De volta a casa dos Black



Harry acordou bem no outro dia. Na verdade, não acordou. Foi acordado por Fred, que aparatara no seu quarto.
-Fred? O que faz aui?
-Pshhhhh. Mamãe não sabe que eu e Jorge estamos aqui. Queremos fazer uma surpresa para ela.
-Mas vocês não viriam só de noite?-Perguntou Harry, tentando ignorar os roncos pesados de Rony.
-Mudamos de planos. Resolvemos tirar férias um pouco antes.
-Um dia-disse Harry, e murmurou um "humf"- Grande diferença.
-Pra você pode não ser. Mas, pra nós, é sim, uma grande diferença.
De repente Jorge aparatou para o quarto. Rony dormia que nem uma pedra. Jorge, como se soubesse o que Harry e Fred estavam conversando ali, falou:
-Você não sabe como estão as coisas lá na loja, Harry. Bombando. Um dia de descanso é bastante para nós.
-E aí, Jorge? Terminou de botar nossas malas no quarto?
-Claro.
-E o Rony? Dorme sempre assim ou é só de vez em quando?-perguntou Harry.
-Quando ele era pequeno, lançamos um feitiço do sono nele. A menos que alguém o acorde, ele dorome que nem uma pedra.
Harry se lembrou de algo.
-É verdade que vocês tentaram fazer um voto perpétuo com ele?-perguntou.
-É. É verdade. Tentamos fazer um voto perpétuo para que ele não comesse nada no café da manhã, pois sabíamos que ele era esfomeado.
-Mas mamãe nos pegou e levamos uma baita bronca.
-Mas ele poderia ter morrido-resmungou Harry-Isso significa que vocês queriam que ele morresse?
-Bom, eu não-respondeu Jorge-Fred me convenceu de que ele tinha uma horcrux e....
-Cale-se Jorge!
-Não se preocupem. Eu sei o que são horcruxes. Mas como o Rony poderia ter uma? É magia das trevas muito avançada.
-Mas seria divertido ver ele tentando fazer uma horcrux.
Harry deu uma resmungada.
-Harry, Rony!-a sra. Weaslay vinha subindo as escadas-Venham! O café está na mesa.
-Ops. É a mamãe. Prepare-se Harry. Ela terá uma surpresa. E você também.
Eles desaparataram num cleque.
Harry ficou ali pensando. Ainda tinha que procurar as horcruxes. Mas não sabia se tinha cabeça para aquilo. Será que não era melhor esperar que viesse outro bruxo e matasse Voldemort?! Não. A profecia dizia que tinha que ser ele.
-Harry! Você já está acordado!
-Bom dia, sra Weaslay.
-Ah. Bom dia, querido.
-Rony! Acorde!
-Hum???
-Acorde Rony!! Se não você ficará sem café.
Rony levantou rapidamente.
-Harry. Tenho que falaar com você. Rony, poderia descer por favor?-pediu a sra. Weaslay.
-Diga.
-Bom, sabe... Achamos mais seguro se você fosse para sua nova casa com uma guarda, para não correr perigo.
-Isso estava escrito na carta também?-perguntou Harry.
-Er..Sim.
-De quem era aquela carta sra. Weaslay?
-Não vem ao caso, Harry. Realmente não vem ao caso. E você irá hoje de noite para que seus amigos não saibam, a ponto de atrasar sua saída.
-Por que quer tanto que eu saia, sra. Weaslay?
-Não, Harry. Imagina, eu querer que você saia. Mas, sabe... Lá você estará mais protegido. Seu padrinho morava lá e ele acredita que, embora não seja seu sangue, seja uma proteção maior e...
-Ele quem?-interrompeu Harry.
-Harry! Já tomar café. Anda, anda.
Harry achou alguma coisa estranha naquele "ele". Aliás, os Weaslay estavam muito estranhos nos últimos tempos. A carta misteriosa, a cotuja misteriosa, o fato de Gui estar na França, mesmo com seu problema, e agora aquele ele perdido na frase...
-Anda, Harry!
Harry desceu. Chegou lá embaixo e não viu sinal de Fred nem de Jorge. Mas sabia que eles estariam aprontando alguma. A sra. Weaslay foi abrir a gaveta da pia e se deparou com a surpresa. Gnomos saíram da gaveta com bombas de bosta na mão, e começaram a atirar pela cozinha. Num cleque, Fred e Jorge apareceram.
-Fred! Jorge! Isso só pode ser coisa de vocês, né?
-Pensei que nos receberia com um pouco mais de ânimo, mamãe.
-Respondam. É coisa de vocês ou não é?
-Quem sabe..
-FRED!
-Ok, ok. Limparemos isso logo-e, num toque da varinha, limparam a cozinha e jogaram os gnomos pra fora. Então se sentaram a mesa para comer.
O café ocorreu tranqüilo e quieto, aré a hora em que Fred falou:
-E esses dias encontrei o Gui lá no beco diagonal. Parece que ele tinha ido falar com o...-foi interrompido pela sra. Weaslay
-Fred!-e ela deu uma olhadela para Harry, Hermione, Rony e Gina.
-Hum...Desculpe, mamãe.
-Você disse Gui? Mas-disse ele olhando para o sr e a sra. Weaslay-vocês não disseram que ele estava na França passando as férias com Fleur, mesmo com seu problema?
-Ele está, Harry querido.-disse a sra. Weaslay
-Mas Fred disse...
-Eu quis dizer Carlinhos. O Carlinhos esteve no Beco diagonal-interrompeu Fred.
-Mas o Carlinhos não estava na Romênia?-perguntou Rony.
