Largo Grimmauld, número 12, a

Largo Grimmauld, número 12, a



Depois da janta, estavam todos indo para o quarto de Natty ver as fotos da viagem. Ju estava subindo as escadas quando Olívio segurou o braço dela e falou:
- Ju, eu acho que nós precisamos conversar.
- Tudo bem. – falou Julie olhando para ele e engolindo a seco – Vocês podem ir subindo. – falou ela para os amigos que pararam no meio da escada.
- Então, nos vemos depois. – falou Harry com um sorrisinho, e eles voltaram a subir.
- Antes, vamos nos sentar. – falou Ju se sentando na escada. Não tinha problema eles conversarem ali, Emily (a nova empregada) e Luney já estavam dormindo; Sirius, Vicki e Zelda tinham saído, alguma coisa pra Ordem da Fênix; Remo estava transformado em cachorro, graças a poção mata cão; e Ben estava no quarto de Natty conversando com os demais. – O que você quer conversar?
- Sobre nós dois. – falou ele.
- Como assim ‘sobre nos dois’? – perguntou Ju perdendo o controle do seu nervosismo, seus olhos saltaram que nem os da Luney.
- É, nós estávamos namorando até eu ter aquele ataque porque você não tava me dando atenção...
- Mas você sabe que eu tinha que estudar muito, ou se esqueceu que eu tinha um zero em poções? – ‘Droga, você tem sempre que se defender? Deixa o menino falar, droga!’ pensou.
- Eu sei, eu sei. E eu também sei que foi idiotice minha ficar chateado com você só porque você tava estudando.
- Ainda bem que você reconhece. – falou ela meio arrogante, mas Olívio não se importou.
- Eu ia falar isso na festa do John, mas você não foi...
- Ia falar o que? – perguntou Ju, que já tinha uma idéia do que ele ia falar. Ela não sabia se ficava alegre, pois gostava muito do Olívio ou se tinha um ataque de pânico e começava a se coçar, já que ela tinha meio que uma fobia de compromisso.
- Eu quero saber se você quer voltar a namorar comigo? E eu não vou ter mais crise de ciúmes, principalmente por causa de livros. – garantiu ele que estava sentado ao lado dela.
- Não se preocupa, não é um costume meu me matar de tanto estudar, aquilo foi só por causa dos N.O.M.s. – garantiu ela. – Eles mexem com a cabeça de qualquer um. Eu quase fiquei maluca.
- Quando eu fiz os N.O.M.s também fiquei assim, os N.I.E.M.s são piores. – garantiu ele sorrindo, provavelmente de nervoso.
- Julie Lupin – pensava a feiticeira – Eu acho que você está, enfim, CURADA! Ele te pediu em namoro e você não ficou mal humorada, não jogou ele escada abaixo, e o mais importante, - e olhou para os próprios braços - você não tá se coçando e nem ficou toda empolada e com grandes placas vermelhas pelo corpo. Enfim CURADA!
- Então, qual é a sua resposta?
Devido aos últimos acontecimentos, nenhum dos seus sintomas de costume se apresentaram, ela respondeu: - Tem certeza disso? – perguntou Ju sorrindo – Porque eu tô realmente disposta a namorar, agora. – disse com um grande sorriso, se controlando pra não gritar: CURADA!, mas mal ela terminou de falar e Olívio chegou mais perto e deu um beijo nela.
- Tenho certeza disso! – falou ele que depois deu outro beijo em Ju.
Eles ficaram namorando na escada até Emily passar de camisola com uma vela na mão, ela não os viu, mas eles acharam melhor irem para o quarto de Natty, antes que isso acontecesse.
Assim que chegaram no quarto de Natalie, eles contaram que tinham voltado a namorar, não que ninguém conseguisse imaginar isso sozinho, foi só um aviso oficial.
Na manhã seguinte, todas as meninas tinham dormido no quarto de Natty e os garotos tinham dormido no quarto de Harry.

- Bom dia! – falou Luney com a cara quase encostada na de Olívio que levou um baita susto quando abriu os olhos – Hoje é um ótimo dia pra se acordar cedo. – cantarolava Luney que ia pulando alegremente enquanto abria a cortina da janela.
- Eu acho que é um bom dia pra se dormir até mais tarde. – falou Rony que cobriu a cara com lençol assim que o sol iluminou todo o quarto.
- Vocês têm que acordar. – falou a elfa com uma cara que parecia menos feliz – Zelda pediu pra Luney acordar vocês e é isso que a Luney vai fazer, os meninos já estão atrasados.
