Desculpa!



Capítulo 10 – Desculpa!

Eram dez e meia, e Harry e Hermione ainda se encontravam na sala precisa.

-Antes de darmos essa aula por acabada, Mione. Você pode me esclarecer uma coisa?

Ela o olhou com curiosidade. – Claro.

-Você disse que não amou Rony... – a jovem ergueu a sobrancelha, novamente aquela história? – mas no nosso sexto ano, dois anos atrás, você, bom, você fez um show quando descobriu sobre ele e Lilá. Por que?

-Se quer saber realmente, nem eu faço idéia... Naquele momento não me reconheci, estava tremendamente magoada, e não tenho certeza se foi exatamente tudo por culpa de Rony e Lilá. Quando eu vi, já estava o ferindo, lhe atacando, sinceramente, aquilo, mais que tudo, extravasou minha raiva, minha frustração – ela pausou. - Talvez eu tenha me aproximado de estar apaixonada por Rony... Definitivamente, me livrei de uma quando prometi que não o faria de modo algum – ela fez uma careta. – acho que naquele momento estive com ciúmes dele. Você pode guardar segredo sobre isto?

-Na boa – disse erguendo a mão. De algum modo a atenção do moreno se voltou para trás de Hermione.

-O que foi? – ela olhou para trás.

-O espelho do inimigo – Harry falou franzindo o cenho. – Os olhos, estão se aproximando.

Hermione arregalou os olhos. – Mas isso é impossível! Voldemort! Ele se foi.

-Bom, Mione, eu não sei o que está havendo, mas o espelho nunca mente.

-Será... Que alguém veio nos espiar?

Harry piscou os olhos. – Como? Ninguém sabia desse nosso encontro! – falou se aproximando. – Quero um aviso quando a porta for burlada – ele disse, falando com a sala.
*

Parvati e Simas se encontravam no lugar que poderia ser a sala precisa... Eles se concentraram em seus desejos e então uma porta apareceu. Do nada. Então, pelo menos estavam em frente à sala precisa...
O rapaz tocou na maçaneta da porta. Parvati segurou sua mão.

-Tem certeza que pensou certo? – indagou com apreensão.

-Claro! É engano meu, ou está pensando em desistir?

-Não seja imbecil, não arrisquei meu pescoço vindo até aqui à toa – reclamou exasperada. – Espero que eles não consigam nos ver! – ela chiou quando o rapaz virou a maçaneta.

-Deixa de ser medrosa.

-Eu não sou medrosa! – retrucou cruzando os braços. – Estou apenas tentando me manter viva, se é que me entende – Simas olhou para trás com impaciência, e, num gesto, a fez calar. Lentamente ele virou, de novo, a maçaneta. – Por que se o Harry ou a Hermione descobrir que foi a gente... – Simas desistiu.

-Dá pra ficar calada?! – sussurrou indignado. Então o rapaz pensou em Harry e em Hermione, em ainda não tinha certeza de qual castigo deveria temer mais... Ele suspirou e passou a andar de um lado para o outro. “Eles não podem nos descobrir, não podem saber que somos nós, de modo algum... Se houvesse um modo. Eles não podem nos descobrir...”

-O que você fez – Parvati perguntou de repente e ele a olhou sem entender.

Na maçaneta, havia aparecido um lugar onde se põe a chave, uma fechadura. Apenas maior que o normal. Parvati já estava espiando.

-Ei! – Simas lhe puxou. – Eu tenho o direito de ver primeiro.

-Nem vem – ela reclamou o empurrando. O rapaz abriu a boca. – E fique quieto, quer que todos nos ouçam?!

Virando os olhos, ele pôs-se a pensar novamente. E para seu prazer outra maçaneta, igual a primeira apareceu, só que muito mais acima, na altura dele.
*

Um barulho irritante começou a soar. Hermione estava ficando muito atordoada com aquilo. – Pára! – de imediato o barulho cessou.

Para o espanto dela, Harry estava, simplesmente, junto demais dela. A jovem sentiu o rosto queimar, enquanto não sabia bem o que fazer ou, pelo menos, onde pôr as mãos.
Harry era seu amigo mais próximo, mas, definitivamente, aquilo estava sendo excessivamente próximo, até para os dois. Sua boca estava se aproximando da dela... E Hermione nunca se sentiu tão acuada quando nesse momento. Sua boca repentinamente estava seca e respiração de Harry a estava deixando perdida...