-Ele voltou-disse o sr.Weaslay
-Ah tah.
O resto do café passou tranqüilo. Após terminarem, Harry e Rony subiram para o quarto.
-Olha, Harry-começou Rony-Eu quero ficar com a Mione, mas parece que ela não quer. Ou finge que não quer.
-E...?
-Eu queria que você me ajudasse a conquistá-la, sabe, você fala bastante com ela...
-Rony, eu não posso.
-Porque?-Rony fazia uma cara de dúvida.
-Eu vou me mudar.
-QUE?
-Isso mesmo. Hoje a noite eu pertirei com uma guarda para a casa dos Black.
-Mas, Harry, porque não nos avisou antes?
-Só fiquei sabendo disso ontem a noite. Sua mãe me contou. E ela também pediu que eu não contasse.
-Porque não?
-Para vocês não me atrasarem.-Rony murmurou algo como "nunca"- Ela me disse que recebeu uma correspondência e..
-Ah! Aquela coruja preta. De quem era?
-Ela não quis me contar.
-Isso está muito estranho.
-E ela ainda citou um "ele" na conversa. Acredito que seja o correspondente. Mas cortou a conversa quando eu perguntei quem era "ele".
-Bom. Vamos aproveitar seu último dia aqui então. Vamos chamar as meninas e dar uma volta pelo jardim. E saíram.
-Gina, Mione.-perguntou Rony.
-Que foi?-falaram as duas em uníssono
-Eu e o Harry estávamos pensando se vocês não queriam dar uma volta pelo jardim conosco.
Gina nem esperou e saiu correndo do quarto. Mas Hermione ficou sentada.
-Você não vem, Mione?
-Vou depois.
-Sabe, hoje é o último dia do Harry aqui na toca.
-Quê?
-Ele vai embora para a casa do Sirius Hoje à noite.
-Porque ele não me contou?
-Mamãe pediu que não contasse. Mas ele contou e vamos dar uma volta no jardim para aproveitar bem seu último dia.
Rony sentou-se na cama. Mione olhou-o de esguio.
-Sabe, Mione. Até o meio do ano passado eu não notava o quanto você é linda.
-Obrigado-murmurou Mione.
-Se me dá permissão...-e passou uma mão pela nuca da garota, a outra acariciando seu rosto. Foi aproximando seu rosto dela. Quando suas bocas estavam a menos de 1 centímetro de distância, Mione disse:
-Rony, não. Acho que não estou preparada. Não hoje.
-Como não está preparada? Você já ficou com o Krum, lembra?
-Eu estava cega por ele ser um dos melhores jogadores do mundo. Sabe como é...
-Pois fique cega de novo. Mas desta vez, ao amor...
-Rony, por favor. Vamos, vamos logo ou perderemos Gina e Harry de vista.
Mione saiu. Rony, meio que a contra-gosto, foi atrás.
A manhã se passou normal. Passaram o tempo conversando no jardim, jogando gnomos pelo muro, e chutando os mesmos. De vez em quando, Harry e Gina davam bitoquinhas. Cada vez que o faziam, Rony e Hermione se olhavam. O almoço se passou normal, a tarde também. A noite, Harry se despedia dos amigos.
-Boa viagem, e venha nos visitar de vez em quando-disse Rony.
-Pode deixar-respondeu Harry.
-Harry, prometa que não vai fazer nada de errado, ok?
-Ok.
Foi a vez de Gina.
-Harry. Seja feliz na casa dos Black. Irei lhe visitar de vez em quando-ela deu um sorrisinho maroto-Não ficar aprontando por aí, hein?-e deu um beijo em Harry. A sra. Weaslay pareceu não notar. Ron, Mione e Gina foram dormir.
-HARRY!-berrou a sra. Weaslay-A GUARDA CHEGOU. VENHA.
Harry pegou suas malas, a gaiola de Edwiges e foi. Chegando lá, encontrou Lupin, Tonks e Olho-Tonto Moody. Os três participaram da guarda de Harry quando ele foi para o Largo Grimmauld, nº 12, quase dois anos antes. Mas agora eram só eles. A guarda não possuía mais ninguém.
-Olá, Harry-disse Lupin, que estava abraçado com Tonks. Esta disse:
-E aí, Harry, beleza?
-Olá, Potter-disse Moddy, que se encontrava mais perto da porta.
-Esta é sua guarda, Harry-disse a sra. Weaslay. Vá com Deus-Dizendo isso foi dormir. O sr. weaslay, que ficara, chegou mais perto de Harry e sussurrou:
-Harry. Não saia de casa, não muito. Apenas de vez em quando e não vá muito longe. Não queremos que se machuque.
-Vocês não querem ou o remetente daquela carta não quer?
Ignorando-o, o sr. Weaslay falou para os outros três:
-Bom, façam uma boa viagem.
Tonks e lupin saíram, Moddy foi atrás. Harry, sem muita opção, foi saiu também. Tonks montou a vassoura e botou o malão de Harry atrás de si. Lupin subiu em sua vassoura e botou a gaiola de Edwiges atrás. Moddy subiu e foi na frente. Harry subiu e seguiu os três. Depois de um tempo de viagem, passando entre nuvens e tendo que fugir de uma tempestade, chegaram.
Harry, que se lembrara da última viagem de vassoura que fizera até ali, perguntou:
-Moddy, desta vez não precisei do feitiço da desilusão. Porque?
-Acho que você já é demasiado garndinho para precisar destas coisas, Potter.
-Harry pegou seu malão e a gaiola de Edwiges. De repente, a casa se materializou. "Finalmente", pensou ele."Finalmente de volta a 'mui antiga e nobre casa dos Black'".

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