- Atrasados pra que? – perguntou Harry se espreguiçando.
- Parece que vocês vão sair, vão para o Largo Grimmauld, número doze. – falou Luney puxando a coberta de Rony.
- Esse é o endereço da Ordem da Fênix. – falou Rony se sentando na cama bruscamente. Luney foi arremessada a metros de distância.
- Como é que você sabe? – perguntou Harry.
- Eu, toda a minha família e a Mione passamos quase que o verão todo lá. – explicou o ruivo se levantando – Eu não quero voltar pra lá, tenho certeza que a Mione também não. Lá tem um cheiro horrível, nada de interessante pra fazer, sem falar que o Snape vai lá toda hora, eu não quero voltar pra lá. – Rony parecia uma criança emburrada – Eles nos fazem trabalhar lá, vocês sabiam? Eu to cansado de limpar, arrumar, lavar...
- Por que nós temos que ir até a sede da Ordem da Fênix? – perguntou Olívio – depois de toda essa descrição sobre o lugar, eu também não quero ir até lá.
- Não sei, acho melhor nos arrumarmos e irmos descobrir. – disse Harry que parecia ter se livrado de todo o sono rapidamente – Nós também não temos muita coisa pra fazer por aqui, pelo menos lá nós estamos mais perto das informações. – seus olhos brilharam.
- Como se desse pra ouvir alguma coisa. Nós tentamos ouvir alguma novidade as férias inteiras e nada. Eles só conversam numa sala enfeitiçada, nem o mais novo invento do Jorge e do Fred nos ajudou.
- Se arrumem rápido, o café já está sendo servido. – disse Luney indo saltitante na direção da porta.
- Acho bom mesmo, antes que a Emily termine de servir a comida, pois logo depois disso ela vai retirar. – reclamou Rony se lembrando do incidente do jantar passado. Emily tirou a comida antes das pessoas terminarem exatamente como tinha feito no almoço.
- Agora a Luney vai acordar as meninas, com licença. – ela fechou a porta, na verdade ela bateu a porta.

Luney entrou de fininho no quarto de Natty e ligou o rádio bem alto.
- O que que tá acontecendo aqui? – perguntou Mione que deu um pulo da cama.
- Luney aprendeu a ligar o rádio, senhorita. – explicou Luney – Zelda disse que era a melhor maneira de acordar as garotas. – explicou.
- E o melhor jeito de nós matar de susto também. – falou Ju que pra variar acordou de mau humor – Eu levei um susto.
- Esse não foi a intenção de Luney. – falou a elfa ficando com os olhos cheios de água – Luney só queria acordar as meninas como Zelda pediu. – ela saiu correndo e se jogou contra a parede.
- Tudo bem, Luney. – falou Bia que saiu correndo e agarrou Luney pela cintura – O que vale é a intenção, não é Julie?
- Claro. – respondeu Ju – Era só o meu mau humor matinal. – explicou – Eu sei que você não queria nos fazer mal.
- Por que você tá acordando a gente tão cedo? – perguntou Natty bocejando.
- Vocês vão sair, vão na casa dos Black. – respondeu Luney enquanto guardava umas folhas de papel que estavam jogadas no chão.
- Mas essa é a casa dos Black. – disse Cris – Ela deve ter batido a cabeça na parede com força. – comentou com uma cara de preocupação.
- Eu acho que a casa que a Luney tá falando é a casa da minha avó. – disse Natty.
- Que é onde fica a sede da Ordem da Fênix, o que nós vamos fazer lá? – perguntou Bia.
- Isso Luney não sabe.
- Eu tô com sono. – reclamou Cris – Nós fomos dormir tarde ontem.
- Luney já vai descer. – falou enquanto enxugava as lágrimas no seu vestido – Tem que impedir que Emily retire o café da manhã. – logo depois bateu a porta.
- A Luney tá sensível. – comentou Mione.
- Sempre que tem uma empregada nova ela fica assim. – falou Ju – Ela ficou toda feliz quando as outras duas foram despedidas. Aí a Zelda contratou a nova, isso a deixou chateada, ela acha que não tá fazendo nada de importante só supervisionando. Ela se sente mal vendo uma bruxa fazendo um trabalho que na cabeça dela devia ser feito por ela.
- Apesar, que ela já tá aceitando bem melhor a idéia. – disse Cris – Devia ter visto no começo.

