5° capítulo: noite chuvosa (4°



- Aquele quarto, se você não está lembrada, permanece completamente cheio de entulhos, caixas e objetos que eram de Sirius, Dumbledore e meus pais, por essa razão, não há condições de ser habitado, se é que você me entende? – Passa a mão no cabelo com um ar triunfante – Como conheço a senhorita há bastante tempo, devo acrescentar que entendeu...
- Podemos fazer o seguinte... – A colocação da mulher é interrompida
- Ou não – Ele continua sua frase de cima, percebendo claramente que a amiga era a maior teimosa que ele conhecia.
- Eu poderia dormir naquele quarto, que você diz ser “inabitável” e você, como dono da casa, dorme no seu próprio quarto, o que me diz?
- Digo que você é uma boba
- Como é? – Como ela tinha pavor quando ele a chamava de boba.
- Mione, se você quer assim, então eu durmo naquele quarto, e você, já que é “visitante” dorme no meu.
- NUNCA! Você é o dono da casa
- E você é uma dama, ganhei – Seu ar triunfante paira novamente em seu rosto bronzeado.
- Não deixarei você fazer isso – No rosto de Hermione formou-se uma sombra de autoridade.
- Okay, senhorita sabe-tudo, dormiremos ambos naquela cama no quarto entulhado, pronto - Dando um ponto final na discussão frisando a palavra “cama”.
- há há, que engraçadinhos... se é assim, dormiremos os dois no SEU quarto. – Hermione tenta retrucar sem perceber o que acabara de falar.
- Perfeito! Você que insiste – O moço retorna as escadas e chega ao topo, só que não contava com Hermione aos seus pés ainda tentando retrucá-lo.
- Harry James Potter!!!! – Coloca-se entre a porta do quarto de Harry e o corredor.
- Pois não? – Ela não sabia como Harry era tão bom em dissimular.
- O senhor me enganou, e isso é incorreto!
- Eu? Nunca faria uma coisa dessas, ainda mais com você. – Mudando rapidamente de face, Harry transmite um ar de ofensa.

Não agüentando mais dissimular, Harry retira-a de sua frente, e adentra no quarto rindo da expressão da amiga. O quarto de Harry estava meio bagunçado, com algumas roupas em cima da cama, duas gavetas abertas em seu armário, cujas mesmas eram de meias e cuecas. Sua toalha estava estendida em cima de uma poltrona pequena, que estava do lado de uma escrivaninha lotada de papéis espalhados. Finalmente, o homem chega até seu armário e de lá de dentro traz consigo uma camisa branca enorme com botões na frente e uma bermuda larga azul-desbotado. Com aquelas mesmas peças contida em suas mãos fortes, vai em direção ao banheiro novamente, não levando nem 5 minutos, o rapaz sai do lugar com as roupas que estava vestindo a um tempinho atrás, em suas mãos. Harry coloca as roupas que cotinha nas mãos num cesto grande, que aparentava ser guardador de roupas sujas, e vira-se para Hermione.

- Vai dormir assim? – Fita a garota com um ar maroto.
- Não. – Diz simplesmente

A mulher imita-o indo até o mesmo banheiro e lá troca de roupa, só que na sua mente só estava aquele momento, o momento que estava pertíssimo de Harry. Como ela poderia estar assim? Ginny vive dizendo que ela se apaixonou por Harry visto que eles se conhecem desde os onze anos, Já Lilá é mais impetuosa e alegava que era pelo corpo sarado que ele adquirira nos treinos. Nesse ponto, Hermione achava que Luna era a mais correta em sua opinião, pois a loira vivia dizendo que ela, Hermione, e Harry possuíam uma ligação forte, um completava o outro, no passo que Harry a conhecia muito bem, e sabia exatamente o que Hermione queria dizer com o olhar, e isso era recíproco.
Ao perceber que já estava com seu pijama azul claro, o mesmo que dormira na casa de Lilá, a moça coloca a mão no trinco e abre a porta do banheiro, saindo, instantaneamente do recinto. Chegando perto da cama, ela encontra um Harry já deitado e com o edredom, apenas nas pernas.
Ao ver a figura a sua frente, a reação de Harry foi de um leve suspiro e sua boca levemente aberta de encanto, pois a mulher estava exuberante. Ela usava uma blusinha de cetim azul claro de alça que fazia parte com um shortinho do mesmo tecido e da mesma cor.
Ao perceber que o rapaz não parava de olhá-la, logo, para disfarçar, ela começa a dobrar suas roupas que estava a pouco antes, e deixar em cima do braço da poltrona.
Harry ainda não havia se tocado que estava fitando muito a garota, então, restava a Hermione avisá-lo disso.

