E os treinos recomeçam...

E os treinos recomeçam...



Na manhã, todos, com exceção da Zelda, acordaram meio tarde. Todos estavam com saudades de suas camas. Apesar de Bia, Cris e Vicki não morarem lá, estavam acostumados com a cama da casa. Zelda e Luney tiveram que expulsar as pessoas da cama. Zelda só não expulsou Lupin da cama, pois ontem tinha sido noite de lua cheia, e ele tinha que descansar. Mas o resto foi expulso de suas camas sem a menor piedade.
Quando todos terminaram de se arrumar, já era quase hora do almoço.
- Meninas, vocês tem dez minutos para estarem na minha sala. Harry, se você quiser assistir, pode ir junto com elas. – disse Zelda quando encontrou os garotos descendo as escadas.

- O que nós vamos fazer hoje? – perguntou Bia.
- Treinar animagia. – respondeu Zelda sorrindo – Vocês já têm alguma idéia do animago que vocês vão querer ser? – como ninguém respondeu, ela falou – Peguem uns livros ali na estante, daqui a pouco eu volto pra saber. – e ela saiu da sala com o seu sorriso desfeito.
Vinte minutos depois, ela voltou.
- Já decidiram? – perguntou Zelda ao fechar a porta.
- Eu não tenho a menor idéia. – falou Ju. – Nós vamos nos transformar no animago que escolhermos pra sempre e você apressando a gente. Essa decisão é importante!
- Não entendo pra que o drama. E outra, você é sempre tão indecisa. – disse Zelda – Se você dissesse que já sabia em que animal ia querer se transformar aí sim que eu ia estranhar.
- Eu quero ser uma águia. – disse Cris – Ou algum bicho que voa.
- Você deve saber que ser um animal que voa é muito complicado, vai ter que treinar muito. – disse Zelda – Mas de qualquer forma, é uma boa escolha.
- Eu quero ser um gato. – disse Bia fechando um livro que estava em cima da mesa.
- É um animal que tem muito haver com a sua personalidade, é muito inteligente. – apoiou Zelda – Uma ótima escolha.
- E eu? Zelda, você tem alguma idéia? – perguntou Natty.
- Você pode se transformar em cobra. – sugeriu Zelda.
- Isso é alguma indireta? – perguntou Natty desconfiada.
- Não – disse Zelda – Até porque eu não tenho nada contra as cobras.
- E contra mim? – perguntou Natty.
Zelda apenas olhou para ela e disse: - Cobra é uma boa escolha pra você.
- O meu animago é um que não tem braço nem pernas. – reclamou Natty se sentando numa cadeira e voltando a folhear um livro – Se eu não achar nada melhor, fica esse mesmo.
- E eu acho que tô com fome! – falou Ju segurando a barriga. – Nós podemos ir comer agora? Nós não tomamos café direito!
- Ninguém, exceto Harry, sai dessa sala antes que todas vocês tenham se decidido em que animal irão se tornar. – falou Zelda com uma voz severa.
- Tá, tudo bem – falou Ju se dando por vencida, ela era a única que não tinha escolhido – Eu posso me transformar...em um...um...cachorro. – falou a feiticeira – Eu podia me tornar um rato, mas eu acho que isso ia atrair péssimas lembranças para muitos aqui. – falou ela se levantando.
- Tem certeza que consegue se tornar um cachorro? – perguntou Zelda que não levando muita fé no animal escolhido por Ju.
- Não! – falou Ju sorrindo – Mas depois a gente pensa nisso!
- Se eu fosse você pedia alguns conselhos para o meu pai. – aconselhou Natty.
- Já se conformou em ser uma cobra? – perguntou Cris para Natty enquanto elas saíam da sala. Harry já tinha saído da sala e as esperava do lado de fora.
- Se você pensar bem, pode ter coisas boas. – falou ela.
- Tipo? – perguntou Bia.
- Não sei! Ainda não pensei direito sobre isso. – falou ela mexendo nos cabelos. – E você, Ju? Algum motivo especial para querer se tornar um cachorro?
