Capítulo XI



Capítulo XI




Não era possível que aquele fosse Draco; pelo menos não o seu Draco carinhoso e inocente, sarcástico e avaliador que vivera com ela no último mês. Os olhos daquele novo Draco lhe despertavam mais medo do que os olhos do Draco de Hogwarts: esse tinha os olhos obcessivos e satisfeitos com algo que ela certamente ficaria informada em... instantes.

- Você quer saber do começo, não é? - ele perguntou novamente, um sorriso desdenhoso nos lábios frios e duros.

- Cada-detalhe. - ela desdenhou, não se deixando intimidar.

Se fosse preciso, ela daria um soco novamente, como dera no seu terceiro ano em Hogwarts; ela colocara toda a força em seu punho e voara-o na direção do rosto frio e pálido de Malfoy com toda a raiva e agressividade que acumulara durante os três anos, e os outros quatro foram razoavelmente fáceis de serem suportados.

- Tudo bem, Granger... - ele respirou fundo para ter ar o suficiente no decorrer de suas palavras - tudo começou no meu quarto ano, quando Meu Lorde realmente retornou. Ele era tão preciso e decidido que chegava a me dar arrepios, e eu sempre o adimirei, mesmo quando ele esbofeteava o rosto do meu pai até sangrar, por causa de algum erro ou informação vazada ou perdida. Ele me chamou para juntar-me a ele, e, é claro, eu aceitei. Como você sabe perfeitamente, no sexto ano eu liberei passagem para seus aurores pela Sala Precisa, Granger, e isso deu-lhe mais confiança em mim, mesmo que eu não tenha conseguido matar o velho caduco e ter ficado sobre forte repulsa; ele entendeu, afinal, como ele mesmo me segredou, o próprio sentiu medo ao matar a primeira vítima...

"Então, ele confiava em mim e eu me orgulhei imensamente disto, e tratava de esfregar na cara de quem quisesse e soubesse que EU era o melhor Comensal que MEU Lorde poderia ter, o mais confiável, o mais..."

- Porque está me dizendo isto? - ela o interrompeu, quando não aguentava mais a voz irritante e orgulhosa e convencida de Malfoy.

- Tudo se encaixa, Granger, verá... - ele juntou as mãos para simular a junção dos fatos, e ela lhe considerou um estúpido, girando os olhos nas órbitas; não obstante, ele continuou:

"Como eu dizia, o Lorde confiava e apostava em mim todas as fichas. Mas no sétimo ano, eu dei uma mancada inesquecível e insuportável para mim ser lembrada, uma infidelidade tremenda com o Meu Lorde. Eu deixei vazar uma informação secreta. Tão secreta que ele queria cortar-me o pescoço por ter deixado-a vazar!"

Ele parou de falar de repente, e acariciou o pescoço temerosamente. Hermione, por outro lado, tentava adivinhar o que e onde ele queria chegar com toda aquela história que ela sabia ou suspeitava.

- Continue, não tenho todo o tempo do mundo. - ela informou, nervosa.

- Ok.

"Mas ele confiava em mim, e conseguiu ver por trás de tudo que eu ainda continuava o mesmo servidor e fiel. Me deu duas opções, que, de início, foram fáceis para mim: ou eu matava alguém que eu realmente detestasse, ou eu brincasse com os seus sentimentos lentamente, torturando a pessoa com o tempo... e adivinha qual eu escolhi."

Hermione fingiu estar pensativa agressivamente e depois vociferou:

- Torturar a pessoa com o tempo. - ela fingiu arriscar, dando um sorriso falso.

- Como sabe? - ele perguntou, também com um curto sorriso no canto dos lábios.

- É bem típico para alguém como você. - respondeu, mudando rapidamente o tom de sua voz para frio e o sorriso desaparecendo - e onde diabos EU entro nessa história toda?

- Calma, Granger, calma...

Hermione teve a impressão de que tudo era novamente uma baita duma mentira, uma terrível e ofuscante mentira mesclada em ousadia e pensamentos sórtidos e fúteis. Mas ele parecia falar tudo com tanta facilidade e alívio, que lhe deu certa confiança; confiança que antes não existia em qualquer relacionamento que os dois tiveram.

- Eu pensei, e pensei... qual era a pessoa que eu mais odiava que eu poderia me meter na história dela sem sair ao menos machucado. Então eu concluí... só você eu odiava tanto que poderia me envolver sem sair depois sem mais nem menos, ao menos machucado de alguma forma.

- Isso é surpresa para mim - ela falou, cínica, tentando disfarçar as lágrimas que se aprontaram em encher seus olhos rapidamente - eu achava que você não tivesse ao mínimo coração para participar da vida de uma pessoa e sair machucado. É bem típico seu. - repetiu a frase prontamente.

Não que ela gostasse dele, para seus olhos se encherem de lágrimas. Mas ele participara da vida dela! E ela nutria por ele um sentimento que podia ser confundido com amor! Fora um ótimo ator, tinha que admitir.

- Não me interrompa novamente, Granger; - ele tentou dar um de seus sorrisos cínicos e cúmplices, porém acabou por sair agressivo e feroz - como eu dizia, somente você eu odiava tanto assim; então, optei pelo caminho mais inocente e idiota que meu Lorde me deu: fazer um pequeno filme, onde todas as pessoas que eu odiavam participavam dele, e depois mostrá-lo ao Lorde, como prova de que realmente brinquei com você.

Hermione rebelou e indignou-se. Ela esperara tanto tempo, fora tanto tempo perdido, tantas mentiras contadas, por causa de um maldito e tosco... filme? Ela tinha que admitir que era uma ótima idéia a de Voldemort de brincar com ela, encenar sem a pessoa saber, e esta acredita tontamente.

- Você não me abalou, Malfoy. - ela vociferou agressivamente - eu tive a ajuda de muitas pessoas, sabia? Harry... Harry me ajudou.

Ele deu uma gargalhada rouca e satisfeita, exagerado e um pouco agressivo, e se inclinando-se ligeiramente para trás. Ela nunca o tinha visto tão... mal e nojento ao mesmo tempo, nem nos tempos de Hogwarts! Acabou por sentir nojo de si mesma por dormir com alguém tão grotesco e monstro como ele.

Parou com seus pensamentos quando uma brisa forte de ar frio passou por si, e ele se aproximava cada vez mais. Ao chegar em um ponto em que seus narizes quase se encostavam, ele sorriu, áspero:

- E você acha... - sua voz era quase num sussurro, que deixou Hermione mais agoniada e com vontade de socá-lo com mais força - que eu fiz todo o trabalho sozinho?

O coração de Hermione despencou e foi parar em alguma parte dos pés, que vacilaram ao ouvir e vê-lo afastar-se de braços abertos, como se esperasse que a chuva, que agora começasse a cair vagarosa e demoradamente, não o molhasse.

- Que entre os atores. - ele chamou.

Pouco a pouco, na escuridão, Hermione pôde distingüir cada rosto que ela tanto amava e que agora estava ali, controlados por uma pessoa que ela tanto odiava.



N/A: desculpem... não resisti a parar. Não resisto nunca, para falar a verdade! Eh mtoo bom deixar todos curiosos!! kkk... qndo der eu posto, ok? Bjuuuxxx... Nah;

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