Capítulo 10



Capítulo 10

Lili estava encantada com o quarto era grande com lareira e uma cama com colchão de penas de ganso, conforme foi dito por Lady Ana Maximilliam. Lady Cassandra Cavendish acrescentou que os lençóis da cama eram do mais puro linho, porém, pararam de falar no momento em que perceberam que Lilian se sentia incomodada e com lágrimas nos olhos.

Lady Ana virou-se para Lilian e perguntou: — Minha Senhora está tudo bem? Está passando mal, posso chamar o médico do Rei.

— Oh! Não, por favor. Não estou passando mal. — e se calou, depois respirou fundo. As duas ladys trocaram um olhar preocupado. Lilian virou-se para elas e completou. — Só estou emocionada, por está aqui, com todos à minha volta.

— Ora... — disse Lady Cassandra com se isso fosse óbvio — nos temos mais é que mima-la mesmo, afinal você é a filha do Duque, uma Duquesa. Estamos aqui para servi-lá.

Enrubescendo, Lili perguntou — Posso falar francamente com vocês? Mesmo tendo só conhecido vocês há poucos minutos.

Querendo que ela ficasse mais à vontade, Lady Ana apontou a cama para ela se sentar enquanto as duas sentavam num banquinho no quarto e disse: — Pode.

— Eu não estou acostumada com todo esse conforto. — suspirando fundo, levantou-se por que estava muito nervosa para continuar sentada. Lady Cassandra chegou a abrir a boca para pedir que ela sentasse de novo, que foi prontamente impedida por Ana que murmurou: — Deixa-a. Está muito nervosa quem sabe assim ela se acalma. — Depois virou para Lilian e pediu que continuasse.

— Apesar de meu... — hesitou, porém continuou — pai ter sido muito bom, não tínhamos esses confortos. Eu e minha irmã dormíamos em catres no mesmo quarto, meus vestidos era os que não servia mais nela. Nossa vida só começou a melhorar quando nos mudamos para o condado de Potter. Até então nós víamos meio que fugindo. Hoje eu entendo que era por causa de mim. — Nesse Lilian olhou para elas para ver suas reações e se surpreendeu. Estava as duas chorando.

— Minha Senhora, por favor, desculpe estarmos chorando. Agora sim entendemos por estava tão emocionada com tudo.

Limpando as próprias lágrimas Lilian disse: — Só desculpo vocês com uma condição. — Ficaram então olhando com certa ansiedade para ela. — Se mesmo depois que eu for reconhecida pelo Rei como filha legitima do Duque vocês me chamarem pelo nome, e não mais de Minha Senhora, pelo menos quando estivermos sozinhas como agora.

As duas logo aceitaram a condição dela e disseram juntas. — Certo Lilian.

Neste momento bateu na porta, Lady Cassandra já não estava tão emocionada perguntou quem era. Porém eram os servos com a água para o banho de Lili. Cassandra mandou entrar eles entrarem e colocarem a água na banheira.


Enquanto Lilian tomava seu banho, com a ajuda das duas. Ouviram um burburinho vindo do pátio do Castelo, Ana que era a mais curiosa foi na janela olhar. Depois vendo o que estava acontecendo, falou com a Cassandra.

— Cass, Cass, adivinha quem está no pátio?

— Não faço a mínima idéia, mas se você deixar a charada e contar de uma vez eu a Lilian gostaríamos muito de saber.

— A Lilian realmente não sei se gostaria, já você. — disse a Ana, querendo colocar um pouco mais de suspense no ar,

— Fala logo quem é Ana, agora eu estou curiosa. — disse a Lilian.

— O Conde Malfoy, Lady Gwen e... — Cassandra que estava penteando os cabelos de Lili parou no meio do caminho e segurou a respiração. Cass já sabia mesmo antes da Ana completar a frase a quem ela se referia. — O Conde Severus Snape. — Quando teve a confirmação de suas suspeitas, sem querer deu um puxão nos cabelos da Lilian com o pente. — Ai, Ai. — Lilian virou-se para trás para ver o porquê do puxão. Encontrou uma Cassandra, branca feito cera. Ela só murmurou umas desculpas e saiu do quarto sem que a Lilian entender nada.

