Tempo de Recomeçar...



Os meses que se seguiram foram difíceis, mas ela estava se saindo bem. E, depois daquela noite, ele nunca mais voltou a aparecer, nem visitar o filho. Sua última tentativa de traze-lo de volta, havia sido um fracasso e ela sabia disso. Mas, estava disposta a carregar a culpa se ele nunca mais voltasse para ver Ewan. Estava em sua sala, segurando os papéis do divórcio nas mãos, com uma dor que pesava em seu coração:

- Ainda aí?- perguntou Sebastian entrando

- Pois é, acabei me distraindo e perdi a noção do tempo.- respondeu normalmente

Depois de perceber o que ela segurava, ele perguntou duvidoso:

- Você tem certeza do que está fazendo, Gina?

- Por mais que isso seja difícil, é o mais sensato.- respondeu enfática

- Eu sempre te aconselhei a esquece-lo, seguir sua vida, mas talvez eu estivesse errado... Ele te ama, eu tenho certeza.

Gina suspirou:

- Acho que só o amor já não basta pra nenhum dos dois. Não mais.

- Me parte o coração ver você assim, Gina.- observou sincero

Gina sorriu:

- É só uma fase, vai passar. Está na hora de recomeçar, além do que, ele não é o único homem na face da terra, deve existir alguém por aí que vá me fazer feliz. Pelo menos, eu espero que sim.

Sebastian sorriu:

- Vou torcer para que ele não seja loiro, nem muito orgulhoso, e que não tenha tantas crises existenciais, porque outro oxigenado arrogante na sua vida eu não agüento... E eu que achava que você precisava de um analista, mas depois de conhecer o Malfoy, eu não sei quem é o pior... Sério.

Gina riu com divertimento:

- Só você pra me fazer rir numa hora dessas, Sebastian.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Desde o dia de Natal, Fred e Jorge estavam empenhados em ajudar a irmã, finalmente tinham entendido que ela amava um Malfoy, por mais que isso fosse estranho e inaceitável. Entretanto, as vendas na loja estavam indo tão bem que eles não tiveram tempo de correr atrás de nada. Foi só depois de alguns meses, que ele decidiram dar um basta na situação, não agüentavam mais ver Gina tão triste e séria e, mesmo, com a história do divórcio não desistiram. A primeira coisa que fizeram foi falar com Rebecca pra saber onde ele tinha se metido, já que não o encontravam em lugar nenhum:

- O Draco... Eu não sei, já faz algum tempo que ele não aparece aqui.- respondeu pensativa

- Mas, você não sabe de algum lugar onde possamos encontra-lo... É urgente.- insistiu Fred

Ela ficou calada, refletindo por alguns instantes, antes de dizer:

- Eu não sei... Ele tem feito grandes pedidos de bebida pra cá, talvez o gerente saiba o endereço.

- Certo. Obrigado, Rebecca.- disse Jorge com um sorriso estranho nos lábios

Depois de falarem com o gerente e o entregador, pegaram o pedaço de papel e saíram apressados para o endereço escrito. Já em frente à porta, olharam um para o outro decididos, e tocaram a campanhia incessantemente. Esperaram uma eternidade até alguém atender. E, a pessoa que abriu a porta não se parecia em nada com um legitimo Malfoy. Draco estava com os cabelos desgrenhados, a barba por fazer e já tinha bebido além da conta, sem mencionar o lugar, que estava absolutamente sujo e bagunçado, com garrafas espalhadas para todos os cantos:

- Credo... É você mesmo, Malfoy?- perguntou Fred espantado

Draco lhe lançou um olhar fuzilante, antes de perguntar mal humorado:

- O que vocês querem?

- Cara, você já se olhou no espelho? Está parecendo um daqueles trasgos da Idade Média, sério. Eu estou até com medo de você.- comentou Jorge debochado

- Eu não convidei nenhum de vocês pra virem aqui. Agora, dêem o fora.- disse fechando a porta

Mas, antes que ele a fechasse completamente, os dois chutaram a porta, fazendo com que Draco cambaleasse, depois agarraram ele pelo colarinho e o pressionaram contra parede:

- Escute aqui, seu fuinha idiota, não pense que estamos contentes em estar aqui...

