Os Primeiros Indícios



– Se você demorar mais, eu juro que te largo aqui! – disse Rony irritado, já a porta do dormitório masculino.

– Ah! Esquece. – disse Harry desanimado, saindo do banheiro – Estou pronto, tirando o cabelo.

Harry estava especialmente arrumado naquela manhã, diferente de quando o moreno vestia tudo de qualquer jeito, passara meia hora aprontando-se no banheiro.

– Isso tudo é pra Hermione? – perguntou o ruivo, debochado.

– Cala boca, Rony – disse Harry, passando pela porta do dormitório – Não vem tomar o café?

– Já fui – disse fechando a porta atrás de si e acompanhando o amigo.

Os dois desceram direto para o salão principal, onde encontraram Hermione conversando animadamente com Gina.

– O que as duas conversam? – perguntou Rony curioso, sentando-se ao lado da irmã.

– Nada do seu interesse – respondeu a ruiva.

Do outro lado da mesa, Harry já dera um beijo na namorada e agora se sentava do lado dela.

– Nossa que arrumação! – comentou divertida, olhando o namorado de cima a baixo.

– Pra você – disse corando.

– Hum... Adorei, o único problema é que agora todas as garotas assanhadas daqui estão olhando pra você – disse com um meio sorriso – Isso me obriga a mostrar pra elas que você já tem dona!

Rony e Harry se olharam rapidamente, intrigados, enquanto Gina abafava risinhos.

– O que você quer dizer com...

Antes de terminar a frase foi surpreendido por um beijo voraz da garota. Apesar de ter sido pego de surpresa, Harry puxou-a para mais próximo de si, colando seu corpo ao dela.

As garotas que antes olhavam Harry, agora se viravam, constrangidas, para qualquer outra direção. Hermione não demorou a terminar o beijo, até porque, já estavam chamando atenção demais.

– Uau! – exclamou o moreno, ofegante – Isso me obriga a chamar a atenção das garotas assanhadas mais vezes.

– Não ouse! – disse ela, com um tom mandão, mas divertido.

A morena virou-se pra o lado e juntou os materiais rapidamente.

– Aonde vai? – perguntou Harry.

– Quero dar uma passada na biblioteca, acho que estou perto de uma pista com relação à marca.

– O que? – perguntaram Harry, Gina e Rony, curiosos.

– Ainda não tenho certeza de nada, mas estou perto – dizendo isso, Hermione deu um selinho em Harry e saiu, deixando os outros três a conversarem até o começo das aulas.

As primeiras aulas daquele dia foram dois cansativos e importunos tempo de poções. Hermione quase estragara sua reputação como monitora-chefe por atraso, o que levou Harry a pensar que a namorada estava, realmente, perto de alguma coisa em relação à marca em seu braço.

O dia seguiu com mais uma aula de DCAT e Runas antigas para Hermione, enquanto Rony e Harry tinham Feitiços e um tempo vago.

Ela não deixou de comparecer a uma aula sequer, foi inclusive, a única a conseguir executar com êxito, o feitiço Detector-de-Mentiras, que apesar de não ser muito útil, rendeu muitas risadas durante a aula.

Depois do tempo vago, Harry encontrou Hermione na sala comunal, pegando livros para a aula de Transfiguração.

A garota estava estranhamente afobada, Rony desprezou isso justificando como pressa para ir às aulas, mas alguma coisa na expressão da namorada dizia a ele que era mais que pressa.

Tentando deixar essa preocupação para depois, Harry também juntou suas coisas e foi com Hermione até a ultima aula daquele dia.

A aula não seguiu normalmente, Hermione parecia não ouvir as perguntas que McGonagall fazia aos alunos.

– Você está bem? – cochichou Harry, discretamente, preocupado com a namorada.

– Estou ótima – respondeu sem muita convicção.

– Não está, não – insistiu o moreno.

– Escuta Harry, vamos conversar sobre isso depois, na biblioteca.

– Mas porque tem que ser na biblioteca? – perguntou, mantendo a voz baixa.

– Você quer ou não saber “se” e “porque” estou bem ou mal? – o namorado apenas lhe confirmou com a cabeça – Então na biblioteca... E sem perguntas – acrescentou, ao ver que ele fazia menção de dizer mais alguma coisa.

– Certo, vamos ver se alguém aqui sabe qual o critério na transfiguração avançada de seres vivos – Hermione ouviu McGonagall dizer, antes de encontrar o olhar da menina, encará-la e por fim virar-se, voltando sua atenção ao quadro negro.

