que pode ter acontecido?- perguntou Rony.


_Achamos que ela podia ter voltado para a mamãe. Cho era apegada a ela.- respondeu Georgina, sorrindo e se inclinando para Rony, que ruborizou.


_E ao passado.- completou Meredith lançando olhar significativo a Harry.


_Pena que um deles não está disponível.- comentou Nicole se aproximando do noivo.


_Também a conheço... Nicole Black.- Joyce a olhou duvidosa.


_Obrigada pela informação, já que não podem nos ajudar mais, passar bem.- Nicole se levantou com brutalidade, esperando os demais se juntarem a ela.


_Eu vi Cho, dois dias atrás.- Davis abrira a boca pela primeira vez. Todos esperaram ele continuar.- ela estava com um grupo bem estranho. Alguns homens estavam encapuzados, então não pude vê-los com clareza, mas um deles era uma mulher BEM histérica.


_Belatriz. – respondeu Nicole.- Você ouviu para onde eles foram?


_Não, mas falaram algo sobre uma mansão.


_Ótimo, todos eles são sangue-puro e ricos, quantas mansões pode haver?- perguntou Rony.


_Vamos eliminar algumas como a Black, as do Lestrange devem estar sob vigilância...- raciocinava Harry.


_É um tanto óbvio, não?- Joyce os olhou sarcástica.- A mansão Malfoy, não é a família Malfoy a maior partidária de Você-Sabe-Quem?


_Não, isso seria óbvio demais.- disse Rony.


_Na verdade não. Nem Draco sabe mais como entrar lá, alguns feitiços foram lançados, segundo ele. Amy o fez levar alguns aurores, mas eles não acharam a entrada.- disse Luna.


_Se vocês não precisam mais de nós...- Joyce se levantou seguido dos demais.


_Obrigado. Há algo que podemos fazer?- Harry também se levantou. Georgina e Meredith trocaram risinhos.


_Acho melhor não.- foi Joyce quem respondeu.


_Ele não irá oferecer, esqueça!- Nicole estava de pé agora, ao lado de Harry olhando Joyce ameaçadoramente.


_Muita coragem a sua levantar a voz para mim.- disse a loira.


_Acho melhor mesmo irmos.- falou Rony.


_Mas nós...


_Harry, eles já nos ajudaram. E está ficando tarde. É melhor irmos.- Luna interrompeu o moreno.


_Você é alguém muito atrevida, herdeira dos Black.- Meredith olhava Nicole com desagrado.


_Poderia dizer quase a mesma coisa, mas você não é gente.- A morena a olhou irônica.


_NICOLE!- Harry colocou um braço na frente da garota e a olhou confuso e zangado, ela retribuiu com raiva.- Desculpe a falta de educação. Nós agradecemos, agora é melhor irmos. Obrigada.- O moreno quase carregou a noiva de lá, e quando saíram, ela ainda bufava.- O que foi aquilo?


_Harry, são vampiros.


_Oi?


_Vampiros. Criaturas noturnas que se alimentam de sangue das suas vítimas.- explicou Luna.


_Eles não eram vampiros! Há um vampiro na Toca...


_Vampiros e bruxos tem um trato, nós não os exterminamos e um vampiro só poderá sugar o sangue de um bruxo, se lhe for oferecido.- explicou Nicole.- era isso que aquela loira safada, com uma bola de metal na língua, que você e Rony acharam tão interessante, queria.- Rony e Harry trocaram olhares cúmplices.


_É melhor nós irmos, reportar isso a Amy.- falou Luna.


_Eu tenho uma idéia melhor.- disse Harry.


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_Como a senhor está, vovó?- Neville perguntou arrumando o travesseiro da avó.


_Estaria bem melhor se não precisasse de babás.- ela respondeu.


_Ninguém a está tratando como criança, Sra. Longbottom.- disse Gina.


_Oh minha querida, você como namorada de Neville deve saber muito bem que sei como é ser babá, e estou sendo tratada como uma criança.


_Ela não é minha namorada, vovó.- disse Neville. Gina o olhou confusa.


_É! Você tem razão, nós não somos!- ela disse com violência, saindo do quarto.


_Oi? Ei, Ginny! Essa eu não entendi.- disse Neville sentando-se em uma cadeira ao lado da cama da avó.


_Sempre tive medo que você herdasse os genes do seu pai em relação a garotas.- falou a Sra. Longbottom.


_Na verdade eu não sei o que somos, vovó. Estou esperando ela decidir.


_Mas pelas dúvidas dela, aconselho você insistir mais um pouco, Neville.- ambos sorriram.


_DROGA!- Gina gritou. Neville ouviu uma explosão depois, e correu em direção a porta.

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