Irreversível



Naquele dia, Gina não teve forças nem ânimo para ir trabalhar. Mandou um recado para Sebastian e ficou o dia inteiro encolhida no sofá do seu antigo apartamento, pensando no que seria da sua vida dali pra frente. O que diria as pessoas quando a barriga começasse a aparecer? Era como se o seu mundo tivesse desabado, que todo o seu esforço tivesse sido inútil. Sem ele, ela não via sentido nenhum em sua vida, nem tinha vontade de continuar. Fechou os olhos tentando fugir para os recessos de sua mente. Eram quase 8 horas da noite quando ouviu a campanhia tocar insistentemente, sabia que era ele que tinha vindo atrás de respostas. Juntando toda sua coragem, ela abriu a porta, pronta para um confronto. Ele a encarou friamente, com os olhos crispando:

- Eu tinha uma última esperança de que você não abrisse essa porta e que tudo não passasse de uma brincadeira de mau gosto.- disse sério

Gina retribuiu o olhar, antes de dar passagem para que ele entrasse. Na verdade, há muito tempo que não via aquele ódio nos olhos dele, e se odiava por cada palavra dita, e por se sentir tão impotente diante da situação. Só queria que aquela tortura acabasse logo:

- Você pode me dizer o que significa isso?- perguntou Draco numa raiva contida segurando o bilhete que ela escrevera

- Pra mim parece bastante óbvio.- respondeu forçando uma frieza estudada

Os olhos dele faiscaram de incredulidade e por um momento ele não disse nada, parecia atordoado:

- Então, você quer que eu acredite que você não sente mais nada por mim? Que ontem, enquanto fazíamos amor você estava fingindo? Que da noite pro dia você descobriu que nosso casamento foi um erro?- perguntou com sarcasmo e um ódio que Gina jamais tinha visto nele

Por um instante, Gina fugiu do olhar acusador dele, não queria encara-lo, não queria estar ali e não queria responder aquelas perguntas. Sentiu os dedos os dedos dele agarrando-lhe o rosto, forçando-a a olha-lo:

- Olha pra mim, Gina.- ordenou com raiva

Gina respirou fundo, antes de responder:

- No final das contas você tinha razão, Draco. Eu amava uma lembrança, eu fantasiei algo que não existia. Eu cometi um erro, foi só isso.- explicou numa calma inexistente

- E, você só descobriu isso agora?- retrucou impaciente

- Quando você reapareceu, eu fiquei confusa e acabei confundindo também os meus sentimentos. Por um tempo, eu cheguei a pensar que te amava, mas eu estava enganada e não posso mais continuar mentindo pra mim mesma.- respondeu tentando parecer convincente

Draco suspirou irritado, e passou as mãos nervosamente pelo rosto, depois tornou a fita-la:

- Eu não posso acreditar que você estava fingindo esse tempo todo. Você está mentindo, Gina. Tem alguém te obrigando a fazer isso, não tem?- perguntou exasperado

Por um segundo ela deixou de encara-lo, mas depois se manteve firme e respondeu seriamente:

- Não queira achar pretextos para as minhas atitudes, Draco. As coisas são o que são, pronto. Entenda, acabou.

Ele a encarou com nojo, com raiva, e acima de tudo, com uma decepção que Gina não poderia suportar:

- Então, diz que você não me ama mais, Gina. Diz e eu saio da sua vida, definitivamente.- pediu com frieza

Ela não respondeu, não poderia, não tinha nem coragem de olhar pra ele, só queria que aquele tormento acabasse. Ele foi até ela e agarrou seus ombros com força:

- MAS QUE DROGA, GINA!!! EU QUERO OUVIR.DIZ...-vociferou irritado

Ela tentou se soltar, em vão:

- Me solta, Draco. Você está me machucando.- pediu com os olhos marejados

Ele apertou mais forte:

- EU QUERO OUVIR, GINA. ANDA, DIZ...-ordenou entredentes

Por fim, ela encarou aqueles olhos penetrantes e disse quase num fio de voz:

- Eu não te amo mais.

O modo como ele a olhou doeu mais que qualquer outra coisa. Não tinha amor, nem piedade. Somente decepção e arrogância:

- Ainda bem que eu só gastei cinco dólares com essa porcaria.- disse jogando a aliança nela antes de acrescentar friamente – Eu espero que você vá buscar o resto de suas coisas e de preferência em um horário em que eu não estiver. Eu não quero te ver nunca mais, Weasley.

Gina assentiu, ele a encarou uma última vez antes de dizer asperamente:

- Nesse caso, adeus.

Mais uma vez, aturdida, Gina viu ele se afastar. Jurou não chorar, pelo menos, até que ele se distanciasse dali. Ele nunca deveria saber, nem pressentir, que ela havia feito a maior bobagem de sua vida.