- Não. Foi o primeiro que passou pela minha cabeça, talvez eu possa ficar com o meu pai nas noites de lua cheia se eu conseguir me transformar em cachorro, claro. – falou ela.
Agora elas estavam vendo Harry, ele estava sentado na escada que ficava na frente da sala onde elas treinavam.
Depois de encontrarem Harry, eles desceram para a sala de jantar, ao chegar lá, encontraram: Lupin, Zelda, Vicki e Sirius comendo. Assim que eles sentaram, Zelda começou a falar:
- O Ben ainda não voltou?
- Eu não vi. – respondeu Sirius.
- Meninas, vocês disseram que ele só ia se despedir do Dragão – falou ela. – Isso não está demorando muito, não?
- É ele só ia se despedir, mas é que ele tava muito apegado, tadinho. Ele deve ter saído para beber alguma coisa depois. – falou Natty colocando comida no prato – Ele vai aparecer.
Depois de Natty tranqüilizar Zelda, o almoço seguiu em silêncio até que Ju deu um grito:
- Eu sei no que eu quero me transformar! – gritou Ju. Vicki levou um susto tão grande, que seu garfo saiu voando.
- Você não precisava quase matar todos nessa sala de susto só por causa disso. – falou Harry rindo, acho que foi o susto, ele ficou meio nervoso.
- Não vai querer mais ser um cachorro? – perguntou Bia.
- Não! E não é cachorro, é cachorra! – falou ela.
- Por que você não quer mais ser uma cachorra? – perguntou Natty carregando no duplo sentido, só que Ju não entendeu.
- Odeio pulgas! – falou Ju se coçando. – Cachorros têm muitas pulgas!
- Ei! – exclamou Remo e Sirius indignados. – Nem todos os cachorros têm pulgas! Eu não tenho pulgas! – falou Sirius.
- Mas voltando ao assunto, qual é o animal que você quer se transformar, querida? – perguntou Vicki.
- Eu acho que eu quero ser uma abelha! – falou Ju com um grande sorriso.
- Tá legal, ela reclama das pulgas, mas não tem problema nenhum em ter um ferrão na bunda! – falou Sirius revoltado.
- Por que uma abelha? – perguntou Zelda.
- Sei lá! Eu não quero ser uma cachorra, então, eu acho melhor ser uma abelha! – falou ela sorrindo.
- Aposto cinqüenta galeões que ela ainda vai mudar de idéia! – falou Harry para Natty, fazendo ela rir.
- Eu não aposto nada, eu sei que você tá certo. – falou ela – São anos de convivência.
- Já que vocês já terminaram, eu posso retirar os pratos. – falou a nova empregada, que passou retirando os pratos. O único problema, é que eles não tinham terminado de comer. Eles observavam estáticos a mulher retirar os pratos, e ela parecia não reparar as caras que eles faziam.
Quando ela saiu, Vicki falou:
- Zelda, tem certeza que você investigou direitinho a vida dessa bruxa?
- Tenho! Ela nunca fez nada terrível para ninguém! – falou Zelda que ainda olhava para a porta da cozinha sem piscar.
- Comensal da morte ela não é, mas é meio maluquinha. – falou Ben que tinha acabado de chegar.
- Maluquinha? Maluquinha? – perguntou Ju indignada – Eu sou maluquinha! A Natty é maluquinha! A Cris é maluquinha! A Bia é maluquinha! Essa mulher é uma assassina! Ela quer nós matar de fome! Eu ainda não tinha nem tocado na comida! – enquanto ela falava isso, ela caminhava em direção ao Ben – Eu vou agora naquela cozinha, e vou mostrar praquela mulher que ninguém tira o prato de Julie Lupin antes dela terminar de comer e sai assim. – Cris já ia na direção da cozinha quando Ben segurou ela pelos braços. Ela estava pairando a dez centímetros do chão, com as perninhas balançando no ar e tentando se livrar de Ben - Ben, me larga! Eu tô com fome, e eu fico irritada quando eu tô com fome! – Ben a colocou no chão e começou a passar a mão na cabeça dela.
