Finalmente!



Rony olhava Hermione bem no fundo dos olhos. Então ele chegou bem perto de seu rosto, sem desviar o olhar do dela e, de leve, roçou os lábios nos dela. Novamente ele a olhou, com um brilho intenso.
- Mione...
- Shhh, não fala nada. – ela disse – Só me beija.
E assim ele fez. Devagar eles começaram a trocar beijos leves e úmidos, sentindo o gosto dos lábios um do outro. Eles não sabiam bem onde colocar as mãos. Suas pernas estavam meio no ar, balançando para fora da plataforma, então eles se separaram, rindo.
- Vamos lá para dentro, senão a gente vai cair daqui – ela disse, mostrando a altura.
Rony se levantou imediatamente e ajudou-a a levantar também. Ao entrarem, ela conjurou grandes almofadões, que se espalharam pelo chão.
- É tão bom poder usar magia fora da escola! – ela disse, olhando para ele.
Eles se sentaram e, sorrindo meio encabulados, chegaram perto novamente um do outro e recomeçaram os beijos. Em uma certa altura, suas línguas se tocaram e o beijo foi se tornando cada vez mais gostoso e intenso. Rony puxou-a mais para perto, agarrando-a pela cintura, enquanto ela envolvia os braços atrás de seu pescoço. O beijo se aprofundava cada vez mais. Uma das mãos de Rony saiu de suas costas e foi até à sua nuca, como se quisesse a puxar ainda mais. Hermione sentia seu coração batendo em seus ouvidos e seu corpo estava extremamente quente. Ambos estavam, mas não conseguiam parar com aquilo. Havia uma sincronia perfeita no movimento dos seus lábios. Até que eles precisaram tomar ar e suas bocas se separaram. Ele a olhou com ternura e desejo, ainda agarrado na cintura dela.
- Eu sabia! – ele disse ofegante.
- Sabia? De quê?
- Que eu ía amar o gosto da sua boca.
- É? – ela deu um sorriso – E que gosto ela tem?
- Não sei, é a primeira vez que sinto. Mas é maravilhoso! – e deu aquele sorriso que ela amava ver.
Novamente eles se beijaram e foi ainda melhor que da primeira vez, se aquilo fosse possível. Rony se deitou de costas nos almofadões e puxou Hermione para cima dele, sem soltar um segundo a sua boca. Ficaram se beijando ali por muito tempo. Às vezes paravam, falavam qualquer coisa e voltavam a se beijar. Cada vez que ela sentia a língua dele, ela sabia que estava perdida. Ela acabara de descobrir que o que ela achava que sentia por ele não era nada comparável ao que ela sentia agora. Ela o amava, e amava muito. Em uma intervalo dos beijos, Rony perguntou:
- Aposto que o Krum não beijava você desse jeito!
- Que mania de falar do Viktor, coitado. E a Lilá?
- Eu conto se você me contar.
- Ok, eu só dei 2 beijos nele, não deu para sentir nada. Eu só queria ver como era ficar com um garoto, já que quem eu queria não me convidou para o Baile.
- É..., bem..., eu era meio otário naquela época.
- E quem disse que era você o garoto que eu queria que me convidasse? Que convencido! – e riu para ele. – E depois, você não era “meio otário”, era um otário completo!
- Era é? Era é? Vem cá que eu vou mostrar o “otário completo”! - Ele puxou-a novamente para outro beijo, mas ela interrompeu.
- Não pense que eu me esqueci de Lilá Brown. E aí? Você não me disse como era.
- Ah, você sabe, os garotos têm necessidades e ela estava lá, dando mole. Como eu continuava sendo, sabe, um “otário completo” – e ela riu – não tive coragem de chegar em quem eu queria. Ela tinha um beijo médio e até que era cheirosinha. – ele disse e riu quando Hermione fez uma cara de nojo - Nem de longe ela tem o seu perfume maravilhoso ou o seu beijo delicioso.
- Ok, você venceu, agora me mostra o “otário completo” que você ía me mostrar agora há pouco.
Então os beijos recomeçaram.

Gina e Harry andavam de mãos dadas, de volta à Toca.
- O que será que está rolando por lá? – Gina perguntou.
- Sei lá, talvez corpos pelo chão. – ele brincou.
- Ha, ha, muito engraçado Potter! Mamãe mataria o Rony se ele desrespeitasse a Mione.
- Não se preocupe, ele mesmo disse que não pretende forçar nada.
- Eu estou mais preocupada se ela vai “desrespeitar” o meu irmão – e riu.
- Você está falando sério? Eu conheço a Hermione desde os 11 anos. Ela é controlada, responsável e é tímida, nesse aspecto. Não acho que...
- Ah, Harry – ela interrompeu - você não conhece a fera que dorme dentro das mulheres. Uma hora ela acorda. Aí sai de baixo!
- Sério? Você acha que os beijos de Rony vão despertar a fera dentro da Mione? – ele perguntou sorrindo.
- Não sei, mas a fera dela já estava se mexendo..., basta um cutucãozinho de leve.
- E a sua fera, Gina?
- A minha já despertou várias vezes – ela disse se divertindo - mas toda vez que ela acorda, eu faço um feitiço leve e ela volta a dormir. – e ambos chegaram à Toca rindo muito.