- Cadê a Ju? – perguntou Zelda quando as garotas entraram na sala de jantar.
- Foi ver o pai. – respondeu Mione – disse que ia descer daqui a pouco.
- Eu não vi a minha mãe. – falou Bia – Aonde ela tá?
- Ela está esperando por nós na Ordem da Fênix. Nós vamos pra lá assim que vocês terminarem o café. – falou Zelda passando uma jarra de suco para Mione.
- Obrigada. – agradeceu a jovem bruxa.
- Emily! – chamou Zelda.
- Por que você tá chamando a Emily? – perguntou Cris que praticamente tinha abraçado o seu café-da-manhã.
- Pra pedir mais torradas. – explicou a feiticeira olhando preocupada para Cris.
- Se ela passar aqui e ver todas essas jarras cheias, travessas fartas e gente comendo ela pode não resistir a tentação de levar tudo embora. – falou Cris preocupada.
- Sim. – respondeu Emily de forma eficiente. Ela estava parada, em pé e ao lado de Zelda.
- Você pode trazer mais torradas?
Emily saiu passando pela porta da cozinha.
- Incrível! Toda a comida continua aqui! – comemorou Cris.
- Oi! – falou Ju com um grande sorriso.
- Qual é o motivo de tanta felicidade? – perguntou Zelda.
- Meu pai tá bem. – respondeu a feiticeira se sentando.
- E por que ele não estaria? – perguntou Zelda achando que Ju não estava falando nada com nada.
- Por nada. – falou Ju disfarçando.
- Bom dia. – falou Olívio na entrada da sala de jantar.
- Dormiu bem? – perguntou Ju quando Olívio se abaixou pra dar um beijo na bochecha dela.
- Sonhei com você. – falou ele sentando na cadeira ao lado.
- O que que você tá querendo? – perguntou Ju com o pé atrás.
- Nada. – respondeu o bruxo sem entender o motivo de desconfiança.
- Sem querer ser intrometida... – começou Zelda.
- Sim, eles voltaram a namorar. – respondeu Natty.
- Ah, tá. – falou Zelda voltando a comer.
- Por que nós vamos até a Ordem da Fênix? – perguntou Harry que estava sentado ao lado de Natty.
- Nós vamos ter de passar o dia inteiro na sede, o Sirius achou melhor vocês irem junto com a gente. – explicou Zelda – Ele não quer que vocês fiquem sozinhos aqui o dia inteiro.
- Por que o Sirius não tá em casa? – perguntou Harry.
- Foi o dia dele de ficar na Ordem. – respondeu Zelda.
- Por quê? – perguntou Cris – Que negócio de ficar na Ordem é esse?
- Sempre fica duas ou mais pessoas lá, todos os outros membros tinham que sair ou descansar e os filhos da Molly e do Arthur estão lá, então, a Victoria e o Sirius foram dormir lá.
- O Lupin tá bem? – perguntou Harry pra prima que estava do outro lado dele.
- Tá. – respondeu Ju sorrindo – Você não sabe como eu quero que a época da lua cheia acabe.
- Faltam só quatro dias contando com hoje. – falou Harry fazendo a prima sorrir.
- Ainda bem. – falou ela.
- Bom dia, Remo. – falou Zelda ao ver Lupin entrar distraidamente e com uma aparência cansada na sala de jantar.
- Hã? Ah, bom dia. – respondeu ele voltando os seus pensamentos a terra – Como foi ontem?
- Nada de importante. A Victoria e o Sirius foram dormir na Ordem da Fênix. Os meninos vão hoje até lá.
- Que bom. – falou Remo sorrindo.
- O Lupin parece cansado. – comentou Olívio.
- Ontem foi noite de lua cheia. – explicou Ju.
- Já acabaram? – perguntou Zelda.
- Eu tô acabando. – respondeu Bia.
- Com licença, - falou Zelda se levantando e limpando a boca com o guardanapo – Eu vou acordar o preguiçoso do Ben. Se não chamar, ele não acorda.
Uma hora depois todos estavam prontos na sala esperando Ben descer arrumado.
- Como nós vamos chegar lá? – perguntou Olívio que estava esparramado em um dos sofás.
- Via pó de flú. – respondeu Zelda – achamos que é melhor assim do que voando.
- Dá pra ir via pó de flú? – perguntou Lupin.
- O Arthur convenceu um colega dele na Comissão de Regulamentação do Flú ligar a lareira da casa à rede.
