Da Itália para a Escócia, da E

Da Itália para a Escócia, da E




3-Da Itália para a Escócia, da Escócia para a Inglaterra


Claro que muitas outras aventuras se passaram na Itália aquele ano, mas, a história não se chama “Eva Rookwood”, logo, Eva não será nossa personagem principal por muito tempo. Finalmente, depois de enrolá-los (aos leitores) muito, vamos a Hogwarts. Era a manhã do dia trinta e um de agosto, o aniversário do nosso pequeno Christopher, que por ter completado apenas onze anos não poderia aparatar para a sua casa na Escócia. Como conseqüência, os pais de Eva iriam de avião diretamente para a Inglaterra, passariam em um centro de comércio bruxo chamado Beco Diagonal e comprariam os materiais de Christopher e Eva, dormiriam na casa de uma outra família conhecida, os Pfullendorfs. Quanto às srtas. Rookwood, bem, estas iriam para a Escócia, e depois, aparatando, iriam para a Inglaterra.

— Como o tempo passa rápido, me envie corujas, vou sentir muito sua falta — dizia Julietta, em frente à porta da sala da lareira. Aquele dia estava bem vestida como nunca. Toda de verde, em homenagem à casa de Eva, Sonserina.

— Enviarei sim, mas, vc está convidada a ir para minha casa quando quiser — respondeu Eva, que não ficara para trás, também muito bem vestida. Estava já com a capa de Hogwarts, um vestido azul claro e os sapatos, também de Hogwarts.

— Vamos, as duas já tiveram muito tempo para se despedir. Bem, a família Gallo nos visitará no natal, querida — dizia o sr. Rookwood, olhando o relógio e apressando as filhas.

— Irei para a Inglaterra jogar no final de Setembro, se der, passo em Hogsmeade — disse Mítchel.

A sra. Gallo dera muitos doces para as meninas, Elektra dera um grande abraço de despedidas em Mítchel e, com muita tristeza, as duas desapareceram do local. Peço perdão por não detalhar mais a fantástica viajem, mas ao decorrer da história, lembrarei a vós algumas partículas sem importância. Mas continuando, já em casa:

— Que pena, voltar a vida comum. Sinceramente, achei que de todos os lugares que já fomos, Verona foi o mais formidável! — suspirava Elektra, abrindo a porta de sua casa com a varinha.

— Sim, a Julietta é muito legal — Eva entrava na casa, com algumas malas na mão.

— Não digo por ela, digo pelo Mítchel!

— Mítchel? Ah! Quer dizer então que...

— Que eu gostei dele? Agora que você percebe isso? — Elektra, já na sala de visitas, tirava os sapatos, a capa e o chapéu.

— Não fiquei reparando em você, estava mais interessada em todas aquelas poções novas — Eva subia as escadas, acabara de dar de cara com o elfo doméstico — Ah, Wyvern, que bom que apareceu logo, tenho que te pedir umas coisas — Eva jogou as malas nas mãos da pequena e jovem elfa Wyvern.

— Ah, meninas, que bom que chegaram, esta casa fica morta sem as srtas. — Wyvern pegava as malas enormes e seguia Eva pelas escadas — Diga, menina, o que quer que eu faça?

— Preciso que faça as minhas malas novamente, mas com os uniformes de Hogwarts e os materiais do ano passado que servem para este ano. Mamãe comprará os novos e enviará mais tarde— Eva entrava em seu quarto.

A casa dos Rookwood era realmente exótica, a parte térrea continha a cozinha, a sala de visitas, a sala da lareira, a sala de jantar, o escritório, o quarto dos elfos, um banheiro. No subsolo havia várias salinhas pequenas, quase nunca recebia pessoas, ali era o local de trabalho do sr. Rookwood. Quanto ao andar de cima, havia nele sete quartos, alguns com banheiros, o quarto de Eva, de Elektra, de Christopher, dos pais, um quarto de hospedes, de Saris e de Peter, sendo que os dois últimos não eram usados, pois seus donos não moravam mais na casa. A cor predominante na casa era o castanho e o azul, as paredes eram cobertas por papeis com figuras de plantas azuis estranhas. O quarto de Eva era muito comum, ela fazia coleção de caldeirões em miniatura, bem como todos os tipos de frascos. Tinha um quadro de fotos, que portava um pequeno pôster de um time de quadribol, a foto de um rapaz branco com cabelos curtos e pretos que a todo tempo virava de costas e saia andando, e também, a foto de Eva e uma garota vestida de vermelho, que sempre sorria.