— O que aconteceu com ela, Ana? — perguntou ainda confusa, enquanto a própria Ana agora se encarregava da tarefa de pentear os cabelos da Lilian.

— Eu tenho quase certeza que ela gosta do Conde.

— Malfoy ou Snape?

— Snape. O Conde Malfoy não vale nada. Se por um acaso você disser que eu disse isso eu nego, viu. — falou em tom de brincadeira.

— Tudo bem pode ficar tranqüila. E esse tal Conde Snape gosta dela?

— Isso eu já não sei te falar, mas corre um boato aqui na corte que o pai da Lady Gwen quer que o dois se case. Mas não é só isso, da última vez que ele veio aqui aconteceu alguma coisa entre os dois — Cass e Snape — que ela não quis me contar o que é.

— E você?

— Eu o que?

— De quem gosta? Pode parar de balançar essa cabecinha para mim e não adianta negar.

— Como é que você sabe? Só chegou ao Castelo há algumas horas. A rainha falou alguma coisa com você.

— Não, foi você mesmo que se denunciou.

— Como?

— Na hora que eu perguntei, surgiu um brilho diferente nos seus olhos.

— É verdade. Não adianta esconder. Como ele não tem título e meu pai é um marquês, ele me disse que não vai casar comigo, mesmo me amando.

— Sinto, por você, querida. Quem é ele?

— Charles Weasley, filho do Marquês Arthur Weasley.

— Agora eu não estou entendendo. Se ele é filho do marquês como pode não ter título.

— Ele é o segundo filho do Marquês.

— Você já tentou conversar com ele? Ou quem sabe com o pai dele? Já que vocês se amam e como você me perguntou se a Rainha tinha me contado, podia pedir a ajuda dela.

— Não precisa se preocupar a Rainha está ajudando sim. Agora vamos deixar de falar de coisa que não se pode resolver agora e levanta dessa banheira para eu te enxugar e te ajudar a vestir a túnica.

— Ana cadê a minha túnica? Não estou vendo ela.

— E nem vai ver mais.

— Como? Vocês a jogaram fora. — vendo a Ana balançando a cabeça afirmativamente, perguntou. — O que eu vou vestir agora? Não tenho mais nada.

— Pode ficar tranqüila. Você Cass tem o mesmo tipo de corpo e quando seu pai te achou, escreveu para o Rei e Rainha contando a novidade. Então a Rainha tomou a liberdade de mandar confeccionar alguma túnica para você.

— E como ela sabia que eu seria do mesmo tipo físico da Cassandra.

— O Duque já nos conhecia e escreveu na carta que mandou. Ela mandou confeccionar só o necessário para uns dois dias, então amanhã depois que você acordar a costureira vai vir aqui e tomar suas medidas certas e vai fazer um enxoval completo. E eu e Cass tomamos a liberdade de escolher as cores e o tecido.

Lili simplesmente desabou a chorar de novo ainda enrolada numa toalha felpuda e foi abraçada por Ana.

Foi assim que uma Cassandra já recuperada as encontrou.


O mesmo burburinho que minutos atrás foi ouvido pelas damas, também foi ouvido em outra ala do Castelo. Na ala que os marotos estavam instalados — que desde sempre era designado aos membros aliados ao Rei. Remo, Sirius e Tiago estavam discutindo o que fariam para ajudar o Duque. Mesmo que ele já estivesse com a filha, — até então era seu maior objetivo —, porém os culpados teriam que ser punidos, porém, claro eles teriam muito trabalho para provar o envolvimento do Duque de Slyteryn na morte da esposa e no seqüestro da filha do Duque de Griffindor, o que seria muito difícil, já que se passaram muitos anos desde o assassinato e o seqüestro. Outro ponto que eles estavam considerando era as prováveis testemunhas.

— Apesar de o Duque acreditar no Snape — falou o Tiago — eu não tenho tanta confiança nele assim não.