- E por que ela não seria? É uma lareira bruxa. – disse Bia.
- São tantos feitiços de proteção na casa, que a lareira não é ligada a rede. E ela só vai ficar ligada hoje até as seis. – explicou Zelda.
- Estão ansiosos para irem até a Ordem? – perguntou Lupin.
- Mais ou menos, eu nunca tinha pensado em ir até a sede da Ordem. – respondeu Harry.
- Eu não, passei quase que o meu verão inteiro lá, não agüento mais ficar lá. – falou Rony.
- Vamos? – falou Ben que descia as escadas colocando a blusa.
- Falem que querem ir para o Largo Grimmauld, número doze. – orientou Zelda – E por Merlim, não façam nenhum barulho até eu dizer que vocês podem, entenderam? – todos balançaram a cabeça positivamente – Quem vai primeiro?
- Pode ser eu. – disse Bia. Ela se encaminhou até a lareira e disse - Largo Grimmauld, número doze – jogou o pó de flú no chão mas nada aconteceu.
- Eu acho que essa lareira tá quebrada. – falou Cris.
- Ou esse pó de flú tá vencido. – complementou Ju.
Zelda olhou para as duas e pensou em falar alguma coisa mas reparou que não valia apena.
- Zelda, como nós pudemos esquecer? – falou Lupin procurando alguma coisa nos bolsos – Achei! – ele balançava um papelzinho no ar – Venham cá. – todos fizeram uma rodinha em volta de Remo e começaram a ler o papel.

[i] A sede da Ordem da Fênix encontra-se no largo Grimmauld, número doze, Londres. [/i]

- No que isso vai servir? – perguntou Harry quando terminou de ler.
- A sede tá protegida com muitos feitiços como eu já disse antes. Um deles é o feitiço de Fidellius, esse bilhete foi escrito pelo Dumbledore, ele é o fiel do segredo da casa.
- Um fiel mais confiável. – falou Harry para si mesmo.
Pouco a pouco eles foram chegando em um lugar relativamente escuro, com um terrível cheiro de decomosição as cortinas estavam fechadas. Eles permaneceram em silêncio como Zelda tinha pedido, já que tirando Mione e Rony ninguém conheciam o lugar direito acharam uma boa idéia atender a feiticeira.
- Bom dia, meninos! – sussurrava uma pessoa que os levava até outra sala.
- Nós temos que esperar a Zelda, Ben e o Lupin. – falou Cris que se mantinha um pouco resistente a seguir a mulher.
- Mãe? – perguntou Rony que parecia ter reconhecido a voz.
- Sim, querido. – respondeu Molly.
- Pra onde você está levando a gente, Senhora Weasley? – perguntou Harry
- Para cozinha, não é aconselhado ficar falando aqui. – respondeu a mãe de Rony.
- Por quê? – perguntou Bia.
- Depois nós conversamos, querida.
Parecia realmente importante que eles ficassem em silêncio, por isso ninguém abriu a boca até a Senhora Weasley abrir uma porta e todos entrarem.
- Oi, queridos. – falou a Senhora Weasley dando um mega abraço em todos assim que fechou a porta da cozinha.
- Oi, senhora Weasley. – responderam todos que ainda conseguiam falar.
- Deixa eu dar uma boa olhada em todos vocês. – falou ela dando um passo pra trás e olhando os bruxos e feiticeiras com atenção. – Rony, você se comportou? Vocês têm se alimentado bem? Harry os seus tios te trataram bem?
- É. – respondeu Harry que achava melhor não prolongar o assunto.
- Quanto ao alimentar... – começou Cris.
- Nós estamos nos alimentando superbem. – cortou Mione que achava a mesma coisa que Harry.
- Eu me comportei, mãe. Eu fui pra lá ontem, nem deu tempo pra eu me comportar mal. Nem pra esquecer o cheiro estranho que essa casa tem.
- Ela ficou muito tempo fechada. – explicou – Nós só decidimos transformar aqui em sede no final do ano passado, ainda estamos arrumando.
- Mãe, eu sei, eu ajudei a arrumar boa parte dos cômodos.
- Nós, você quer dizer. – corrigiu Mione.
- Vocês querem café? – perguntou Molly fazendo um feitiço para a mesa se arrumar e a água na chaleira ferver.
- Não, obrigada, nós já tomamos café da manhã. – agradeceu Bia.
- Mas nós podemos tomar outro. – falou Ju se sentando numa cadeira e se apoiando na mesa.
