Madame Maviniré Desiré





O noitibus não estava muito agradável (como sempre), mas Harry ate se esqueceu do desconforto, pois não parava de pensar em como seria essa tal escola de dragões, lembrava claramente que Carlinhos uns dos irmãos mais velhos de Rony, estudava na Romênia mas não sabia ao certo se era naquela escola.
Mas porque ele, Harry Potter, tinha recebido esse convite? Nunca tinha se interessado por dragões, mal sabia do que eles se alimentavam, seu contato mais próximo com um foi no torneio tribruxo, experiência que ele não queria repetir tao cedo. Não ouve mais tempo para pensamentos pois o condutor do ônibus avisou, abrindo a porta para os passageiros descerem.
- Maviniré Desiré, escola de tratos e estudo de dragões, Romênia.
Harry desceu num pulo e se assustou com o que viu, arvores, arvores, arvores e mais arvores.
- Onde esta a escola?
- Ora garoto, poupe-me ate parece um trouxa. - Essa voz lembrava bastante Malfoy, alias tudo nesse rapaz lembrava Malfoy, os cabelos longos lembravam Lucio, o que fez Harry sentir um pouco de ódio, e instintivamente sacar a sua varinha.
- Não ligue,ah...ah....Harry Potter.
Só nessa hora Harry percebeu que havia muitos rapazes de cabelos longos a sua volta. Eles usavam capas de veludo, longas e grossas, tinha em suas mãos umas luvas brancas.
- Ola Harry, como vai?- Era Carlinhos, ate que em fim um rosto que parecia ser amigo.
- Ola Carlinhos.
Não tiveram mais tempo de falar nada pois nesse instante um vento repentino tomou conta da floresta, e sons bem estridentes soaram no ar. O rapaz que parecia um Malfoy, disse com ar arrogante:
- Já era sem tempo!
Dragões enormes pousaram um a um não muito longe da onde Harry se encontrava. E também um a um os rapazes iam “montando” em seus respectivos dragões, voando em linha reta cortando as arvores e sumiam na escuridão.
Não demorou muito para chegar a vez de Harry. Naturalmente ele pensou que iria com Carlinhos, mas ouviu o mesmo se virar para o rapaz que lembrava um Malfoy.
- Cuide bem de Harry, madame Desiré não vai gostar de saber que você andou maltratando.
- Cuide de sua vida Weasley maldito.- E em tom de zombaria se dirigiu a Harry.
- Vossa alteza vai subir ou ficara a noite inteira ai plantado.
Num ato de duvida, Potter olhou para Carlinhos.
- Pode ir Harry, qualquer coisa eu estarei bem atrás de vocês.
O rapaz estendeu a mão a Harry e disse:
- Se segura pirralho, não estou a fim de mergulhar no abismo sem fim, se por acaso você cair. – E olhou com um ar malicioso para Carlinhos.
Assim que montou no dragão, teve a desagradável sensação de estar em cima de algo como bosta endurecida, era bem desagradável. Durante a viagem Harry sentiu as folhas das arvores cortando seu rosto durante um longo tempo, quando veio a seguinte instrução do rapaz.
- Prepare se, vamos descer.
E desceram. Nem juntando todas as vezes que Potter caiu da vassoura, megurlhando num vou rasante atrás do pomo de ouro, comparava-se com aquela sensação horrível que ele estava sentindo agora, sabia que daqui alguns segundos sua carne seria capaz de desgrudar dos ossos. Quando pensou que não ia agüentar mais viraram e entraram numa gruta muito escura.
Percebendo o estado de Harry, o rapaz comentou.
- Espero que você não tenha molhado as calças, Potter.
Por fim saíram numa cratera enorme, onde dava para ver um nascer do sol, muito bonito, e bem ao longe a silhueta de um castelo enorme.
- Chegamos Potter.
Ainda voaram durante um bom tempo ate chegarem no castelo, Harry reparou que ao contrario de hogwarts o terreno ao redor do castelo era muito acidentário, cheio de pequenas crateras e pedaços enormes de vale sombrio, lá de baixo subia um ar gélido e tenebroso o que deixou Harry bem desconfortado.
Depois de muito frio chegaram ao castelo que começava numa colina alta ia se expandido tanto para baixo quanto para cima, lembrava claramente o formato de um dragão enorme e muito gordo.
Logo na entrada do castelo Harry pode observar que vários estudantes formavam um semicirculo e bem no centro se encontrava uma senhora alta vestida com uma capa vermelha escura e volumosa, calcando botas pretas de cano alto.
Logo que desceu do dragão ela veio ao seu encontro. Com uma voz forte e autoritária saudando-o.
- Ola Harry Potter, seja bem vindo ao meu humilde castelo
- Obrigado.
- Por favor vamos entrando.
Se ela mencionou as palavras “humilde castelo” foi de pura modéstia, pois dentro só havia espaço para o mais puro e refinado luxo. Ela o estava conduzindo por um longo corredor, onde no alto encontravam-se vários retratos que como sempre olhavam para ele desconfiados e assustados.
- Não ligue Harry eles pensam que você é uma lenda.
- Eu sei, já estou acostumado com isso .
Ela sorriu com a simplicidade e sinceridade de Harry.
- Logo mais a frente fica o que vocês em hogwarts chamam de.....,salão principal, estou certa?
- Esta.