Sirius só confirmou com a cabeça que pensava o mesmo que o Tiago.

Como o Remo nada dizia, Tiago virou para ele e perguntou: — E você o que acha?

— Bom, eu confio no julgamento do Duque se vocês querem saber. Por tanto acho que nós devemos discutir que posição tomar com ele. Sendo ele o maior prejudicado, acho que o Duque tem direito de opinar no que será feito. — antes que os dois falassem alguma coisa, acrescentou. — Principalmente agora que ele achou a filha e com a chegada da comitiva no pátio.

Os outros dois olharam para ele sem entender nada, mesmo por que ambos estavam afastados da janela e não vira a comitiva chegar. Olharam interrogativamente para o Lupin.

— A comitiva com o Conde Malfoy encabeçando, seguido do Conde Snape — deu uma parada no que ia falando, como se tivesse pesando as palavras e olhou para os dois para ver se eles tinham entendido a situação e completou — Lady Gwen Slyteryn.

—Meu Deus, como eles agem rápido. Eles devem ter saído do Castelo de Slyteryn quase ao mesmo tempo em que nós saímos de suas terras, Tiago, para terem chegado aqui com algumas horas na nossa frente, — Sirius fez uma pausa para tomar mais um gole de vinho, como se a presença da Lady Gwen não o incomodasse e exclamou: — que bando de abutres.

— Os considero piores. — falou o Tiago — O Duque é que vai ficar uma fera, estando nervoso como está por causa do reconhecimento da Li... — já ia falando o no de batismo dela quando se lembrou com quem estava e emendou — Lady Lilian.

Apesar de estarem conversando um assunto sério, Sirius não deixou escapar o deslize do Tiago.

— Tiago, meu amigo, você já contou para o Duque que você está apaixonado pela filha dele que acabou de ser encontrada?

Antes que o Tiago respondesse que sim ou não, o próprio Duque entrou no quarto interrompendo eles.

Lupin desencostou-se da janela que ainda estava apoiado, passando pelo o Tiago, sussurrou no seu ouvido: — Desta vez você conseguiu escapar da pergunta do Sirius, mas, tenho certeza que não escapa de novo. Cuidado!

— Estou interrompendo alguma coisa? — perguntou o Duque depois que fechou a porta da ante-sala.

— Não, nada. — disse o Tiago, mais que aproveitando a deixa do Duque. — Alguma novidade, Duque?

— Além de a minha tia ter adorado minha filha, — disse se gabando, afinal ele mais do que ninguém merecia. — A chegada da comitiva vinda de Slyteryn não te diz nada.

— Estava começando a me perguntar se seria coincidência a chegada deles. — declarou o Tiago. — Já que o Senhor declarou que confia em seu espião plenamente.

Já sabendo a quem o Tiago se referia, o Conde Snape. — Realmente acho que é coincidência a chegada deles. Eu sei que você, Tiago, ou melhor, vocês acham que não devo confiar nele, mas, saibam que não tenho só ele como espião, tenho mais dois, mas não é o momento de vocês saberem quem são. Porém não é sobre isso que vim falar com vocês, com a chegada deles não vou poder acompanhar e ficar perto da minha filha, sabe muito bem o motivo.

— Malfoy. — responderam uníssono.

— Pois é. O que queria pedir a vocês, mas, especificamente a você Tiago é que a acompanhasse ao banquete de hoje à noite e permanecesse com ela durante a audiência com o Rei.

— Durante o banquete tudo bem, mas, por que o Senhor não vai ficar com ela durante a audiência.

— Por que, caro Tiago, — respondeu Lupin antes do Duque, — O Duque não está temeroso com o banquete, pois haverá muita gente. Já na audiência será só a família, portanto, o Conde Malfoy pode aprontar alguma coisa. Estou errado, Duque?

— Como sempre está certíssimo.

Sirius também não entendendo por que era mais importante que o outro, perguntou: — Como ele pode aprontar alguma coisa na audiência, se será estritamente familiar, portanto, o Tiago também não poderá entrar, sendo assim, Duque como ele vai proteger ela de fora da sala de audiência.