“O qu-...?” foi onde a garota conseguiu chegar, até Harry interrompê-la segurando seu rosto – Me desculpa? – falou muito baixo, tão baixo que Hermione precisou olhar seus lábios para distinguir as palavras. Ela não sabia por que ele pedia desculpas... Apenas tinha a vaga impressão que os lábios dele estavam muito perto, agora. Percebeu também, que Harry esperava uma resposta sua, mas ela não tinha uma resposta para dar, não sabia nem por qual motivo ele estava se desculpando, afim.

“Que inferno!” Hermione pensou amuada, ainda fitando os lábios de Harry. Ela olhou nos olhos dele profundamente e não conseguiu ver nada. “nada” estava chocada. Suspirando, ela deu de ombros. – Tudo bem, Harry – “Estou meio lerda hoje ou é impressão?” indagou mentalmente enquanto tentava entender como chegou ali.

Hermione não estava preparada para o que veio depois.
“Os lábios dele tocaram os meus!” a morena pensou em empurrá-lo, mas estava imóvel, os olhos abertos, totalmente sem ação. Harry abriu os dele, e ela pôde ver o que ele queria, mas não compreendia o por quê. Fizera, no entanto, o que estava em seus olhos, fechara os seus e o “seguira”. Suas mãos, incertas, indo ao encontro dos ombros largos dele.
E então, eles estariam no beijo mais inocente e incerto que já experimentaram se tudo parasse por aí, o que não foi o caso... Hermione sentiu que os lábios dele abriam os dela. E um tanto tensa e espantada permitiu que o rapaz abrisse caminho em seus lábios. Ela ofegou quando suas línguas se encontraram, ou talvez tenha sido ele...
As mãos dele deixaram o rosto dela e encontraram, depois de um pequeno percurso, sua cintura. Ele parecia querer lhe aproximar mais. Talvez, para seu desapontamento, não fosse mais possível. Seus corpos, afinal, estavam colados. Os braços da Hermione enlaçaram o pescoço de Harry, e ela já não tinha certeza se tenha certeza do que estava fazendo...
O ar já começava a ficar escasso quando Harry se afastou.

-Eu... Eu acho que, hmm, que agora podemos ir... – Harry disse ofegante, se atrevendo a encará-la.

-É – conseguiu dizer antes de desviar o olhar para a porta. Franzindo a testa, ela ainda pôde ver dois buracos na porta, e antes de piscar os olhos, jurou ter visto também dois olhos, um em cada buraco. Ela se virou para Harry com a boca aberta, este apenas assentiu. Agora tudo se encaixava! Estavam lhes espiando. Ela fechou a boca e abriu novamente, completamente ultrajada. – Se eu pegar algum deles... estarão ferrados – ela disse rouca e totalmente raivosa.
*

-Chegamos meio tarde não é? – Simas falou. – Disse para se apressar, mas você tinha que arrumar o cabelo, passar maquiagem... E então eu pergunto, para que?! Se formos pegos, com certeza Filch não vai elogiá-la.

-Por que você não fica calado? – indagou esticando o braço, batendo nele. Parvati prendeu a respiração. – Eu não sabia que as pessoas poderiam ficar tão próximas assim – resmungou estremecendo.

O rapaz a encarou maliciosamente. – Não sabia? Ta bom.

-É um modo de expressão! – ela sibilou voltando o olhar, por um segundo, para ele.

-Você ouviu o que ele disse?

-Não! Mas se você não parar de falar, aí é que vai ser impossível de entender.

-Eu sabia que deveria ter chamado outra pessoa – Simas murmurou aborrecido. – Espero que eles não fiquem só nisso – falou novamente quando viu Harry, finalmente, quebrar a distância entre o rosto dele e de Hermione.

-Você é tão insensível! – reprovou olhando-o feio.

-O que é? – chiou se afastando da porta. - Tenho certeza que você também está desapontada... Que não veio aqui, correndo o risco de ser pega, para presenciar um beijinho sem-grra presenciar um beijinho sem-gris! – aumentou um pouco a voz apontando para a porta.

-Simas! – ela arregalou os olhos. – fale baixo! - o jovem deu de ombros voltando sua atenção à porta.

–Hey! Mina. Olha pra isso aqui! É quase uma sessão de esmagamento – Simas aparentemente havia esquecido de sua raiva e frustração. Sua voz num tom divertido entre maroto e... sórdido.

A garota hesitou, não querendo dar o braço a torcer. Segundos depois, resignou-se.
Ela, por incrível que pareça, sentiu o rosto arder enquanto via o casal em um beijo nada sem-sal. Parvati mordeu lábio inferior e definitivamente teve certeza que Hermione não estava mais afim de Rony, o namorado de sua melhor amiga. Ela não poderia estar.
Ninguém, ou melhor... Hermione não beijaria uma pessoa daquele modo para disfarçar. Além do mais, eles nem sabiam que ela e Simas estavam ali.

