Cap. Bônus



Poção correta (Capítulo Bônus)

Sexta-feira, primeira aula do dia: Poções. E como se não bastasse, com a sonserina. Aquilo não era um tortura, era quase apelar pro suicídio...
Desde que Harry tornara-se monitor-chefe e havia acabado com a guerra, Snape sentia-se no direito de atazaná-lo, afinal, todos estavam o paparicando... Ele tinha que ser o diferente.
Hoje a poção não era difícil, era comprovadamente impossível um aluno a fazer (risque da lista Hermione Granger...). Mas Harry não estava dando importância pra isso, ele desbancaria o homem e não importava se ele tivesse que dar seu sangue naquela coisa. Estava realmente empenhado, aquele sorriso nojento de Snape sairia de sua face pálida nem que Harry lhe desse um murro...

-Poção do esquecimento temporário – ele passava por toda classe. Levando a Neville aquele costumeiro arrepio na espinha. – Alguém sabe qual é sua atuação?

Hermione levantou a mão. Rony revirou os olhos, murmurando um: “lá vamos nós de novo”. E Harry anotava em seu pergaminho os ingredientes e os repassava para ver se realmente estavam corretos. Não precisou levantar a cabeça pra saber que a amiga estava com a mão estendida (e que era a única) e que Snape a ignoraria. O rapaz não olhava mais, porque sabia que se irritaria com a idiotice do professor e não gostava de ver a amiga sendo menosprezada.

-Ninguém? - Harry bufou. – Algum problema, Sr. Potter? – o jovem o olhou como se não o enxergasse e nada respondeu, voltando-se novamente para seu pergaminho, como se nada tivesse acontecido.

-Parece que a fama sobe mesmo a cabeça... – sorriu sarcástico. Harry engoliu o que queria dizer, respirando fundo. – Vamos lá Potter, dê sua contribuição para a turma – ele fez um gesto. – Nos ofereça esta singela explicação – Hermione estreitou os olhos para Snape e depois olhou Harry , este havia soltado a pena.

-Será um prazer, professor – disse sorrindo educadamente e levantando-se. – Prefere que eu vá até o quadro?

-Se você preferir... – fez uma reverência sorrindo maldosamente.

-Por mim – disse dando de ombros, dirigindo-se para lá. – Poção do esquecimento temporário – ele ergueu a sobrancelha. – tem como efeito o esquecimento, obviamente, mas um esquecimento específico. Ela causará, ao individuo que a bebeu, a perda das lembranças do dia em que a ingeriu. Nada será lembrado. Todo o dia será apagado de sua mente, como se não houvesse acontecido... A poçã-

-Sente-se agora, Potter.

-Eu ainda não acabei, professor.

-Agora!

-Tudo bem – Snape estava quase roxo de raiva e Harry teve que se segurar para não fazer besteiras.

Seus colegas de casa o olharam surpresos. Hermione era a única diferente. Era visível, para quem a conhecesse um pouco mais, seu orgulho. Ela estava quase inflando de orgulho.

-Muito bem, Harry – ela murmurou.

-Você mostrou pra ele, cara – Rony falou mais baixo ainda.

Harry deu um meio sorriso e sentou-se.

-Muito bem. Muito bem – o homem voltou a falar, a voz pouco mais alta que um murmúrio. – Já que o Sr. Potter fez o favor de explicar a turma o efeito da poção. Quero que a façam – muitos ficaram o olhando. - Já!

Todos buscaram seus ingredientes, arrumaram os caldeirões e passaram a cortar raízes.

-E não posso lhe privar disso, Sr. Potter. No final da aula, escolha alguém para provar sua poção - Harry sentiu vontade, uma maior que em todos os outros anos, de chutar Snape.


-E então quem escolheu?

-A mim.

-Oh. Não. Mas assim não tem graça...

-Não é pra ter graça professor – Harry disse sério. – O Sr. mandou escolher, e escolhi. Eu serei minha própria cobaia, nada mais justo.

-E agora, eu digo não.

-Me escolha então, Harry – Hermione falou.

-Absolutamente! Eu creio na palavra do nosso professor. A palavra de um bruxo vale muito.