– A transfiguração avançada nos seres vivos exige muita concentração, não só na criatura a ser transfigurada quanto na que ela deverá se tornar, fazer isso em pessoas é algo quase impossível e também ilegal, já que seria quase como ser um metamorfomago – disse categórica.

Todos na sala se viraram para encará-la, inclusive McGonagall, que virara olhando, espantada, para a menina.

– Fico feliz que a Srta saiba sobre transfiguração avançada em seres vivos, mas eu não cheguei a perguntar nada – disse a professora, olhando-a assustada.

– Professora, a senhora perguntou, quer dizer, disse que queria saber se alguém da classe sabia – explicou a morena, incrédula.

Rony lançou-lhe um olhar que discutia, claramente, a sua teoria da falta de sanidade de Hermione, enquanto Harry apenas olhou-a balançando a cabeça negativamente.

– Ela não perguntou nada, Mi – murmurou preocupado.

Hermione ficou estática, não falava e nem ao menos se movia, ficou apenas encarando McGonagall com os olhos arregalados.

– Creio que talvez a senhorita devesse ir a Ala Hospitalar, tenho certeza que deve ser apenas uma dor de cabeça ou uma noite mal dormida, certo? – perguntou, franzindo as sobrancelhas.

– Hã... É, claro! – exclamou ansiosa.

– Então vá até a enfermaria, o Sr. Potter e o Sr. Weasley poderão passar-lhe o conteúdo perdido.

Hermione se levantou sob os olhares assustados de alguns e sorrisos debochados de outros, arrumou o material de qualquer jeito dentro da mochila e saiu da sala, mas não em direção a Ala Hospitalar e sim para a biblioteca.

Depois disso a aula não demorou a terminar. Harry e Rony foram os primeiros a sair.

– Olha, você vai ver se ela está realmente na enfermaria – disse Harry.

– Você acha que ela não está lá? – perguntou o ruivo, confuso.

– Não sei, mas se ela não estiver corra pra biblioteca.

– E se ela estiver lá?

– Bem, se ela não estiver na biblioteca eu vou pra enfermaria e você já fica lá – determinou o moreno, correndo na direção oposta do ruivo.

Harry não ouviu mais nem uma palavra do amigo, já corria em disparada à biblioteca.

O garoto não demorou a chegar. A biblioteca estava cheia, e ele demorou a achar a namorada atrás de uma das estantes, em um canto escuro e escondido.

A garota andava de um lado ao outro, nervosa.

– Ta tudo bem?

– Não, não está absolutamente nada bem – disse enérgica.

– Mas o que aconteceu? – perguntou preocupado.

– O que aconteceu? – perguntou com um “quê” de ironia na voz – Ora Harry, você viu o que aconteceu.

– Hermione, calma – disse aproximando-se e pegando nos braços da garota, a obrigando a encará-lo – Me diz, com calma, o que esta acontecendo.

Ela suspirou pesadamente e se desvencilhou do rapaz, encostando-se na parede e escorregando por ela até o chão, onde se sentou e apoiou a cabeça com as mãos.

– Ta... Olha Harry, sabe a confusão da aula de transfiguração?

– Sei – disse, preparando-se para ouvir uma explicação plausível do que acontecera.

É obvio que o rapaz não exigiria satisfação da namorada, mas a preocupação com ela o impedia de negar que não tinha interesse na historia, afinal, se havia alguém que podia lhe explicar o ocorrido, era Hermione.

– Bom... Não foi a primeira vez que isso aconteceu – declarou, levantando o olhar para o garoto.

– Não? Mas... Que outra vez isso aconteceu? Aliás, o que exatamente aconteceu lá? – perguntou confuso.

– Eu... Bem, não tenho certeza e custei a sequer incluir essa possibilidade entre outras coisas que poderiam ser, como uma noite mal dormida ou uma dor de cabeça, mas, veja bem, eu ouvi a professora Minerva dizer aquilo entendeu? Só eu, mas ouvi.

– Ta, mas... Qual é essa outra possibilidade que você não quis acreditar?

– Ainda não acredito – decretou séria – Mas é a explicação mais lógica.

A expressão de Hermione demonstrava o quanto ela não acreditava nas próprias palavras e Harry teve a nítida impressão de que ela falava de algo bem mais sério que “ uma noite mal dormida ”.

– Certo, então pode me explicar? – perguntou demonstrando a curiosidade e preocupação que o corroíam por dentro.

– Bem, na aula de runas antigas isso aconteceu duas vezes, digamos que quase aconteceu uma terceira, mas a questão é que nas três situações eu ouvi coisas que as pessoas iam dizer, mas não disseram.