- Pronto, passou. Passou. – ele continuava a passar a mão no cabelo dela – Tá melhor? – ele perguntou para ela como se ela fosse uma criancinha.
- Eu juro, eu juro, que se você me tratar de novo como uma criança, eu vou te bater. – falou ela muito irritada.
- Ben, por que você demorou tanto? Eu achei que você ia chegar ontem. – falou Zelda que começava a alterar a voz.
- Calma Zelda, eu só fiquei um dia a mais para poder me divertir. A maioria dos bares de lá eu não podia entrar porque estava com a Ju e com a Natty, então eu aproveitei que elas estavam voltando, e saí. – falou Ben – As meninas sabiam. – falou ele apontando para Natty e Ju que estavam atrás de Zelda fazendo sinais para ele não falar nada. Quando Zelda virou, elas congelaram no meio de um dos gestos.
- Por que vocês duas não falaram que ele não ia vir ontem? Ao invés disso, inventaram que ele estava se despedindo do dragão.
- Nós não mentimos em tudo. – falou Natty se justificando – Ele realmente ficou muito apegado ao dragão. E nós sabíamos que se contássemos para você a verdade, nós ouviríamos o sermão que você ia dar para ele. – falou ela decidida.
- Por que vocês acham isso? – perguntou Zelda.
Todos já estavam na sala.
- Se nós tivéssemos dito para você, que o Ben não ia vir ontem porque ele ia encher a cara em algum bar, o que você faria? – perguntou Ju.
- Nada! – falou Zelda com uma cara inocente, mas ela sabia que não ia ser assim. – Quando o Ben chegasse, eu ia conversar pacificamente com ele.
- Mentira! – falou Natty - você ia descontar toda a sua raiva na gente. – falou ela séria, Zelda fazia uma cara de criança que tinha sido pega no meio de uma travessura. – Nós íamos ouvir o sermão que você ia dar no Ben.
- Eu não quero mais discutir sobre isso! – falou Zelda se sentando no sofá.
- Há! Há! Nós ganhamos. – falaram as duas juntas. – Ela teve que admitir que tava errada! – e as duas ficaram pulando até ouvirem a campainha.
Bia saiu correndo e quase derrubou Ju e Natty que pulavam enloquecidamente.
- Como se abre isso? – perguntou Bia pulando e puxando a maçaneta da porta.
- De uma forma bem engenhosa inventada pelos trouxas. – falou Cris caminhando até a porta calmamente. – Rodando a chave que está na fechadura assim. – então ela rodou a chave na fechadura – Viu como é fácil? – mas Bia não ouviu Cris, pois assim que a porta abriu, ela saiu correndo e abraçou Rony.
- Como eu vinha ressaltando, o amor deixa as pessoas completamente tapadas. – falou Ju ao lado de Natty e Harry, eles estavam indo pro jardim, onde Bia, Cris, Rony, Mione e Olívio estavam.
- Infelizmente eu tenho que concordar com você, nunca imaginei que ia presenciar tal briga da Bia com uma porta como eu vi hoje, e a porta quase levou a melhor. – quando Natty terminou de falar isso, eles estavam no jardim. A tarde estava nublada.
- Acho melhor a gente entrar antes que comece a chover. – sugeriu Bia que estava com a mão na cintura de Rony.
Julie por algum motivo não conseguia olhar para a cara de Olívio, ela estava tímida, e não conseguia acreditar nisso.
- Estão com fome? – perguntou Luney assim que eles entraram na casa, seus olhos estavam esbugalhados e ela pulava.
- Não, obrigada. – falou Mione. Ela estava diferente, usava os cabelos mais curtos e um pouco menos rebeldes, um pouco.
- Que saudades! – falou Cris dando um abraço em Mione.
- Oi, Ju! – cumprimentou Olívio.
- Oi! – respondeu Ju um pouco corada.
- Aconteceu alguma coisa? Nem você e nem o seu pai foram na festa. Mandei uma coruja, mas ela voltou com a carta, acho que não achou você. – falou ele.
