Tome cuidado...

Emily acordou de um salto. Olhou para fora de sua janela. Ainda era noite. Tomou o maior cuidado do mundo para sair do seu quarto sem acordar suas amigas. Desceu as escadas de seu dormitório e rumou para a mesinha de cabeceira da sala comunal para pegar um copo de água.

Tivera outro pesadelo. Novamente... Estava tendo eles frequentemente. Todos eram com o tal de Lucio Malfoy. Já fazia semanas que o garoto falara com ela e ela ainda estava sentindo-se estranha pelas palavras que escutara dele. Lucio alegava que ela o conhecia “mais do que imaginava”. Mas como podia ser? Depois daquilo, ela tinha freqüentes pesadelos com o garoto e um homem encapuzado...

Ela estava no pe da escada, pronta para subir quando escutou um barulho. Voltou para onde estava e ficou observando se havia alguém. De repente alguém tocou em seu ombro, ela virou em um salto, colocando a mão na boca para abafar o grito.

- Chris... – ela disse nervosa.

- Tudo bem? – ele perguntou estranhando o susto e pegando em suas mãos – Você esta gelada Emy... O que aconteceu?

- Nada... – disse ela puxando as mãos.

- Outro pesadelo não é?- ele perguntou desconfiado.

- É, mas nada importante querido... – ela falou tentando disfarçar.

- Emy – disse ele se aproximando dela e tocando em seu rosto – Eu me
preocupo com você...

- Mas esta tudo bem comigo Chris! – disse ela beijando as mãos do namorado – Juro. Eu estou bem...

Christian olhou fundo em seus olhos e se aproximou dela, puxando-a pela cintura e trazendo-a mais para perto de si, envolvendo a garota num apaixonante beijo. Depois ele encostou sua cabeça na dela e sorriu.

- Eu te amo... – ele disse suavemente.

- Eu também – ela respondeu beijando-o levemente.

- Boa noite – disse ele voltando para seu dormitório.

- Tchau.

A garota observou ele andar em direção aos dormitórios e depois sentou no sofá verde que havia na frente da lareira. Emily apertou o robe contra o corpo. A sala estava fria.

Na verdade, havia lago errado sim. Emily sabia disso. Sentia. Desde que Malfoy falara com ela, muita coisa foi esclarecida nos pensamentos dela. Algumas cicatrizes finas que ela tinha no peito, que a mãe nunca dissera ao certo o significado. Ela sabia que ela e Sara haviam tido um acidente, mas não entendia porque as marcas não saiam de seu peito. A mãe e ela já haviam feito feitiços e mais feitiços para que aquelas marcas desaparecessem, mas não adiantava. Eram finas e avermelhadas, como se tivessem sido desenhadas. E doíam constantemente.

Emily escutou um barulho nas sombras. O mesmo que escutara antes. Havia alguém ali. Então esse alguém saiu. Ela engoliu em seco, mas manteve o olhar firme.

- Boa noite Lucio... – disse ela firmemente, sem desviar o olhar. Ele olhou para ela profundamente.

- Boa noite... – disse ele finalmente, depois de um longo tempo – Por que não esta dormindo?

- Pesadelo... – respondeu ela olhando para a lareira – E você?

- Sempre acordo durante a noite... – respondeu ele andando ate ela e sentando-se no sofá da frente – O que sonhou? – ele perguntou fitando-a com aqueles olhos que fizeram ela perder a fala.

- Não... – disse ela – Não te interessa...

- Ok... – disse ele se aproximando – Mas saiba, queridinha, que quem tem pesadelo não esta muito bem... Procure ajuda.

- Quem é você pra me dizer “procure ajuda”??

- Você é muito estressada, parece sua mãe...

- Você conhece minha mãe? – perguntou ela nervosa, surpresa.

- Conheço... – disse ele lentamente, olhando para o nada – Já a vi varias vezes...

- Onde? – perguntou ela.

- Não te interessa – disse ele sarcástico.

- Claro que me interessa! É minha mãe!!! – disse ela nervosa se levantando e indo pra cima dele.

Num rápido movimento em que Emily tentou agredir Lucio, o garoto abaixou-se e segurou-a pelos pulsos, jogando-a no sofá e se aproximando dela.

- Não ouse tentar fazer nada contra mim! – disse ele.

- Você esta me machucando... – disse ela lentamente.

- Escutou?

- Me largue! – ela disse baixo.

O garoto olhou-a com frieza e depois de um tempo soltou-a bruscamente. Emily apertou os pulsos onde ele havia machucado. Lucio olhou para o nada novamente, como se nada tivesse acontecido. Emily olhava-o com surpresa.

- Quem é você? - ela perguntou lentamente – A verdade. Eu quero saber da verdade.

- Por que eu deveria contar-lhe? – perguntou ele voltando a encara-la – Você não é nada minha.

- Eu sei que não... – respondeu ela – Mas ao mesmo tempo eu não sei... Eu sinto como se já o conhecesse... mas não sei de onde... Sinto-me confusa – ela disse colocando a cabeça entre as mãos.

O garoto levantou-se e andou ate ela, levantando a cabeça de Emily. Ele olhou fundo nos olhos da garota. Não um olhar de raiva, ou superioridade, nem ameaça, mas era um olhar meio perdido... De alguém que parecia não saber nem quem realmente era. Eles ficaram um tempo se encarando e quando ele finalmente falou, sua voz soou fraca e nervosa.

- Não perca seu tempo... Não perca seu tempo pensando nisso Emily... – disse ele. Depois virou e rumou para o dormitório.