– Você quer dizer que esta prevendo o futuro? – perguntou sonsamente.

– Claro que não! – exclamou nervosa – Harry pense bem, tanto um professor quanto o outro, estavam pensando, se preparando para dizer o que só eu ouvi.

Harry não disse nada, mas a sua expressão dúbia denunciava o quanto confuso o garoto estava, e que, de fato, não havia conseguido acompanhar o raciocínio de Hermione.

– Harry, eles pensaram, eu ouvi como se dissessem... Intenso contato visual – disse por fim, esperando que aquilo fizesse Harry se tocar.

O efeito da última frase foi perfeito e imediato, tanto que Harry olhou-a assustado, não acreditando no que ela queria insinuar.

– Você não está querendo dizer que está usando legilimência nos professores, está? – perguntou espantado.

– Bem, não estou dizendo que estou fazendo isso, mas veja bem, é a explicação mais lógica.

– De lógico isso não tem nada.

– Ah! Vocês estão aqui. – disse Rony, espreitando-se por entre as estantes para chegar aos dois – Você está melhor Mione?

– Estou, obrigada!

– Do que estão falando? – perguntou o ruivo.

Harry e Hermione narraram novamente a historia a Rony, que pareceu mais surpreso que Harry, ao considerar a possibilidade de legilimência, mas ao mesmo tempo, ele não encarou aquilo como um problema.

– Uau! Então a Hermione pode saber de tudo, pode descobrir as jogadas das outras equipes do quadribol antes mesmo do jogo, isso é incrível!

– Não tem nada de incrível, Ronald. – disse severa, saindo de perto dos dois e indo a uma outra estante.

Os dois garotos trocaram olhares desconfiados e depois a seguiram.

– O que está procurando? – perguntou Rony, curioso.

Por um momento, a garota permaneceu calada, mas após analisar os livros velhos e empoeirados na estante, a morena assumiu um ar enérgico e começou a retirar um dos livros.

– Isso! – respondeu eufórica, abrindo um grosso e pesado livro e assoprando a grande quantidade de poeira que havia na capa.

– Um dicionário latino? – perguntaram os dois garotos em uníssono.

– Fiquem quietos!

Ela ficou durante um longo tempo apenas folheando o dicionário, mas depois examinar o livro, com exímio, abriu um sorriso, ao mesmo tempo vitorioso e preocupado.

Ela rasgou um pedaço de pergaminho e usou-o para marcar uma página do final, enquanto abria em uma das primeiras e estendia o livro aberto aos garotos, indicando com o dedo, uma palavra em especial.

– O que é isso? – Harry indagou confuso.

– Olha... Avernus , é uma das palavras que compunham o feitiço dos meus sonhos – disse apontando para a palavra no dicionário – Veja aí, vem do latim, significa inferno .

– Merlin, então a mulher louca estava mexendo com o capeta? – perguntou Rony horrorizado.

– Acho que não é bem isso – disse Harry descrente, lançando um olhar significativo à namorada.

– Eu presumo que o “inferno” do feitiço pode ser de uma maneira mais... Figurativa – explicou categoricamente – Bem, pelo menos é o que parece ao se unir com a outra palavra – ela virou as páginas novamente, chegando na que marcara com o pedaço rasgado de pergaminho – Vejam só, Resurgo , também de origem latina, significa, ressurgir, retornar ou até mesmo... Renascer!

– Você acha que ela fez algum tipo de pacto com o diabinho, lá embaixo pra viver pra sempre? – perguntou Rony, desesperando-se só de considerar essa possibilidade.

– Claro que não, Ronald – disse irritada. Toda aquela ignorância do amigo sempre a deixava nervosa. – Já disse que é de maneira metafórica, olhe bem, Avernus Resurgo deve ser algum feitiço com efeito semelhante ao significado, que no caso seria ressurgir ou renascer do inferno.

– Talvez seja uma simples maneira de representar um feitiço de ressurreição, e o termo “ressurgir do inferno” seja uma maneira, como a Mione disse, figurativa de dizer isso – concluiu Harry.

– Exato, mas ainda resta saber quem era essa tal mulher, porque e como fez isso. Até porque um feitiço desses não deve ser fácil de usar.

– Mas como vamos descobrir quem ela é se não sabemos nem por onde começar? – perguntou Rony.

Harry consentiu ao amigo e os dois voltaram a encarar Hermione, ela, no entanto, desviou o olhar e começou a encarar um livro qualquer na estante, inquieta.