- A porta da rua é serventia da casa.- interrompeu indiferente

- Não vamos sair enquanto você não ouvir o que a gente tem pra dizer. Além disso, eu disse que te mataria se você magoasse minha irmã.- ameaçou Fred

Draco ficou calado, encarando-os:

- E, então?

- Escuta cara, nós nunca nos demos bem e duvido que algum dia nos demos. É uma tradição entre as nossas famílias: nós não gostamos de você e você não gosta da gente, isso é um fato. Mas, por um puto azar, minha irmã foi gostar logo de você e por mais que isso seja bizarro, finalmente nós entendemos isso.- explicou Jorge

- Isso não faz mais diferença.- disse impaciente

- Cara, você está sendo burro e intransigente.- acusou Jorge

- Você tem noção do que minha irmã passou desde que você apareceu na vida dela? Ela ficou seis anos sofrendo pela sua suposta morte, enfrentou toda a família pra ficar com você, sofreu o pão que Voldemort amassou pra ter o SEU filho, foi humilhada de todas as formas pela sua mãe, salvou a sua vida e, apesar de tudo isso, ela ainda estava disposta a continuar com você... E, o que você faz? Foge na primeira oportunidade, quando ela mais precisa de você e por que? Por um orgulho mesquinho que não está te levando a lugar nenhum, ou você está satisfeito com esta semivida que você está levando?- disse Fred inconformado

Draco não respondeu, mas o fato, é que aquelas palavras mexeram com ele:

- Ela ama você e está sofrendo e você pelo jeito, não está diferente. Então pra que continuar com isso? Pra que perder tempo se ambos querem a mesma coisa? Mostre que você tem caráter e é digno de entrar pra família. Prove que nós nos enganamos a seu respeito.- acrescentou Jorge

- As coisas não são tão simples assim.- disse Draco orgulhoso

Eles o largaram, decepcionados:

- Quer saber: Elas são sim. Mas sabe, acho que nós estávamos certos o tempo todo, você é um babaca, um completo idiota. E, sinceramente, você não merece nossa irmã. Não mesmo.- disse Jorge irritado

- Você é bem um Malfoy, mesmo! Morra sozinho com o seu orgulho, panaca!- continuou Fred

Draco os encarava com raiva, havia algumas verdades naquelas palavras que ele não queria ouvir:

- Vão pro inferno vocês dois!!! Eu não preciso de conselho amoroso e se precisasse, com certeza, não procuraria vocês. Agora, saiam da minha casa!- disse com raiva

- Com o maior prazer, idiota.- disse Jorge

Quando eles saíram, Draco bateu a porta com força e jogou a garrafa de uísque contra a parede. Já estava cansado daquilo tudo. Pegou os papéis de divórcio que recebera dias antes e amassou com raiva. Estava perdido, sem saber o que fazer:

- Mas que droga!!!- murmurou irritado

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Na metade do mês de abril, Gina resolvera ir até Hogwarts, era uma forma de enterrar tudo no mesmo lugar onde havia começado, ela precisava daquilo. Além disso, aproveitaria para visitar Sirius e Lara e, mais uma vez, agradecer tudo o que eles tinham feito por ela. Assim que chegou foi recebida por um Sirius animado e depois de uma longa conversa com ambos, foi dar uma volta pelo castelo. Após tanto tempo, Hogwarts ainda continuava sendo um de seus lugares favoritos, sentia-se em paz ali. E, o lugar estava especialmente belo na primavera. Quando chegou à beira do lago, respirou fundo, sentindo o ar fresco invadir seus pulmões. Adorava ainda mais aquele lugar, onde havia conseguido por tantas vezes, acalmar a mente e o corpo. Lançou a rosa vermelha na água, antes de dizer com tristeza:

- Bem, acho que isso foi um adeus...

- Eu não teria tanta certeza.

Gina se virou depressa, Draco estava encostado na árvore observando-a e estava com uma aparência meio... Diferente:

- Draco...- disse confusa

- Me disseram que você estaria aqui.- explicou simplesmente

Ela permaneceu calada, confusa:

- Vim lhe entregar isto.- disse com alguns papéis na mão

Ele se aproximou e, em seguida, rasgou a papelada que segurava:

- Mas, o que você está fazendo?- perguntou Gina incrédula

- Impedindo que a gente cometa outro erro. Eu não quero me separar de você, Gina.