- Também acho. – falou Rony se sentando na cadeira ao lado de Ju.
- Ronald Weasley e Julie Lupin! – falou Bia lançando um olhar severo para os dois – Eu disse que nós já tomamos café, obrigada. Depois vocês não comem o que devem comer na hora do almoço.
- Ela vê as mesmas refeições que eu? Mesmo tomando uns três cafés da manhã, ainda vão se alimentar super bem no almoço.- disse Mione.
- Cadê o meu pai? – perguntou Natty ignorando a conversa paralela que existia ao seu lado.
- Todos estão dormindo. – respondeu Molly que lavava uns pratos manualmente.
- Vai vir algum membro da Ordem da Fênix hoje? – perguntou Olívio curioso.
- Sim, vamos ter uma reunião. Era você que queria entrar pra Ordem, não é?
- Sim, era eu. – respondeu Olívio esperançoso que alguém tivesse falado a seu favor – Por quê?
- Andamos discutindo bastante se você deve participar. Você é tão novo, tem a idade do Percy, não acho que seja uma boa idéia.
- Sou maior de idade e formado, por que não? Eu sei o que estou fazendo e realmente quero isso. Eu já ajudei uma vez. – falou Olívio argumentando.
- Isso não vai ser discutido agora, muito menos entre eu e você. Só acho você muito jovem.
- Você achou eles, Molly. – falou Lupin entrando na cozinha com Zelda e Ben.
- Antes que eles fizessem barulho. – falou Molly dando uma risadinha nervosa – A Zelda disse que vocês iam chegar por volta das dez e eu fiquei esperando.
- O Dumbledore já chegou? – perguntou Zelda.
- Já. – respondeu – ele está na sala de reunião. Mas nós podemos tomar café tranqüilamente.
- Nós já tomamos café-da-manhã. – falouu Lupin – Obrigado.
- E os outros? – perguntou Zelda – Ainda não chegaram?
- Estão pra chegar. – falou ela consultando o relógio bruxo preso na parede – Vou acordar os meninos, já está tarde. – ela saiu da cozinha.
- Gostando da casa? – perguntou Ben se sentando a mesa da cozinha e pegando uma maçã.
- Adoramos a cozinha. – respondeu Cris sarcasticamente – Foi a única coisa que nós vimos.
- Fomos praticamente arrastados até aqui. – brincou Harry.
- Vocês guardam algum tipo de monstro no hall? – perguntou Olívio.
- Pior. – respondeu Ben.
- O que que tem no hall? – perguntou Harry curioso.
- Bom dia. – falou um dos cinco membros da Ordem da Fênix que entravam na cozinha acompanhados pela senhora Weasley.
Quando eles viraram para porta para responder o cumprimento, deram de cara com o adorado professor de Poções. Natty soltou um grito agudo sem querer.
- Por Merlim, ele não tem outra roupa? – perguntou Ju para Mione.
- Ele veio aqui quase todos os dias. – comentou Rony – Não agüento mais ele e as aulas ainda nem começaram.
- Bom dia. – repetiu com firmeza. Ele não conseguia dar nem o bom dia de forma alegre.
- Bom dia. – responderam todos.
- Que mau humor. – comentou Natty.
- Tudo O.K? – perguntou Mundungo que parecia ser um dos poucos membros da Ordem que não era sério.
- Tudo. – responderam.
Eles ouviram algo realmente pesado quebrar na sala ao lado e logo depois um grito tão ou mais alto que o de Natalie, grito medonho que parecia ferir os ouvidos. Todos saíram correndo pro hall. Quando chegaram lá viram Vicki, Sirius, Tonks e Quim parados tampando os ouvidos e os cacos de um jarro.
- Desulpe. – pediu Tonks sem jeito.
- Você tem que aprender a olhar por onde anda. – brigou Molly.
- Desculpe. – peduiu Tonks de novo – Eu sou muito estabanada...
- Tinha que ser a desajeitada da Tonks! – provocou Ben.
- Eu já pedi desculpas, Benlin Stubbs. – falou a bruxa lançando um olhar severo ao elfo.
O hall agora estava iluminado e dava para se ver um lugar maltratado cheio de quadros cobertos por cortinas, apenas um não estava coberto e era desse quadro que tinha vindo o grito.
- MAIS TRAIDORES! – gritou o quadro quando viu o grupo parado perto da porta da cozinha – VOCÊ ME ENVERGONHA, TROUXE TODO ESSES TRAIDORES! MESTIÇOS! SANGUES-RUINS! TRAIDORES DO PRÓPRIO SANGUE!
