Tonks volta a si




11. Tonks volta a si


Snape piscou, perplexo.
- Bebê? – falou ainda sem entender – Ninfadora estava grávida?
- Parece que o senhor não sabia- respondeu Rowdor- Ela estava no terceiro mês de gestação.
- E como ela está agora? Já acordou?
- Não. Como ela perdeu o bebê por causa dos feitiços, tivemos que dar uma poção Revigorante para recuperar as forças perdidas. Ainda está fraca e acho que só acordará dentro de quatro dias, mas ficará bem.
- Posso vê-la? – perguntou Snape, olhando para a porta ansioso.
- Sim, porem não faça barulho, senhor. Até logo, tenho outras emergências para atender- disse o Sr. Rowdor ao ver uma luz vermelha piscando numa lâmpada no alto do corredor, onde aparecia também o numero do andar e quarto que solicitavam ajuda.
Snape respirou fundo e entrou. Tonks estava deitada com a cabeça voltada para o teto e dormia profundamente. Vestia uma camisola branca de mangas compridas, cabelos novamente longos, negros e ondulados. A moça estava coberta por uma manta marrom muito grossa. Severo a contemplou sorrindo. Não sabia o que estava acontecendo com ele ao certo. A princípio se aproximara de Nifadora para se vingar de Lupin e Sirius. Queria brincar com seus sentimentos, fazer os marotos sofrerem de algum modo, porem tudo havia mudado. Se achava mais envolvido com Tonks mais do que queria e, de alguma forma, se sentia culpado por vê-la naquele estado. Gostava dela, do seu jeito mas gostava.
Se aproximou mais da cama e acariciou seus cabelos. Felizmente, não acontecera nada de ruim ao seu “anjo colorido”, porem havia um bebê...sim. Tonks estava grávida e perdera seu filho. Mas por quê não lhe contara nada antes? Quem seria o pai? Snape sentiu o sangue gelar em si mesmo. “Lupin”pensou. Só podia ser o lobisomem. Lembrou-se do dia em que ela o beijara por acidente e Lupin vira tudo. Tonks ficara desesperada e correu atrás do bruxo.Talvez ele teria ganhado o coração da metamorfomaga, mas ele, Snape, não deixaria barato. Sua ex- aluna era maravilhosa, bonita, simpática, uma mulher que não via igual a muito tempo. Agora sem esse filho tudo ficava mais fácil. Lupin estava longe, ela desempregada, Black morto, quem sabe se ela não passasse para o lado das trevas para acompanha-lo? O professor não alterou a memória da moça, deu um selinho em Tonks e saiu do quarto, porem não foi embora do hospital e direcionou-se para a recepção...




Dois dias se passaram e a bruxa não voltara a si. Snape vinha vê-la todas as noites e lhe dera flores: rosas, pois era a cor favorita dela.
No terceiro dia contudo, Tonks despertara. Olhou assustada para os lados, viu um pequeno sofá e flores sobre o seu criado mudo. Não sabia onde estava mais uma vez. Tentou se levantar mas não conseguiu porque seu ventre, por algum motivo, estava dolorido. Um curandeiro entrou no quarto para examina-la e ficou feliz ao saber que ela voltara de seu sono. Foi entao que Tonks se lembrou do que aconteceu e aonde provavelmente estaria.
- Sra Tonks. Fico feliz que acordou. Nos deu um grande susto quando chegou aqui inconsciente outro dia. Permita-me que me apresente. Sou o curandeiro responsável pela ala oeste do St. Mungus, meu nome é Raphael Rowdor – e estendeu a mão para a moça, que o cumprimentou.- Como se sente?
- Bem, um pouco...não sei....tonta...- disse Tonks ao olhar detalhadamente o quarto- quem trouxe essas rosas?
- Ah, o seu amigo. Ele vem todos as noites te visitar, acho que logo chega.
O coração de Tonks deu um salto. Será que era Lupin que a visitava? Provavelmente ficou sabendo do ataque de Belatriz e viera correndo lhe ver. Uma lagrima escorreu dos olhos da bruxa de felicidade.
- O nome dele é...Snape...isso...Severo Snape. É professor de Hogwarts foi o que me
disse.
A felicidade de Tonks se fora tão rápida como viera. Snape aquele traidor? O que ele viera fazer ali todos os dias? Se certificar que sua amiguinha matara-a? Ninfadora olhava inconformada para o tapete sob a cama. Ele que a enviara para os lobisomens. Queria vê-la morta. Ela e seu...
- Filho. O meu filho, como ele está senhor? –perguntou a moça dando um pulo na cama.
O curandeiro a fitou com um olhar triste. Odiava aquela parte de sua profissão.
- Sra Tonks...
- Stra, por favor.
- Certo, Stra Tonks. A senhorita recebeu dois ataques em seu peito. Conseguimos salva-la sem quase dificuldade, mas quanto ao seu filho....ele não...eu sinto muito.
O mundo de Tonks desabou naquele instante. Não poderia ser...não estava ouvindo direito...talvez ainda estivesse sob o efeito de alguma poção que lhe tirou a perfeita audição por alguns momentos. Ao mesmo tempo, sabia que ouvira perfeitamente bem. Ela não acreditava, tinha tantos planos para o futuro. Começou a chorar desesperadamente. Nada em sua vida estava dando certo nos últimos tempos.
- Não senhor. Não é possível. Deve haver algum engano...
Mas saia que não tinha enganos.
- Eu sinto muito Stra Tonks, mas a senhorita é jovem, pode ter muitos outros ainda. Nem tudo está perdido.
Mas ela não parava de chorar sob nenhum consolo. O curandeiro saiu e a deixou só com seus pensamentos e lamentações.