– Sabe – disse dando um longo suspiro – Eu acho que já sei por onde podemos começar.

– Sabe? – perguntaram os dois amigos.

– É, veja bem, no sonho que eu tive eu via um símbolo formado pelo fogo que a queimou, e achei o mesmo símbolo inscrito naquelas ruínas – os dois apenas assentiram, dando-a permissão para prosseguir – Eu acho, não tenho certeza, mas acho que talvez a marca no meu braço, a mulher, e a marca do sonho tenham algum tipo de ligação. Pensem bem, provavelmente tudo isso está conectado, se descobrirmos o que era aquele símbolo, ou até mesmo o do meu braço, poderemos descobrir quem era a tal mulher.

– E pra que descobrir quem ela era? – perguntou Rony – Esquece isso e está tudo certo.

– Não está nada certo, Ronald! – ela suspirou – Francamente, será que você não entende que tem algo de mais... Sei lá... Importante... Nessa historia toda?

O ruivo apenas bufou emburrando, enquanto Harry tomava a palavra.

– Olha... Levando-se em consideração que você anda legimentando as pessoas sem querer e que tudo isso pode estar ligado, eu acho melhor pesquisarmos mesmo – disse o moreno, em um tom sério, mas arrancando risadas de Rony.

Hermione lançou um olhar fuzilante ao amigo, enquanto Harry o olhava com a sobrancelha levantada.

– Ok, eu paro – disse contrariado.

– Voltando ao assunto – manifestou-se a morena. – Ótimo que vocês vão ajudar na pesquisa, a gente pode começar amanhã mesmo, mas agora, vamos dar essa conversa por encerrada e voltar à sala comunal, porque se eu cometer mais uma dessas gafes vão achar que estou ficando louca.

– Você já é louca – comentou Rony.

– E você é um mongo, agora fica quieto e vamos logo.

Os três saíram do pequeno esconderijo atrás da estante e se dirigiram à sala comunal da grifinória. Lá Hermione aproveitou pra adiantar as lições, enquanto Rony e Harry jogavam uma partida de Xadrez Bruxo.

– Bom, eu vou dormir – declarou a morena.

– Já? – perguntou Harry, deixando de lado o jogo com Rony e indo abraçar a namorada.

– Já, preciso colocar as minhas idéias...

– Hermione? – chamou Parvati, gritando escandalosamente enquanto entrava pelo buraco do retrato.

– Oi Parvati – cumprimentou sonolenta.

– Olha, mandaram te entregar esse bilhete – disse entregando um pequeno pedaço rasgado de pergaminho à morena.

– Quem mandou? – Perguntou Hermione, curiosa.

– Ih! O Neville disse que o Simas disse que o Dino disse que alguém mandou te entregar, acho que é isso! – disse voltando a correr até o dormitório gritando por Lilá.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam, unindo-se em frente à lareira do lugar para ver o bilhete.


Srta. Granger

Gostaria que comparecesse ao meu escritório amanhã, por volta das 20h, se não tiver nada para fazer.


– É do Dumbledore – disse Harry, reconhecendo a letra.

– Você vai? –perguntou Rony

– Mas é claro que vou!

– Já vai dormir mesmo? – perguntou Harry, com um olhar pidão.

– Já, mas se você quiser, podemos nos encontrar amanhã antes das aulas – sussurrou de maneira provocante no ouvido do namorado.

O garoto apenas piscou, antes de dar um beijo nela e deixá-la subir ao quarto.

– É, vocês estão no maior dos amores, hein? – comentou Rony.

– Estamos – disse o moreno sorrindo feliz – E você com a Luna?

– Er... Nós, bem... Acho que estamos namorando.

– Como assim, acha?

– Bem, a gente passou o dia inteiro se beijando, mas eu não pedi ela em namoro.

– Deveria dispensá-la então, pra não deixar ela achando que vocês estão namorando e depois você pular fora.

– Mas essa é a questão, eu quero namorá-la – disse o ruivo, atingindo um vermelho mais forte que o de seus cabelos.

– Então deveria pedir logo! – disse o moreno, subindo para o quarto sem conseguir tirar Hermione da cabeça.

O garoto chegou à cama ainda s perguntando como a amiga conseguira conquistá-lo daquela maneira, conseguira torná-lo louco por ela.

Foi em meio a esses pensamentos que o garoto adormeceu.



– O que você acha que ele quer conversar? – perguntava Harry, andando apressado pelos corredores de Hogwarts, ao lado de Rony;

– Não tenho idéia, mas você não devia se preocupar com isso, depois que a Mione voltar de lá, ela te conta – respondeu o ruivo.