- Harry? Queres algo? – Aproximando-se da cama a cada palavra que proferia.
- N-Não... Nada – Primeira vez em dias que Harry James Potter não ficava abobalhado com uma presença feminina, ou melhor, com AQUELA presença feminina.

Hermione dá a volta na cama de casal do amigo, e senta-se no lado oposto de Harry. Ele, por sua vez, continuava com seu olhar penetrante, quando, subitamente vem uma idéia em sua mente.
- Mione, deite-se e olhe diretamente para o teto – Diz sorridente pegando sua varinha que estava, naquele momento, em cima do criado-mudo, e aponta para o alto.
- Ok, mas por qual motivo? – Era impressionante como sua amiga era curiosa e impaciente quando se tratava de fazer algo com ele. Dava a entender que ela tentava fugir dele, mas por quê?
- Você verá... – Harry poderia jurar que a amiga não obedeceria, mas essa foi sua surpresa, pois ela seguiu direitinho o comando dele. Ela estaria cedendo?
- Ok, e agora? Você vai me hipnotizar e fazer uma regressão? – O ar de zombação pairou sobre a garota.
- Poderia se acalmar, apressadinha? – Diz já conhecendo a impaciência da amiga, e logo completa – Devagar é mais gostoso - Com um simples aceno de sua varinha, o rapaz desliga a luz que clareava todo o quarto, deixando uma Hermione um tanto incomoda com essa situação e mais a fala do garoto.

Um feixe de luz dourada é lançado no teto, fazendo com que o mesmo fique de um jeito maravilhoso. O mesmo jeito que a moça vira anteriormente há dois anos atrás. O rapaz havia aprendido como deixar seu teto da mesma maneira como estava ao ar livre, ou seja, com estrelas e uma bela noite.

- Harry, é lindo! – Hermione fica estagnada com o acontecimento tentando deixar seus olhos o mais aberto possível para não perder aquela magia – Porque não havia me mostrado antes?
- Porque estava esperando para uma noite em especial, no caso, hoje – Aquelas palavras pareciam queimar dentro da garota. – Fitando a garota, ele larga a varinha novamente no criado-mudo – Sabia que com a luz do luar vejo cada vez mais o quanto você é perfeita?
- Porque está me dizendo isso? Sabe que não é verdade... Não sou nem um pouco “perfeita” – Diz tentando fazer com que seus olhos ficassem olhando seus pés ao invés do rosto do homem a seu lado – Sou apenas uma garota chata e muito sensível – Ela tenta fazer com que seu coração continuasse onde é o lugar dele.
- Hey, espera ai... Em primeiro lugar você não pode se considerar chata, pelo contrário, é a garota mais incrível que eu já tive contato. Em segundo lugar, eu adoro mulheres sensíveis.
- Vamos ser sinceros, olhe para mim... O que você vê?... Uma garota irritante que a melhor coisa que pode fazer é estudar – Diz simplesmente.
- Bem, então eu vejo diferente de você... – Harry levanta a cabeça do travesseiro que apoiava, e senta-se ficando de frente para a garota. – Eu vejo, aqui diante de mim, a pessoa mais maravilhosa que já conheci, tanto pela sua doçura e meiguice, quanto pela genialidade e esperteza. Uma pessoa que compreende os outros e tenta ajudá-lo, não importando quem seja. É extremamente carinhosa, prestativa, e muito teimosa... – Um sorriso tímido se abre na face da garota. – Ah, também preciso salientar que a garota na minha frente é bastante lerda para entender “certos” assuntos – Essa frase é seguida com um piscar de olhos galanteador da parte masculina. – Possui uma beleza incomparável de mulher sedutora, mas ao mesmo tempo frágil. Seus olhos estão numa profundidade inexorável, que eu adoro me perder neles. Já seus lábios... Bem, posso comparar a um ímã, que me atrai de uma maneira que não consigo explicar, desde nosso sétimo ano, às vezes até imagino o gosto de mel que deva ter, mas, infelizmente, você não me deixa provar... – Ao passo que, Harry terminava de proferir essas palavras, Hermione estava tentando juntar as suas para conseguir formar uma frase adequada.
- Harry... – A mulher fica totalmente sem ação. Ela vivia esperando por aquele momento, mas tinha medo que ele chegasse e ela não soubesse o que fazer.
- Você não precisa dizer nada, Mione. Por todo esse tempo eu acabei entendendo que você não sente a mesma coisa por mim, quanto eu por você. – Ele tenta sorrir dando a entender que estava tudo bem, mas não conseguia expressar nenhuma felicidade em seu rosto.
- Harry, não é isso... – Novamente, a menina é interrompida pelo garoto.
- Não se preocupe, vamos continuar sendo aqueles amigos de sem... – Dessa vez a palavra “sempre” fica pela metade, e o grande motivo foi por um corpo de uma mulher jogado sobre o seu.