A noite, após a ultima aula. Snape foi para St. Mungus pois Sr. Rowdor lhe mandou uma coruja avisando que Ninfadora recuperara os sentidos. Avisou McGonagall sobre a melhora da integrante da Ordem. Ao chegar no quarto de Tonks, Snape a encontrou com o rosto inchado e vermelho de tanto chorar, enquanto contemplava o teto tristemente.
- Tonks?
- Saia daqui. Não quero ver ninguém - a bruxa desviou o olhar do teto para fitar Snape. Seus cabelos agora não tinham brilho nem vida. Estavam opacos.
- Olha eu sei que o que você ouviu na sala precisa te chocou, mas não é o que parece. Você entendeu errado.
- Entendi errado? Você fala que planejou minha morte livremente e eu entendi errado? Você é um traidor.
- Não, olha escuta. Você sabe perfeitamente que espio o Lord das Trevas a mando de Dumbledore. As minhas ordens eram para mim te matar, mas eu não o fiz. Poderia? Sim. Tive oportunidade? Sim. Mas não o fiz.
- Mentiu para mim. Disse que Remo estava morto. Me deu uma poção do sono.
- Bem, - ele estava desconcertado e mentiu- minha intenção era faze-la se irritar e acalma-la dormindo para te levar a Grayback. Eu o conheço. Sabia que ele faria algum tipo de joguinho com você e também sabia que Lupin, quando tomasse a poção mata –cão, arrumaria um jeito de te salvar.
- Você sabia da poção?
- Sim, uma vez fui até as masmorras falar com Slughorn e o vi preparando um caldeirão com a poção. Concluí que era para Lupin, afinal Slughorn está do lado de Dumbledore. Não podia recusar uma missão do Lord pois senão estaria morto no dia seguinte,então a levei para os lobisomens na esperança de Lupin te salvar e aposto que foi o que aconteceu, não foi?
Tonks o encarava desconfiada com sua cara ainda chorosa, não estava convencida.
- Belatriz estava com você.
- Sim. Ela pensa que trabalho para o Lord e me perguntou por que não havia acabado com você. Isso se lembra não?
- Ela não deveria estar em Hogwarts, sabe o que isso significa?
- Eu contarei ao Prof Dumbledore quando voltar de viagem.
- Mentira.
- Bem, ele confia tanto em mim como em você. Quer outra prova que falo a verdade?
Ela o olhou curiosa.
- Belatriz te estuporou. Lembra-se disso? Não acha que teria te matado caso não fosse impedida?
- Você a impediu?
- Sim. Eu a convenci de que era um erro, pois não conseguiria tirar o corpo do lugar e tudo o mais.
- Como é? – fitou-o com raiva.
- Não me olhe assim. Não acha que era um argumento convincente? Ela concordou e se foi. Mas te previno: caso alguém pergunte algo do seu ataque, diga que íamos almoçar e que aquela bruxa apareceu e te atacou. Porque senão vão pensar que trabalho para o Lord e irei para Azkaban. Nem Dumbledore conseguiria me salvar.
Toda a historia, por mais que negasse, fazia sentido. Ela ouvira claramente sua tia acusando Snape de ser desleal para com o Lord, porem ainda desconfiava de Snape.
- Tonks – ele interrompeu seus pensamentos- eu soube que estava esperando um bebê. Sinto muito. Era do Remo não?
Ela assentiu com a cabeça, voltando a chorar. O professor sentou-se na cama ao seu lado e a abraçou, demonstrando seu afeto e apoio.
- Calma, sei que tudo dará certo. O que passou, passou. Você deve enxergar o futuro. Eu estarei com você.
Aquilo de alguma forma a confortava e ele também, indiretamente. A porta abriu e Molly e Gui Weasley entraram. Tonks e Snape interromperam o abraço e ele saira de sua cama.
- ‘Noite Molly e Gui- cumprimentou Snape
- ‘Noite Snape- respondera Molly e o filho quase que juntos.
- Recebemos uma coruja da Minerva quase que agora nos dizendo que voltara do sono. Nos deu um susto moça.
- Ficamos felizes ao sabermos que estava bem.- completou Gui.
Os olhos de Tonks começaram a marejar com as lagrimas novamente. Molly deu um chute discreto no pé do filho.
- Não fique assim querida. Tudo vai melhorar agora. Que acha de passar o Natal conosco? Para se animar um pouquinho, não pode ficar a vida inteira depressiva num canto.
- Não sei, Molly...
- Vamos vai ser divertido.- disse Gui.
- Ah, eu já vou. Tenho algumas aulas para preparar ainda. Foi bom vê-los de novo Weasley. Cuide-se Tonks.
Ela não respondeu. Snape já colocara a mão na maçaneta e começou a gira-la quando ouviu da Sra. Weasley:
- Vamos querida, vai ser ótimo. Todos estarão lá: os garotos, a Fleur, o Arthur, o Remo ...
O professor ainda ouvia às suas costas quando uma voz feminina disse um “Está bem Molly.” Snape sentiu seu rosto enrijecer.



N/a: Gente, como está a fic?
Assim, vou parar d escrever, ninguem + comenta e tenho + d 400 visitas.

Quero agradecer a Julieth.....vlw pelo comentario e fico feliz em sabr q vc gosta da historia...t adoro d montao!!
Marie Lupin e Thathy....pode deixar q nao esqueci das suas fics.mas vs tm q ler as minhas tambem..

Beijos e nao esqueçam os comentários

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