Capítulo 13
Capítulo 13
Quando Tiago chegou a porta do quarto da Lílian estava muito nervoso. Achando que por ventura poderia ter mal interpretado os sinal que a Lílian tinha enviado a ele. E feito com que ela o odiasse.Bateu na porta do seu quarto e ficou esperando uma resposta.
Dali alguns minutos, a Lílian saiu do quarto.
Ela estava deslumbrante.
Ela usava uma túnica de seda do oriente num tom vinho, que realçava tanto a cor da pele como a cor dos olhos dela. O cabelo cor de fogo preso em uma trança e enrolado num coque sob um meio véu também de seda , só que cor creme.
— Milady, está muito bonita. — disse o Tiago em tom meio abobado.
— Muito obrigada, milorde. Acho que já podemos ir.
— Claro, claro.
Tiago então ofereceu o braço a ela e foram andando na direção do grande hall, onde todos já os esperava para começar o banquete.
Na mesa mais alta do grande salão sentou os membros da família, à direita do Rei estavam — sempre em ordem de importância — o Duque Griffindor, o Conde Malfoy — representando o Duque de Slyteryn — , depois o Marquês Arthur Weasley, o Conde Black seguindo do Conde Snape, e Sir Tiago e o Sir Lupin. Na direita da Rainha, como homenageada de honra Lady Lílian, Lady Gwen, e Lady Molly Weasley seguida Lady Cassandra, e por último Lady Ana.
Na outras mesas distribuída pelo salão outros lorde e lady de pouca importância ou que não faziam parte da família, até chegar ao necessitado que viviam no castelo.
Sir Tiago não conseguiu ficar o tempo todo ao lado de sua amada, contudo também não a perdeu de vista. O banquete transcorreu sem grandes incidentes.
Alguns dias depois...
Lílian estava quase entrando em pânico. Era aula de latim, aula de bordado, aula etiqueta, e até aula que como administrar um castelo para quando ela se casasse. — “Se eu me casar” — pensou ela enquanto o padre do castelo ensinava as lições de religião. O que mais incomodava ela eram as aulas de equitação que seria com sir Tiago. Relembrando quando seu pai que lhe disse na noite anterior que as aulas de equitação iriam começar no dia seguinte com o Tiago.
“No primeiro momento Lili ficou espantada demais para falar, que seu pai acabou percebendo que aquilo a perturbava”.
— Lílian? — como ela não respondeu, ele insistiu — Querida, tudo bem com você? Você de repente ficou calada. Não gostaria de ter aulas de equitação?
— Não... Sim... Mas é que não tem outra pessoa para dar a aula? — perguntou.
— Querida, você tem algum problema com Tiago? Ele por um acaso te desrespeitou de alguma maneira? Por que se for isso, basta me falar que dou lhe um corretivo?
Lílian pensou naqueles corretivos que via quando estava com o outro pai nos outros feudos que tinham passado e apressou em responder: — Não, de maneira nenhuma. — vendo que o pai esperava então uma resposta que o convencesse, disse: — Só acho que ele deve estar muito ocupado, para se preocupar em dar aulas de equitação para mim.
— Hã, bom. Não precisa se preocupar então. Ele mesmo se ofereceu para dar a aula.
“Lili suspirou aliviada vendo que o pai estava mais tranqüilo agora e que não desconfiava de nada.”
Voltou ao presente quando o padre acabava de falar.
Logo, saiu conversando com o padre, na porta igreja tinha esperando por ela um dos servos do castelo, com uma mensagem, que foi entregue imediatamente.
— Com licença, padre. — pediu para poder ler a carta.
— Sem problemas, minha filha. Vou deixá-la à vontade para ler. Tenho um compromisso agora. Mas sei que esta em boas mãos. — e saiu deixando ela entretida com a carta.
Lili estava começando a ler a carta, e sentiu um vento frio na nuca, porém não deu atenção.
E de novo. E de novo.
Depois da terceira vez aquilo realmente começou a incomodá-la.
Então resolveu olhar para trás e ver o porquê do vento, foi quando deparou com a pedra no caminho dela. “O que será que ele quer agora?” “Será que ele está me seguindo?” Virando-se completamente então, perguntou:
— O que o senhor deseja?
A primeira resposta que veio a cabeça do Tiago pára responder foi: “Você”, mas ele sabia que ainda não era hora dela saber o quanto ele desejava ela, então simplesmente respondeu:
— Por um acaso, a senhora se esqueceu que tem aula de equitação, agora.
—Esqueci. Fiquei tão entretida com a carta que me mandaram depois da aula com o padre. Que acabei me esquecendo. Peço que me perdoe por fazê-lo esperar.