Snape o olhou com rancor. – Ótimo Potter – ele fez uma reverência. – Beba a poção. E já que sua amiga ficou tão interessada, - ele a olhou malicioso. – Pode beber também – Harry gelou por um minuto. “Sem problema. Você tem certeza, fez tudo certo, lembra-se?“ – Só apareçam aqui se a poção estiver errada.

-E as aulas que vamos esquecer? – Hermione perguntou franzindo a testa.

-Se vocês esquecerão para quê assisti-las? – Snape indagou pacientemente. – Comunicarei os professores, estarão fazendo um trabalho a meu mando. Não se preocupem...

Harry olhou pra Hermione, preocupação estampada em seu rosto. – Se você diz – Hermione murmurou resignada, olhando o frasquinho que Snape lhe dera e de um gole, bebera tudo. O rapaz suspirou incrédulo, mas deixou de lado e também bebeu, sob os olhos apreensivos dos grifinórios e sarcásticos dos sonserinos.
Ele olhou para Snape interrogativo, não sentia nada, nenhuma diferença, nenhum ataque como a poção polissuco, ele não sabia ainda se isso era um alívio ou motivo de procurar Madame Pomfrey.

-Estão dispensados – Snape falou pra turma. – Quero um metro de pergaminho sobre a aula de hoje. E vocês dois – ele ergueu a sobrancelha. – é bom fazer hoje mesmo, antes de esquecer.

Harry sentiu vontade de chutar Snape, acertar seu pé bem no nariz de gancho dele... – Sim senhor – conseguiu dizer enquanto recolhia o material.
*****

-É melhor você ir Rony – Hermione disse enquanto terminava de escrever a metade de sua redação. – Para sua próxima aula.

Rony a olhou muito feio. – Eu deveria ter pedido um pouco dessa poção.

-Não tem graça nenhuma. Nós estaremos perdendo aula.

-E o que você achou ruim nesse castigo do Snape? – indagou como se ela fosse louca.

A menina revirou os olhos. – Vai.

Ele murmurou algo que Hermione não pôde ouvir e saiu pelo retrato reclamando. – O que quer fazer depois de terminarmos a redação?

-Eu não sei.

Harry sorriu. – Qual é Hermione. Meia-noite essa poção vai fazer com que esqueçamos tudo que fizemos.

-Mas os outros não.

O rapaz ponderou. –Tem razão. No entanto – ele a olhou por cima dos óculos. – Não nos impede de...

-O que tem em mente, Harry? – o interrompeu.

-Nada – ele disse em tom falsamente ofendido. – O que acha de Hogsmead? – ele cantarolou escrevendo o dever.

Hermione fingiu que não ouviu e continuou prestando atenção na sua dissertação.

-Sério Mione. Eu não vou ficar o tempo todo – ele olhou sem paciência para a folha em que escrevia. – Não vou fazer isso – resolveu tampando o tinteiro. Hermione levantou a cabeça.

-Você pirou? Snape quer você aja assim.

-Por que o decepcionaria então? – a garota cruzou os braços. – E você também não vai fazer nada – ele retrucou com um aceno de varinha e as coisas de Hermione estavam organizando-se sozinhas e dirigindo-se para a mochila da garota.

-Você pirou – ela afirmou se levantando. – Vou ficar bem aqui e terminar essa coisa – ela apontou para o pergaminho, que nesse instante estava enrolando-se.

-Pode esquecer – ele balançou uma das mãos dando o assunto como encerrado. – E se você não quer que eu entre no dormitório feminino-

-Você é proibido de entrar lá – Hermione exclamou vencedora.

-Tem certeza? – indagou indicando a insígnia de monitor em seu peito. Hermione bufou. – Como estava dizendo, acho melhor você guardar seu material e me acompanhar, se não eu mesmo entro no dormitório.

-Eu não me importo – Hermione retrucou dando de ombros.

-E eu entrarei no dormitório de uma certa monitora – ela continuou impassível. - E abrirei um certo caderno vinho que se encontr-

-Você não se atreveria – a jovem falou desconcertada. – Aquilo é particular.

-O que será que a Granger esconde no diário? É um diário? Estou certo?