O último dia de férias das meninas Rookwood foi bem tranqüilo, os dois elfos da casa arrumaram tudo o que era necessário. Elektra saiu da casa e foi se despedir de alguns amigos, pois mesmo sem ir para Hogwarts, esta também ia para uma escola, e ficara encarregada de acompanhar a irmã. Eva fazia alguns deveres de última hora em seu quarto:

— Mas que porcaria. Por que devo saber o motivo pelo qual os bruxos das trevas capturavam dragões no século passado? — falava sozinha — História da Magia é uma porcaria!

— Simplesmente para perder tempo — Falou um rapaz que acabava de chegar na casa.

— Peter? É vc? — Eva levantou-se da cadeira e correu até o quarto ao lado, que pertencia a seu irmão.

— Olá, pequena Eva! — Peter Rookwood abraçava a irmã.

— O que faz aqui?

— Bem, tive uns problemas, precisava falar com papai, onde estão todos? — o garoto se sentou em sua cama. Era alto e esguio, possuía olhos pequenos e inquisitivos.

— Mamãe e papai foram direto para a Inglaterra, Elektra foi dar uma volta, Saris, creio eu, que está na casa do noivo. Mas, onde está Majeika?

—Ela está na casa de seus pais, mas isso é outra história...

Peter e Eva conversaram o resto do dia, ele ajudara a irmã a concluir os deveres. A noite se passou. Na manhã seguinte, com tudo pronto, Eva estava com suas malas escolares em mãos, na frente do portal de sua casa, ao lado da irmã.

— Tchau Pit, mande corujas, boa sorte com os seus “problemas”!

— Cuide-se, tenha um bom ano.

Eva e Elektra estavam agora na conhecida estação King´s Cross, ambas com malas nas mãos. E para a curiosidade dos trouxas, Eva estava com a sua coruja azul marinho, chamava-se Max:

— Pare de se debater, Max, os trouxas estão olhando — falava Eva, já dentro da estação, indo em direção à plataforma 9 ¾.

— Bom, Eva, aqui agente se separa, espero que vc tenha um ano melhor do que o passado,e... boa sorte com o Régulo.

— Ah, espero que sim — Eva abraçava a irmã, meio vermelha.

— E veja se larga um pouco daquela sangue-ruim, viu?

— Er... Vou tentar — Eva fazia sinal de despedidas com as mãos, enquanto Elektra se direcionava a outro paredão.

— Tchau — Elektra sumia de vista, sem que nenhum trouxa percebesse.

Eva entrara na passagem para a plataforma secreta, e assim que colocou os pés no lugar, foi abraçada por uma garota branca de cabelos castanhos, com o uniforme de Hogwarts e um broxe com um “M” preso ao peito.

— Eva, que saudades!

— Também senti sua falta — Eva abraçava sua melhor amiga, com força.

— Fiquei muito triste por não ter recebido nenhuma coruja sua — resmungou Cellin, ajudando Eva a colocar suas malas no bagageiro.

— Você sabe que meu pai não ia deixar eu despachar nenhuma coruja destinada a você — Eva dizia, entrando no expresso.

— Sim, entendo, por isso mesmo que não te mandei nenhuma carta também — as duas andavam pelo corredor do trem, procurando um vagão vazio.

Ao chegarem no meio do trem, as duas amigas ouviram uma voz rouca e alta. Eva parou de andar, lançou um olhar de empolgação para Cellin:

— Vamos sentar lá, vamos! — Eva apressava o passo.

— De jeito nenhum. Não seremos bem vindas.

— Por favor, vamos. Ele está lá — Eva puxava Cellin pela manga da capa.

— Não, veja, este vagão está limpo — Cellin entrava em um vagão, ao lado do qual Eva tanto desejava.

— Tudo bem, este está bom — Eva se sentou, de cara feia, e colocou sua coruja no canto do banco.

— Bom, me conte como foi lá na Itália — Cellin estava na frente de Eva, com seu lindo gato branco no colo.

— Nooooooossa! Foi muito bom, conheci uma bruxa gente boa. Lembra que minha mãe falou sobre Julietta Gallo?

— Como poderia esquecer? Foi no mesmo dia que ela disse que essa garota seria melhor companhia que eu!

— Eu pensava que ela seria uma chata, mas não era. Ela sabia muito sobre poções, me ensinou várias delas, até uma poção que controlava os sonhos!!! — Eva falava rápido e empolgadamente, enquanto fora de seu vagão, centenas de alunos procuravam vagões vazios.

— Como é que é???? — Cellin se levantou do banco — Controla os sonhos??? Por acaso essa poção usa alguma flor negra?