— Não tem problema, afinal eu também me atrasei. Então vamos à aula, ou essa carta é mais importante.
— Não. Podemos começar a aula assim que você quiser.
— Então vamos. A propósito, de quem é a carta? — perguntou cheio de curiosidade. E começou a caminhar na direção dos estábulos.
— Apesar de não lhe dever explicação de nada, não vejo problema em dizer que a carta da minha prima Gwen.
— O que ela poderia quer com você? — o tom da pergunta já tinha mudado, pois agora não era mais uma simples curiosidade que o motivava. Tiago tinha motivos para desconfiar.
— Não te interessa. — depois da resposta mal-criada Lílian mudou de assunto, uma vez que nem ela mesma tinha lido a carta ainda, já que o próprio Tiago tinha atrapalhado lê-la. — Em qual cavalo vou aprender?
Tiago ficou ressabiado, entretanto não levou o assunto à diante, já que sabia que ela agora não ira falar mais nada. — Você vai aprender a cavalgar no cavalo que ganhou do meu pai, depois que você tiver mais acostumada a montar, vai então lidar com cavalo que ganhou dos seus tios.
— Que cavalo? Eu não ganhei cavalo nenhum.
— Então você ainda não sabia. Sinto muito ter estragado a surpresa. Agora que você já sabe, poderia fingir surpresa quando eles te derem. Se eles descobrirem que eu te contei antes, podem até mandar me chicotear.
Lili assim que ouviu o que ele disse, olho-o espantada. Já que não esperava esse tipo de reação do Rei. Por ser extremamente exagerada. E ela que os conhecia há pouco tempo não tinha noção do tipo de comportamento que poderiam ter. Mas alguma coisa não estava certa. Então resolveu questionar o Tiago.
Foi quando resolveu olhar para o Tiago, por que ate então estava com a cabeça meio abaixada. E viu-o rindo. Dela. Aquilo a deixou com muita raiva.
Lili não pensou duas vezes começou a bater nele, sem saber onde acertava.
— Hei, hei calma Lili. Foi só uma brincadeira. — Quando ele disse que foi uma brincadeira, ai sim a Lili bateu nele mais ainda, até que ele a acalmou.
Lili ainda estava ofegando, quando disse:
— Muito sem graça da sua parte. Eu realmente fiquei preocupada com o que poderia acontecer com você.
Depois do que ela falou o Tiago ficou calado, só olhando para ela e pensou: “Oh! Então ela se preocupa comigo. Muito bom saber disso.” E sem que ele quisesse começou a surgir um sorriso no rosto, o que fez com que ela ameaçasse de bater nele de novo.
— Me desculpa, pela a brincadeira, mas eu não resistir.
Ainda de cara amarrada Lili disse:
— Tudo bem. E agora que sessão brincadeira passou. Vamos à aula.
— Certo. Então me diga o que você sabe sobre cavalgar.
— Sei o tanto para o cavalo não me jogar da sela. E para ficar toda dolorida como na viagem para cá.
— Certo. Então nos vamos fazer o seguinte: Nós dois vamos à frente para eu ir te ensinando e então outros nos acompanha.
— Que outros?
— Ah! E mesmo esqueci de falar. Depois que acabamos nossa aula vamos fazer um piquenique. Eu, você, Sirius, Lupin, Lady Ana, Lady Cassandra e o Charles.
— Quem é Charles?
— É o capitão da guarda.
— Mas eu achei que ele se chamava Guilherme.
— Não. Você esta fazendo confusão. Guilherme é o capitão da minha guarda, é aquele que você esbarrou no acampamento. E Charles é o irmão mais novo dele que é o capitão da guarda real.
— Então, Charles é o da Ana? — Lili ficou vermelha feito um pimentão quanto ao comentário que tinha feito, já que não era por natureza uma pessoa indiscreta.
— Lili, não precisa ficar vermelha, apesar de você ficar mais bonita ainda. Mas todo muito sabe que eles se gostam. Isso não é segredo, inclusive a teimosia dele de não querer cortejá-la e nem casar com ela.
—Está certo. Mas como é que você sabe que eu me esbarrei com o seu capitão?
— Por que eu sei de tudo que acontece com você. — não querendo mais esticar assunto, pois então iria acabar contando coisas que não era para ela sabe no momento. Apressou o passo para chegar perto do cavalariço que já estava esperando com o cavalo arrumado.
— Bom. Você conhece o cavalo, então não vai ser tão complicado assim. — Ela que também apressou o passo já estava perto dele e do cavalo, disse só para ele ouvir, como tinha as outras pessoas por perto. — Você ainda vai me dizer o que quis dizer, ouviu?