Aquelas palavras, ditas com tanta casualidade, eram as mais suaves que Gina poderia ter ouvido naquele momento, mas ela não baixou as defesas, ainda estava magoada:

- E, o que fez você mudar de idéia?-perguntou séria

- Eu finalmente percebi o quanto estava sendo burro, tolo e orgulhoso. E, talvez, os seus irmãos tenham tido um pouco de crédito nisso.- explicou simplesmente

- Meus irmãos?- perguntou ainda mais confusa

- Digamos que eles me ajudaram a enxergar as coisas, a clarear as minhas idéias, rever minhas prioridades.

- E, quais são as suas prioridades?- indagou com certa dureza e ironia

- Você... E, o meu filho.- respondeu sério

Havia tristeza e arrependimento no rosto dele, agora:

- Eu tenho sido um grande cretino, Gina. E, espero que você possa me perdoar, me deixar fazer as coisas diferentes desta vez.

- Me dê apenas um motivo pra eu fazer isso.- pediu com dureza e mágoa

- Porque eu continuo amando você e porque eu acho que nós dois merecemos uma segunda chance.- respondeu sincero

Gina teve que se controlar para ignorar a imensa felicidade que a invadia e que a fazia querer lançar-se nos braços dele. E, mesmo sem querer, ela sentia seu coração começar a se entregar:

- Eu não sei, foi tudo tão doloroso. Eu não gostaria de passar por tudo isso outra vez. Eu não suportaria.

- Você não vai, isso é uma promessa. Sabe... Eu te garanto que teremos dificuldades. Também te garanto que em algum momento um de nós vai querer sair fora. Mas, também garanto que se eu não te pedir pra ser minha, vou me arrepender pro resto da vida, porque tenho a certeza aqui no meu coração que você é a única pra mim.

Gina o encarou com lágrimas nos olhos, desejou tanto ter ouvido aquelas palavras todos aqueles meses e, agora elas tinham vindo, como um alento para seu coração:

- E, toda aquela conversa de que sempre vai haver coisas e pessoas entre nós?

- Se houver, nós a venceremos, porque estaremos juntos.

Gina sentiu a garganta apertar e Draco prosseguiu:

- Nós temos tanto a aprender um com o outro. Nos dê essa chance. Eu acredito e confio em você. Sem reservas. E você, acredita em mim?

De um modo estranho, inexplicável, Gina acreditava. Sempre acreditou. E, todas as barreiras que se erguera entre ambos caíram por terra. Gina se jogou nos braços dele, chorando. Ele a abraçou com força, para sentir ainda mais aquele momento:

- Eu te amo, Draco Malfoy.

Ele sorriu, antes de perguntar com divertimento:

- Mesmo com essa aparência de trasgo da Idade Média?

- Aqui, trasgo da Idade Média é um eufemismo para sexy.

Ele sorriu “daquele” jeito:

- Entendo... Case-se de novo comigo, Gina Weasley.- pediu com urgência e seriedade

- Sempre.- respondeu antes de se entregar a um beijo longo, apaixonado e há tanto tempo esperado

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Gina encarava sua imagem no espelho com alegria e satisfação. Ela estava com um vestido branco, simples, tomara-que-caia, com apenas alguns bordados, o cabelo cuidadosamente penteado e a maquiagem perfeita ressaltava seus traços suaves e delicados. Agora, faltavam apenas alguns minutos para se unir a Draco para sempre. Tinham se passado somente duas semanas desde o dia em que tinham se reconciliado, mas ambos tiveram pressa e estavam ansiosos demais para esperar mais pelo casamento. A família de Gina estava contente com a decisão e extremamente satisfeita com a idéia de um casamento tradicional. Seria uma cerimônia simples, com alguns amigos, realizada no jardim de Hogwarts. Sirius e Lara tinham sido os responsáveis por tornar isso possível em pleno ano letivo. Enfim, estava tudo absolutamente perfeito e preparado. Era surpreendente, mas ela não se sentia nem um pouco nervosa, estava mesmo transbordando em felicidade. Seus pais sim, estavam inquietos, agitando-se de lá para cá, preocupados em saber se estavam bem trajados e consultando com freqüência o relógio. Quando, finalmente, Gina deixou o quarto preparado exclusivamente pra ela, encontrou seu pai ansioso, esperando-a:

- Filha!- Arthur exclamou emocionado ao vê-la se aproximar – Está deslumbrante! Puxa – o homem pigarreou – Estou tão orgulhoso de você!

