De volta a Hogwarts




Todos já estavam arrumando as malas para voltarem ao ano letivo. Depois da reunião dos membros da ordem, nada foi comentado. Lupin apenas pediu para que não fizessem perguntas e que Harry iria saber de tudo na hora certa.
--- Vamos! Não podemos nos atrasar! – Gritou Molly Weasley, colocando todos para fora da casa.
A semana fora muito agitada. Ficaram ocupados comprando o material necessário e arrumando suas vestes para colocá-las no interior das malas.
A viagem até a Plataforma 9 3/4 foi rápida. Todos permaneceram em silêncio e Hermione havia combinado anteriormente com Rony de todos se encontrarem perto do Quinto vagão do Expresso de Hogwarts.
--- Rony!! Harry!!
Ambos olharam para o lado e viram Hermione correndo. Estava mais alta, seus cabelos haviam melhorado bastante, agora caíam sobre o rosto delicadamente. Ela se aproximou e abraçou Harry. Logo depois, fez o mesmo que fizera no 2oano, apenas apertou a mão de Ronald timidamente.
--- Eh... Como estão?
--- Na medida do possível. – Respondeu Rony com as orelhas vermelhas.
Molly chamou a atenção dos três amigos e apontou para o trem. Já estava partindo. Gina juntou-se a eles e todos entraram no vagão momentos antes do veículo partir. Chegando na janela, Harry pôde ouvir as últimas recomendações de Lupin:
--- Tome cuidado Harry. O manterei informado, não se preocupe.
Molly e os outros ficaram do tamanho de formigas rapidamente. O trem já começara a viagem. Assim que voltou seu olhar para o interior do vagão, Harry escutou a voz debochada de Malfoy:
--- Harry...Tome muito cuidadinho queridinho... Não vá se meter em encrenca... Senão o amiguinho do seu papai vai se zangar e te deixar de castigo...
Este não mudara. Continuava debochado e irônico como sempre. Só estava mais parecido com Lúcio, seu pai.
--- Será que você não tem mais nada para fazer além de ficar ouvindo a conversa dos outros Malfoy? – Perguntou Hermione.
Ele lançou um olhar raivoso para a garota. Logo depois, um pequeno sorriso irônico formou-se em sua face.
--- Não devo explicações sobre minha vida a uma Sangue-Ruim como você...
Rony levantou-se com a varinha em punho. Harry segurou o amigo pelo pulso. Uma das sobrancelhas de Malfoy se arqueou.
--- Ora, ora... Irritou-se pobretão? Para mim isto está cheirando a namoro... Hahahaha...Era só o que me faltava... Uma sangue-Ruim casar-se com um pobretão... Realmente Weasley... Não tem como piorar a reputação de sua família... É uma vergonha...
Depois de uma risada sarcástica, Draco e seus capangas Crabbe e Goyle saíram do vagão com sorrisos estampados no rosto.
--- Ele é um idiota Mione...Não ligue para o que ele diz...- Pediu Harry, ao ver que a amiga ficara triste.
--- Não...Tudo bem...- Mentiu.

