Enviando cartas




Fred, Jorge e Ron ficaram furiosos, não com Gina, mas com Simas.
—Ele decepcionou minha irmã! Para ela não vir ao meu noivado deve ter sido uma coisa séria! O que aquele... aquele... o que ele fez com ela?
—Onde é que ele mora? Alguém sabe?—Perguntou Jorge, assustando a todos—Temos que sar uma liçãosinha nele! Onde já se viu, tratar minha irmã assim!
—Amor... bater nunca é a melhor solução—Disse Dianna, tentando acalmar o namorado
—Mas quem falou em bater? Eu ia so... so... so...
—Bater! O que tem de errado? Ele decepcionou nossa irmãsinha! Deve ter sido uma coisa bem feia para ela não falar exatamente o que foi!
—O problema é que, como eu disse, bater nunca resolve nada. E Além do mais, ela deixou bem claro que não quer que vocês façam nada disso, lembram?
—Ah, ela nem ao menos disse pra onde foi.. não podemos nem enviar uma coruja! E Pichi já foi embora...—Disse Mione, tentando desviar os cunhados dos assuntos violentos, ajudando Dianna.
—Podemos sim! Edwiges sabe localizar uma pessoa mesmo sem o endereço dela! Lembra, Mione, Ron? Quando estávamos no quarto ano e mandávamos cartas para Sirius, e ele não podia nos dizer o endereço com medo de interceptação de correspondência. Edwiges sempre conseguia acha-lo, não é verdade?
—Ótima idéia, Harry querido! Vamos, alguém escreva uma carta pra ela!—Mandou a sra. Weasley, e ela mesma já foi tentando obedecer sua própria ordem. A sala se encheu de burburinhos, do tipo “Ótima ideia!”, “Isso mesmo!”, “Alguém tem uma caneta?”, “Acho que trouxe uma na bolsa”, “O que a gente pode escrever?”, “Como se esscrrrevii ‘queerridé’?”(esse foi so de Fleur), “Papá, eu nó sé escrreverr!”(esse foi só de Brigitte, com seus cinco aninhos ainda analfabeticos), mas acabava que ninguém escrevia nada que prestasse. A única pessoa que conseguiu escrever alguma coisa descente foi Mione, então entregou o papel a Harry dizendo:
—Harry, vamos, entregue-a a Edwiges!
—Mas ela está la em casa e eu...—Disse Harry, que se esquecera desse detalhe
—Harry, você é um bruxo! Aparate!—Parece que se esquecera deste pequeno detalhe também. Harry obedeceu a amiga, quando chegou em casa, foi direto para a gaiola de Edwiges, que estava bebendo água. Antes de entregar a carta a coruja, não pôde conter a curiosidade, abriu o envelope e leu:

Querida Gina,

O que foi que o Simas te fez? Para onde você foi? Oh, como estou preocupada! Aliás, so eu não, todos! Mas não se preocupe, cuidarei para que nenhum cunhadinho arranje confusão com o Simas... mas por favor, me conta o que aconteceu! Se quiser, eu não falo nada a ninguém, prometo. Mas é que estou preocupada!

Beijos,
Mione

PS.: Estou enviando a carta pela coruja do Harry porque ela é “especializada” em achar pessoas, e já que a srta não me disse onde está e Pichi se mandou antes de termos sequer tempo de ler a carta(a proposito, isso foi ordem sua?)... foi o único jeito.

PS2.: Volte logo, por favor! Se esconder não adianta de nada! E além do mais ha coisas aqui que você precisa encarar antes do casamento. Sabe do que estou falando. So não posso contar aqui, caso a curiosidade de Harry seja grande... infelizmente, não me lembro de como era esse detalhe de sua personalidade... e você, lembra?