Os dois corriam em direção à aula de Historia da Magia, naquele dia os dois haviam perdido a hora e se não fosse um pequeno bilhete que Hermione mandara Edwiges entregar, os dois teriam perdido a aula.

Eles correram até a sala de aula e, discretamente, entraram e sentaram-se ao lado de Hermione.

A garota passou os quinze seguintes minutos da aula cochichando sermão para os dois, demonstrando um estresse excessivo. Harry presumiu que fosse ansiedade pela conversa com Dumbledore, mas preferiu prestar a atenção na aula, como ela mandara e se preocupar com isso depois.

As aulas foram incrivelmente rápidas para os dois garotos, já para Hermione, cada segundo parecia uma eternidade. A garota, ineditamente, reclamara de cada aula, até ser dispensada de Poções por não ter as vagens que os alunos haviam colhido com a Profª. Sprout e, nem mesmo seu seqüestro, fora uma boa justificativa para Snape.

Harry ganhou muitos pontos para a Grifinória no lugar da namorada, seguindo a fio suas instruções, ele impressionou Snape ao produzir uma poção do sangue, perfeita.

Segundo Hermione, a poção do sangue era muito útil para provar familiaridade com alguém, bem como era útil para curar machucados e ferimentos de pessoas com quem tivesse laços sanguíneos ou espirituais.

Snape, é claro, desmentiu a morena, dizendo que como laços espirituais eram raros, a poção dificilmente seria usada.

Já Rony não se saiu tão bem como o amigo, desprezando as instruções da morena de tentar pegar mais vagens no fim de semana na estufa, com autorização da Profª. Sprout, a poção do ruivo sofreu falta de ingrediente e acabou por explodir, sujando ele, Neville e Dimas do líquido roxo e viscoso, que a mesma havia se tornado.

Ao final das aulas Rony, Neville e Dimas haviam ido se lavar, enquanto Harry acompanhou Hermione por uma última ronda até o relógio bater às oito horas.

– Vamos! – exclamou a garota, expondo a ansiedade por aquela conversa.

– Posso ir com você?

– Claro! – disse sorrindo – Não tenho nada pra esconder de você.

Antes que o moreno pudesse se manifestar, a garota já corria pelos corredores até a sala de Dumbledore.

Levando-se em consideração os últimos anos, o garoto podia afirmar, com certeza, que já sabia o caminho até a sala do diretor décor, e isso facilitou para que, rapidamente, chegassem à mesma.

– Harry, você também veio? – perguntou Dumbledore, o vendo entrar logo depois de Hermione.

– Sim professor, eu quero que o Harry saiba de tudo que o senhor tem pra me dizer – determinou a morena.

– Na verdade, não tenho muito a dizer, talvez tenha muito somente para discutir – declarou, assumindo um tom mais sério.

A menina apenas consentiu.

– Eu imagino que a senhorita lembre-se do dia em que me contou o suposto “equivoco” no Gringotes – disse calmo.

Harry podia ver, nitidamente, que a namorada estava muito nervosa, a garota mordia o lábio inferior, apenas consentindo ao que o diretor dizia.

– Sim – disse rápido, transparecendo sua excitação.

– Pois então, eu, obviamente, procurei saber sobre esse ocorrido, e apesar da demora e da dificuldade que tive para executar tal operação sem o ouso de corujas e sem deixar Hogwarts, eu consegui conversar com o Gringotes e esclareci, mais ou menos, essa situação – explicou.

– E eles souberam explicar o porquê do equivoco?

– Aparentemente não foi um equivoco, como eu disse, o Gringotes nunca cometeria tal erro.

– Mas senhor...

– A verdade senhorita Granger, é que aquele cofre, realmente foi deixado para você!

– Foi?

O professor abriu um pequeno sorriso diante do espanto da garota, olhou para Harry, que também parecia achar graça da expressão de Hermione e balançou a cabeça calmamente, assentindo.

– Mas, então, o senhor sabe quem deixou tudo aquilo pra mim?

Dumbledore não conseguiu impedir seu sorriso de estender-se, o que, de certa forma, confirmou a suspeita da morena.






N/A > Gente, obrigado pelos comentários, espero ver ainda mais (o.O)


N/A > Brigado pra Nay, que linda e maravilhosa vem betando o cap. e não me matando pelos erros de português.


N/A > Desculpa a demora ae, mas agora com as aulas tem ficado meio difícil escrever!


N/A > Espero q gostem e comentem!

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