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Quando Sebastian chegou no apartamento de Gina a porta estava aberta e ela estava sentada no chão com o rosto enterrado nos joelhos:

- Por Merlin, Gina!!! O que aconteceu?- perguntou preocupado ao vê-la naquele estado

Gina o abraçou, como uma criança assustada. A história foi saindo, aos pedaços, reticente. Ela chorava demais para ser perfeitamente coerente. Sebastian a embalou até que ela se acalmasse. Depois pegou um pouco de água e a fez beber:

- Sente-se melhor?

Ela assentiu e como um bom amigo ele não fez perguntas, nem qualquer tipo de comentário, aquele não era o momento apropriado. Ele apenas ficou ao seu lado, compartilhando de sua tristeza. De tão cansada e com o coração pesado, ela acabou adormecendo. Sebastian a cobriu e se ajeitou no outro sofá. Pela manhã teria uma conversa séria com ela.

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Quando Draco chegou em casa naquela noite, quebrou tudo o que viu pela frente: os quadros, os porta-retratos, os vasos de porcelana, os enfeites, não sobrou nada inteiro na sala pra contar história. Ele estava transtornado, completamente fora de si, com ódio, raiva por ter feito papel de bobo. Não podia acreditar que aquilo estivesse acontecendo, que ela tivesse mentido o tempo todo, que o tivesse traído, fingido. Serviu-se de um copo de Wisky e sentou-se revoltado no sofá, com apenas um gole bebeu todo o liquido ardente e depois atirou o copo com força na parede. Precisava sair, esfriar a cabeça, se não ia acabar fazendo alguma besteira. Após andar sem rumo algum, com a cabeça cheia de pensamentos e lembranças, resolveu procurar Ashley, precisava desesperadamente da amiga naquele momento. Ela ficou surpresa quando o viu na sua porta:

- Draco, que surpresa boa... Entra.

- Você está sozinha?- perguntou irritado

- Estou, o Rony acabou de sair. Está tudo bem?- indagou preocupada

- Não, não está. Eu vou matar ela, Ash.- disse nervoso andando de um lado pro outro

- Acalme-se. Por enquanto, você não vai matar ninguém. Me conta, o que aconteceu...

- Aquela hipócrita, ela estava me enganando esse tempo todo, Ash. Fingindo... E, sabe o que mais me aterroriza? Eu ter acreditado nela.- respondeu indignado

- De quem você está falando?- perguntou confusa

- A Gina... A pior de todos os Weasley.

Ele fez um breve relato de tudo o que acontecera, depois Ashley disse pensativa:

- Eu não posso acreditar... Tem alguma coisa errada. Ela não faria isso, ela te ama.

Ele riu com deboche:

- Ama? Eu estou dispensando esse tipo de amor. E, pode acreditar, não há nada de errado. Eu é que fui um idiota todo esse tempo, um verdadeiro panaca. Mas, ela me paga... Aquela ordinária!!! Pode apostar que sim.

Apesar de não acreditar totalmente naquela história, Ash lhe deu apoio, mesmo sabendo que tinha alguma coisa de muito estranha por trás daquilo:

- Fique calmo, Draco. Tanta raiva não vai servir pra nada.- aconselhou com sensatez

- Você tem alguma coisa forte pra beber?

Ela balançou a cabeça, em sinal de reprovação:

- Você não vai beber, eu vou te dar um calmante e você vai relaxar, isso sim...

- Eu não quero relaxar, Ash... Eu quero esquecer, tirar ela da minha cabeça.- desabafou frustrado

- Você vai tomar um calmante e vai dormir. Amanhã será um novo dia.

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No dia seguinte, Gina acordou com um enorme cheiro de café invadindo suas narinas, Sebastian estava na cozinha preparando o café da manhã:

- Bom dia.- disse ela esfregando os olhos

- Bom dia. Está melhor?

- Um pouquinho... Você não precisava fazer isso.

- Eu sei, mas eu acho que tenho uma vocação interior para elfo doméstico.- disse com ar seriamente fingido

Ela riu, e ele acrescentou:

- Aliás, você bem que podia ter um.

- Mesmo se eu quisesse, a Hermione cortaria relações comigo.

Ela sentou-se na mesa, servindo-se de torrada com geléia. Ele sentou-se também e a encarou sério:

- Está bem, Sebastian... Fala. Eu estou te ouvindo.- disse largando a torrada de lado

- Você tem que contar pra ele, Gina.- disse por fim

Ela balançou a cabeça:

- Eu não posso... Não dá.

- Gina, você tem o que nessa sua cabecinha? Bicho de goiaba? Se você acha mais seguro ficar separada dele e omitir a conversa que teve com a Malfoy mor, tudo bem, eu até concordo. Mas, ele tem que saber dessa criança. Você tem que contar que está grávida.