Hermione lhe lançou um olhar venenoso antes de pegar sua bolsa e subir as escadas sob a respiração irregular de Harry, que por acaso estava prendendo o riso.
Ela chegou no quarto e jogou a bolsa encima da cama e olhou o relógio, nove e quinze da manhã. Ainda era cedo...
O que aconteceria se Harry lesse seus relatos? Ela tentou não pensar nisso enquanto descias as escadas.

-Vamos?

-Não vou pra Hogsmead.

-Por que?

-Estaríamos infringindo uma regra.

-Hermione – Harry falou pacientemente. – Você não vai nem se “remoer” por tanto tempo. Vai esquecer mesmo.

-Mas agora sei que é errado.

-Quer ir pra onde?

-Não sei.

-Vamos fazer um piquenique, está com fome?

Hermione riu, seguindo-o para fora do salão comunal.

*****
Puseram uma toalha, Harry conjurara, abaixo da árvore, onde eles estavam protegidos do calor e sol estranhos daquele dia.
Sentaram-se, uma minoria dos alunos estavam lá fora também. Era uma boa para Hermione estudar e aproveitar o tempo. Ela lia um livro de transfiguração, enquanto Harry encostava-se a árvore, vendo as pessoas, o tempo.
Em um momento passaram a conversar.

-Você não deveria ficar estudando, sabe.

-Por que não?

-Você vai esquecer mesmo.

Hermione revirou os olhos. Mesmo assim fechou o livro. – E o que farei nesse tempo todo? Falta bastante tempo para o almoço.

-A mesma coisa que eu.

-Nada.

Ele riu. – Estou meditando é completamente diferente – ele respondeu colocando o cabelo para trás que começava a cair por seus olhos mesmo com os óculos.

Harry a olhou de lado e seu cabelo o seguiu.

-Sabia que eu adoro seu cabelo? – perguntou ela, colocando o cabelo dele para trás, para deixar a vista sua cicatriz.

-E eu, os seus cachinhos – ele sorriu pondo uma mecha teimosa da menina atrás da orelha. Ela sorriu sem-graça. – É sério! – ele continuou. – Combina com você, com a forma do seu rosto – Harry revelou distraído com os cachos da moça. – Não entendo agora por que gosta do meu – ele encolheu os ombros. – Sinceramente... – ele riu. – esse monte de cabelo desalinhado, para todos os lados... Caindo nos meus olhos com insistência. Não tem nada de interessante – Harry falou bagunçando-os ainda mais.

-Mas a questão não é essa – Hermione pegou-se dizendo. – Eu só acho que se um dia ver seu cabelo “arrumado”, não estarei mais vendo meu amigo Harry Potter.

-Então é o costume, não é achar beleza.

-Não. Eu realmente gosto – Hermione afirmou tirando a mão dele do cabelo. – Gosto muito – ele a olhou. – E não bagunce mais – ela reclamou desviando o olhar para sua cabeça.

-Me incomoda!

-Coma alguma coisa – Hermione falou para mudar de assunto. – Disse que estava com fome e não pegou nada até agora.

-Por que toda vez que vou fazer você me atrapalha!

-Eu? Muito engraçado – respondeu sarcástica.

-Não posso deixá-la um minuto quieta que começa a foliar seu livro! Se você pirar é bom não me responsabilizar por isso.

-Não vou. Não se preocupe.

-É um consolo – Harry afirmou irônico.

-Deixa de ser irônico e come isso – ela estava com um pedaço de bolo (feito por elfos) na mão e colocando próximo a ele.

Ele comeu. – Brigado Mione.

-Então segura – ela estendeu pra ele.

-Pensei que você fosse me dar na boca! – ele exclamou fingindo desapontamento.

-Claro. Porque sou sua empregada, agora?

-Não. Mas se você quer assim, por mim tudo bem – Harry continuou marotamente.

-Toma logo seu abusado!

-Você sabe que eu te adoro – ele disse beijando seu rosto carinhosamente.

-Sei – Hermione retrucou tentando esconder o rubor.

*****
Viu de longe Harry conversando animadamente com Gina, não conseguiu conter uma careta e estava com uma carinha de ciúme também. Ela sentou-se do lado do garoto, pois este havia dado espaço. Quando arrumou seu prato não conseguiu deixar de ficar curiosa:

-Hmm. Do que estão falando? – Hermione perguntou erguendo uma sobrancelha. – Se posso saber, claro.