- Eu estava na Romênia. Tentando achar a nova feiticeira. – informou Ju, ela realmente não conseguia acreditar que estava tímida perto do Olívio, logo ela tímida, ainda mais perto do Olívio.
- Vocês falaram algo parecido antes das férias. – comentou ele.
- Como tá o Puddlemer United? – perguntou Harry.
- Vai bem. – respondeu Olívio parando de olhar para Ju. – Vamos participar de um Campeonato que é uma espécie de pré-Liga.
- Como assim? – perguntou Bia.
- Alguns times participam desse Campeonato, o primeiro lugar vai direto para a Liga. – respondeu Cris.
- E qual é o critério? – perguntou Natty.
- Eu realmente não sei. Mas tem times do nível do Chudley Cannons até o nível do Pride of Portree.
- Quem vai participar? – perguntou Mione.
- Puddlemere United, Chudley Cannons, Pride of Portree, Holyhead Harpies, Kenmare Kestrels e Ballycastle Bats. – respondeu Olívio. – Vocês vão, não vão? – perguntou o jogador quase que impondo.
- Claro que nós vamos, eu é que não vou deixar passar a oportunidade de ver o Chudley Cannos jogando de perto, quer dizer, quanto vai custar? – perguntou Rony que começou a falar todo animado e terminou meio chateado.
- Por Merlim, Rony. Vocês são convidados do Puddlemere United. Vamos ter ótimos lugares e um bom acampamento. – falou Olívio.
- Meninas, vocês vão poder ir? – perguntou Mione. – Por que se vocês não forem, eu não vou ter muito o que fazer com esses viciados em quadribol.
- De qualquer forma! – falou Ju – Você acha que eu vou perder o time Holyhead Harpies jogando? Eles têm as melhores batedoras da atualidade! – quando ela olhou para o lado, viu Olívio meio enfezado, então resolveu concertar. – É claro que eu vou torcer para o Puddlemere United. Mas eu também não vou perder um jogo do Holyhead Harpies. – a cara do Olívio não mudava – Eles tem as melhores batedoras, mas o Puddlemere United tem o melhor goleiro. – com isso ele abriu um grande sorriso e corou violentamente, ainda mais quando Ju deu um abraço nele, ela tentava desesperadamente se livrar da timidez, isso foi uma tentativa desesperada.
- E eu também não posso perder esse torneio! – falou Natty super empolgada.
- Por quê? – perguntou Cris – Você mal sabe diferenciar um balaço de uma goles.
- Porque com a Meaghan jogando no Pride of Portree, o Kirley provavelmente vai assistir a irmã. – falou Natty que parecia estar traçando um grande plano.
- Por acaso esse Kirley é o guitarrista d’ As Esquisitonas? – perguntou Harry muito ciumento.
- Agora eu entendi! – falou Cris – Eu lembro que você ficou reclamando depois do baile. Ele tinha quebrado a mão e não pode ir, não foi?
- Na verdade, ele quebrou o dedo indicador da mão direita enquanto jogava quadribol com a irmã, na fazenda que eles tem em Glasgow, na Escócia. – falou Natty como se fosse perito no assunto, praticamente como se estivesse estado lá no dia.
- Natalie Black, me explica isso direitinho. – pediu Harry.
- Calma Harry, ele é a minha espécie de amor platônico, tem um monte de garotas que se apaixonam pelo professor – Ju olhou meio enfezada pra ela – no meu caso é o guitarrista de uma banda; mas não se preocupa, você é o meu amor real. – quando ela terminou de falar isso, deu um beijo nele.
- Eu acho melhor deixar os casaizinhos sozinhos. – falou Mione, pois quando ela olhou para o outro lado, Bia e Rony também estavam se beijando. Então, Mione, Olívio, Cris e Ju foram até a sala onde estavam: Lupin, Sirius, Ben, Zelda e Vicki.
Enquanto eles iam para sala, Ju conversava com o Olívio.
- Olívio, você pode me explicar como o Chudley Cannons pode participar de um torneio onde o Puddlemere United joga?
- Infelizmente não, eu também não sei. – respondeu Olívio sorrindo – Eu acho que eles tentam dar chances para times fracassados, sabe, tentar melhorar a moral do time.