- E, você acha que eu não gostaria disso? Mas, eu não posso. A Narcisa foi bem clara nas chantagens e eu não quero correr o risco. Eu o amo demais, Sebastian. Prefiro vê-lo feliz longe de mim do que perde-lo de novo. Eu não suportaria. E, esse filho vai ser um pedacinho dele que eu vou ter comigo pro resto da vida. Eu não quero arriscar perder isso também.- desabafou melancólica

- Você é teimosa como uma porta.- censurou Sebastian

- Eu sei e você não vai conseguir me persuadir.- retorquiu normalmente

Depois de um longo tempo em silêncio, ele comunicou animado:

- Com base nos últimos acontecimentos, eu tomei uma decisão muito séria... Vou me mudar para cá.

- Como?!?- perguntou Gina surpresa

- Isso mesmo, pelo menos, por uns tempos. E, não adianta dizer que não, porque te conhecendo do jeito que conheço, se você ficar aqui sozinha, você vai ficar totalmente deprimida dia e noite, e isso não faz bem para o bebê. Além do mais, você vai precisar de ajuda e eu estou aqui pra isso.

Ela sorriu comovida:

- Sebastian, não precisa, eu vou ficar bem... E também não quero atrapalhar sua vida...

- Gina, que vida? Você chama alimentar um gato de vida? Aliás, eu vou ter que achar alguém para cuidar do Tobias.

Gina sorriu, talvez ter companhia lhe fizesse bem:

- Ok, você venceu... E, o Tobias pode vir também, pelo menos, até o bebê nascer.

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No fim de semana que se seguiu Gina foi ver a família, de qualquer jeito teria que dar uma explicação a eles, então que fosse logo. Depois de um almoço animado, Gina pigarreou, pediu licença e começou a falar:

- Bem gente, eu só queria avisar que eu e o Draco nos separamos, não estava dando muito certo, e no final das contas, vocês tinham razão, nós somos muito diferentes.- explicou sabendo que grande parte daquilo era mentira, mas sabia que aquilo os convenceriam.

Quando ela terminou de falar, todos a encaravam com um misto de satisfação e surpresa, foi Arthur que interveio preocupado:

- Filha, você tem certeza disso? Você parecia tão decidida a ficar com ele.

- As pessoas se enganam, papai. Eu queria que tivesse dado certo, mas não deu, fazer o quê?- respondeu sem encara-lo

- Pelo amor de Merlin!!! O que foi que ele aprontou, Gina?- perguntou Molly

- Nada mamãe, nada. A decisão foi minha, não dele.- respondeu resoluta

- Gente, por favor, a Gina tem esse momento de lucidez tão esperado e vocês ficam insistindo no Malfoy. Não vamos agora ficar insistindo que ela volte com ele, não é?- interrompeu Fred indignado

- É isso aí, ela finalmente acordou do estado de delírio em que estava, e vocês ficam aí enchendo a cabeça dela com bobagens. O Malfoy que se dane!- completou Jorge

- Mesmo que vocês dois não gostem dele, a decisão cabe a sua irmã. Então, deixem-na em paz.- pediu Arthur seriamente

- Está tudo bem, papai. A decisão já está tomada, eu só não queria mais tocar nesse assunto, tudo bem?

Eles assentiram e, em seguida, o rumo da conversa já tinha mudado para os jogos de quadribol.
O fato é que a notícia do rompimento repentino pegou toda a família Weasley de surpresa, embora tivessem estranhado, ninguém contestou a decisão, em grande parte, porque a maioria aprovara a atitude. E, optaram por não prolongar o assunto, quanto menos falassem nele, mais rápido o nome Malfoy desapareceria de suas vidas. Nesse meio tempo, os dias se arrastaram tanto pra ele, quanto pra ela. A vida de ambos estava sendo um martírio, cada um a sua maneira. Foi mais ou menos um mês depois da separação que ocorreu a despedida de solteiro de Rony. O lugar escolhido fora uma casa noturna em Hogsmead para maiores de 18 anos. Como tinha que ser, o espaço era repleto de dançarinas seminuas e garçonetes com roupas provocantes. Draco, que pegara o péssimo hábito de freqüentemente sair para beber, também estava lá. Isso, porque já tinha conhecido o maior número de bares de Londres, e agora tinha resolvido expandir seus horizontes. Eles se esbarraram quase sem querer, quando Rony se levantara para pedir mais uma cerveja. O Weasley que já tinha tomado umas, não perdeu a oportunidade para provoca-lo:

- Ué, Malfoy... Você por aqui? Está tristinho, é? Ainda na fossa porque minha irmã te chutou?

