Capítulo 16



Capítulo 16

Lili antes que o pai falasse o que ela teria que fazer, pediu licença a ele e saiu do solário para poder pensar em tudo que estava acontecendo com sua vida. Quanto mais ela se lembrava das palavras do pai, mas convencida ela estava de que tinha que sair da sua vida. Já que ela viva, representava que os inimigos do pai não deixariam em paz. “Mas o que eu posso fazer?” se perguntava. Então começou a revisar suas opções.

Posso ficar e acabar vendo meu pai que eu acabei de encontrar ser morto, ou posso me casar e viver preocupada com o que vai acontecer algum dia comigo ou minha família, ou ainda posso fugir e tentar entrar num convento ou posso procurar algum cidade no caminho e tentar me estabelecer como criada de alguma família?”

O que eu faço?”

O Castelo de Hogwarts era um castelo grande, com duas grandes salas de refeições, vários aposentos — ante-salas, quartos, solários — três grandes cozinhas — para poder atender todos os residentes e visitantes do castelo —, uma grande sala do trono. Porém, o que realmente chama mais a atenção no castelo são suas torres.

Quatro torres.

Cada uma delas apontava para um ponto cardeal — Norte, Sul, Leste e Oeste — e conseqüentemente representava uma família de fundadores do Reino. Respectivamente Griffindor, Slyteryn, Hufflepuff e Ravenclaw.

No alto da torre sul encostada-se à janela estava à filha do Duque de Slyteryn, Lady Gwen, pensando no pai e em todas as maldades que ele já tinha cometido por causa da sucessão ao trono de Hogwarts, quando avistou o que para ela, Gwen, ser sua prima que estava desaparecida há vinte anos. Andando na direção da Floresta Proibida que circundava o Castelo, a Floresta ia até os olhos podiam ver.

Se fosse em outra época, aquela simples caminhada não a teria preocupado de forma alguma. Mas agora era diferente, pois ela tinha acabado de ouvir aquele idiota do seu cunhado insinuar o que aconteceria a Lílian, por causa da ambição desmedida do seu pai o Duque.

Continuou ali na janela observando sua prima, enquanto tentava maquinar um jeito de conversar com seu tio, mas sem que ninguém mais soubesse, incluído o Conde Snape. Mesmo que sua mãe tivesse garantido que o Conde estava do lado certo da estória. — “Eu ainda não confio plenamente nele.” — pensou.

Ninguém realmente poderia culpá-la por isso. Ele era ou ainda é o homem de confiança de seu pai. E pelos os planos dele, seu futuro genro. “O problema...” — ela pensou sarcasticamente — “é que não tinha mais irmãs, ou seja, seu pai queria que ele se casasse comigo. Não é que não goste dele, mas na maioria do tempo, ele estava com uma carranca de dar medo. Além disso, é claro, ela não o amava.”.

Gwen acabou desviando o pensamento de novo para a prima que seguia ainda mais para dentro da floresta. Foi quando olhou para baixo e não viu ela. Então realmente começou a ficar preocupada.

Então decidiu ir atrás dela.

Quando estava saído do quarto, abrindo a pesada porta de carvalho, o guarda que ficava no corredor lhe bloqueou a passagem.

Gwen simplesmente coma arrogância que lhe era peculiar. Olhou para ela esperando uma resposta. Mas já podia imaginar o que seria.

— Perdão, Minha Senhora. Não podes sair dos seus aposentos.

Mesmo começando a sentir o sangue ferver e tentando manter a calma, perguntou:

— Quem deu essa ordem absurda?

— O Conde Malfoy.

Gwen pode sentir o guarda tremer ao falar quem tinha dado a ordem. Ia começar a argumentar, quando o próprio demônio apareceu.

— Minha cara cunhada, como vai?

— Não muito bem. Já que estou sendo mantida no meu quarto contra a minha vontade.

— Isso não é verdade. — disse com um sorrisinho irônico.

— Então quer dizer que o guarda mentiu para mim. Você não o mandou dizer que não posso sair.

— Claro... — seu sorriso se alargando mais ainda — que ela não mentiu. E mandei mesmo que ela não a deixasse sair.

A muito custo mantendo a calma.

— Por quê?

— Achei que como o castelo esta infestado de seres inferiores a sua linhagem, seria necessário que mantivesse você afastada deles. Claro para o seu próprio bem.

Gwen sabia muito bem do que ela estava falando. Todos os aliados do seu tio. A resposta estava na ponta da língua quando ela ouviu a voz que tanto detestava quanto adorava. A voz do Conde Sirius.

— Essa linhagem inferior a que o Senhor Conde falava a pouco, eu acredito que não seja sobre nos os Griffindor, Hufflepuff e Ravenclaw. Que somos parentes da própria Lady.

Malfoy teve a decência de corar por ter sido pego, falando mal da própria família. Logo se recuperou.

— Posso saber o que você Conde Black esta fazendo nessa parte do Castelo.

— Mesmo que eu não tenha que te dar explicações sobre meus atos. Vou responder. Vim a mando do Rei buscar Lady Gwen.

— Posso saber o que ele quer com ela?

— Continuando não sendo da sua conta. Eu também não sei. Apenas sei que o Marquês Weasley pediu para eu fazer esse favor a ele. E é o que vou fazer.