- Como o Rony diria: O Chudley Cannons não é um time fracassado, só tá passando por uma má fase.
- Só se for uma má fase de cinco anos. – brincou Olívio.
- Isso é realmente engraçado? – perguntou Mione interrompendo as gargalhadas de Olívio e Julie – Pois vocês estão ai rindo, mas pra ser sincera, eu não achei a menor graça.
- É coisa de quem entende de quadribol, sabe, Mione, não só de regras, mas de quem realmente gosta.
- Ah, tá.
- Zelda, - falou Ju assim que eles chegaram na sala – Nós gostaríamos de saber se nós podemos ir para o torneio de quadribol que o Puddlemere United vai participar, podemos? – pediu ela que falava bem rápido.
- Por que você só pede as coisas para ela, Julie Lupin? Você tem pai, sabia? – perguntou Lupin em tom de gozação, mas Ju não percebeu.
- Eu sei, pai, mas é que se a Zelda falar não, você também vai falar não! – disse Ju se justificando.
- Mas nós vamos poder ir, ou não? – insistiu Cris.
- Depende, quando vai ser? – perguntou Zelda.
- Temos que está lá na segunda-feira. – respondeu Olívio.
- Mas hoje já é quinta! – falou Zelda meio surpresa.
- Nós sabemos. – falou Cris – Mas nós queremos muito ir. – nessa hora, Cris fez a maior cara de pidona que conseguiu.
- Vocês sabem que semana que vem é a última antes de voltarem para Hogwarts e que vocês ainda precisam comprar o material? – falou Zelda.
- Não se preocupa, o Edward vai com o Paul para esse torneio, e a Yvonne vem para cá, então nós duas podemos comprar o material das crianças. – sugeriu Vicki.
- Depois de amanhã vocês sabem que é a reunião com as feiticeiras, não sabem? – perguntou Zelda. – Eu recebi a coruja avisando hoje, e eu falei com vocês quando vocês estavam escolhendo em que animal irão se tornar.
- Claro que sabemos! – mentiram Cris e Ju que estavam completamente surpresas.
- Mas quem vai ser o responsável de vocês? Ben, você pode ir com eles? – perguntou Zelda.
- Há! Há! Há! – Sirius e Lupin começaram a rir, mas não era um riso forçado – O Ben vai ser o responsável deles? – perguntou Sirius. – E a mesma coisa que me colocar como responsável.
- Pera aí! – falou Ben indignado – Eu tô bem mais responsável! Faz mais de dois meses que eu não perco minha carteira de motorista.
- Estou realmente orgulhoso. – falou Sirius em tom de deboche enquanto tentava parar de rir.
- Ben, você vai poder ir ou não? – perguntou Zelda que começava a ficar irritada, pois ele não tinha respondido sua pergunta. A feiticeira não era o que podemos chamar de paciente.
- É lógico que eu posso! Ingressos para jogo de quadribol de graça? É claro que eu posso.
- Então nós vamos avisar para Natty e para a Bia! – falou Mione que saiu correndo com Cris, Ju e Olívio em seus calcanhares.

- Natty! Bia! – chamou Cris abrindo a porta da sala onde Bia e Rony estavam. – Cadê a Natty?
- Foi na cozinha pegar alguma coisa para comer. – respondeu Rony.
- Mas ela acabou de comer! – falou Ju indignada. Bia deu com os ombros.
- Mas o que vocês querem? – perguntou Bia.
- Avisar que vocês vão poder ir no torneio de quadribo! – falou Mione muito feliz.
- A Zelda deixou? – perguntou Bia incrédula.
- Deixou. – falou Ju. – Você sabia que depois de amanhã é a reunião das feiticeiras?
- Sabia! – falou Bia como se isso fosse óbvio. – Ela nos disse hoje enquanto nós estávamos escolhendo em que animago iríamos nos transformar.
- Exatamente o que a Zelda falou. – disse Ju abismada – Assustador...
- Eu insisto, ela ainda presta atenção no que a Zelda fala. – falou Cris, mas Bia não ouviu.