- Na verdade, ainda estou lamentando o fato de ter casado com uma vadia.- retrucou no mesmo tom

Eles se encararam, os olhos faiscando, nenhum deles suportaria ser humilhado daquela maneira, se aproximaram com o intuito de brigar, mas antes que o fizessem Harry os deteve:

- Calma aí... Não vamos brigar, não é? Vamos beber, eu pago a rodada.- sugeriu animado

Eles se contiveram, e Draco foi se sentar na mesa deles, não tinha mais nada a perder mesmo. Além do mais, depois da quarta rodada, ninguém estava se importando com ninguém, todo mundo era amigo. Passaram boa parte da madrugada bebendo e tecendo comentários sobre mulheres:

- E, então Weasley... Veio fazer o que aqui? Perder a virgindade?- disparou Draco rindo

- Hahaha, muito engraçado Malfoy!!! Eu não sabia que lombrigas sabiam falar...- retrucou Rony

Draco fechou a cara, antes de cutucar:

- E, você Potter... Veio tirar o atraso do sofá?

Rony não se conteve e também riu:

- Boa Malfoy, boa.

- Nada, o sofá é o meu amigo do peito. Mas, eu tenho que dizer que quanto mais eu conheço as mulheres, menos eu as entendo: Se você trata bem, vai dormir no sofá. E, se trata mal, elas te chamam de amor. Quem consegue entender...

Rony e Draco assentiram como se ele tivesse falado algo de muito sábio:

- Você é um homem de visão, Potter!!! Sabe, eu também não entendo, um dia elas te amam e no outro já se acham auto suficientes.

- É, verdade...- concordou Rony

- Mas, se bem que eu nunca tive problema com mulher. Sempre tive quem eu quis.- afirmou Draco orgulhoso

Rony e Harry se olharam pouco convencidos:

- Então, prova... Aposto cinco galeões que você não consegue pegar aquela garçonete ali.- desafiou Harry apontando para a que atendia no bar

- E, eu aposto mais cinco.- disse Rony

Draco sorriu cheio de si:

- Olhem e aprendam como se faz...

Ele se levantou, um pouco bêbado, um pouco sóbrio e se encaminhou até o bar. O mais incrível, era que apesar de bêbado, ele ainda conseguia ser irresistivelmente sexy. Ele se aproximou, fez um pouco de charme, antes de perguntar com ar sedutor:

- Posso te pagar uma bebida... Rebecca?- perguntou lendo o crachá dela

Ela sorriu, balançando a cabeça, antes de responder simplesmente:

- Eu pensei que a aposta com seus amigos só incluísse me levar pra cama.

Ele jogou a cabeça pra trás e riu:

- Eu peço desculpas pela brincadeira... Acho que exageramos na bebida.

- Tudo bem, já estou acostumada. Mas, confesso que fiquei bastante lisonjeada por ter sido abordada por alguém tão atraente.- disse lhe entregando uma taça de vinho

Ele sorriu “daquele” jeito, antes de acrescentar:

- Não posso acreditar no que diz, Rebecca. Poderia ter qualquer homem neste lugar.

- Incluindo o sentado a minha frente?

Ele riu novamente e ergueu sua taça em cumprimento:

- Completamente!

Ela tocou a borda de sua taça na dele e o encarou:

- Muito bem. Brindemos a nós. E, a qualquer coisa mais que possa ter em mente!

Ela sorriu quando lhe entregou o troco, e disse numa voz suave e sugestiva:

- Encerro meu turno em 15 minutos. Deseja mais alguma coisa esta noite?




N/A: Oiii... até que desta vez não demorei tanto :) Pois bem, o que acharam? As coisas estão ficando mais feias pro Draco e pra Gina, hein? Espero não demorar tanto pra postar o 17, o fato é que já tinha escrito alguns capítulos, mas não fiquei satisfeita com o resultado e, por isso, estou reescrevendo umas partes e, principalmente, o final. Pois bem, não desistam desta história e nem desta autora aqui, ela é meio enrolada, mas precisa de vocês, hehe... Além do que, restam apenas alguns capítulos para o final, então sejam pacientes,rsrsrrs, prometo postar o mais rápido que puder.
PS: (Natalie)- eu sei que deve estar uma correria o vestibular e tals mas, infelizmente, não dá pra te mandar a história por e-mail. Primeiro, pq ainda não está completamente finalizada e depois que não seria justo com os outros. O que eu posso fazer, é te mandar um e-mail avisando quando ela já estiver completamente postada, ai vc entra e lê tudo de uma vez... Pode ser?
PS: (outros)- Eu só queria agradecer os comentários e a paciência, eu sei que é um saco ter que esperar semanas por um cap., mas estou fazendo o que posso pra postar. Então, obrigada e continuem comentando, hehe.




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