Capítulo 17



Capítulo 17

Sirius chegou ao quarto da Lílian, deixando ela em cima da cama.

— Agora você vai ficar bem. — disse ele.

Lílian apenas balançou a cabeça, concordando.

Virando-se para a Ana que até então só estava assistindo o que estava passando disse:

— Milady. Peço que não tire conclusões precipitadas. Por favor, feche a porta para que eu possa contar o que houve. — pediu o Sirius.

Ana ainda mais curiosa, fez o que ele pediu. Porém logo que fechou a porta foi comentando.

— Bom, acho que agora vocês me devem uma explicação. Já que o Castelo inteiro foi testemunha da chegada de vocês. E em menos de meia hora todos sem exceção saberão o que aconteceu. — Ana fez questão de frisar bem o que estava falando, vendo inclusive que o Conde tinha muito bem entendido a mensagem.

Lílian deu um suspiro de desespero. Mas não falou nada, ficou vermelha de vergonha. Pois ela sabia que o pai saberia, e iria querer explicações. Que naturalmente ela não teria como dar. Como ela falaria com o pai que estava pensando em fugir. Pensando ainda no pai o rosto de outra pessoa tentou se insinuar na sua mente, rapidamente ela tirou a imagem da cabeça.

Sirius então tomou a dianteira. Tendo certeza do que se passava na cabeça da Lílian, e achando que ela estava mais preocupada com a reação do Duque do que de outra pessoa... Ele, porém, estava muito consciente da advertência da Ana, já que sabia que o seu amigo quando soubesse iria simplesmente esfola-lo vivo.

— Bem... Por onde começar? — perguntou-se.

Mesmo sabendo que a pergunta não era dirigida á ela, Ana, mesmo assim respondeu:

— Pelo começo. — com um toque de ironia enquanto pegava pano de linho limpo que estava em cima da mesinha e a bacia com água para limpar o tornozelo da Lílian e ver a extensão do machucado.

— Certo. Pelo começo. Como você já sabe, ou acredito que já saiba, por nada escapa as damas da Rainha. Gwen — Ana olhou para ele com uma cara de poucos amigos, que ele entendeu. — Lady Gwen é espiã do Duque de Griffindor. E o Rei me ordenou que eu a chamasse, e fui para aquele canto do castelo, para chamá-la. Ela estava batendo boca como o Malfoy. Pois ele tinha ordenado ao guarda que a mantivesse presa nos seus aposentos. Para que ela ficasse separada da ralé. — de novo Ana olhou feio para ele, só que dessa vez ele não se desculpou. E continuou. — Como o próprio Malfoy falou para Lady Gwen.

Ana então simplesmente assentiu, já que ela conhecia muito bem o gênio do Conde.

— Continue. — Lili então soltou um gemido de dor. — Desculpe.

— Continuando. Eu discuti com o Malfoy só para variar. Depois que eu disse que o Rei a estava chamando o Conde não teve como mantê-la no quarto. Então quando estávamos indo na direção de onde o Rei e por conseqüência o Duque estavam. Ela me avisou que da janela do seu quarto tinha acompanhado a Lílian indo na direção da Floresta. Que ela tinha tentado sair do quarto para então tentar impedir a Lílian.

— Sendo quando o Conde a barrou, correto? — perguntou Ana.

— Sim. Quando ela me avisou eu... — Sirius então foi interrompido de novo, mas não pela a Ana, e sim por batidas na porta.

— Lílian, Ana... — Os três se olharam tentando descobrir de que era aquela voz. Até a o Sirius foi andando na direção da porta já sabendo quem era, tinha reconhecido a voz do amigo.

— Sou eu, o Lupin. Abra essa porta.

Sirius olhou para Ana e essa somente assentiu com a cabeça.

Assim que abriu, o Lupin foi logo perguntando:

— Afinal o que esta acontecendo? Esta correndo pelo Castelo que você Sirius chegou com a Lílian no colo pedindo ajuda a Ana. E agora encontro você no quarto dela. Quer ser morto?

Sirius nem se deu ao trabalho de responder. Somente o mandou entrar e fechou a porta.

— Além de você mais alguém sabe?

Sabendo muito bem quem era aquele alguém Lupin só balançou a cabeça em afirmativo.

Ana virou-se para o Sirius.

— Continue.

— Certo. Quando ela me avisou, eu sai, atrás da Lílian, já sabendo que ela não conhecia bem a Floresta. Quando cheguei à orla da Floresta comecei a chamar pelo seu nome, ate que ela me respondeu, estava quase desmaiando de dor. Peguei-a no colo e a trouxe. A partir daí você, Ana já sabe do resto.

Vendo então que Lupin estava tentando entender o que tinha acontecia com aquelas poucas informações que tivera, Sirius puxou-o para um canto do quarto e resumiu tudo o que tinha acontecido para ele. Dando assim certa privacidade para Ana e Lílian.