Gina beijou-o afetuosamente, vendo as lágrimas que lhe embaçavam os olhos:

- E, não existe pai mais querido no mundo.- disse emocionada – Quanto a eu estar “deslumbrante”, espero que o Draco seja da mesma opinião.

Naquele momento, sua mãe entrou na sala, elegante em seu traje de seda:

- Por Merlin!- exclamou Molly encantada – Você está linda, filha! O Draco é mesmo um homem de sorte.

- Não se esqueça de dizer isso a ele.- Gina brincou, satisfeita com o elogio

- Você já está pronta?

Gina assentiu:

- Pois bem, então eu já estou indo para acompanhar o seu noivo na entrada.

- Obrigada por isso, mamãe.- agradeceu com sinceridade

- Será um prazer.

Alguns momentos mais tarde, o jardim já estava repleto, todo decorado em flores brancas e, no altar, Draco aguardava, juntamente, com Jennifer e Rony, Hermione e Harry e Sebastian que eram os padrinhos. Gina quisera convidar todos os irmãos, mas seria muito indelicado e desproporcional já que Draco só tinha a Jennifer. Assim, quando os primeiros acordes da marcha nupcial soaram, os convidados puseram-se de pé e todas as atenções se voltaram para Gina, que entrava, sorridente, de braço dado com o pai. Ao entregar a filha, Arthur mostrou-se comovido e satisfeito. Draco estava especialmente elegante em seu terno preto com gravata prateada e também estava irradiando alegria. Pegando a mão de Gina, guiou-a até o altar. A cerimônia foi rápida e tocante, e todos se entreolharam contentes, quando ao final, Draco e Gina fizeram os votos:

- Gina... Na doença e na saúde... Na riqueza e na pobreza... Nos bons e maus momentos... Eu prometo que eu sempre amarei você - E negarei todos aqueles que vierem contra nós. Faço esta promessa para toda eternidade... E que eu me manterei para sempre... Até o fim de nossas vidas... Até que a morte nos separe.

Gina sorriu, antes de iniciar os seus votos:

- Draco... Eu não poderia, nem se quisesse, transformar em palavras o que eu guardo aqui dentro do meu coração... Um sentimento tão forte, tão puro, que me manteve viva em todos os momentos difíceis. Certa vez, eu disse pra uma amiga que quando você tem esse sentimento você acredita e confia nele e que, de vez em quando, você tem que fazer alguns sacrifícios para preserva-lo... Enfim, eu só queria dizer, que desde a primeira vez, no primeiro momento, eu sempre acreditei e confiei nele, em você, e em tudo o que você me faz sentir e sempre vou acreditar e sempre estarei disposta a fazer alguns sacrifícios para protege-lo, até o fim dos meus dias, simplesmente porque eu te amo.

Draco sorriu também e eles se beijaram ternamente, enquanto, os convidados se entreolhavam comovidos. Uma recepção foi oferecida após o casamento e o clima reinante era de pura alegria e descontração. Isso se devia em grande parte, ao entusiasmo e espontaneidade dos irmãos Weasley, que depois de algumas bebidas começaram a entoar algumas canções e dançar sem qualquer inibição. Quando o bolo foi cortado, Sebastian chamou a atenção para o seu discurso de padrinho, e todos ficaram em silêncio, escutando o que ele tinha pra dizer. Ele sorriu para Gina, antes de começar a falar:

- Bem, eu conheco a Gina há alguns anos e, por muito tempo, fui testemunha desse amor que hoje, finalmente, se consagra. Um sentimento que venceu todos os tipos de provações e que hoje comove até o mais firme dos céticos. E, é por isso, que quero que vocês se lembrem desse dia. Porque ele é o começo do sempre. Uma promessa por terem persistido sozinhos. Por acreditarem um no outro e na possibilidade de amar. Uma decisão para ignorar, para deixar para trás toda a dor do passado. Um pacto que liga duas almas e desfaz qualquer vinculo anterior. Hoje, foi a celebração da chance aproveitada e do desafio que está adiante, porque dois sempre serão mais forte que um. Porque o amor sempre será a força que dirigirá suas vidas. Hoje, foi só uma formalidade, só um anúncio as pessoas de uma promessa feita a muito no lugar sagrado de seus corações. Que esse amor se fortaleça e que seja a base para a vida que vocês construirão... Um brinde.- terminou erguendo sua taça

Aplausos emocionados eclodiram no jardim. Gina com lágrimas nos olhos abraçou o amigo:

- Isso foi realmente lindo, Sebastian! Obrigada.

