Conhecendo Melhor



- Tchau mãe! – disse Emily da janela do trem.

- Tchau querida cuide-se!!

- Ok

Hermione e Rony ficaram acenando até o trem sumir de vista. Mais um ano havia se passado... Emily estava entrando no quinto ano! Entrando não, estava voltando do feriado de Natal e Ano Novo, fora para casa, à pedido da mãe. A mulher se virou para Rony, intrigada.

- Você já percebeu que desde que a Emily entrou em Hogwarts, nada de estranho aconteceu? – perguntou ela.

- Pois é... – disse ele distraído – Que bom, né!

- Bom é, mas é estranho não acha? Na nossa época, todos os anos havia algo de esquisito e perigoso acontecendo...

- Bom, mas nós estávamos na época do retorno de Voldemort, agora ele está destruído – disse Rony andando de mãos dadas com a esposa para fora da estação.

- É, mas não pense que eu esqueci aquela história do Comensal... – disse ela com um tom de preocupação – Eu acho muito estranho que ele tenha sumido, assim, do nada e nunca mais retornado... Lembra o próprio Voldemort, ficou anos na surdina e voltou com tudo depois, ataque completo!

- Não se preocupe, está tudo bem minha linda! – disse Rony dando um beijo estalado na bochecha de Hermione.

- Eu te amo! – disse ela rindo e dando um beijo na boca do marido. Ele a abraçou e pararam no meio da estação por minutos. Depois rumaram conversando para casa.

Emily andou pelas cabines, assim como fazia todo ano e entrou na cabine que sempre ficava, mas Christian não estava lá. Ela procurou por todas as partes e não encontrou o amigo. Estava começando a ficar preocupada, quando a porta da cabine se abriu e ele entrou sorridente.

- Ah, olá Emy... – disse ele sentando-se ao lado dela.

- Onde você estava? – ela perguntou seriamente.

- Estava conversando com minha irmã, por que? – perguntou ele olhando para ela, curioso.

- Por nada... – ela respondeu rapidamente.

A verdade é que ela tinha ficado preocupada. Sabia que o amigo tinha voltado porque o pai estava em péssimas situações de saúde. Chegou a pensar que o pai dele havia morrido e ele não voltaria para Hogwarts.


- E seu pai? – perguntou ela.

- Está melhor... – disse ele – Mas foi por pouco! Pouco mesmo...

- Que bom! – disse ela sorrindo levemente.

Continuaram o trajeto conversando sobre o que haviam feito no feriado e sobre, claro, tarefas. Na metade do percurso eles começaram a brincar com o gato de Emily, Luca. Ele não tinha crescido muito. Crescera só um pouco mais do que quando er filhote, mas estava bem mais bonito, os pelos mais compridos e sedosos. Estava muito brincalhão! Ficaram brincando com o gato por mais um tempo. Depois fizeram um lanche rápido e leram alguns livros.

Christian volta e meia olhava para Emily, discretamente. Ele parecia muito curioso em observá-la. Havia passado tão rápido... Cinco anos! Eles estavam crescidos, maduros, diferentes, e novos sentimentos começavam a aparecer.

Horas depois o trem parou. Eles desceram e fizeram o mesmo ritual de todo começo de ano, seleção, avisos, jantar e sala comunal. Dormiram rapidamente, estavam morrendo de canseira.

Os próximos dias foram bem pacatos, matérias novas e mais difíceis, mas sem nenhuma novidade. Até que um dia eles estavam saindo da última aula de sexta feira e teriam o resto da tarde livre, eram quatro horas da tarde. Emily e Christian rumaram para os jardins do castelo, até o lago. Estava meio frio, então eles não quiseram ficar ali por muito tempo. Acabaram entrando logo. Foram para algumas salas de aula ou salas de pesquisas.

Chegaram na torre de Astronomia. Emily gostava muito daquele lugar. Sempre que ela se sentia triste ou que queria ficar sozinha ela ia pra aquele lugar. Ver os planetas, as estrelas faziam que ela ficasse feliz. A garota olhou para Christian, ele a observava. Ela sorriu para ele e o garoto retribuiu. Já estava começando a anoitecer e ela foi para o grande telescópio que havia na frente da janela.

- Christian vem aqui! – disse ela animada.

- O que foi?

- Vem ver que lindo! – ela estava observando algumas estrelas mais luminosas. O garoto se aproximou dela e abaixou-se para o visor do telescópio.

- Nossa – disse ele – é lindo...

- Deixe-me dar uma olhada em uma coisa, quero te mostrar –
ela falou e o garoto se afastou. Ela curvou-se e ficou observando.

Christian tentou desviar o olhar para o céu, mas ele tinha vontade de observar Emily. Ela estava tão linda... Ele não podia negar. O garoto se curvou à mesma altura de Emily e ficou ao lado dela, observando seu rosto.

- Olha aqui, é esse... Ai! – disse ela virando e dando de cara com o amigo – Você me assustou...

- Desculpe... Eu estava apenas te olhando... – disse ele não tirando os olhos dela. Não conseguia mais esconder, precisava dizer à ela.

- Me olhando? – perguntou ela desconfiada – Por que?

- Ah... Nada em especial, é que você está... Tão bonita... – disse ele baixinho.