Quando a Ana terminou de enfaixar o tornozelo da Lílian ela já tinha dormido. Fez apenas um sinal para os dois e saíram do quarto.

Quando a Ana estava fechando a porta apareceu o Tiago. Vermelho de raiva e bufando.

— Que diabos você estava fazendo com a Lílian no colo? Sirius.

O Santo Lupin entrou então em ação.

— Calma, Tiago.

— Não me venha com essa de calmo Tiago, Lupin. O castelo inteiro esta falando sobre isso. Eu quero uma explicação. Agora.

Tanto como Lupin era conhecido por sua paciência, e calma nas situações de crise. Ana era conhecida pelo o bom senso. E tomou a palavra, antes que o Tiago batesse no Sirius.

— Tiago, compreendo sua raiva, nesse momento. Mas agora não é hora e nenhum lugar para explicações. — Quando acabou de falar olhou sugestivamente para os lados e então percebendo a chegada de um servo.

Mesmo com raiva Tiago percebeu o que ela queria dizer.

Bufando concordou com a cabeça. Logo depois fez um sinal discreto para que entrasse no quarto de Lílian para conversarem.

Rapidamente, Sirius negou com a cabeça e fez um sinal para seguirem em frente, o que fez com que o Tiago ficasse ainda mais irritado com a situação. Não discutiu mais, virou-se e foi andando na frente. Sirius apenas soltou um suspiro aliviando, por não ter tomado um soco do amigo. E Ana e Lupin trocaram um olhar de entendimento.

Já tinham começado a andar quando apareceu a Cass, correndo. Parou na frente deles e perguntou para nenhum em particular e para todos.

— O que aconteceu?

Tiago só olhou feio para o Sirius e continuou andando. Lupin vendo que o Sirius estava a ponto de estourar pela a atitude do Tiago, já que ele nem sabia o que tinha acontecido, virou-se pegando ele pelo o braço e recomeçou a andar.

— Cass, faz um favor para mim. Fique com a Lílian até ela acordar e se ela estiver sentindo dor, dê duas gotas de láudano em meio como d’água. E depois eu volto para ti contar tudo.

Cass balançou a cabeça em afirmativo e foi em direção ao quarto da Lílian.


Depois de tudo resolvido, Tiago foi dar uma caminhada pelo o Castelo. Se sentido um idiota por ter ficado daquele jeito com o amigo. Definitivamente agora ele tinha que reconhecer seu amor pela a Lílian. Agora bastava saber como a própria Lílian e o Duque reagiriam com a noticia. "Eu a amo".

Toda aquela teia de intrigas que tinha no castelo, o preocupava também não sabia como o Duque conseguia conviver com tudo aquilo. Lembrou-se então do seu próprio pai, tinha lhe falado sobre o castelo e de como era terrível ter que conviver com todas as aquelas pessoas que só se importava como o poder e terras, e de quando ele resolveu ficar quietinho no seu condado. Mas e agora o que eu vou fazer. “Não agüento as intrigas da corte. Mas como pedir a Lílian que se case comigo e vá viver longe da corte, e de seu pai que ela acabou de encontrar”. “Não posso fazer isso com ela”. “Seria injusto”.

Mesmo sem se dar conta Tiago foi para na frente do quarto da Lílian. Suspirando passou a mão pela a porta de carvalho. “Eu preciso vê-la”. Olhando para um lado e para o outro, percebendo que não havia ninguém no corredor empurrou a porta devagarzinho e entrou.

Como o fogo da lareira já estava quase extinto, não percebeu que tinha mais alguém no quarto. Apenas fechou a porta e foi andando na direção da cama da Lílian.

Mesmo sabendo que era errando, puxou o cortinado da cama, ajoelhou-se do lado da cama. Foi quando sentiu uma mão no seu ombro.

Olhou então para cima para ver quem era.

O Duque.

Tiago então tentou levantar, porém o Duque não deixou.

— Você ama ela, não ama, Tiago?

Tiago apenas assentiu com a cabeça incapaz de falar qualquer coisa.

— Então, meu filho, peça a ela em casamento. Sem demora. Apesar de conhecer pouco ainda minha filha tenho certeza que ela te ama também. Vocês já têm o meu consentimento.

Tiago então só conseguiu balbuciar algumas palavras sem sentido.

Como sempre o Duque mostrou ser mais sábio.

— Se ela o quiser como acho que quer. Então não vou perder uma filha e sim ganhar um filho. Ficarei muito feliz de chamá-lo de filho.


N/A: Primeiramente gostaria de me desculpar pela a demora... Mas a faculdade estava me cansando. Então tive que escolher entre os dois. Lógico a opção ficou clara.

E mais uma vez agradecer a todos aqueles que estão lendo minha fic, mesmo sem comentários.

Beijos

Bruxicca

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