Ele sorriu, antes de dizer divertido:

- Duas semanas de muito treino na frente do espelho, isso sim.

- Obrigado por ter cuidado dela todo esse tempo, Sullivan.- disse Draco sério

- A partir de hoje, passo essa responsabilidade pra você, Draco. Cuide bem da minha amiga e faça ela feliz. É uma ordem.- disse sorrindo

Draco assentiu e eles apertaram as mãos, no mesmo instante Jennifer se aproximou sorrindo:

- Eu ainda não tive a chance de me desculpar, mas espero que você não tenha ficado bravo pela minha omissão de identidade, Draco.

Ele sorriu, antes de abraça-la e dizer:

- Nem cheguei a ficar... Você ainda é uma grande amiga, sendo Jennifer ou Ashley.

Ela sorriu agradecida:

- Espero que agora você encontre a paz de espírito que você veio buscar.

- Já encontrei.

- A propósito, já que vocês dois estão aqui, eu e o Draco gostaríamos de convida-los pra ser os padrinhos do Ewan.- disse Gina para Sebastian e Jennifer

- Vai ser um prazer.- respondeu Jenny satisfeita

- Então, minhas reivindicações foram atendidas.- brincou Sebastian

- E, como não poderiam ser? Você é o meu melhor amigo e é o mínimo que eu posso fazer pra agradecer todos esses anos em que você me escutou e cuidou de mim.- agradeceu Gina antes de abraça-lo

- Desse jeito eu vou até chorar... São os casamentos, eles me deixam sentimental... E é claro que eu vou aceitar o convite.- disse comovido

Arthur e Molly que estavam por ali, se aproximaram contentes:

- Foi uma cerimônia linda. Eu espero que agora vocês finalmente consigam ser felizes.- disse Molly

- É o que eu também espero, filha. Da primeira vez que vocês apareceram juntos, foi um grande choque, eu não vou negar. Recebemos você, Draco, cheio de defesas, mas eu vejo agora que estava enganado, eu vejo que o que define um homem não é o seu nome, nem o seu nascimento. Na verdade, não importa de onde se vem, mas o que você faz pra se tornar quem é. E, você provou que é um homem digno, de caráter e que merece o nosso respeito. O que eu quero dizer, é que desta vez estamos te recebendo de braços abertos, como um verdadeiro filho.- disse Arthur de forma sincera antes de abraça-lo

Draco o escutou e se comoveu com aquelas palavras:

- Obrigado, Sr. Weasley. De verdade.

- Ah, pai, mãe... Obrigada por tudo o que vocês estão fazendo. Amo muito vocês.- agradeceu Gina antes de abraça-los também

Logo em seguida, Gina e Draco se aproximaram de Fred e Jorge. Eles se encararam, antes de Gina dizer emocionada:

- Eu ainda não tive a chance de agradecer o que vocês fizeram por mim. Acho que se não fosse por vocês, hoje eu nem estaria aqui... Por isso, obrigada. De verdade.

Eles a abraçaram:

- Você ainda é a caçula, a gente ainda tem que cuidar de você, mesmo que pra isso o fuinha tenha que entrar pra família.- provocou Fred

Draco riu:

- Vou considerar isso como um elogio... Aliás, vocês me disseram que era uma tradição das nossas famílias se odiarem, mas acho que já está mais do que na hora da gente mudar isso, não é?- disse estendendo-lhes a mão

- Bem-vindo a família, Malfoy.- disse Jorge

- É, mas não vai achando que a gente vai pegar leve com você, viu? Estou de olho em você, Malfoy.- acrescentou Fred

Antes que Draco pudesse responder, Rebecca se aproximou, pegando a mão de Jorge:

- Aí está você.- disse sorridente

- Olá Rebecca.- disse Gina normalmente

- Oi... Eu espero que não haja ressentimentos por aquela situação constrangedora.- disse sincera

Gina sorriu:

- São águas passadas, já esqueci. Ainda mais se você for à garota que vai fazer meu irmão tomar jeito.