-Quadribol.

-Ah – ela voltou-se para o prato.

-Quer dizer que o Snape fez vocês provarem suas poções?

-Minha poção.

-Como você sabe, Gina? – a outra garota perguntou.

-Rony me contou. Ele estava revoltado por ter que comparecer as aulas...

-Entendo.

-O que quer fazer depois, Mione?

-Podíamos jogar Xadrez, o que acha?

-Vai ser ótimo – Harry disse e depois bebeu suco.

-Não esqueça do treino de quadribol hoje Harry – Gina alertou o olhando de lado.

-Não irei esquecer. Vai ver o treino, Mione?

-Pode ser – respondeu meio alheia.


Depois do treino e de se organizarem todos se despediram e Harry e Hermione ficaram conversando um pouco na arquibancada. Logo foram fazer a ronda do colégio.
Retiraram quinze pontos da Corvinal e dez da Sonserina, por dois alunos das respectivas casas estarem fora da cama no horário indevido.

*****
-Panetone.

-Isso são horas? – a mulher perguntou abrindo a passagem. Eles se entreolharam sorrindo.

-Boa noite – disseram juntos.

-Para vocês também, meus meninos.

-Você não faria isso, faria? – Hermione indagou olhando-o. – Sobre o meu “suposto” diário.

-O que você acha?

-Ainda não sei bem o que achar – ela falou sentando-se no sofá com as pernas em cima dele.

-E o que eu encontraria lá?

-Por que lhe contaria?

-Não sei. Talvez porque daqui a exatos quinze minutos irei esquecer mesmo.

Hermione sorriu. – E você gostaria de saber?

-Adoraria – ele se virou para ficar de fronte a ela. – por quinze minutos.

-Tudo bem, eu vou te contar. Mas você tem que prometer guardar segredo – ela continuou, o sorriso não saia de seu rosto enquanto olhava a volta e percebia que mais ninguém se encontrava no salão comunal nesse momento.

-Promessa de escoteiro.

-Você não é escoteiro.

-Hm droga. Você me descobriu – brincou. – Certo. Promessa de quase ex-aluno – ele disse levantando a mão solenemente.

-Pra mim serve – ela consultou o relógio. – Bom. Aquele caderno vinho é sim meu diário – ele balançou a cabeça afirmativamente. – É algo bem simples. Lá escrevo o que sinto – falou encarando-o. Harry ainda a olhava quando Hermione desviou o olhar.

-E o que você escreve lá? O que sente? – ele perguntou fascinado, era como se Hermione fosse a “coisa” mais interessante que ele já vira. Tudo isso pela amiga estar falando de si um pouco mais. Pouco que, talvez, nem Gina soubesse.

-Se estou estressada ou tranqüila e o porquê. O que aconteceu comigo no dia, algumas vezes.

-Se você está deprimida, nervosa ou meio aérea – Harry quis saber.

-Sim.

-O que aconteceu, detalhadamente, no baile de inverno, talvez?

Hermione ergueu a sobrancelha. – talvez.

-O que mais? Não fala sobre...

-Garotos? – ela completou. – Sim.

-Um em especial? – foi a vez dele erguer a sobrancelha, a diferença é que Harry tinha um ar discretamente maroto.

-Sim. Um em especial – Harry a olhou com surpresa. Não achava que Hermione iria lhe contar mesmo que houve alguém em especial. Ele franziu a testa sem saber o que perguntar e se perguntava.

-E o que você sente por esse “um”?

-Respeito, carinho... Amor. E várias vezes, raiva. Sinto-me insegura próxima a ele. Muitas vezes, no entanto, me sinto segura.

-E o que você gostaria de sentir?

-Apenas amizade.

Harry a olhou novamente sem saber o que dizer.

-Gostaria saber quem é? – a menina perguntou.

-Se você quiser contar – ele murmurou tentando conter a curiosidade. Hermione o chamou com o indicador, para que Harry se aproximasse. Assim ele o fez.

Hermione se aproximou de seu ouvido. – É você – segredou em seu ouvido. Ela sentiu que ele paralisou por alguns segundos e tentou não sorrir.

