Capítulo 5



Capítulo 5

Saindo do transe em que estava Sir Tiago percebeu a reação do Duque e não a entendeu, principalmente, quanto ao Duque chamá-la de Guinevere, como se a conhecesse de muito tempo.

O que obviamente não era verdade, primeiro, por que ela era uma moça simples, que vivia na vila do castelo de seu pai e depois a estrada que eles tinham usado para ir de um condado ao outro era pouco usada, somente conhecida por gente da região, sendo assim quando recebiam o Duque como convidado ele usava outro caminho que também dava na vila, só que mais à frente. Além disso, a moça quando perguntada havia dito que seu nome era Lilian Evans.

À medida que tomava consciência de que tanto o Duque quanto à moça pareciam em transe olhando um para o outro, Sir Tiago viu seus amigos chegando. Eles estavam igualmente espantados com a reação do Duque, por que nunca tinha visto-o assim, sem reação, principalmente na frente de alguém, quanto mais, de uma simples camponesa.

Encarando os amigos em um mudo pedido de ajuda, Sir Tiago foi atendido prontamente por Lupin, que virou-se agora olhando para o Duque, perguntou: — O que houve, Meu Senhor? De repente o Senhor ficou pálido, já conhece a moça?

A interferência de Lupin que salvou o Duque, pois, tanto ele como a moça do transe. Virando-se para o interlocutor, disse emocionado: — Lupin, meu amigo, essa é Guinevere, minha esposa. — quando fez tal afirmação o Duque a olhou e viu mais uma vez sua esposa e ao mesmo que observava a moça, se dando conta de que não poderia ser sua esposa.

Ao mesmo que ouviu tal afirmação Lili o olhou espantada, e com um certo receio por não saber quem era, nenhum dos cavaleiros presentes tinha se identificado ainda. Então se lembrou do que seu pai havia falando sobre a sua origem e ficou mais perturbada ainda.

Voltou de suas divagações assim, que o cavaleiro que havia sido identificado pelo o senhor mais velho, como, Lupin falou.

-Meu senhor desculpe, mas, a sua esposa não esta morta. — disse um espantado Lupin.

Depois dessa afirmação do cavaleiro que se chamava Lupin Lili teve vontade de correr dali.

-Sim. — disse olhando os amigos e depois a moça mais uma vez. Percebendo que deixava a moça constrangida e aos amigos. Perguntou com um certo constrangimento. — Qual é a sua graça, senhorita?

-Lilian Evans, meu senhor.

-Peço que me perdoe por deixa-la assustada, mas, a Sta. me lembra muito uma pessoa que conheci há muito tempo. Sou o Duque Godric de Griffindor.

Fazendo uma mensura quando soube de quem se tratava.

-Deu para perceber, vossa graça, que a pessoa era sua esposa, sinto muito pelo que aconteceu com ela.

Sir Tiago vendo o clima tenso, virou para a Lilian, indagando:

-Onde mora? — vendo que ficou mais tensa com a pergunta, falou seu nome. Lilian deu então um suspiro de alivio, quase imperceptível, quando descobriu que era o filho do Conde Potter, sabia agora que não teria nada a temer ou esconder, pois já estava preparando uma desculpa qualquer.

-Moro com minha família, meu pai, e minha irmã, meu senhor, ele é o ourives do castelo.

De posse de tal informação lembrou-se de onde conhecia o sobrenome dela, pois, não havia ligado o sobrenome ao ourives.

-Sta. não gostaria que seu pai ficasse mais preocupado do que já deve está. — virando para restante do grupo, indagou: — Importa-se se passarmos na casa da Sta. e a deixarmos lá?

Ninguém fez objeção, só a própria Lilian tentou dizer que não precisava. Sir Tiago a cortou antes que começasse a falar, dizendo que devia isso, por te-la assustado e feito ela cair. Quando o escudeiro lhe trouxe o cavalo Sir Tiago subindo nele e esticou a mão para ela, vendo-se sem saída Lilian deu a mão a ele. Quando tomou ciência já estava no cavalo com os braços deles envolta de sua cintura e trotando.

Nunca, Sir Tiago, tinha tido nos braços uma mulher que cheirasse tão bem como a que estava na sua frente. Era um perfume diferente, que nem na época da corte quando estava sempre rodeado de mulheres, tinha sentido. “Nossa conheço a Lilian tem menos de meia hora, já a estou comparando com outras mulheres e meu coração esta disparado. Que ela não ouça. O que será que ela está pensando?”

Meu Deus, o que eu estou fazendo?” — pensou Lili. — “Eu, Lili num cavalo com um homem que mal conheço, mesmo sendo o filho do senhor feudal, ainda por cima com ele segurando minha cintura? O que a Petúnia diria? E Papai? Eles vão me matar, principalmente, depois do que papai nos contou.”