Jorge sorriu de um jeito maroto, antes de beijar a mão dela que segurava o buquê:

- Quem sabe não vai ser o meu, o próximo casamento da família.

Rebecca sorriu encabulada:

- E, você vê se pára de tomar uísque.- brincou Rebecca para Draco

- Pode deixar. Agora já não tenho mais motivos pra isso.- disse sorrindo para Gina

Logo em seguida, Hermione, Harry, Rony e Jennifer se juntaram ao grupo. Rony trazia Ewan nos braços:

- Olha quem estava reivindicando comida.- disse Rony balançando o bêbe

- Daqui o meu bebê, que você já tem o seu.-protestou Draco

- Dá licença fuinha, que ele é meu sobrinho.- rebateu Rony

- E é meu filho, me dá ele aqui, antes que essa sua cara de trasgo assuste ele.

- Quer parar vocês dois, mamãe vai cuidar de você, vem cá meu lindinho, vem...- repreendeu Gina antes de pega-lo de Rony

Rony fechou a cara e antes que Draco iniciasse uma provocação, Jennifer disse descontraída:

- Depois de tanto tempo, eu ainda não consigo distinguir quem é o mais imaturo de vocês dois.

- Foi ele quem começou.- protestou Rony

Jennifer revirou os olhos, antes que Gina perguntasse mudando de assunto:

- A propósito Rony, você sabe como está a Luna?

- Não sei se alguém pode ficar bem em Azkaban, mas ela tem que pagar pelo que fez... E, apesar de tudo, eu estou pagando o advogado dela, é o mínimo que eu posso fazer pra redimir o dano que eu causei.

- E, a Kyra como fica nessa história toda?- perguntou Harry

- Ela ainda é muito pequena, e como passou a maior parte do tempo comigo, quase não se lembra da mãe. Quando ela crescer, veremos se conto o que aconteceu ou não. É cedo demais pra dizer.

- E, o Liam?- perguntou Gina para Hermione redirecionando o rumo da conversa

- Está dormindo junto com a Kyra... Daqui a alguns anos, eles que estarão aqui em Hogwarts, já imaginou...- disse nostálgica

- É...

- Ele e os nossos outros filhos.- disse Draco

- Outros? O Ewan já me dá trabalho suficiente por um batalhão.- disse Gina com divertimento

- Eu quero, pelo menos, uma menina.- disse enfático

- Teremos muito tempo ainda pra tentar.- disse sorrindo

- E, aposto que o Ewan vai ser o melhor jogador de quadribol de todos os tempos.- provocou Draco

- Qual é fuinha. Espera só pra ver quando eles crescerem, o Liam vai ser o melhor apanhador que já se viu na história do quadribol.- retrucou Harry

- Até parece, a Kyra vai acabar com os dois brincando.- retorquiu Rony

- Isso é o que nós vamos ver.

- Está bem, ainda temos bons 10 anos pra esperar.- disse Hermione impaciente

- E, a lua-de-mel? Pra onde vocês vão?- perguntou Rebecca

- O Draco conhece uma ilha particular, acho que vamos pra lá.- respondeu Gina

- E, o Ewan?- perguntou Jennifer

- Ele ainda é muito pequeno, então vamos leva-lo junto.

A festa se estendeu por um bom tempo e depois do último convidado partir, eles embarcaram para a ilha privada de um cliente de Draco. Chegaram quase no fim da tarde, caminharam um pouco na beira do mar, e permaneceram um longo tempo, abraçados com Ewan no colo, observando o movimento das águas, finalmente, tinham alcançado aquele sentimento pleno e naquele momento tiveram a sensação de que se permanecessem juntos seriam capazes de enfrentar qualquer dificuldade. Quando voltaram para o chalé, puseram Ewan pra dormir e tiveram uma noite nupcial cheia de amor, carinho e ternura ao som das ondas do mar. Já no meio da madrugada, o bebê acordou chorando, desesperado. Quando Gina decidiu se levantar, Draco não estava lá. Encontrou-o no quarto do filho, embalando-o. A criança dormia tranqüilamente aconchegada nos braços dele. Gina sorriu ao ver a cena e se aproximou, abraçando-o. Não imaginava que pudesse se sentir tão feliz e completa novamente. Draco o colocou no berço, e ambos ficaram contemplando o filho:

- Ele se parece tanto com você.- observou Gina sorrindo

- Eu espero que seja apenas em aparência, tomara que ele tenha o seu caráter.- disse sério

- Não diz isso...- repreendeu Gina

- É sério... Tenho medo de não conseguir ser um bom pai, de cometer os mesmos erros que o meu cometeu.