-Diz a verdade Mione – ele pediu com um ar quase incrédulo.

-Já o fiz – ela continuou na mesma posição.

Ele se afastou para olhá-la, ela não conseguiria mentir olhando em seus olhos. – O que?

Hermione achou que falar em seu ouvido fora muito mais fácil. Os olhos de Harry estavam travados nos seus, como se ele quisesse captar mentira, qualquer que fosse. E ela sentiu que engoliu em seco.

-Você pode repetir? – pediu ele ainda lhe fitando.

-S-sim – ela fechou os olhos e respirou fundo. Os abriu e tocou a face dele com uma das mãos. – Harry... – ela falou baixinho e se aproximou sem coragem.

-Não – ele segurou levemente seus ombros quando ela dirigia-se para seu ouvido. – Olhando em meus olhos, Mione. Importa-se? – Hermione o olhou e balançou a cabeça negativamente. Ele sorriu esperando.

Mas Hermione, num simples gesto, rompeu a distância entre seus corpos e então Harry pôde sentir pela primeira vez os lábios da amiga. As mãos dele escorregaram dos ombros da moça e ele não conseguia pensar em nada.
Hermione, por outro lado, podia sentia as mãos de Harry escorregando por si, uma delas em seu braço, a outro, por seu corpo. Isso a fez estremecer levemente, sua mão deslizando para a nuca de Harry. Não sabia o que lhe motivara a se aproximar assim, mas sabia que nada lhe motivaria a se afastar...
Ela sentiu Harry morder seu lábio inferior, e aquilo lhe trazia uma estranha sensação de euforia. Era como se cada célula de seu corpo se revigorasse a cada caricia, a cada toque mais aprofundado...
Hermione o puxou mais pra si, sua outra mão, nas costas dele aranhando-o. Eram movimentos lentos, sem presa, doces, os dele mesclando-se aos dela. Os lábios dele eram tão doces... macios e mornos. Os arrepios lhe fariam querer estar mais próxima a ele quanto possível.
Harry mergulhou em seus cabelos, acariciando-os, seus lábios pareciam que nunca teriam tudo de Hermione... ele não conseguia se afastar, ele nem tinha certeza se queria. Era meio bizarro tudo isso, Harry nem ao menos sabia como estava assim tão íntimo da amiga, ele não conseguia lembrar quando se movera e captara seus lábios, só sabia que o tinha feito... E o mais estranho era que a sensação de arrependimento em nenhum momento chegou a sua mente, quer dizer, nada se passava muito certo em sua mente... Era tudo abstrato demais.
E então Hermione saiu do beijo e por um segundo ainda sentia a coragem de olhá-lo nos olhos.

-É você que eu amo – e com essas palavras a menina subiu as escadas sem olhar para trás.

Hermione trancou-se no quarto e ficou algum tempo encostada a porta com um sorriso pequeno e sincero no rosto, os olhos fechados, as mãos, trementes... E como um relâmpago ela abriu os olhos sem entender, olhou a volta e percebeu estar em seu quarto, sentiu o coração acelerado e não entendia o por quê. Ela respirou fundo para se acalmar e olhou seu relógio.

-Meia-noite – ela murmurou franzindo a testa. – A poção... Ela funcionou – Hermione deu mais um sorriso que continha uma parcela de curiosidade. Trocou de roupa e deitou-se para dormir, sentia-se cansada...

Harry continuou olhando para o dormitório feminino sem ação. Ele queria ter falado algo, mas não tinha muita idéia do que lhe ocorrera e ele sabia que não teria muito tempo para distinguir isso...
Hermione... O que dera nela?
O que dera nele? Sentia que esta era a pergunta certa a se questionar. E por incrível que pareça ele nem estava próximo a resposta ou a respondê-la.
Harry balançou a cabeça e quando abriu os olhos já não sabia o que estava pensado a segundos atrás... Ele se levantou e dirigiu-se para o dormitório masculino, com ar de curiosidade...
*****
(continua)
*****
Oie!
Bônus bem levinho, né? Espero que tenham gostado.
E por favor, comentem tá?
BeiJoS,
Yasmin


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