O Arrependimento de Rony



O dia seguinte começou como os outros: Rony discutindo com Hermione.
- Pelo menos ele pagou o seu sorvete? – ele perguntou.
- Não interessa Ronald! E você? Já convidou a Luna para uma lugar mais romântico?
- Ainda não, mas vou convidar!
- Vê se capricha desta vez hein, Ron, porque comigo foi uma monotonia só.
- A companhia não era lá essas coisas. Sabe, a Luna é bem mais divertida!
- É, eu bem vi como ela fez você rir. Será que o assunto eram os testrálios ou os vampiros do Ministério?
- Meninos! – gritou Molly – Parem com isso! – e olhou para Harry - Harry, você é amigo deles, me ajuda, por favor!
- Vou tentar Sra. Wesley. – disse ele, sem querer lhe contar que uma discussão daquelas era a coisa mais normal de acontecer entre eles. Em Hogwarts aquilo era básico. – Ron, Mione, por que vocês não deixam isso para a escola? Quando ela reabrir, lógico.
- Cala a boca Harry! – os dois disseram ao mesmo tempo e subiram para os quartos.
- Eita! Tudo bem Harry? – Gina chegava.
- Eu estou, mas esses dois aí..., eu acho que não.
- Mione! Ronald! – Gina gritou lá de baixo. – Você não vão descer para almoçar?
- Depois eu belisco alguma coisa, Gina. – Hermione respondeu, gritando lá de cima.
Rony nem se deu ao trabalho e, se aquilo fosse possível, também não almoçou.
Mais tarde, Hermione estava na janela do quarto de Gina, olhando para o “nada”. Não havia descido para o almoço e não tinha nenhuma fome. De repente, ela viu uma coruja vindo ao longe. Era a mesma coruja marrom que pousara naquela janela há uma semana e que provocara a maior confusão. Era a coruja de Krum. Ela aguardou a coruja chegar perto. Ela se aproximou, se aproximou e quando Hermione se deu conta, a coruja havia pousado na janela ao lado. A janela do quarto de Rony.
Ela olhou surpresa para a janela dele e viu quando ele a abriu e recolheu a coruja. “O que será que Krum iria querer com Ronald?” Pensou.

A hora do jantar chegou e Hermione continuou sem fome.
- Assim você vai morrer de inanição. – disse Gina a ela.
- Não estou com vontade, Gina. Depois eu como algo.
- Você disse a mesma coisa no almoço e está aqui trancada até agora.
- Depois, Gina. Depois.
- Ok, não vou mais insistir. – ela saiu do quarto e desceu.
Hermione deitou na cama e fechou os olhos. Não percebeu quando alguém se aproximou dela.
- Mione.
Ela abriu os olhos e viu Rony à sua frente. Então novamente fechou os olhos e levou a mão à testa.
- Ron, não estou a fim de discutir. Estou com dor de cabeça.
- Não vim aqui para discutir. Vim aqui para dizer que concordo com você.
De repente ela se viu sentando para prestar atenção. E ele continuou:
- Concordo com você: eu sou o cara mais idiota do mundo, o mais insensível, o mais tapado e o que mais você quiser me chamar.
Hermione não disse nada, somente ouvia, olhando desconfiada para ele.
- Você não vai dizer nada?
- Ainda não. Ainda existem vários adjetivos que podem ilustrar o seu discurso.
- Mione, desculpe-me.
- O-o q-quê?
- É isso mesmo! Eu queria me desculpar. Eu sou péssimo para falar essas coisas. Desculpa por ter duvidado de você. Eu não consigo pensar direito quando o Krum está envolvido.
- O que a coruja dele queria com você?
Ele mostrou a carta para ela.

“Ronald Wesley,

Você deve estar se perguntando o que eu poderia querer falar com você. Eu também me faria a mesma pergunta se fosse ao contrário. Estou mandando essa carta para tentar fazer você acordar, enquanto é tempo. Será que você não percebe a jóia rara que tem próximo a você? Essa jóia chamada Hermione Granger? Cara, essa garota adora você. Será que só você não percebe isso? Desde aquele ano do Tribruxo, quando eu me despedi dela, dizendo que queria vê-la de novo, ela me disse que não seria do jeito que eu gostaria, porque seu coração estava ocupado. Nós continuamos a nos corresponder, mas só como amigos. Eu sempre procurei uma brecha que fosse no coração dela, mas não achei. E sabe o porquê? Porque você tomava ele todo. E o pior: sem ter a mínima idéia disso. Esse ano que passou, ela me contou como estava triste e magoada, porque você estava namorando outra pessoa. Percebe que grande parte do assunto de nossas cartas era você? Pois é, eu ainda tentei de novo ontem, mas você continua por lá, preenchendo totalmente aquele coração. Sei reconhecer uma derrota, cara. Esse pomo de ouro é seu!

Abraços,
Krum”

Hermione olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas e, para sua surpresa, ele também tinha os olhos marejados. Eles se abraçaram forte.
- Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa! – dizia ele enquanto beijava sua testa, seus olhos, seu rosto. Então ele chegou aos seus lábios e toda a angústia e saudade que estavam sentindo foram eliminadas ali. Um beijo longo e apaixonado para selar as pazes.
- Mione, não vamos mais brigar. Por favor!
- Eu não queria, foi você quem brigou comigo.
- Eu sei, eu sei. O Harry falou que talvez fosse tarde quando eu me arrependesse, mas acrescentou que alguém lhe disse que algumas coisa são recuperáveis. – Hermione sorriu ao lembrar da carta que enviara a Harry – Você não acha que é tarde, é?
- Lógico que não, seu bobo. Não faz mais isso comigo, por favor! - e eles se beijaram novamente.
De repente Hermione parou.
- E a Luna?
- Ah, eu saí com ela com a desculpa de que queria ser repórter e queria ajuda dela e do pai, com dicas sobre o Pasquim. Na verdade eu queria estar lá para ver o seu encontro com o Krum.
- Bobo! – e deu uma tapa leve no braço dele - Ela não ficou chateada?
- Luna? Ela foi a primeira que perguntou porque eu não contava a você o que eu sentia. Ela parece boba, mas não é tão boba assim.
- A Luna? Tem certeza?
- Sabe o que ela me contou, depois que você e Krum saíram da sorveteria? Que ela e o Neville estão namorando.
- Sério? Ela e o Neville?
- Bem, foi isso que ela disse.
- Até que fazem um casal bonitinho. – e eles riram.
Mais alguns beijos e os dois desceram para jantar, famintos.

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