Gina sorriu:

- Isso não vai acontecer e você será um ótimo pai, eu tenho certeza. Você mudou tanto, ficou tão diferente da sua família... Eu tenho muito orgulho do homem que você se tornou e também terei do Ewan se ele puxar a você.

Draco a olhou com amor, abraçando-a:

- Eu amo você, sabia?

Gina o beijou e eles se abraçaram forte... Era tempo de recomeçar, já que o futuro em comum que os esperavam estava repleto de promessas e esperanças, todas perfeitamente realizáveis.





* Considerações finais:

- Logo após o casamento, Draco se transferiu definitivamente para Londres e eles voltaram para o apartamento que era de Draco, que era bem maior e mais confortável. Gina, por sua vez, desistiu do emprego no Semanário das bruxas e ficou somente com o emprego no Profeta Diário, para poder dedicar mais tempo ao filho. O casamento deles seguiu normalmente, apesar de algumas briguinhas casuais, os dois eram muito felizes juntos e acabavam se completando.

- Harry e Hermione também eram felizes, do jeito estranho deles, mas eram. Ela brigava com ele, ele então ia pro sofá e no outro dia, voltava tudo ao normal.

- Foi uma incrível coincidência quando Jennifer, Gina e Hermione engravidaram ao mesmo tempo. Foi uma gravidez agitada e elas aproveitaram o momento juntas. E, foi assim, que nove meses depois nasceram Natalie Cliverland Weasley, Catherine Weasley Malfoy e Emily Granger Potter. St. Mungus quase foi abaixo com Draco, Harry e Rony dividindo a maternidade.

- Após um ano do casamento de Gina e Draco, houve um casamento duplo na família. Fred finalmente oficializou sua união com Angelina, assim como Jorge oficializou a sua com Rebecca. Três anos depois, nasceram os gêmeos: Josh e Charlie e as gêmeas: Liv e Chloe.

- O filho que Gui e Fleur tiveram no inicio da história foi chamado de Nathan.

Fim







N/A: Demorei, mas postei, rsrsrs. Então... O que acharam do resultado final? Bom? Satisfatório? Ruim? Espero que tenham gostado e curtido a fic, pois foi feita com bastante dedicação, rsrsrs. Enfim, não resisti ao bom e velho clichê, rsrsrs...Então, é isso. Chegamos ao final. Desde já, quero agradecer a todos que leram e aos que vierem a ler um dia, especialmente, aos que comentaram: Isinha, Misty Weasley Malfoy, Nina Oliver, Vivika Malfoy, Maari, Bibiana, mas principalmente, a Candice Andrade A. de Paula, Sy, Natalie Potter, que sempre estão comentando, e um agradecimento especial as três leitoras que mais me motivam: Miss Chantelle Potter, Mrs Jane Potter e Loma Potter, muito, muito obrigada mesmo.

OBS: * Um pedaço do discurso de Sebastian foi tirado de um episódio de One Tree Hill. * O trecho “Eu te garanto que teremos dificuldades. Também te garanto que em algum momento um de nós vai querer sair fora. Mas, também garanto que se eu não te pedir pra ser minha, vou me arrepender pro resto da vida, porque tenho a certeza aqui no meu coração que você é a única pra mim”, foi tirado do final do filme Uma noiva em fuga... Bem, é isso.

P.S: Ah, depois de ler o último livro, não tive como não escrever um conto sobre o Snape e como sempre gostei muito dele apesar dos pesares, rsrsrs, não resisti a tentação e escrevi um conto pequenininho dele e da Lilian... Então, se tiverem curiosidade, o nome do conto é: Apenas um sonho e está classificada em outros (shipper). Dêem uma passadinha pra conferir,rsrsrs. Valews.





Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.