Ele só deu um sorriso maroto para ela. Depois agarrou a cintura dela e a colocou em cima do cavalo. Mal ela encostou-se à sela, o cavalo deu um pinote, depois saiu em disparada. Lili só teve a oportunidade de agarrar no santo antonio e gritar.
— Meu cavalo. — gritou o Tiago para o cavalariço quando viu o cavalo da Lili disparando. Então subiu no cavalo e saiu à atrás dela.
O que não percebeu foi que os outros três homens também saíram em disparada para ajudá-la.
Mas o Tiago como tinha saído na frente, chegou primeiro nela. Emparelhou os cavalos e puxou as rédias do cavalo dela o que fez ele parar.
Tiago visivelmente agoniado desceu do seu cavalo e parou ao lado do da Lílian para tirar ela do cavalo. Quando viu que ela estava bem, ou pelo menos com nenhum machucado visível. Deu um beijo na testa dela. Respirou fundo. E finalmente encontrou sua voz.
— Você esta bem?
— Sim. — respondeu num fio de voz.
— Machucou em algum lugar, que não da para eu ver?
— Acho que não. — assim que ela respondeu se deu conta que ainda estava abraçada a ele e ouviu barulho de vários galopes atrás deles.
Ainda dentro do abraço do Tiago, se virou para ver quem era.
Era o resto dos amigos chegando inclusive as duas ladys. Rapidamente se desvencilhou dele, mas, ainda ficou perto por que estava com medo de desmaiar e não queria falar nada para o Tiago.
Logo, tanto a Ana quanto a Cass a rodearam, perguntando se estava tudo bem. Na cesta que estava no cavalo da Ana que tinham trazido para o piquenique havia uma manta, que foi rapidamente estendida no chão perto de um grande carvalho, onde obrigaram Lili sentar para descansar.
Cass deixou Lílian aos cuidados de Ana, já que por natureza ela era mais maternal. E foi se juntar aos homens que estavam discutindo o que poderia ter acontecido.
— Não entendo. A Lílian veio nesse cavalo do meu castelo ate aqui sem problemas. Inclusive esse cavalo foi treinado por mim mesmo. Nunca tinha feito nada parecido. — disse o Tiago para os amigos.
— Realmente. Muito estranho. — concordou o Sirius.
Lupin e Charles apenas balançaram a cabeça concordando com eles.
— Vocês homens se julgam muito inteligentes, mas não sabem de nada. — eles levaram um tremendo susto, uma vez que não tinham ouvido a chegada da Cassandra.
— O que você disse? — todos falaram ao mesmo tempo e alto.
— Falei baixo, querem assustar a Lili mais ainda. Eu disse que vocês são burros.
— Cassandra, não ultrapasse os limites. — disse o Sirius em tom de advertência.
— Ta certo. Vocês não são burros. — disse em tom de sarcasmo. — Mas será que não perceberam que tem alguém tentando matar a Lili.
— Ninguém teria motivo para isso. — respondeu o sensato Lupin.
— Como não? Vocês se esqueceram que ela é filha do Duque. — replicou a Cass.
— Por isso mesmo, ela esta protegida. — disse Charles, falando pela a primeira vez.
— Muito pelo o contrário, meu caro Capitão. Agora mais do que nunca ela corre perigo, ou vocês acham que o Conde Malfoy ai deixar essa afronta com o amado Duque de Slyteryn, passar em brancas nuvens.
Como nenhuns dos quatros diziam nada, Cass continuou:
— Com a Lili viva, o Duque de Griffindor tem mais chances de chegar ao trono do que o Duque de Slyteryn. Todos sabem disso.
E o Lupin completou: — Todos também sabem que o Rei só vai dar o trono para aquele que tiver um herdeiro. Pois vem falando com o Duque de Griffindor há um bom tempo, que ele tem que se casar. E ter filhos.
— Então como o Rei ainda não decidiu quem será seu herdeiro. O lado de lá resolver atacar com tudo. Já que a vantagem que eles tinham acabou. — disse o Sirius.
— Assim, acabando com a Lílian, eles terão a vantagem de novo. Além de deixar o Duque acabado. — completou o Charles.
— Agora a Lili vai ter que ficar sob constante vigilância. — declarou o Tiago.
— Não acho que isso seja o principal. — disse Cass.
— Então o que, sabichona? — perguntou o Sirius
— Ela tem que se casar o mais rapidamente possível. — disse Cass vitoriosa, olhando para o Tiago.
N/A: Primeiramente gostaria de agradecer a paciência de todos que estão esperando esse capitulo...
Gostaria de agradecer especificamente a Tina Granger e a Belzinha que participaram mais ativamente dessa nova versão.
E finalmente a todas minhas leitoras.
Beijões Bruxicca
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