Imersa em pensamentos, Parvati não percebeu que Harry havia quebrado o beijo e que falava alguma coisa, o que o próprio Simas disse alguma coisa. Ela só se deu conta, quando Hermione virou e piscou os olhos, então Simas a estava puxando.

-É hora de irmos – disse apressadamente. – Acho que Hermione nos viu. Vem!
***

-Você trouxe o mapa do maroto? – Hermione disse repentinamente. Eles estavam andando para a torre da grifinória.

Harry sorriu e, do bolso, retirou o mapa. A jovem retirou da mão do amigo o pedaço de pergaminho e das vestes tirou a varinha. – Juro solenemente não fazer nada de bom – disse tocando com a varinha o mapa.

-Os marotos ficariam orgulhosos de ver quem conseguiram corromper desta vez.

-Não trate isto como uma corrupção total – Hermione olhou por um instante e sorriu levemente, antes de sua atenção estar presa no pergaminho.

Eles viram linhas verdes começarem a formar os contornos do castelo e logo toda a extensão do castelo estava a mostra. Eles viram Filch e sua gata no segundo andar.
Hermione parecia um predador atrás de sua presa, os olhos dela passando rapidamente por quase todos pontos do mapa.

-Aqui! – foi Harry quem falou.

Entreolharam-se irritados. – Mal feito – Hermione replicou, seus olhos estreitos.

Eles marcharam ao encontro do salão comunal da grifinória.
Se antes tudo aquilo, antes, fosse uma suposição estranha... Afinal, olhos por trás da porta? Era demais.
Agora tudo estava em seu lugar, realmente estavam lhes observando, e, de algum modo, haviam descoberto o encontro entre Harry e Hermione.
***

O sábado estava radiante, mais brilhante do que se poderia imaginar. Para Hermione Granger, entretanto, nada parecia tão brilhoso que não pudesse perder sua luz...
Ela havia acordado com o pé esquerdo, e não era a única. Harry Potter descia as escadas com cara de poucos amigos, o que quer de tivesse havido não deveria ter sido algo bom.

Harry se jogou no sofá ao lado da amiga, ela lhe ofereceu um pequeno sorriso, voltando a ler seu livro. – Desculpe, novamente, por ontem. Não fazia parte do acordo, estou ciente – falou monotonamente.

-Eu já havia lhe perdoado lembra? – retrucou dando de ombros. - Mas eu não sabia que se pedia desculpas antes de cometer os atos que se sabe que são errados – ela murmurou maliciosamente, olhando-o de lado. – Bem estranho isso – Harry sorriu sem um pingo de culpa.

-Eu admito, foi a única coisa que me veio à cabeça. Você sabe que meus planos não costumam prestar.

-Eu sei.

-Mione!

-O que? Eu apenas confirmei... Não é verdade?

-Você poderia me dar um crédito.

-Harry James, para eu – ela parou. – Olha só que está descendo... – murmurou cerrando os dentes, o divertimento se esvaindo rapidamente da sua mente.

-É bom ficar calma – Harry ergueu a sobrancelha entanto via Parvati se aproximar.

-Bom dia!

-Oi Parvati – esta lhe sorriu belamente. O rapaz segurou o braço de Hermione, sentia que com este livre as coisas realmente não prestariam. Hermione forçou um sorriso, só assentindo.

-Você parece cansada Herm, não deveria trabalhar tanto em suas rondas.

-‘Magina. Estou ótima.

A garota sorriu. – Não vão tomar café? – olhou do livro aberto no colo de Hermione para Harry.

Harry abriu a boca para dizer “depois”, mas Hermione fora mais rápida – Claro, estou faminta. Vamos Harry? – chamou carinhosamente.

Hermione não gostou nada, nada do olhar que Parvati lançou ao seu amigo. Quer dizer, ela – mesmo que sendo uma farsa. – estava com ele. Ela deveria ter mais respeito! Menina petulante.

Ele a olhou incerto. Hermione lhe sorriu. – Tudo bem mesmo? – indagou ainda sem certeza. Ver, logo pela manhã, nariz quebrado não era nada legal.

-Harry, não seja bobo. Sabe que não faria nada... de mais.
**
(Continua)
**

Desculpem algum erro, obrigado pelos comentários!!
Fico superfeliz! Espero que continuem comentando^^
Eu odiei esse cap... Me desculpem por ele está meio chato, feinho, grotesco...
Beijão!

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