De seu lugar na caravana que seguia para a casa do ourives, o Conde Sirius, estava ainda perturbado com tudo que havia acontecido desde o encontro com a moça. As reações tanto do Duque quanto do seu amigo, este último parece encantado por ela. Já a reação do Duque era a que mais lhe intrigava. “Por que chamar a moça pelo o nome da falecida esposa? Será que a moça é assim tão parecida com a falecida a ponto de serem confundidas?” — de repente deu um estalo na sua cabeça. — “Será...? Será que ela é a filha do Duque? Não, não pode ser, aqui bem debaixo de nossos narizes”. — Ainda decidindo se contava suas suspeitas a alguém ou não. Chegaram na casa da moça.

O Duque desceu do cavalo e estendeu a mão para ajudar a moça a descer do cavalo. No momento que ele fazia isso, Petúnia saia de dentro da casa e se espanta com aquele grupo de cavaleiros e com a irmã que está descendo do cavalo de um desconhecido. Ajudada por outro. Entra em casa e chama o pai.

Na hora que o Sr. Evans saia de casa e vêem todas as aquelas pessoas, inclusive sua filha, fica preocupado achando que foi descoberto, mas, logo que vê o filho do senhor feudal se tranqüiliza. Para logo depois ficar preocupado de novo achando que sua filha mais nova teria feito algo que acarretasse a desaprovação do senhor.

O Duque vendo que o pai da moça acaba de ajuda-la a descer e vai ter com ele.

-Senhor, sinto ver essa preocupação em seu rosto, com relação a sua filha. Mas lhe asseguro que nada aconteceu. Ela simplesmente se assustou com os cavalos e caiu, porém, não se machucou. E nós a trouxemos para que o Sr. não ficasse preocupado.

-Meu senhor, muito obrigado, por sua bondade. Minha filha é minha preciosidade, não só ela, mas a irmã também.

O homem está certíssimo”. — pensou o Duque e não disse nada.

-Como forma de retribuição, não gostariam de entrar e tomar um cálice de vinho? Devem estar cansados da viagem, Meus Senhores. — ofereceu o Sr. Evans.

Os cincos entraram na casa do ourives. O Duque Godric, Conde Sirius, Sir Lupin, Hagrid e por último Sir Tiago, este se virou para os demais guardas que os acompanhavam e pediu para irem para o castelo e visarem ao pai dele, que eles tinham parado na casa do ourives e que não iria demorar.

Sirius parecia ser o único que suspeitava da reação do Duque em relação à moça. Quanto mais pensava sobre o assunto, mas certeza acha que tinha. “Não poderia ser somente uma coincidência o Duque te-la chamado pelo o nome da falecida esposa?”

Já dentro da casa, Petúnia e Lilian, arrumavam os cálices com vinho para serem servidos. Sendo que primeira mandou que Lilian ficasse na cozinha e não aparecesse aos visitantes, pois, já tinha se exposto demais. Lili ficou com raiva da irmã, mas, não falou nada.

-Meu pai, aqui esta o vinho. — disse Petúnia ao entra na sala.

-Pode deixar encima do banco, e volte para a cozinha e ajude sua irmã.

Petúnia saiu da sala vendo-se despachada pelo pai, em sinal de respeito, saiu de cabeça baixa.

— Podem servir-se. — disse o dono da casa.

-Sr. tem muito tempo que é ourives? — perguntou Sirius, para puxar assunto, enquanto pegava um cálice.

-Oh! Sim, meu senhor, meu pai que me ensinou o ofício e o pai dele a ele. — respondeu o Sr. Evans.

Então o assunto começou a girar em torno do ofício do Sr. Evans, Lupin e o Duque perguntaram a ele se tinha alguma peça em casa, para mostrar.

Sirius já não ouvia o que se falava na sala. Pensando em como poderia abordar o assunto sem parece intrometido ou faltar com respeito com o dono da casa.

Sir Tiago vendo o distanciamento do amigo aproximou-se dele e indagou o que lhe ia à cabeça.

-Talvez esteja delirando, Tiago, porém, acho que a filha desse Sr. pode ser a pessoa que procuramos. — disse ao amigo em voz baixa.

-Por que acha isso? — perguntou o Tiago, sabendo que se o amigo verbalizou os pensamentos era por que ter fortes suspeitas.

-Tiago, realmente a moça mexeu com você a ponto de você não ter analisado a reação do Duque na hora que ele chegou perto de vocês. — disse Sirius dando uma risadinha para a cara que o amigo fez, quando soube tinha passado desapercebido sua reação a Lilian.

-Deveras, meu amigo a reação dele me passou despercebida, porém, não a dela. — gracejou Tiago, depois ficando sério. — Agora me lembrando do ocorrido, vejo que tem razão.