Emily ficou mais um tempo ali. Quando Lucio olhou para ela, a garota não sentiu raiva, nem medo... Bom, para falar a verdade ela tinha sentido... Sentido... Felicidade... mas como? Um garoto que a atormenta, a deixa preocupada e com medo causar-lhe uma sensação de paz, felicidade...

Momentos depois ela subiu as escadas e voltou a dormir, ainda preocupada.

Na manha seguinte ela acordou e escreveu uma carta para a mãe, contando-lhe tudo... Desde o dia que o garoto conversara com ela ate a noite que passara. Pesadelos e estranhos sentimentos.

Os próximos dias se passaram normalmente. Todos estavam ansiosos com os exames dos NOM’S. Emily estudava todos os dias, mas não consegui nem se concentrar no que tinha que fazer.

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- Rony...

- O que?

- Vem ver esta carta da Emily... – disse Hermione se aproximando do marido com um papel nas mãos – Leia.

Hermione estava arrumando o quarto e esperando pelo ponto de vista do marido. A carta chegara a alguns dias, mas eles não tinham tido tempo de ver. Agora Hermione havia lido e se espantara com o estado emocional da filha. Ela estava meio confusa a respeito de um garoto. Rony terminara de ler e agora olhava para a esposa.

- Quem acha que é?

- Quem?

- O tal garoto...

- É aquele Lucio Malfoy, amor... Daquele Comensal... – disse Hermione
nervosa.

- Eu sei! Mas o que eu estou querendo dizer é: quem é esse
garoto “filho” do Comensal?

- Como assim?! – perguntou Hermione quase gritando – Esta na cara que esse garoto é uma maneira de atacar a Emy!!

- CALMA MIONE! – disse Rony na frente dela – Calma, se desesperar não vai adiantar nada!!

- COMO VOCE QUER QUE EU FIQUE CALMA RONALD!!?? TEM UM
COMENSAL ATRAS DA NOSSA FILHA E VOCE DIZ PARA EU FICAR CALMA!!??? – Hermione gritava a plenos pulmões.

- HERMIONE! – gritou Rony tentando acalmar a mulher – PARA! PARE COM ISSO!

Ela olhava nervosa para ele, ofegante. Então, do nada, ela se atirou no pescoço do marido e desandou a chorar.

- Eu temo... Tanto... Pela Emy... – disse ela entre soluços.

- Calma Mione... Já disse calma – falou Rony acariciando os cabelos da esposa e levantando o rosto da mesma – Nos não sabemos quem é esse Comensal, muito menos quem é esse garoto... Tenha calma... Nossa filha é uma bruxa brilhante, vai achar uma maneira de ajudar a si mesma, e pelo que sei o namorado dela não tem a mente tão vazia assim, pode ajudá-la, certo? Agora fique calma, eu respondo a carta... – disse ele dando um longo beijo em Hermione e saindo.

A mulher olhou para a janela e enxugou as lagrimas.

---

- Emy... E a sua coruja?

- O que tem ela?

- Não é ela lá? – perguntou Christian.

- É minha resposta!

A corujinha vinha lentamente, batendo as pequenas asinhas rapidamente, mas isso não fazia com que ela acelerasse. Minutos depois ela chegou e despencou no colo da dona. Ofegando.

- Obrigada Pichi... – disse ela acariciando a corujinha que piou alegremente, parecendo muito satisfeita consigo mesma.

Emy...
É o seu pai que esta escrevendo, sua mãe esta muito nervosa... Lembra-se do acidente com o Comensal, quando você tinha cinco anos? Ele estava com um garotinho cujo nome era Lucio Malfoy e era igual a sua discrição desse tal garoto. Pode ser o mesmo e não sabemos o que ele quer com você filha... Então pedimos para que você tome cuidado, por favor... Ele pode ser perigoso... Tome cuidado, fique longe dele se puder e ande sempre junto com se namorado (se ele estiver lendo isso, diga que contamos com ele para te ajudar, certo?), e mantenha seus olhos abertos! Como dizia Dumbledore “Tempos escuros e difíceis estão por vir, logo todos teremos que encarar a escolha entre o que é certo e o que é fácil”. Tome cuidado minha filha. Hogwarts pode ser segura, mas você tem que fazer parte dessa segurança...
Beijos e abraços
Rony

Logo que Emily terminou de ler, passou a carta para Christian. Ele leu, meio nervoso. Depois olhou para Emily com uma expressão decidida e ao mesmo tempo nervosa. Emily estava com os olhos vermelhos. Estava muito nervosa com tudo aquilo, nem conseguia mais esconder de Christian. Cada vez que ela olhava para Lucio sentia algo estranho... Ao mesmo tempo bom, pacífico, mas também era amedrontador... Os olhos de Emily estavam marejados, então do nada ela se atirou aos braços de Christian e abraçou-o, nervosa, chorando baixo. Algumas pessoas viraram para olhá-los. Emily não se importava com eles, estava farta de ter medo, de ter que tomar cuidado com tudo... Ela apertou o abraço e o garoto murmurou, acariciando os cabelos da namorada:

- Daremos um jeito nisso, Emy... Não se preocupe querida, eu estou com você...

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Sei que esse capitulo nao teve nada de novo, mas a partir do proximo capitulo., ou,... errr... hummm... proximo nao!! PROXIMO DO PROXIMO!!! ou seja... er... 27 !!!! isso mesmo!!! entao esperem novidades bacanas p os proximos, e por favor!!! antes de me mandarem bombas de bosta por causa da demora de capitulos... lemrem-se dos estudos e da internet lenta e das desavencas de um PC stragado...
bjukissssss
comentem, leiam e indiquem!!!!
Mila Caron

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