Ignorando então o Conde, Sirius curvou-se em frente à Gwen, oferecendo seu braço dizendo:

— Minha Senhora.

Gwen que não era boba rapidamente apoiou a mão no braço do Conde e o seguiu.

Quando já estavam fora da visão e dos ouvidos do Malfoy. Gwen se desvencilhou do Conde, dizendo:

— Muito obrigado, por ter me salvado daquela situação, agora pode para com a encenação.

— Minha cara senhora, não foi uma encenação. O rei realmente a estar chamando. — Diante do olhar assustado dela, ele entendeu que ela achou que ele estava mentindo. Rapidamente a explicou a situação. — Eu nunca falaria com o malfoy que o rei estaria te chamando se realmente não tivesse. Isso seria muito fácil de descobrir depois. Porem sei que não é o Rei o único a querer falar com a Senhora. Seu tio esta na sala com ele. Então deve ser alguma coisa muito seria. Primeiro pelo o seu tio estar lá, já que ele nunca se arriscaria e nem a senhora que o Malfoy soubesse que vocês se gostam e a Senhora é espiã dele.

Gwen estava ainda mais perplexa com o que Sirius dizia. Já que era absolutamente verdade. Ela não sabia era como ele sabia de tanta coisa.

Percebendo o que se passava pela a cabeça dela disse:

— Uma outra hora eu explico com sei dessas coisas. Agora correndo, o rei esta chamando.

Gwen então pareceu voltar a pensar. Respirando fundo.

— Meu Senhor, por favor, já que tenho que atender uma ordem do Rei poderia fazer um favor para mim.

Olhando fixo pra ela, apenas balançou a cabeça para cima e para baixo.

— Quando estava na janela do meu quarto percebi que a Lílian, minha prima, estava andando na direção da Floresta Proibida, acho que ela não sabia no que estava se metendo entrando lá. Poderia por favor, ir verificar com ela esta.

— Por que você não me falou logo.

— Eu não poderia falar, nós estávamos perto do Conde. E com certeza ele iria aproveitar essa informação. Claro que não iria ajudá-la. E depois que nós saímos de perto dele, o Senhor não calou a boca nem por um minuto para eu poder contar. — assim que terminou de falar deu as costas para ele e foi andando na direção da ante-sala da sala da família, onde também ficava um trono do rei.

Sirius ainda ficou alguns segundos parados vendo ela se afastando. Quando lembrou de Lílian e começou a correr para fora do Castelo e conseqüentemente na direção da Floresta.


Assim que entrou na Floresta, começou a berrar o nome da Lílian. Mesmo sabendo que seria difícil e não impossível dela o ouvir.

— LILIAN... LILIAN... — Sirius gritava o nome dela e parava para ouvir se alguma resposta, já estava quase desistindo quando ouviu um gemido.

— LILIAN, CONTINUA COM O BARULHO PARA EU PODER ACHA-LA.

— SIRIUS... SIRIUS... Sirius... — a voz da Lílian foi enfraquecendo. Até que ela parou de falar.

Nesse exato momento Sirius a achou.

— Lílian o que aconteceu?

— Eu estava caminhando, pensando no que tinha conversado com o meu pai mais cedo. Quando dei por mim já estava dentro da floresta e caída com o tornozelo torcido.

Sirius gentilmente a colocou sentada num troco de arvore caído no meio da floresta e começou a tirar a bota dela. Para ver o estado do pé dela.

— Bem, não é nada grave, creio eu. Você só terá que ficar de repouso uns dois dias e depois seu pé deve voltar ao normal. Mas não querendo me intrometer nos seus assuntos, mas já me intrometendo, o que foi que seu pai falou de tão sério para te deixar tão desnorteada, ao ponto de não perceber para onde estava indo.

Lili suspirou. Olhou então nos olhos de Sirius para verificar se realmente poderia confiar, somente constatou o que já sabia do fundo do coração.

Confiava nele.

Então contou toda a sua vida para ele até o momento da conversa com o seu pai. Sirius poucas vezes a interrompeu seu relato, somente quando ele não tinha entendido alguma coisa.

No final ele apenas disse que a entendia e que tudo daria certo era só ela esperar mais um pouquinho, mas, não entrou nos detalhes. Apenas pediu que confiasse nele.

Sirius então a pegou no colo e começou a sair da floresta com ela. Quando de repente uma pergunta que tinha ficado martelando na cabeça da Lílian escapuliu.

— Como você sabia onde eu estava?

— Lílian, só vou te falar uma coisa, você pode se considerar uma mulher de muita sorte. Você tem um pai que a ama, um maroto que também te ama de paixão e um anjo da guarda loiro sempre olhando por você.

Intrigada com o que ele falou, perguntou:

— Quem me ama de paixão? Quem é meu anjo loiro?

— No momento certo vais saber não se preocupe. — quando ele terminou de falar eles já estavam chegando ao Castelo e se encontraram com Lady Ana. Que apenas olhou para os dois tentando saber o que tinha acontecido com a Lílian.

— Ana, por favor, — disse o Sirius — poderia me ajudar com a Lílian ela torceu o pé e precisa ser levada aos aposentos dela.

— Tudo bem. — Concordou lançando um olhar para os dois dizendo que mais tarde quereria uma explicação.


N/A: Meninas desculpem pelo o atraso... Mas a faculdade não me deixa muito tempo...

Beijos... Bruxicca

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