— Sirius, tem hora que não sei como você chegou a Conde. — exclamou impaciente o Lupin.

— Ora, herdeiro o título. — disse em tom de brincadeira. Ainda em tom de deboche, disse: — O Tiago também não, olha a cara dele.

— Pois bem vou explicar, — disse o Duque. — A audiência será primeiro, por que o banquete é para celebrar a volta dela, à família. E o Tiago poderá sim, proteger ela dentro da sala de audiência, Sirius, não somente ele como vocês. — vendo que agora eles dois não entenderam nada, voltou a falar. — Consegui do meu tio permissão para o Tiago, e quanto a vocês, você Sirius e o Lupin, vão por que são da família.

Agora sim o Sirius estava espantado. Porém o Tiago que até então estava calado só ouvindo o Duque que respondeu: — Realmente você Sirius é um tapado. Você é descendente da tia do Duque, a Duquesa de Lufa-lufa como chamamos carinhosamente, a Duquesa Helga Hufflepuff e o Lupin é descendente da Duquesa Rowena Ravenclaw que chamamos também carinhosamente de corvinal. Nós aprendemos isso quando estava no castelo do Duque. Portanto vocês são da família.

Quando tinha acabado de dar a explicação ao Sirius foi encaminhado para a porta sem mais prestar atenção no que ele falava, mas ainda pode ouvir o Duque perguntando se tinha alguma coisa de errado com ele.


Tiago cabisbaixo foi andando pelo o corredor que dava acesso a ala em que Lilian tinha sido instalada que nem percebeu que havia uma pessoa a sua frente e deu uma trombada com ela. Imediatamente enlaçou a sua cintura para impedir que pessoa caísse, só então percebeu que era a própria razão dos seus pensamentos estarem tão longe, que estava nos seus braços.

Imediatamente Lilian se desvencilhou dos braços de Tiago e perguntou indignada: — Não olha por onde anda, Sir Tiago.

Tiago ainda com o braço formigando do contato, disse colocando um sorriso no rosto como forma de desculpa: — Perdão, Minha Senhora, mas estava muito distraído.

— Isso dá para notar... — retrucou Lilian. Já ia abri a boca para falar mais alguma coisa, porém, foi impedida.

— A Senhora não deveria está aqui no corredor, deveria está no quarto esperando o seu acompanhante, não é?

Muito sem-graça disse. — É verdade. Mas eu estava cansada de esperar e estava começando a ficar mais nervosa do que já estou por isso resolvi andar um pouco para ver se meu... — corrigiu-se — o Duque chegava.

— Então não precisa mais ficar nervosa, seu acompanhante acabou de chegar.

Lilian olhou além dele na esperança de ter entendido errado, que o acompanhante era ele e exclamou: — Você?

— Sim, Minha Senhora, seu mais humilde servo.

— Onde está o Duque?

— Como é uma longa estória e se nos ficarmos aqui vamos nos atrasar para o encontro com o Rei, no caminho eu conto.

Vendo que não tinha outro jeito, Lilian começou a andar, mas parou quando percebeu que Sir Tiago não a seguia e virou para ele, perguntando: — O Senhor não vem. Disse que estávamos atrasados.

— E estamos mesmo. Porém tenho que fazer uma coisa que estou querendo há muito tempo, desde o dia a vi no lago. — Lilian não entendeu o que ele quis dizer até que percebeu que ele estava muito perto dela passando os braços envolta da cintura dela.

E a beijou.


N/A: Gostaria muito de agradecer a todos que estão lendo minha fic... Apesar da demora em atualizá-la. Espero que vocês entendam, pois estou fazendo faculdade que estou na época de prova. E fiquei meio atrapalhada.

Os agradecimentos especiais vão para: todas que me mandaram reviews (continuem mandando gosto muito... risos) e me colocaram nos favoritos no e para a do Floreios ( A belzinha e a Dudajl)...

Bjos...

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