— Sim, sim. Isso é o mais fantástico, essa flor. Os Gallo têm um jardim lá — Eva contava, sem lembrar que Julietta pedira para guardar segredo e sem perceber a cara de susto de Cellin.

— Mas, Eva, essa poção é p...

A porta do vagão se abrira, era um jovem rapaz, estatura média, cabelos castanhos, olhos azuis, uniforme de Hogwarts, gravata amarela e um amigo do lado:

— Olá, como vão, Rookwood, Vicker?

— Irvine? Eu... vou... bem, obrigada. E vc, como vai? — Cellin ficava vermelha, ou melhor, roxa. Bem, vocês entenderam, ela ficou envergonhada.

— Oi — disse Eva para o garoto, fria e seca.

— Ótimo, podemos nos sentar com vocês? — Irvine mostrava seu amigo.

— Claro, sentem — Cellin lançou um olhar de piedade para Eva, que parecia ter odiado a idéia — Como vai, Kail?

— Bem, obrigado — respondeu o amigo de Irvine.

— E vc, Rookwood, como está?

— Ótima — respondeu Eva, muito seca.

Irvine era o capitão do time de quadribol da Lufa-lufa, Kail era o apanhador. Eva não gostava de nenhum deles, pois tinha um certo preconceito contra os alunos que não fossem da Sonserina.

Os garotos entraram no vagão, fecharam a porta e se sentaram. O clima estava quente, o céu, limpo.

— Onde passou as férias, Cellin? — perguntou Irvine Lifford, sentado ao lado de Cellin, sorrindo.

— Fiquei em casa mesmo, sem fazer nada de muito extraordinário. Andei visitando alguns lugares trouxas — Cellin falava e Eva, olhava para o teto com cara de tédio.

— Também fiquei por aqui, mas na casa dos meus avós, também trouxas.

— Que tipo de diversão se encontra no mundo dos trouxas? — perguntou Eva.

— Ora, muitas coisas. Nós gostamos muito de esportes, os trouxas têm milhares deles.

— Ah, que emoção — dizia Eva sem o menor ânimo — E quem é você? — perguntava para Kail.

— Ele é Kail Nesbit, não se lembra? Pediu para ir ao baile de inverno com você no quinto ano!

— Ah, oi Kail.

— Oi, Eva! — respondeu o garoto, como se tivesse acordado agora.

— Você está bem? — perguntou Cellin.

— Ah, é que eu vim para Londres de trem esta noite e, não consigo dormir em trens — disse Kail, sorrindo para Eva.

— Por que não aparatou? — perguntou Rookwood.

— Bem, minha mãe é trouxa e, ela queria vir comigo.

— Parece que eu sou a única sangue-puro neste vagão, né? — Eva falou e, imediatamente o gato de Cellin saiu do vagão.

Cellin olhou para Eva, meio triste pelo que ela disse, pois não gostava de seu preconceito para com nascidos trouxas. Eva reparou a tristeza de Cellin e parou de falar, imediatamente. A mulher do carrinho de doces chegou ao vagão:

— Vão querer alguma coisa, queridos?

Kail se precipitou:

— Podem pedir, é por minha conta!

Eva pegou uns chocolates, Cellin se levantou:

— Bom, já já eu volto, tenho que ir à reunião da monitoria.

Como acontecera nos últimos dois anos, Cellin se reunia com os outros monitores, para dividir os serviços. Assim que Cellin Vicker saiu, Eva não agüentou a tentação de ir fazer uma visita ao vagão visinho:

— Bem... Eu já volto — disse ela aos rapazes.

— Ok — responderam eles, comendo guloseimas. Kail, particularmente, não havia gostado muito da idéia, mas não se manifestou.

Eva saiu de seu vagão, foi até o vagão tão desejado, abriu a porta e viu três rapazes sentados:

— Olás — disse ela.

— Rookwood? Como vai? — perguntou um garoto loiro, que aparentemente acabara de comprar vários doces, enquanto os outros dois jogavam xadrez.

— Bem, e você Philip? — Eva sentou-se ao lado de um garoto de cabelos pretos.

— Muito bem,em que vagão está?

— Nesse ao lado — Eva parou para pensar em algo interessante para dizer. Vemos aqui a primeira participação de seu novo aprendizado — Mas... Eu não agüentava mais, ali só tinha sangues-ruins! — Apesar de nunca ter gostado muito de nascidos trouxas, Eva não via nenhuma vantagem em se manifestar contra, até agora...

Eva alcançara seu objetivo, pois ao ouvir isso o garoto de cabelos negros olhou Eva e disse:

— Ah é? E quem está lá?