Com toda essa situação, Hermione fez uma das coisas mais certas que poderia fazer em sua vida, com relação ao sentimento, ela não pensou! Hermione havia se aproximado rapidamente do rapaz, sem dar tempo para ele ter alguma reação. Harry, no entanto, ficara paralisado com essa atitude, pois podia jurar que a amiga não sentia o mesmo, ou pelo menos deu a entender ao longo desses anos.
O beijo não foi demorado, pelo contrario, foi bem curto e leve, no entanto foi bastante significativo para ambas as partes.

- Ok... Agora você me deixou sem palavras... Não entendo... – Harry havia conseguido achar sua respiração de volta depois daquele beijo e do susto.
- Isso foi um simples beijo, Harry James Potter – Responde sorridente e aliviada ao mesmo tempo.
- Ah, não brinca? – Ironiza dando seu melhor sorriso de flerte. – Eu entendi que foi um beijo, Hermione... Bem, na verdade, eu senti, e muito bem sentido, digamos assim – Como Harry podia ser tão especial e tão lindo ao mesmo tempo?
- Então? – Seu sorriso poderia iluminar todo quarto de tão brilhante que estava. Ou seria felicidade?
- Então que você não sabe fazer direito – Um ar de malícia paira sobre o rosto moreno do garoto.
- O que disse? – Mesmo naquele clima romântico Harry tentava irritá-la.
- Você deve fazer assim... – Puxa-a suavemente com uma mão em sua cintura e a outra em sua nuca e com isso ocorre, finalmente, um beijo caloroso e dessa vez, com uma longa duração.

Harry sente um frescor emanando dos lábios da garota. Era saboroso e aparentava um gosto de menta, não sabia dizer ao certo. Enquanto a beijava frenética e intensamente, o rapaz a empurrava sutilmente contra a cama, onde estavam sentados, fazendo-a deitar, tendo como peso em cima de si, seu corpo forte de jogador de quadribol. O ar do quarto já não era mais sentido por ambos. Totalmente fora de controle, o moreno desabotoou o primeiro botão da parte superior do pijama da garota.
Qual não é a grande surpresa do garoto, ao perceber que sua satisfação é desfeita, pois Hermione sente uma mão, que não era a sua, em seu pijama, e lentamente vai afastando o peitoril dele. Cuidadosamente, Harry, ao perceber aquilo, afasta seus lábios úmidos dos dela, mas sem sair de cima.

- Harry, não posso – Diz cautelosamente, enquanto piscava tristemente seus olhos cor-de-mel sobre os olhos verdes dele. – Precisamos conversar...

Porque naquele momento? Ao mesmo tempo em que ele gostaria de prosseguir com aquela situação, outra parte da sua mente queria conversar também, e muito.

- Você tem razão, gostaria de saber de “certas coisas” – Harry levanta-se vagarosamente do corpo da garota, e paira sobre os cobertores do lado da garota. – Posso começar? – Faz uma cara de quem está querendo jogar “verdade ou conseqüência”
- Concordo – Assentiu a garota mexendo seus belos cabelos, agora, amassados por deitar-se em cima deles.




N/A
Amoreeeeeeeees...
espero que gostem dessa parte..
Pelo menos teve beijo.. HUSUHUHSHUS
obrigada a todos que me ajudaram, e que ficaram do meu lado, nos momentos mais sombrios da minha vida..
amo-os!
Mih

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