Armadilhas do destino



Gina foi para o seminário das bruxas com extremo mau humor, havia dormido mal durante o fim de semana, tinha adormecido no sofá novamente, e como se não bastasse os sonhos com Draco, agora tinha também Mackenzie. Nas duas últimas noites, tivera o mesmo sonho, quando se aproximava de Draco, seu rosto mudava de forma e se transformava no de Ryan, e isto foi o bastante para tirá-la do sério, quer dizer, considerava seus sonhos somente dela e dele, algo puro, o único lugar em que só existiam os dois. E, acabou considerando aquilo invasivo e uma ofensa à memória de Draco. Como ousara sonhar com outro, num sonho Dele? Estava tão tensa, que acabou discutindo com Helen quando ela a barrara fazendo perguntas sobre o casamento:

- Escuta aqui, Helen... o casamento não era meu, se você está tão interessada nele porque não pergunta diretamente ao Harry ou a Hermione? Eu já disse, que não tenho nada pra contar. Era um casamento oras, com noivos, padre, convidados e uma festa. Satisfeita?- explodiu Gina irritada

Os olhos de Helen faíscaram, e por fim ela respondeu calmamente:

- Coloque-se no seu lugar, Gina Weasley. Eu ainda sou a chefe aqui e não permito ser tratada dessa maneira. Você é muito boa no que faz, mas não é insubstituível, entendeu?

Gina aceitou a bronca com resignação:

- Me desculpe, Helen. Não estou num bom dia e acabei perdendo a cabeça. Isso não vai mais acontecer.

- Espero, pro seu bem, que não.- disse antes de deixá-la sozinha

Gina enterrou o rosto nas mãos, nunca havia deixado que seus problemas pessoais interferissem no seu trabalho:

- Droga, eu vou acabar ficando louca.- murmurou tristemente, antes de voltar a se concentrar no texto que escrevia

Assim que terminou seu expediente matutino, foi para o Profeta Diário. Já estava no meio da tarde, quando Sebastian deu duas batidinhas de leve na porta:

- Ocupada?

- Não pra você.- respondeu sorrindo

- Pela sua carinha, aconteceu alguma coisa.- observou ele seriamente

Ela deu um sorriso desanimado, e contou tudo que havia acontecido, desde o encontro com Ryan Mackenzie até a explosão com sua chefe, por fim, terminou melancólica:

- Eu estou louca, não é?

Ele riu:

- Você é tão dramática, Gina.

- É, eu sei.

- Sabe do que você precisa? De uma daquelas poções que fazem as pessoas não sonharem, você está precisando de uma boa noite de sono, isso sim. E, esse tal Mackenzie, acho que de alguma forma ele te lembra o Draco, mas é só, Gina.

Ela sorriu, se sentindo mais leve, que bom que ele não achava que ela estava louca:

- O que eu faria sem você?

- Provavelmente, seria uma pessoa atormentada.

- Mais do que eu já sou?- disse Gina de forma cômica

Eles riram e iniciaram uma conversa banal sobre os detalhes do casamento, estavam rindo sobre as vestes que algumas bruxas usaram, quando uma moça magricela e pálida, que reconheceram como sendo secretária do Sr. Cohen, bateu à porta:

- O que foi?- perguntou Gina

- O Sr. Cohen deseja vê-la.- respondeu automaticamente

- Já estou indo.

Ela trocou um olhar nervoso com Sebastian:

- É a resposta do seu projeto?

- Só pode ser.- respondeu ansiosa – Me deseja boa sorte?

- É claro, vai dar tudo certo.- disse Sebastian confiante

Ela foi em direção a sala dele se sentindo tão insegura quanto no primeiro dia de aula, vinha batalhando naquele projeto já havia algum tempo, um estudo minuncioso sobre o surgimento e a queda de Lord Voldemort e seus seguidores, uma análise dos perfis assassinos de cada um deles, mas para isso se realizar, precisava de um patrocinador, alguém que financiasse seu trabalho e o Sr. Cohen era sua esperança, um homem distinto e de poucas palavras. Chegou a sala dele, respirou fundo e deu batidinhas inseguras na porta:

- Entre, Gina.- pediu o homem com uma voz grave

Ela entrou e se sentou, pouco confiante, mas demonstrando determinação:

- E, então? Já tem uma resposta?- perguntou tentando parecer calma

- Já.- respondeu de forma resoluta

- E então?

- Bem Gina, devo dizer que apreciei muito a introdução do seu projeto, de fato, é um trabalho inovador...

- Mas...- interrompeu Gina

- Isto vai além do orçamento do Profeta Diário, eu não poderia me comprometer, sinto muito, Gina.

Ela o olhou frustrada:

- Então é só isso?

- Não, Gina. Eu ainda não terminei... eu disse que eu não poderia financiar o seu projeto, mas eu encontrei quem possa.- disse animado

- Ótimo.- disse dando um sorriso artificial

- Mas, pra isso há uma condição... ele quer participar do projeto, te ajudar, acho... mas você levaria todo o crédito, ele seria um mero coadjvante, não é ótimo?