- Oi meninas! – falou Natty quando entrou na sala – E aí, nós vamos poder ir? – ela tinha um cacho de uvas na mão.
- Vamos! – falou Cris toda feliz.
- Que bom! – falou Natty dando um pulinho.
- Natalie Black, se eu ver você paquerando esse tal de Kirley, vai ter morte. – falou Harry com ciúmes.
- Não se preocupa, eu falei aquilo só pra te deixar com ciúme. – falou Natty dando um suave beijo nos lábios de Harry.
- Eu acho que ela conseguiu. – falou Olívio.
- Natty, você sabia que depois de amanhã vai ser a reunião das feiticeiras? – perguntou Ju.
- Não brinca! – falou Natty surpresa.
- Essa é das nossas. – falou Cris.
- No que vocês estão pensando enquanto a Zelda fala? – perguntou Bia censurando as demais feiticeiras.
- Quadribol. – respondeu Cris.
- Kirley. – respondeu Natty brincando.
- Natalie! – falou Harry.
- Brigadeiro. – falou Ju – Eu adoro comer brigadeiro.
- Não é possível! Se vocês pensassem em coisas úteis, mas não, uma pensa em quadribol, a outra no Kirley e a Ju pensa em brigadeiro. Por favor, né? – brigou Bia.
- Desculpa, mas é muito chato ouvir tudo o que ela fala. – disse Natty – Eu adoro a Zeldinha, mas ela é muito chata quanto a estudos.
- E quanto a todo o resto, mas ela é legal mesmo assim, inclusive, acredito que a chatice dela, seja o charme dela. – completou Ju debochada.
Eles ficaram conversando um tempão sobre quadribol e como estavam animados por irem assistir os jogos, até ouvirem outro barulho de alguém abrindo a porta.
- Agora que vocês já colocaram o papo em dia, nós podemos treinar? – perguntou Ben.
- Por mim tudo bem! – falaram Bia e Ju ao mesmo tempo.
- Eu tô mesmo precisando aliviar o nervosismo. – falou Ju.
- E nós que não treinamos? – perguntou Olívio.
- Podem assistir. – falou Ben – Então, vamos? – todos o seguiram até o terceiro andar.

Quando Ben abriu a porta da sala, eles se depararam com uma pequena sala que tinha um espelho, só que ao invés de refletir, ele mostrava outra sala, essa sala as meninas conheciam do ano passado, foi nessa sala que Ben avisou para elas sobre o perigo dos vampiros e que Bia teria que aprender a lutar.
- Que cômodo é esse? – perguntou Natty – Não me lembro de ter essa sala com esse espelho separando antes?
- Vocês entraram pela a outra porta, a que dá direto na outra sala. – respondeu Ben.
- E pra que serve essa sala? – perguntou Rony.
- É pra separar quem tá lutando, de quem tá assistindo. Inteligente, não? – perguntou Ben. – Os vampiros não podem quebrá-lo, ou pelo menos nunca quebraram.
Todos nessa hora pensaram assustados: Vampiros?. Mas acharam melhor não falar nada.
- Muito. – falou Rony se sentando em um sofá.
- Bia e Ju, vão para lá. – falou Ben abrindo a porta que dava para a outra sala. – Nos vemos mais tarde. – falou Ben antes de fechar a porta.
- Eu espero ver vocês depois. – falou Ju antes de Ben fechar a porta.
- Será que tem vampiros na outra sala? - perguntou Mione se apoiando no espelho – Nunca vi um vampiro trouxa de perto. – ela parecia super animada.
- Do jeito que o Ben é perturbado, eu não duvido muito! – falou Natty também apoiada no vidro.
- Calma aí, é sério, tem realmente vampiros na outra sala? – perguntou Rony com os olhos esbugalhados.
- Pode ser. – respondeu Cris vagamente.
- E vocês ouviram, se eles realmente existirem, eles nunca quebraram esse espelho, mas nada nos garante que eles não podem quebrar.