A chegada na escola de Magia e Bruxaria foi tranqüila. Quando desembarcaram, foram até o Salão Principal receber as Boas-vindas, assistiram a seleção dos alunos novos e receberam as boas vindas do diretor.
--- Sejam novamente bem-vindos a escola alunos. – Disse Dumbledore. – O jantar está servido. Bom apetite!
Durante o banquete, Hermione contou um pouco de suas férias para os dois amigos. A garota havia ido com seus pais até o Egito e, pela animação, parecia ter adorado a viagem.
--- Sabe... Eu realmente tenho a impressão que este ano será um dos mais tranqüilos em relação a você Harry... – Comentou Mione, obviamente ala ainda não estava sabendo do ocorrido na Ordem. – Creio que nada de ruim acontecerá...
Milésimos de segundo após a ultima palavra de Hermione Granger, uma faca muitíssimo afiada passou raspando no topo da cabeça de Potter e caiu em pé na mesa bem a sua frente, furando-a. O rapaz levantou-se imediatamente, com os olhos arregalados.
--- Mas quem é que está fazendo isso comigo????? – Berrou, fazendo sua voz ecoar por todo o salão.
Harry Potter saiu correndo do local, indo em direção ao Salão Comunal da Grifinória. “Mas porque não me matam de uma vez??” – Pensava o rapaz furioso.
Sentou-se na primeira poltrona que viu e lá ficou agitado. Poucos minutos depois, Rony e Hermione entraram no Salão comunal, à sua procura. Assim que os viu, pôs-se a dizer:
--- Mas porque será que essa pessoa não me mata de uma vez? Porque ela me faz passar por tudo isso?! É insuportável!
--- Harry, tente manter a calma...- Pediu Hermione, delicadamente, enquanto abaixava-se para ficar de frente para o amigo. – Ficar assim não resolverá as coisas...
--- Sabe o que pode resolver? Sabe a única solução que eu consigo encontrar para isso? A minha morte!!
--- Nunca mais diga uma coisa dessas! – Repreendeu Mione. – Como podes ser tão tolo para dizer isso Harry? Que aconteceu? Perdeu a coragem nessas férias??
O garoto ficou sem fala. Nunca Mione falara naquele tom antes... Ela aparentava estar tão nervosa quanto ele, o mesmo dizia-se de Rony. Harry ajeitou-se na poltrona e respirou fundo.
--- Tentarei dormir...Estou cansado de tudo isso...
Ele levantou e foi deitar-se. Rony e Mione entreolharam-se.
---Quem será que está fazendo isso?
--- Não sei...Mas acho que devemos descobrir bem rápido...Antes que ele consiga o que quer...
* * * * * *
Na manhã seguinte...
--- Nossa, Poções é a Primeira aula do dia! – Resmungou Rony – Já começamos a semana mal...
--- É, e para não começarem pior ainda, é melhor se apressar. Está quase na hora.- Falou Mione, levantando-se do banco no Salão Principal com uma torrada na boca e saindo com sua montanha de livros nas mãos.
Como sempre, Snape pegou no pé de Harry e seus amigos. Hermione sentiu que nunca fora tão ignorada em todo o seu período escolar pelo professor.
--- O Snape parece estranho não? – Sussurrou Rony para o amigo ao seu lado. – Meio nervoso...
--- Ah, nervoso ele sempre foi não é Rony? – Retrucou Potter, também sussurrando. – Mas tenho que admitir que ele está bem estranho...
--- A conversa está boa Senhor Potter e Senhor Weasley? Que acham de falar para todos ouvirem?
Todos os alunos que se encontravam no interior da fria masmorra olharam para os dois. As orelhas de Rony ficaram extremamente vermelhas e este começou a coçar o couro cabeludo da cor de fogo. Harry, por sua vez, levantou o nariz e respondeu:
--- Pois eu, senhor Professor, acho sinceramente que esta é a pior idéia que já ouvi em toda a minha vida...
--- O que disse Potter? Repita! – Bradou Severo com um olhar assassino.
Harry sorriu e fez questão de repetir em alto e bom som:
--- Pois já que o senhor não está ouvindo muito bem...Deve ser a idade, sabe como é...Ou talvez a falta de certas coisas...Irei repetir...Eu disse que esta é a pior idéia que já ouvi em toda a minha vida. Será que agora escutou?
Podia se ver chamas nos olhos do professor. Este, não disse nada, somente segurou violentamente Potter pelo braço e empurrou-o para fora da masmorra, dizendo:
--- Só volte aqui depois de passar pela sala da vice-diretora Potter... Com o papel da detenção!!! Se fosse de Sonserina... Já teria sido expulso!!
--- Se eu fosse...Se eu fosse...
A porta fechou-se. Harry girou sobre os calcanhares e foi até a sala da Professora Minerva.
--- Posso entrar?
Minerva olhou por cima de seus óculos o aluno e permitiu sua entrada. Ela, imediatamente, guardou alguns rolos de pergaminho na gaveta quando o rapaz se aproximou.
--- Diga Potter...O que faz aqui?
--- Ah...O professor severo Snape me mandou aqui... Por que somente quis defender minha privacidade...Da minha conversa com Rony...
--- Oh, faça meu favor Potter...Pedido de detenção no primeiro dia de aula??
O rapaz ficou encabulado. Olhou em volta, todos os quadros o olhavam com desaprovação. Ignorando todo aquele ar incomodo, ele aguardou o pergaminho no qual agora a vice-diretora escrevia com sua pena.
--- Tome. E Potter...Tente evitar isso, ok?
Somente quando retornou a masmorra que Harry se deu conta que a aula havia terminado. Os alunos saíam aos poucos e quando entrou no local para entregar a detenção, deu se cara com Rony e Hermione.
--- Seu material está com Snape... Você não imagina como ele ficou chato conosco depois que saiu Harry...
Logo depois, saíram da masmorra, sinalizando com gestos de mão que o esperavam na saída. Harry olhou para frente e logo pôde identificar Snape em meio às sombras. Lembrou-se do pergaminho que já se encontrava molhado de suor em sua mão e entregou-o ao professor.
--- Amanhã ás 8 da noite Potter...Logo depois do jantar, aqui na masmorra... Para cumprir sua detenção devido à monstruosa falta de respeito que tivera comigo... Não quero atrasos...Será pior para você...
E, depois de apontar com a varinha para cima de sua mesa, onde se encontrava o material do rapaz, Snape ordenou que o mesmo se retirasse. Ele o fez.
* * * * *
--- Mas qual será a detenção Harry? – Perguntou Rony, horas depois, no Salão Comunal da Grifinória, enquanto fazia o dever.
--- Não sei... – Respondeu dando de ombros. – Escute Mione, tem dever de Poções?
Hermione afirmou e entregou um pequeno pedaço de pergaminho para o moreno, dizendo:
--- Anotei para você. Pegue.
--- Obrigada. – Disse, pegando a sexta edição de Poções Muy Fuertes e abrindo-a nas primeiras páginas. – Mas...O que é isso?!
Ronald e Hermione olharam para o amigo ao mesmo tempo. Este, por sua vez, olhava curiosamente para seu livro. Parecia que tinha um papel entre as páginas do meio, o que fazia “levantar” e marcá-las. Harry abriu na página e viu que era um pedaço velho e sujo de pergaminho. Notou, depois de alguns segundos, que havia uma mensagem escrita nele.

“Eu sei quem foi o culpado... Eu tenho que exterminar todos que já tiveram relação com ele... Sei que não foi você...”.

O pergaminho foi transformando-se em pó lentamente. Quando o trio percebeu, somente havia “poeira” em seus pés.
--- Harry... Quem pode ter colocado isso no seu livro??
--- Não sei... Mas estou cansado disso! Provavelmente é a mesma pessoa que anda me perseguindo nesses últimos dias... Ele quer me matar...Não sei porque...Mas parece que antes disso...Quer me ver com medo...Quer brincar comigo...
--- Harry...- Chamou Rony, pensativo. – A única pessoa que esteve com seu material... Foi Snape...É ele Harry! Snape que quer te matar!

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