-Como vamos saber a verdade? Chegar para o Sr. Evans é perguntar se sua filha é adotiva ou não? Ele vai achar muito estranho.

-Certamente. — concordou Lupin, que tinha chegado perto deles, sem que percebessem e tinha as dúvidas do Sirius.

Já acostumados com essa mania do Lupin não se assustaram. Apenas viram para ele, indagando com os olhos o que deviria fazer. Pois, era o mais sensatos deles. Tendo sempre uma resposta para tudo, ou quase tudo.

-Se o que o Sirius suspeita pode ser verdade, Tiago, você como o filho do Senhor Feudal dele, deve chegar e perguntar. Decerto longe do Duque, para que não tenha falsas esperanças. E se for preciso e se confia nele conte toda a verdade. Assim tirara todas as dúvidas.

Sir Tiago seguindo o conselho de seu amigo, interrompeu a conversa do Duque com o Sr. Evans, dizendo que precisaria conversar a sós com ele. Este por sua vez pediu para o Tiago segui-lo a uma espécie de escritório que mantinha em casa, onde poderiam conversar sossegados.

Depois de quase uma hora de conversa, Tiago saiu do escritório balançando a cabeça afirmativamente aos amigos.

Já o Sr. Evans apesar de muito emocionado ainda chamou as filhas no escritório e lhes contou a estória, tal como, Sir Tiago havia contado a ele. Petúnia não conseguia falar e Lilian estava chorando, quando depois que o Tiago contou ao Duque o que tinha sido conversado no escritório.

Ainda mais emocionado que os outros o Duque virou para a Lilian e disse: — Minha filha.

Lilian ficou olhando para um e para o outro sem saber o que fazer se abraçava o homem que sempre foi seu pai ou se abraçava o que tinha acabado de saber que era seu pai. Depois olhou para a irmã que por incrível que parasse não tinha falado nada ainda.

-Lilian abrace seu pai biológico, afinal, você não vai deixar de ser filha do seu pai adotivo, por causa de um abraço e o Duque ficou sem você durante todos esses anos, não sendo culpa dele.

Lilian assentiu para a irmã, dando um passo incerto na direção do Duque que também deu um, até que se encontraram, abraçaram e choraram muito.

Petúnia sendo uma mulher prática perguntou ao restante do grupo como fariam agora que tinham descoberto a filha do Duque.

-Certamente, Sta. sua irmã vai nos acompanhar, para que o Duque a leve ao Rei e este a reconheça como filha dele. — disse Tiago.

-Mas, meu pai quando nos contou a estória da adoção dela falou que a Madre dissera que ela corria perigo se soubesse que estava viva.

Se desvencilhando do abraço da filha, mas ainda mando junto de si quem respondeu.

-Sta. não precisa temer mais pela a vida de sua irmã, por que o homem que fez isso conosco, já esta morto. E ela como minha filha ira ficar muito bem protegida.

-Desculpe, insistir Meu senhor, mas não pode proteger ela quando pequena como ira protege-la agora. Não veja isso como um desrespeito ao Senhor, por favor.

-Nunca que eu poderia ver a sua insistência como um desrespeito para comigo. Vejo sim uma irmã que zela pela a outra. Logo que meu tio, o rei, reconheça como minha filha, ela ira mora na corte, onde estará muito bem protegida. Por cavaleiros meus de total confiança.

Petúnia parecia assim ter assentado a palavra do Duque e não mais insistiu virando-se para o pai, indagou:

-Meu pai dê um abraço em sua filha e se despeça dela, por que ela deve acompanhar esses cavaleiros. — Todos a olharam espantados com sua frieza, porém ela explicou por que do comportamento. — Sei que devem estar me achando uma megera por estar falando assim, decerto que assim e mais fácil para todos, e estou levando principalmente em consideração meu pai, que esta sofrendo muito.

Lilian conhecendo o temperamento e a praticidade da irmã, não estranhou sua atitude tanto quanto os outros. De certa forma até ficou agradecida.

Assim desvencilhando do Duque se chegou ao pai que estava sentado em uma cadeira e disse:

-Paizinho — quando ela o chamou dessa forma carinhosa como sempre o tinha chamado, ele levantou a cabeça para olha-la. — não fique desse jeito, você sempre será meu pai. — e o abraçou.

-Minha filha, nunca se esqueça das coisas que lhe ensinei, você uma ótima pessoa, seja sempre você mesma e que Deus te abençoe.

Lilian abraçou ainda mais forte e deu-lhe um beijo no rosto. Virou para a irmã que estava logo atrás a abraçou também.

Calmamente depois que se soltou da irmã olhou para o Duque e disse: — Estou pronta, podemos ir embora.


N/A: Olá... Desculpem a demora... Espero que gostem... E comentem...

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