Capítulo VI



Capítulo Seis

I take a walk outside. I'm surrounded by some kids at play.
(Eu dou um passeio lá fora. Eu sou cercado por algumas crianças que brincam)
I can feel their laughter, so why do I sear?
(Eu posso sentir suas risadas, então por que eu me entristeço?)

- Eu dou a palavra ao digníssimo Sr. Alden Domus - continuou o homem, que parecia ser porta voz de todos.
- Muito obrigado, César - neste instante um senhor de meia idade se levantou, tinha estatura baixa e olhos pequenos. Continuou a falar com sua voz rouca. - Presumo que todos aqui já entenderam o que o Sr. Weasley fez, mas pretendo lhes mostrar a que condições ele o fez.
- Ele é seu Aparador de Utopia - disse Set no ouvido de Rony. - Sem querer te assustar, mas ele é muito bom no que faz.
A sinceridade excessiva de Set já estava começando a irritar Rony. Já havia imaginado que aquele senhor era seu Aparador de Utopia e aquilo começava a apavorá-lo.
- Vou focar apenas as últimas semanas de vida dele - continuava Domus. - O Sr. Weasley tirou sua própria vida e pior: renegou seu filho recém-nascido.
Rony percebeu que, ao ser dita esta frase, todos na sala fizeram expressões de reprovação para ele, inclusive Set Vigme.
- Com a morte de sua esposa, Hermione G. Weasley, ele entrou em crise e não quis ver seu filho, Jonathan Weasley. Após isto ele se achou no direito de tomar uma poção e acabar com a própria vida - Domus fazia questão de frisar cada palavra que pronunciava. - Todos nós aqui presentes sabemos que o suicídio é considerado uma falta grave e não podemos deixar que este crime fique impune.
"Ele parece se divertir com minha desgraça", pensava Rony.
- Tenho aqui algumas imagens que deixarão mais claro o que quero dizer - disse, caminhando em direção à bancada. - Irei mostrá-las para os senhores tirarem suas próprias conclusões.
Neste momento, a sala se escureceu e uma imagem começou a aparecer no telão. Rony reconheceu o cenário como sendo A Toca. Havia muitas vozes e podia-se ouvir, também, alguns choros. A imagem de Rony chorando desesperadamente apareceu na tela.
- Não! Não é verdade, Gina! - Rony gritava e soluçava. - Não pode ser verdade! Me solta, Harry! - disse quando o amigo tentou abraçá-lo.
- Rony... Eu não sei o que dizer... - disse Gina, os olhos cheios d'água.
- Diga a verdade então. Sua mentirosa! - disse Rony insanamente. - Cadê a Hermione? O que você fez a ela? HERMIONE! - ele gritava na esperança de ela responder do quarto.
- Pára Rony, ela se foi. Não adianta mais nada - disse Harry tristemente.
- Cale a boca, Harry! Como você pode ser tão cruel comigo? - e, olhando, para sua irmã, completou. - E você também, Gina?
Rony parecia um louco. Dizia coisas sem nexo, elevava e abaixava a voz constantemente e chorava muito.
- Vou entrar naquele quarto - disse Rony aos berros. - HERMIONE! O que vocês fizeram a ela?
- Não, Rony, não vá até lá! - disse Gina, tentando segurar o irmão.
- Rony, nos ouça, por favor - Harry tentava, em vão, dominar o amigo, que parecia estar mais forte do que nunca.
- Me larga, Harry - disse, empurrando o amigo, que foi ao chão.
- Rony, vai ser pior! - disse Gina, que agora estava ajudando Harry a se levantar.
Quando Rony já estava à porta do quarto sua mãe bloqueou a passagem. Ela acabara de passar pela porta e estava vestida com um avental ensangüentado.
- Você não vai entrar aqui, Rony - disse firmemente sua mãe.
- Cadê a Hermione, mãe? - perguntou com um tom infeliz.
- Ela lutou muito, mas... Ela não resistiu ao parto - disse Molly enquanto Rony começava a se debruçar em lágrimas. - Eu sinto muito, querido - acrescentou, abraçando seu filho.
- Por quê, mãe? Por quê? - as frases de Rony já estavam incompreensíveis devido ao choro alto.
Gina e Harry também não contiveram as lágrimas e choraram junto com Rony.
- Não... Minha Mione, não! - Rony estava inconsolável.
- Chore, filho - disse Molly. - Chore, que chorar faz bem.
Podia ouvir-se um choro agudo de bebê vindo de trás da porta. Molly se afastou do abraço do filho e entrou no quarto, voltando com um "embrulhinho" nos braços.
- É um menino, como Hermione queria - disse, esperançosa. - Venha, Rony, ver seu filho.
Rony lançou um olhar rancoroso para sua mãe, que estava a pouca distância dele.
- Como a senhora pode pedir que eu olhe esta coisa? - disse entre os dentes.
- Não fale assim, Rony - disse Gina. - Ele é seu filho!
- Ele é um assassino, isso sim. Ele matou Mione! - berrou. - Ela morreu por causa disto.
- Não, Rony. Ele não teve culpa pelo que aconteceu, aliás, ninguém teve - Molly disse, tentando se aproximar de Rony, mas ele se afastou.
- Tire esta criança da minha frente! - Rony disse em meio ao choro.
- Mas, Rony, você não pode agir assim e... - Gina tentava falar.
- Ti-ra e-le da-qui! - disse Rony, que agora estava sentado no sofá, as mãos ao rosto.
Molly achou melhor não insistir e levou o bebê, que ainda chorava muito, de volta para o quarto. Gina a acompanhou.
- Você vai acabar tendo arrependimento pelo que fez agora, Rony - disse docemente Harry, sentando-se do lado do amigo.
- Não, Harry, ele levou embora a pessoa mais importante do mundo para mim.
- Rony, ele vai precisar tanto de você. No fundo você sabe que ele não tem culpa de nada.
- Sei nada - Rony estava começando a se alterar mais uma vez. - Se quiser cuide dele, senão o dê para o primeiro bruxo que passar na rua. Não tem problema!
A cena começou a clarear, até que sumiu. Rony se lembrou de onde estava. Olhou em volta e viu que todos os outros bruxos presentes estavam muito concentrados em seus pensamentos. O silêncio dominou a sala por alguns instantes. Rony estava angustiado com o que vira. Lembrava-se do que havia acontecido naquele dia, mas assisti-lo desta forma... Era torturante.
- Acredito que não terei que dizer mais nada, não é? - disse Domus, cortando o silêncio predominante na sala. Indo em direção a um banco, sentou-se. - Não precisarei de mais imagens, por enquanto.
- Então, como sempre, eu tenho por encerrada audiência de hoje - dizia o mesmo homem de branco do início. - O julgamento continuará daqui 18 quimeras.
Todos se levantaram e caminharam até a porta de saída. Rony estava completamente desnorteado. Aquelas imagens mexeram fundo nele. "Fui tão cruel!", pensava.
O caminho todo, até o sobradinho, foi feito em silêncio. Nem mesmo Set pronunciou uma só palavra. Quando entraram no quarto de número oito o que ele mais queria era ficar sozinho. Tudo que estava acontecendo parecia um pesadelo, mas não era.
N/A: Olha eu aqui de novo! Tudo bem com vocês? E a fic, o que estão achando? Saibam que eu estou adorando escrevê-la! Cadê os e-mails? Quero e-mails, hein?! hehe... Beijinhos e boa leitura!

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