- Rony, entende alguma coisa de vampiros trouxas? – perguntou Mione se virando pro amigo que estava se encolhendo no sofá.
- Não.
- Então pra que tanta preocupação? – perguntou Mione. Ela sabia dos perigos, mas achava ‘triste’ o Rony, alguém que nada sabia sobre o assunto estar tão apavorado.
- Por favor, Herminone, se eles fossem amigáveis, não ia existir algo como esse espelho nos separando deles, não acha? – perguntou Rony alterado.

- Meninas, é um prazer apresentar para vocês dois amigos meus. – falou Ben enquanto empurrava duas caixas do tamanho dele para mais perto das garotas.
- Dentro dessas caixas tem vampiros, não tem? – perguntou Bia quase que afirmando.
- Tem! – falou ele sorrindo, como se criar vampiros em casa fosse super normal, toda família bruxa deveria ter pelo menos dois.
- Ben, o que você bebeu? Como é que você põe dois vampiros dentro da casa? – perguntou Ju indignada.
- Esses vampiros são os que entraram na casa ano passado. – falou Ben – Eles podiam entrar aqui a qualquer hora, já tinham sido convidados. Antes eles aqui dentro comigo controlando do que lá fora podendo entrar quando Voldemort precisasse.
- Só pra saber, você manteve eles aqui dentro desde então? – perguntou Bia seriamente preocupada com a sanidade de Ben.
- Mantive desde maio. – falou ele – Foi quando eu e o Lynn achamos eles.
- Depois de toda essa ladainha, você pode soltar eles, eu quero acabar logo com isso, eu tô com fome! – reclamou Ju.
- Mas você acabou de comer. – brigou Bia – Depois você fala da Natty.
- Eu tenho uma fome constante. – disse Julie. – Sabia que nós temos que comer a cada três horas? Em pequenas quantidades, mas a cada três horas.
- Tudo bem! Chega de conversa. – e ele soltou os dois vampiros.
- Ben, eles tem quantos anos de morto? – perguntou Bia que começava a fugir do vampiro.
- Acredito que mais de um ano. – falou ele que tinha se sentado numa cadeira e observava a cena como se estivesse se divertindo.
- Ben, você só pode tá maluco! Você nos colocou para lutar contra vampiros que estão mortos a mais de um ano. – falou Ju também fugindo do vampiro.
- Julie, eu nunca imaginei que ia ver você fugir de um vampiro. – falou ele provocando a garota.
- Eu não tô enxergando nada! O meu cabelo tá todo na minha cara. – reclamou ela. Quando virou para falar isso para Ben, o vampiro deu um soco no estômago dela. – Você não devia ter dado um soco no meu estômago, principalmente quando eu tô com fome. – falou ela meio sem ar. – Foi uma pena, porque eu realmente ia me divertir com você. – ela foi na direção do armário onde Ben guardava as estacas e pegou duas, uma ela jogou para Bia e a outra ficou para ela. Ju deu um soco na cara dele e um chunte nas pernas, fazendo ele cair, então enfiou a estaca no coração dele, fazendo ele virar pó. – Eu inalei pó de vampiro! - Falou ela espirrando e balançando a mão, como se estivesse se abanando. – Eu inalei pó de vampiro! – e espirrou de novo – E isso não é nada agradável. Eu inalei pó de vampiro! – e se sentou ao lado de Ben. – Como a Bia tá indo? Atchim!
- Não sei! – falou ele meio preocupado olhando para Bia – Ela está deixando ele chegar muito perto.
- Você também Ben, não ensinou absolutamente nada para ela, apenas soltou um vampiro com um ano de morto atrás dela. – falou Ju dando um esporro em Ben. – Quer que eu vá ajuda-la?
- Não. – respondeu Ben – Pelo menos não por enquanto, se ele chegar mais perto, você vai.

- O que vocês estavam procurando quando entraram aqui? – perguntou Bia.
- Não é da sua conta! – falou o vampiro tentando dar um soco na Bia, mas essa abaixou antes.
- Se você me contar, eu deixo você dar uma mordida no meu pescoço. – falou Bia tirando o cabelo de cima do pescoço. – O que você acha?