- Cala a boca, mãe. – falou Sirius indo na direção do quadro da mãe e tentando fecha a cortina do quadro.
- Mãe? – perguntou Harry.
- É o quadro da mãe do Sirius, esse é o motivo pelo qual não fazemos barulho no hall. Se ela acordar, acontece isso. – explicou Ben.
- VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR AQUI! VOCÊ ABANDONOU ESSA CASA! ESSA CASA NÃO LHE PERTENCE! SAIA DAQUI E LEVE OS SEUS AMIGOS TRAIDORES COM VOCÊ!
- Traidores do que exatamente? – perguntou Bia.
- Depois eu explico. – falou Lupin.
- O grito dela tá me dando nos nervos. – falou Natty irritada.
- Agora você sabe como a gente se sente quando você grita. – falou Cris.
- O que tá acontecendo aqui? – perguntou Gina no pé da escada. Atrás dela aparataram os gêmeos, todos estavam de pijamas e com uma cara amassada.
Todos os quadros da sala começaram a gritar insultos, pareciam que tinham acordado.
- Que lindo! Reunião de família. – resmungou Sirius enquanto lutava com o quadro da mãe.
- TRAIDORES! MESTIÇOS! SAIAM DAQUI! VOCÊ SUJA O NOME DOS BLACK! – gritavam os quadros. Cada um gritava uma coisa diferente.
- Eles realmente não gostam da gente. – comentou Lupin que ainda estava um pouco sonolento – No começo eu pensei que fosse só implicância.
- RALÉ! MUTANTES! ESCÓRIA! – gritava um quadro mais perto da porta.
- O que a gente precisa fazer pra esses quadros calarem a boca? – perguntou Olívio tampando os ouvidos.
- Cala a boca, bruxa horrorosa! – gritava Sirius.
- NÃO DIRIJA A PALAVRA A MIM, VERGONHA DA MINHA CARNE! – o quadro estava enfurecido.
- CALA A BOCA! – gritou Natty parando em frente ao quadro da avó.
- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR ASSIM COMIGO? EU SOU UMA BLACK. – falou a bruxa empinando o nariz.
- EU TAMBÉM SOU UMA BLACK. E TAMBÉM SEI GRITAR! VOCÊ TÁ ME DEIXANDO COM DOR DE CABEÇA!
- TINHA QUE SER FILHA DESSE MEU FILHO TRAIDOR E DA AMIGUINHA DA SANGUE-RUIM. – gritou Sra. Black.
- EU VOU FALAR UMA VEZ SÓ, OU VOCÊ PÁRA DE GRITAR OU A NOITE QUANDO TODOS ESTIVEREM DORMINDO EU VENHO AQUI E RASGO VOCÊ E TODOS OS SEUS AMIGUINHOS, ME ENTENDERAM? – todos os quadros pararam de gritar e começaram a prestar atenção na conversa.
- É MUITO INSOLENTE! – falou indignada - COMO VOCÊ OUSA ME AMEAÇAR? TODOS OS QUADRO SÃO PROTEGIDOS, NENHUM BRUXO PODE FAZER NADA CONTRA ELES. – disse ela como se tivesse ganho a discussão.
- MAS EU NÃO SOU UMA BRUXA, EU SOU UMA FEITICEIRA. – gritava Natty – VAI PAGAR PRA VER?
- OLHA ESSE LINGUAJAR! NEM PARECE QUE VEM DE UMA LINHAGEM PERFEITA COMO AS DO BLACK. VOCÊ NÃO VAI ME MANDAR FICAR CALADA. EU GRITO QUANDO EU QUISER, EU SOU A DONA DESSA CASA!
- Vamos parar com essa conversa, ela não vai deixar gritar mesmo. – falou Zelda – Vamos estuporar logo esses quadros estúpidos. Temos uma reunião hoje.

[b]Notas da autora:[b] Olá, mais um capítulo da minha demorada fic. Espero que vocês tenham gostado, eu tinha q colocar a casa dos Black de alguma forma na minha fic, e esse foi o jeito que eu encontrei, espero que tenham gostado. P.S.: Esse capítulo foi em homenagem a Mellie Erdmann que me pediu tanto pra colocar a Ju de volta com o Olívio, espero que você tenha gostado. Por favor, comente me dizendo o que você achou. Bjus.

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