Gina concordou, mas não partilhou da mesma animação:

- E, eu poderia saber quem é ELE?- perguntou contrariada

- Claro, aí está o homem.- disse sorridente indicando a porta

Gina se virou lentamente, para deparar com Ryan Mackenzie estampando um sorrizinho irritante:

- Você...- disse de forma desgostosa

- Eu....- concordou sorrindo

Ela se virou para o chefe, ignorando a presença do intruso:

- Não há outra maneira?- perguntou esperançosa

- Não, a não ser que você encontre outro financiador, o que acho difícil, visto que, ele foi o único que mostrou interesse.

- Então eu vou ter mesmo que trabalhar com ele?- perguntou indiferente

- Sim, Gina. Se você quiser que seu trabalho seja desenvolvido.

- Ótimo, perfeito.- concordou tentando aparentar uma calma inexistente

Se levantou e partiu para sua sala sem sequer olhar pra ele, quando entrou bateu a porta com força, sentou-se e começou a pensar que aquilo talvez fosse um pesadelo, estava quase se convencendo, quando um Ryan bem presunçoso entrou na sua sala:

- Não sei se você percebeu, mas isto aqui é uma sala particular e a boa educação manda bater antes de entrar.- comentou Gina indiferente

Ele ignorou o comentário e sentou-se à sua frente:

- Não sei pra que tanta irritação, afinal você conseguiu que seu projeto fosse finaciado. Não vai me agradecer? – perguntou de uma forma que irritou Gina

- Ah, corta essa. Não precisa bancar o bom samaritano comigo, agora me responde: o que um famoso advogado e administrador ganha financiando o projeto de uma proletária? O que você pretende, sr.Mackenzie?- perguntou Gina de forma incisiva

- Nada, além de dar uma chance ao seu trabalho, eu achei a proposta interessante e resolvi ajudá-la, simplesmente, sem nenhuma intenção maléfica. Convencida?- perguntou calmamente

- Decididamente, não. Você não faz esse tipo.

- E, que tipo eu faço?

- O tipo riquinho e manipulador, com propósitos dissimulados.- respondeu sem pestanejar

Ele sorriu, “ daquela maneira”, para irritação de Gina:

- Ok, agora eu já sei sua opinião sobre mim. E agradeço a franqueza. Mas, isso não muda nada. Até amanhã, Gina.- disse simplesmente antes de sair

Gina fechou os olhos, precisava recuperar seu auto controle, logo em seguida Sebastian entrou:

- O que foi isso?- perguntou preocupado

- Você ouviu?- perguntou envergonhada

- Acho que não foi só eu. E, então este é o tal Ryan Mackenzie?

- É, você viu só? Mal chegou aqui e já queria botar banca, e o projeto era meu, só meu. Ele não tinha o direito de vir aqui se intrometer no meu trabalho.- explodiu Gina andando de um lado pro outro

- Tem certeza que é só por causa do projeto que você está assim?- perguntou cauteloso

- Nem vem com essa, Sebastian. Psicologia de almanaque, hoje não. Por favor.- cortou Gina

- Está bem, mas ele não me pareceu de todo mal.

- Isso é porque você não teve que conversar com ele, ele é irritante... tudo nele me irrita... o jeito que passa a mão no cabelo, o olhar, o sorriso, tudo... e ainda por cima, faz de tudo pra me provocar.- disse nervosa

- Você está sendo egocêntrica e exagerada, Gina.- observou Sebastian de forma eloquente

Ela sentou-se, mais calma:

- Talvez você tenha razão, acho que estou um pouco estressada, vou pra casa dormir um pouco.- decidiu cansada

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Ryan chegou no restaurante do hotel, e como o previsto, Ashley já o esperava:

- E, então, como foi?

- Sei lá... interessante.- respondeu evasivamente

- Ela é como você esperava?

- Nenhum pouco. Ela é decidida, teimosa, explosiva e irritantemente cativante. Não me surpreenderia se o “ Malfoy” fosse mesmo apaixonado por ela.- respondeu pensativo

- Você corre esse risco?

- De me apaixonar? Acho que não, Ash... eu não faço esse tipo.- disse seguro de si

- Se é o que você diz... mas, tem outra coisa que eu gostaria de falar com você.

- O que foi?- perguntou preocupado

- Sua mãe... ela anda desconfiada, Ryan. E temerosa pela sua vinda a Londres.

- Eu imagino, mas ela não pode saber sobre os meus reais motivos, entende? Eu posso contar com você para tranquilizá-la? Para convencê-la de que não há nada?

- Farei isso, amanhã.

- Obrigada, Ash.- disse sinceramente

- Eu só espero que você encontre as respostas que veio buscar, Ryan.

- Eu também, eu também.




N/A: Oi gentii, bem ai está mais um cap., espero q estejam gostando... continuem comentando e naum abandonem a fic, please, msm se eu demorar um pouquinho pra postar, eh q anda uma correria soh, ainda estou me habituando com a vida de universitaria e estou um pouco sem tempo, por isso, peço um pouco de compreensão e paciencia, eu pretemdo terminar a fic em breve, entaum naum me abandonem,ok? agradeço... bjs

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