- Desculpe pois faz muito tempo que estive em hogwarts, aqui nos chamamos o salão de Alcatraz. – Ela deu um gracioso sorriso e continuo- Tenho certeza que você esta faminto e super curioso para saber o por que de você estar aqui, não se preocupe estarei ao seu dispor para esclarecer qualquer duvida, mas como dizia um velho tonto que eu tive a infeliz sorte de conhecer, barriga vazia ao som de conversa só serve pra encher a cabeça.
Harry sorriu, e pensou que essa frase seria bem típica de Dumbledor.
- Por favor Giuseppe Malfoy, leve Potter ao Alcatraz. – Disse ela se dirigindo ao rapaz que desde o começo Harry tinha suspeitado que pertencia a linhagem dos Malfoys. – acho que você já teve contato com um dos Malfoys, como é mesmo o nome daquele seu primo que estuda em hogwarts Giuseppe?
- Draco Malfoy, senhora Desiré.
- Ah sim...sim. - disse ela muito pensativa. – você o conhece Harry?
Harry respondeu entre dentes.
- Sim.
- Melhor assim. – depois disso ficou um tempo parada como que se quisesse insistentemente lembrar de algo muito importante, e como se ela tivesse levado um beliscão voltou se para Giuseppe. – Ora, você ainda foi ? quer que o garoto morra de fome?
- Não senhora, vamos Potter.
A contra gosto seguiu Giuseppe Malfoy que ao virarem o corredor disse furioso.
- Essa velha é completamente louca, e agora esta pior, vive pensativa, alheia à realidade, desde que descobriu que o Lord das Trevas, retomou a vida. – poderia ate ser engano, mas que Harry viu um sorriso nos canto dos lábios dele, ele viu.
- Ele não retomou ao poder.
- Você acha Harry?
- Tenho certeza. – Giuseppe parou e ficou mirando Harry longamente, com uma expressão de zombaria no rosto.
- Vê-se perfeitamente que você não é a favor do retorno do Lord das trevas.
- E você é? – ouve-se um silencio, e continuando sorridente respondeu
- E se eu fosse, haveria algum problema para você Harry Potter?
- Todos.
O rapaz lançou um olhar divertido sobre Harry, o que o fez sentir um ódio muito maior do que sentia por Draco.
- Deixemos isso de lado, afinal temos um Ministério da Magia para cuidar disso, não é mesmo? !
- Sim.
- Então vamos comer, seria cômico ler no profeta diário, “Harry Potter morre de fome, após enfrentar Lord Voldemort durante cinco anos. – e gargalhou com todo o prazer,sem mais demora Harry sacou sua varinha e apontou para a cara de Giuseppe, que não cessou o riso”.
- Vamos Harry, lance algum feitiço sobre mim.
- Não faça isso garoto.
Era uma garota, alta, negra, cabelos longos e crespos. Harry percebeu de imediato que seus modos eram rude e em sua face carregava uma rigidez imprópria para qualquer garota. Quando ela chegou mais perto, ele reparou que ela estava muito suja o que revelava um grande contraste com a escola e seus alunos, mas ela parecia alheia a esse detalhe pois continuava com o ar autoritário.
- Abaixe isso garoto, é contra o regulamento da escola. -
Ainda muito nervoso Harry foi abaixando a varinha.
- Para onde você estava levando ele Malfoy?.
- Não é da sua conta.
- Se não fosse eu não estaria perguntando.- Ignorando Malfoy, ela se virou para Harry.
- Então, pressuponho que você seja, Harry Potter.
- Sim, sou eu.
- Lyvas Desiré.
- Prazer.
- Vamos, tenho a certeza que vocês estavam indo para o Alcatraz.
Deram mais alguns passos e pararam em frente a uma enorme e trabalhada porta de carvalho, e num instante a porta se abriu.
O salão era muito diferente de hogwarts. Parecia mais com um bar, bem melhor que o cabeça de javali e não tao aconchegante como os três vassouras. Havia pequenas mesas de uma madeira escura, espalhadas por todo o canto , algumas formando um aglomerado de para aproximar os alunos mais inturmados, que conversavam animadamente o que abafava o som da musica orquestrada que alguns elfos domésticos tocavam no lado oposto das mesas, a única coisa que diferenciava aquela bagunça de um bar , era a falta de alguém para servir e um balcão onde se poderia efetuar o pagamento dos gastos, ao invés disso, toda a comida e bebida que os alunos consumiam surgia do nada, Harry deduziu que, como em hogwarts deveria ser obra dos elfos domésticos, trabalhando em alguma cozinha subterrânea.
Depois de contemplarem aquela desordem, eles se dirigiram para a única mesa que parecia estar vazia. Caminharam entre o aglomerado de mesas e Harry notou que ali sua presença também chamava atenção já que olhares assustados e surpresos dos alunos o seguiam conforme ele se dirigia a mesa. Mas não se incomodou sua fome era muito maior do que toda a curiosidade daqueles alunos juntos. Foram ate o fim do bar e assim que sentaram foram recepcionados por um esplendido café da manha que submergiu do nada, obra é claro dos elfos domésticos.
- Bom Harry, tenho que ir, pois como pode ter percebido meu lugar não é aqui. Mas creio pelo que já ouvi falar de você, nos encontraremos em breve. Bom apetite.
- Obrigado.
E ele viu a garota sair com todo o ar rude e altiva, sendo seguida por olhares de desaprovação, mas ele não se demorou a ficar contemplando a cena pois sua fome parecia suplicar para ele não demorar mais nenhum segundo a comer aquele tao cheiroso e apetitoso desjejum.

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