Dias depois



Dias depois


A neblina atenuou um pouco, e o castelo já havia sido explorado por inteiro e ninguém fora encontrado, Harry e os outros voltavam até o salão principal para saciar a fome que havia surgido durante a exaustiva busca pela escola. Quanto mais próximos ficavam do destino, mais a neblina aumentava, como se lá fosse o local de maior concentração, mas não era somente a neblina que se ampliava, os sons produzidos por suas falas e seus passos criavam ecos cada vez mais altos. Ao se aproximarem do salão principal eles notaram que o lugar estava diferente de quando tinham saído, mas aquela distancia não souberam dizer o que causava essa impressão, isso por culpa da neblina. Foi fácil dizer o motivo disso quando chegaram perto das mesas, pois os colorido delas causado pelos alimentos que as fartavam tinha sido substituído por um marrom pútrido devido à comida apodrecida.
- Isso é nojento... Como a comida pode apodrecer tão rápido. – Eva levou uma das mãos até o nariz para evitar o cheiro podre do salão.
- Não sei. – Ricardo para defronte as mesas pensa por um instante e começa a caminhar. – Talvez nem tudo tenha estragado, vou dar uma olhada no resto.
- Duvido que ele encontre algo... – Alice espera Ricardo voltar para confirmar o que tinha dito. – E agora, sem comida o que vamos fazer?
- Só nos resta olhar o lado de fora, e ainda tem Hogsmead, lá deve ter o que comer. – Harry espera que isso só esteja acontecendo em Hogwarts, se a pequena vila também estivesse deserta ele não saberia mais o que fazer.
- É, não vamos mais perder tempo por aqui, vamos logo... – Eva deixa os outros para trás e segue para o Hall de entrada, todos acompanham em silencio.
A grande porta é aberta e os cincos saem do castelo, a neblina ainda está presente, só que em menor quantidade, como se ela saísse da escola. Sem se dispersarem eles passam lentamente pelo pátio a caminho da casa de Hagrid. Quando eles se aproximam de lá a neblina já esta quase extinta e é possível ver, com bastante exatidão o céu e a entrada da Floresta Proibida.
Harry acelerava seu passo assim como os outros, mas quando a casa de seu grande amigo estava muito próxima uma estranha sensação de grande desconforto e falta de ar o fez parar, os outros seguiram sem perceberem a repentina mudança. O garoto puxa o ar, mas ele não vinha o suficiente, por um curto período de tempo o pânico chegou a tomar conta, mas logo seus pulmões foram se enchendo e ele foi se acalmando. Mesmo com tudo normal outra vez Harry achou melhor não caminhar, então ficou parado vendo outros chegarem até a porta da casa de Hagrid. Luis foi o primeiro a tentar abri-la, mas ela se encontrava trancada, Alice tentou usar o Alorromora, mas foi ineficaz. Potter começou a avançar com passos lentos, mas novamente seus passos foram interrompidos, mas não pela falta de ar e sim por algo a sua frente, o que ele acabara de ver foi tão irreal que o choque o paralisou e quase o fez entrar em colapso, o que seus olhos viram foi uma névoa negra como as profundezas do espaço cósmico surgir de trás da cabana e se espalhar por toda a área, seus amigos nem tiveram tempo de notar, pois com extrema velocidade uma parte dela seguiu em direção a eles enquanto se mutava para a forma de um braço hediondo parecendo vir de algum pesadelo, com a mão desproporcionalmente pequena e cheia de garras.
Harry nada pode fazer para salvar Ricardo do ataque da nevoa, o garoto foi atingido com tanta rapidez que a morte quase foi instantânea, mas infelizmente sobreviveu para ser comido vivo. Enquanto a mão o espremia uma boca surgiu de sua palma e foi o consumindo aos poucos, ele tentou falar algo, mas de sua boca somente sangue saiu. Os outros três viram tudo acontecer tão rápido que nem tiveram tempo para poder raciocinar, eles só voltaram a si quando o sangue do jovem jorrou em seus rostos.
Potter ainda estava paralisado quando a nevoa fez surgir um tentáculo tão demoníaco quanto o outro membro e agarrou Luis enquanto corria para se salvar deste destino. A nevoa ergueu o garoto e o arremessou numa parte que já estava totalmente coberta por esse manto maligno. Não foi possível ver o que ouve com ele, mas o sangue espirrou para todos os lados dando uma noção a ele. Alice e Eva alcançaram Harry e com um tapa em seu rosto o fizeram sair de seus transe.
O suor escoria pelo rosto dos três, suas pernas estavam cansadas de tanto correr, a neblina havia aumentado novamente e um não conseguia ver mais o outro. Harry chegou na porta e entrou no castelo, estava ofegante, em situações normais não estaria tão cansado, logo que o garoto se virou para esperar o próximo entrar a grande porta se fechou com grande velocidade, mas não o suficiente para impedir que um jato de sangue vindo de fora o atingisse, ele tentou abri-la, mas foi completamente em vão, uma profunda sensação de impotência caiu sobre o bruxo ao ver que seu esforço era inútil e ao ouvir os gritos de agonia das garotas do outro lado da porta, que agora parecia lacrada por algum sortilégio.
Harry estava sozinho, não sabia o que fazer, não tinha o que comer e estava cansado demais. Quase nenhuma luz entrava na sala, sua mente estava vazia. Vagarosamente o aposento começou a escurecer, pensou em usar o feitiço Lumos para clarear o local, mas sua varinha não estava mais em seu bolso, provavelmente perdida durante a fuga. Sem muita escolha começou a subir as escadas sem saber para onde ir.

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