Na casa da árvore, os beijos estavam cada vez mais e mais ardentes. Não lembravam, nem de longe, os primeiros beijinhos dados na “varanda”. Deitados nos almofadões, eles se esqueceram completamente da hora. De repente, Hermione se levantou.
- Ron – disse ofegante – é melhor a gente voltar. Deve estar na hora do almoço. A sua mãe já deve ter perguntado e eu não sei a desculpa que Gina e Harry inventaram pela gente. Aliás, eles sabiam né?
- Sabiam. Eu combinei com Harry e ele deve ter contado à Gina. – levantou e deu um sorriso maroto para ela.
Rony começou a descer as escadas e Hermione veio descendo logo a seguir.
- A vista daqui é muito bonita mesmo! – ela comentou.
- A minha daqui é muito melhor. – ele disse, olhando para cima, onde ela estava – Aliás, subir e descer escadas com você é muito bom!
- Ronald Wesley, deixa de abuso comigo hein. – e riu junto com ele.
Eles foram caminhando devagar, aproveitando cada momento de privacidade, ora andando abraçados, ora de mãos dadas ou parando para trocar beijos leves. Ao se aproximarem da casa, Hermione perguntou:
- Você vai contar aos outros?
- Deixa todo mundo perceber por si só. Eu não vou contar, mas não quero esconder nada.
- Nem eu. – e deu um beijinho rápido nos seus lábios.
Entraram na cozinha e Molly estava lá.
- Até que enfim, meninos. – disse ela os observando atentamente. - Está tudo bem?
- Tudo maravilhoso mãe! – disse Rony, dando uma piscadela para Hermione.
Molly percebeu e não disse nada para não constrangê-los, mas estava muito feliz. Adorava Hermione, do mesmo jeito que adorava Harry. Parecia que seus filhos mais novos haviam escolhido a dedo seus namorados e ela agradecia a Merlin por isso.
- Subam e chamem Gina e Harry para o almoço! Eles devem estar famintos e, ao que parece, vocês também.

Harry estava deitado na cama de Gina, ao seu lado. Ela tinha nas mãos a caixinha musical que ele lhe dera e não cansava de abri-la para ouvir a música. Harry lhe explicava que a música era de um filme trouxa, muito romântico. Nessa hora ouviram uma batida na porta.
- Entra! – ela disse.
Rony e Hermione entraram no quarto.
- E aí, povo? – ele disse sorridente. – O que estão fazendo?
Para surpresa de Gina e Harry, eles agiam como se nada tivesse acontecido. Rony foi para o lado da cama onde estava Harry e Hermione se abaixou próximo a Gina, para olhar a caixinha.
- É linda mesmo! Você tem bom gosto, Harry! – disse ela.
Gina olhou para Harry confusa e ele devolveu o olhar, também intrigado.
- Ok, vamos parar com a palhaçada! – disse Gina – O que houve por lá?
- Por lá? – perguntou Hermione, fingindo estar confusa.
- Na casa! Lá na casa!
- O que poderia ter havido? – Rony perguntou.
- Eu não acredito! – exclamou Harry.
Rony piscou para Hermione e eles curvaram os corpos por sobre a cama, pelo alto, por cima de Harry e Gina que ainda estavam deitados, e trocaram um longo beijo apaixonado.
- Eca, separa esses dois aí Harry, senão vai pingar baba aqui na gente – e ela riu junto com ele.
Quando eles se separaram, os quatro riram. Gina espalmou a mão disfarçadamente ao seu lado da cama e Hermione deu uma batida. Ao lado de Harry, os meninos bateram os punhos fechados um no outro, discretamente. Rony arriou e cochichou algo no ouvido de Harry.
- Ei, o que vocês estão falando aí? – Hermione perguntou.
- É, o que é? – Gina também quis saber.
- Nada não – disse Rony – Papo de homens.
- Homens? – riu Hermione – Nem saíram das fraldas direito.
- Ë, mas não era bem isso que você falava, há bem pouco tempo atrás, lá na casa da árvore. – disse Rony.
- Ronald! – ela ralhou, corando.
- Ok, ok! – ele riu – Vamos descer. Minha mãe disse que o almoço está pronto.
E eles desceram sorrindo de orelha a orelha.

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