- Nós estávamos atrás de um livro. – respondeu o vampiro que olhava fixamente para o pescoço de Bia.
- E o que mais? – perguntou ela como quem fala com uma criança, não com um vampiro. – Você sabe pra que serve esse livro?
- Não, o Voldemort mandou nós irmos atrás do livro e nós apenas obedecemos, mais nada, sem perguntas. – disse o vampiro.
- Deixa de ser mentiroso. – brigou Bia dando um soco na cara do vampiro.
- Eu realmente não sei, mas é muito importante para o Voldemort. Tem algo que ele quer a mais de quinze anos.
- Pode chegar mais perto. – disse Bia. Ju levantou na mesma hora, mas Ben segurou a mão da feiticeira.
Quando o vampiro chegou a uma distancia considerada perigosa, ele virou pó, Bia enfiou uma estaca no coração dele.
- Você tava delirando se achou que ia morder o pescoço de uma Dumbledore tão fácil assim. – Bia conversava com um montinho de pó, ela devia considerar que o monte de pó era o vampiro.
- Vou tentar isso mais vezes. – disse Ju para Bia.
- Isso o que? – perguntou Bia sem entender a amiga.
- Seduzir o vampiro ao invés de partir pra ignorância. – respondeu Ju rindo – Apesar que eu gosto de descontar a minha raiva assim, pelo menos eu não tô batendo nos vivos.
- Você pode variar. – disse Bia – Por enquanto eu só posso conversar com eles, eu não sei lutar nada.
- Não se preocupa – falou Ju tranqüilizando – O Ben te ensina, o problema é que aprender a lutar demora um pouco.
- Você já luta à muito tempo, né?
- A mais de cinco anos, eu acho. E ainda tenho muito pra aprender, eu vou tentar aprender a usar o arco e flecha.
- Você sabe lutar com espadas. – falou Bia – Deve ser muito legal.
- Eu ainda prefiro lutar sem usar nada disso, mas pra distância, o arco e flecha ia ser bem útil e a espada é útil quando o vampiro e muito grande. Mas você tá de parabéns.
- Valeu.
- Podem entrar. – disse Ben para o bando que estava do lado de fora.
- Você tem certeza de que a gente pode entrar? – perguntou Rony parado apavorado na porta.
- Vem logo, Rony. – falou Mione que passou puxando o amigo pra dentro da sala.
- O que você descobriu? – perguntou Cris.
- Como você sabe que eu descobri alguma coisa? – perguntou Bia.
- Porque eu ouvi alguma coisa. – falou Cris. – Nada muito certo, tinha uma espécie de interferência na metade das palavras, por isso eu não entendi tudo.
- Sério? – perguntou Ben – Isso quer dizer que você deve estar desenvolvendo seu dom secundário. – falou ele todo orgulhoso.
- Tudo bem, mas o que você descobriu, Bia? – perguntou Natty meio impaciente.
- Que quando eles entraram aqui, eles estavam procurando um livro. Esse livro tem alguma coisa que Voldemort quer a mais de quinze anos. – falou Bia.
- Quando nós perguntamos, ele não respondeu! – falo Ben irritado.
- Deixa isso pra lá, o bom é que agora a gente sabe o que o Voldemort estava procurando. – falou Harry.
- Você tá certo. – falou Ben enquanto olhava no relógio. – Bom, eu acho melhor vocês irem comer, agora. – falou o elfo – Já está na hora do jantar.
- Eu vou tomar um banho antes. – falou Ju. – Eu tô coberta de pó de vampiro. – resmungou.
- Eu também! – falou Bia.
- Então nos encontramos lá embaixo. – falou Olívio.
- Você foi ótima! – falou Rony dando um beijo na bochecha da namorada antes de descer.

Notas da autora: Eu amo ver lutas de vampiro na Tv, em filme, no que seja, mas odeio descreve-las na fic! Porque na minha cabeça elas estão certinhas, mas como muitas coisas na fic, eu simplesmente não consigo passar pro ‘papel’, mas que droga! Por favor, comentem!

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