— O ca-ca-capitão e o apanhador do ti-time da Lufa-lufa — Eva respondeu, gaguejando e sorrindo para o garoto.

— Aff... — o garoto ria, sarcasticamente — Fique aqui com agente então, Eva!

Eva sentiu como se não estivesse ali, e sim, mergulhada em um rio de água fervendo. Fora dominada por uma onda intensa de felicidade:

— Posso?

— Claro!!! — respondeu Philip, enquanto o garoto de cabelos pretos voltava ao seu jogo — Quer chocolates?

— Não, obrigada!

O garoto de cabelos pretos chamava-se Régulo Black, era alto e muito bonito, porém arrogante e muitas vezes até estúpido. Depois de algum tempo, Eva tentava puxar assunto:

— Vocês fizeram os deveres?

— Só alguns — respondeu Philip — Vocês fizeram?

— Sim — disse Eva.

— Eu fiz — disse Régulo.

— Minha irmã fez para mim — respondeu o terceiro garoto — Cheque mate, Black!

— Ah, você roubou, pensa que não vi? — retrucou Black, rindo alto.

— Você não viu nada, mas conhece os meus métodos — o terceiro garoto acompanhava o riso.

— Régulo perdeu de novo? — falou Philip, Régulo confirmou com a cabeça — Como você é ruim!!!

— Estou sem ânimo para jogar, mas agora que acabou, conte a história de sua irmã, Apalache. Ela foi a uma festa de trouxas, e deu uma festinha particular? — Régulo ainda ria, lançou o jogo em uma mala e fez sinal para Eva prestar atenção no terceiro garoto, colocando o braço por trás de suas costas, abraçando-a.

— Bom, ela deu um trabalhinho para os desfazedores de feitiços do ministério — o garoto ria — Depois que uma trouxa ridícula disse para ela parar de fumar no local, ela fez alguns trouxas levitarem! — todos riam, inclusive Eva, que estava ficando nervosa.

— Não é todo bruxo que tem essa coragem — disse Régulo.

— Qual coragem: a de desafiar o ministério ou a de ir a uma festa de trouxas? — falou Philip, fazendo todos rirem mais ainda.

— Mas, mudando de assunto, onde está a sua amiga sangue-ruim, Rookwood? — perguntou Ulisses Apalache.

Régulo tirou o braço, parando de abraçar Eva, que pensava em uma boa desculpa para se livrar dessa situação:

— Deve estar na reunião de monitoria...

— Ainda anda com ela? — perguntou Régulo, sério.

— Ah...É...De vez em quando... — Eva começou a tremer... — Vocês têm alguma estratégia nova para o nosso time? — tentava mudar o assunto.

— Acho que a nossa antiga estratégia ainda funciona — respondeu Ulisses, rindo e olhando Régulo, que também ria.

Para a salvação de Eva, naquele instante entrou um casal de alunos sonserinos, Estephanie Mainz e Taylor Partinkson, os monitores:

— Olá Rookwood, Como vai? — perguntou Estephanie, mas antes que Eva respondesse... — Não colocou suas vestes? Logo chegaremos!

— Oi...Ah...Eu vou colocar... Tchau! — Eva saiu dali imediatamente.

— Tchau — responderam todos.

Eva saíu daquele vagão, meio decepcionada, mas para seu azar, deu de cara com Cellin:

— Eva? Não creio! Você foi ver Régulo???

— Só fui dar um “oi” — Eva colocou a mão no coração, que batia alarmadamente.

— O que foi que aconteceu? — Cellin estava parada, na frente do vagão em que estavam antes, muito séria.

— Nada!

— Não minta para mim! Sei que houve alguma coisa...

— Eu juro! Não houve nada!

Ainda sem acreditar, Cellin balançava a cabeça negativamente:

— Quando quiser me contar, estarei a sua disposição para ouvir — entrou no vagão, onde Kail e Irvine se encontravam lendo.

— Demoraram, heim? — disse Kail, em tom de preocupação, olhando Eva.

— Ah...É que... Eu estava esperando a reunião da monitoria acabar! — disse Eva.

Depois da fuga da nossa personagem, o resto da viagem foi normal, Eva colocou as vestes, porém Cellin não deixou que ela voltasse para o vagão dos seus colegas da Sonserina. Os quatro conversavam, comiam doces e, a todo momento, amigos, pertencentes à Grifinória e Lufa-lufa, de Cellin entravam para cumprimentá-los, bem como os amigos dos rapazes. Ao chegar, foram para o castelo, onde o tradicional banquete de boas vindas seria servido.

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