Harry corou fortemente ao ler a parte em que Mione mensionara sua curiosidade. Como ela poderia saber?? Então fechou a carta no envelope sem nem ler direito a outra parte. Não tinha a mínima idéia do porque a amiga colocara o você em destaque, e não era hora de pensar nisso agora. Afinal, as pessoas poderiam estranhar sua demora, e ele não queria ninguém aparatando em sua casa, e o pegando “com a mão na massa”.
Entregou o envelope, que ele lacrara novamente por meio de um feitiço, para a coruja, e explicou-a que deveria procurar, encontrar e entregar aquilo a Gina Weasley.
No momento em que amarrava o envelope na perna da ave, pensou se não seria o caso de enviar também uma carta para a garota. Parou de amarrar o envelope e ficou pensando. “Assim o impacto seria menor quando nos encontrarmos”... pediu para a coruja esperar(sentiu-se meio bobo em fazer isso, afinal falar com animais não era muito normal nem no mundo dos bruxos, mas já que o animal tinha recebido ordens expressas de sair a procura de Gina, ele achou melhor fazer isso, fosse ou não estranho, era mais seguro.), sentou-se na escrivaninha, conjurou papel e caneta e escreveu:

Querida Gina,

“Não, querida é muito íntimo depois de todos esses anos, mesmo já tendo namorado... é melhor prezada” Pegou outra folha:

Prezada Gina,

“Não, Prezada é muito sério... Ah, vai so Gina e pronto!”

Gina,

E agora, o que escrever?

Gina,
Queria saber se está tudo bem...


“Não, claro que não está tudo bem! Ela saiu de casa sem dizer nada! Retardado!” Depois de muitos liquid papers, riscos, borrões, e vários minutos, Harry tinha uma coisa mais ou menos assim:

Prezada Gina,
Sinto muito pelo que aconteceu sobre o Simas... se não quiser não precisa me dizer nada, a carta é sobre outro assunto. Queria saber se não há nenhum ressentimento entre nós... se está tudo bem. Entre nós. Espero que não esteja nada errado, pois


Pois o que? O que???

... pois eu gosto muito de você. Muito. E realmente espero que não esteja chateada comigo... tente entender: eu tinha desesseis anos, sede de vingança, por ter perdido meus pais, meu padrinho e meu... bem, a única pessoa adulta que realmente gostava de mim e me protegeria acima de tudo, depois de meus pais e padrinho. Não queria perder a minha namorada... meus amigos. Não queria mesmo. Hoje, sei que isso não adiantaria, já que eu continuava gostando muito de todos vocês e Voldemort provavelmente saberia disso se quisesse, já que sempre fui um péssimo oclumente. Mas naquela época era apenas um jovem desesperado e revoltado... Bem, e agora quero pedir: me desculpe pelo que fiz no passado. E so o que posso fazer é esperar que você aceite.

Ao terminar de escrever essa frase, Harry assustou-se: dependia inteiramente do perdão de Gina. Mas agora se dera conta de que havia cometido um dos maiores erros de sua vida e que seria totalmente entendível se a garota não quisesse perdoa-lo. E foi quando pensava nisso, estático, que ouviu um barulho de aparatação no andar de baixo.
Inexplicavelmente desesperado, foi fazendo a primeira coisa que lhe veio à mente, saltou da cadeira, e como se aquilo dependesse de sua vida, terminou rapidamente de amarrar a carta de Mione na perna de Edwiges, e a mandou ir. Fechou a janela e guardou a carta na primeira gaveta que viu, enquanto ouviu passos subindo a escada. Saiu do quarto e foi ao encontro da pessoa que o chamava:

—Harry! Harry! Que demora é essa? Está tudo bem?—Era Rony.
—Não foi nada! É que Edwiges estava dormindo e demorei para acorda-la. Acho que está de mau-humor. Mas já mandei a carta.
—Nossa, ela deve estar de muito mau humor mesmo, pela sua camisa suada e sua cara de desespero... manda essa coruja aí prum spa, hein cara?
Harry riu do jeito menos falso que conseguiu. Ron tomou isso como incentivo para continuar:
—Que tal irmos amanhã ver nossas roupas para o casamento? O noivo e o padrinho tem que ficar gatos também, não é?
Harry tentou se descontrair, então riu e respondeu que amanhã estava ótimo.
—Então está combinado, amanhã. Bem, depois de uma coisa dessas que aconteceu, a festa já se foi... muita gente já foi embora, não precisa nem voltar lá. So vim aqui pra conferir se você estava bem e pra te avisar mesmo. Boa noite e até amanhã!
—Até amanhã!—Respondeu Harry, então viu Ron desaparecer à sua frente.


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