O garoto se aproximou lentamente dela. Emily estava sem ação. Christian se aproximou dela e acariciou seu rosto levemente. Ela deixou, não sabia o que fazer, mas na verdade ela também sentia a mesma coisa que o “amigo”. Ela fechou os olhos e esperou para ver o que iria acontecer. De fato, o que ela esperava. Momentos depois ela sentiu os lábios de Christian tocarem os seus, levemente. Emily percebeu que, assim como ela, Christian não tinha certeza se realmente deveria fazer aquilo, mas ele decidiu continuar. Abraçou Emily pela cintura e trouxe-a mais para perto de si, a garota passou o braço pelo pescoço dele e o abraçou mais forte. O vento assobiava nas paredes da torre e Christian beijava a garota calorosamente.

Ele sentira vontade de fazer isso desde que a vira no trem semanas antes. No começo ela era só amiga e ele não sentia nada mais do que uma pura amizade, mas isso havia crescido desde o começo do quarto ano, ainda mais no quinto. Agora, toda vez que ele via Emily, sentia vontade de abraça-la, senti-la e beija-la. Ele havia estranhado esses sentimentos, mas percebeu que estava começando a amar a garota. E este sentimento crescia cada vez mais. Emily sentia-se nas nuvens, exatamente igual a Christian. Ela parou abruptamente.

- Ah... Desculpe... – disse Christian andando até a janela e ofegando, envergonhado.

- Não... – ela falou – Não precisa pedir desculpas – ela andou até ele – Eu também... Bom, eu também queria isso...

- Sério? – ele perguntou olhando para ela, esperançoso.

- Bom... É verdade sim, eu tenho sentido... Bom, tenho tido
sentimentos diferentes por você... É como se fosse...

- Amor? – ele terminou por ela.

- Sim...

- Eu também – ele disse sorrindo.

O garoto avançou para ela novamente e antes que Emily pudesse fazer qualquer coisa, ela se viu beijando o garoto novamente, mas não parou desta vez. O garoto se afastou lentamente dela. Emily ainda estava com os olhos fechado quando ele acariciou o rosto dela e perguntou, baixo, no ouvido dela, o que ela esperava desde o começo do ano, mas que não estava preparada:

- Quer namorar comigo?

- O que? – ela perguntou nervosa se afastando ligeiramente.

- Namora comigo... – ele falou se aproximando dela e acariciando seu rosto.

- Ai Chris... Eu... – ela começou – Eu não sei se estou pronta
para esse tipo de compromisso...

- Você gosta de mim? – ele perguntou.

- Sim...

- Ama?

- Com certeza – ela respondeu mecanicamente.

- E eu te amo demais, desde o ano passado. O que mais é preciso pra gente firmar esse compromisso?

Ela ficou pensando por alguns momentos, olhando para o nada. Então de repente ela deu uma risada nervosa e feliz ao mesmo tempo e abraçou-o, quase pulando.

- Eu quero sim! – ela se afastou novamente, ainda sorrindo – Eu quero namorar você Christian, mais do que tudo! – e beijou-o novamente.

Os próximos dias continuaram na mesma monotonia, mas não pra os dois. Contavam cada minuto de aula para poderem se ver e ficar um tempo juntos passeavam pelo colégio, riam e estavam mais felizes do que nunca. Uma semana depois Sara chegou perto dela e perguntou se ela estava realmente namorando Christian. Ela respondeu que sim e a amiga quase quebrou seus ossos de tanto abraça-la e dizer que estava feliz por ela. Logo a escola inteira já sabia. Até que um dia estava andando até a sala comunal quando alguém se colocou na frente dela.

- Podemos conversar.

- Claro, mas – ela disse intrigada – o que eu tenho para falar com você?

- Muito mais do que você imagina... – disse o garoto chamando ela para irem andando.

Era ele, o garoto estranho do qual ela lembrava desde o primeiro dia de Hogwarts. O tal de Lúcio Malfoy... “Muito mais do que você imagina...”? Como assim?

- Você me conhece? – ele perguntou.

- Não... Só por nome, claro, Lúcio Malfoy, não?

- É sim... – ele falou olhando para ela. O garoto parecia meio perturbado – Mas estou perguntando se você me conhece antes de Hogwarts. Lembra se já me viu em algum lugar? Com alguém?

- Onde eu teria visto você? – ela perguntou confusa.

- Há alguns anos atrás, quando ambos tínhamos cinco anos. Eu lembro de você. Você estava no St Mungus, ferida por um feitiço que meu... Meu pai... – ele falou isso com aparente dificuldade – Meu pai fez em você.

- O que!?

Ela lembrava sim! Agora sim! O garotinho loiro que estava com o homem de preto que a assustara... Com o homem que a machucara, que assustara sua mãe... Sara...

- Seu pai fez aquilo comigo?!

- Creio que sim, mas não diga nada à sua mãe, ela saberá de tudo. Na hora certa. – o garoto disse misteriosamente. Emily estava bufando.

- Quem é você?! – ela perguntou quase explodindo.

- Isso você também saberá Emily... Você saberá de muita cais que eu sei, mas não agora – ele disse virando de frente para ela – Eu sei muito sobre você... Sei da doença que seu pai teve, da criança... Da criança que sua mãe perdeu... E muito mais, mas você saberá disso, na hora certa. – ele estava indo embora, deixando Emily frustrada para trás.

- Quem você pensa que você é?! – ela gritou nervosa Ele virou para ela e disse seriamente.

- Alguém que você conhece mais do que imagina.




Bom!!!
Aqui começam coisas suspeitas...
Mais novidades assim que tiver tempo p atualizar...
bjuksss
Milaaa

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