(S)Em Junho



Cap.9– (S) Em Junho

-E ELE PEGA O POMO! ELE PEGOU O POMO!!! E A PARTIDA ESTÁ ENCERRADA – gritava enlouquecido Dino Thomas. – A grifinória vence numa captura espetacular de Harry Potter! Duzentos a setenta!!! Um placar memorável contra a sonserina. 200 a 70! Engole essa Malfoy! Seu porco idiota e...

A diretora da casa da Grifinória era toda sorrisos, nesse momento encontrava-se aplaudindo seu time com tanto entusiasmo que nem prestou atenção nas ofensas que seu aluno gritava a plenos pulmões. Lá em baixo, Harry apertava a mão de Alvo Dumbledore. Recebeu a taça e a ergueu sob gritos, aplausos e assobios da grande parte da platéia. Agora o time grifinório estava embolado em um abraço grupal.

-Nós Vencemos! – Rony gritava pulando. – Vencemos!

-É isso aí! – Gina sorria feliz, nesse momento segurando a taça. – Nosso nome vai estar bem aqui!

-Rony! Rony! – Lilá empurrava quem podia pra chegar mais próxima ao namorado. – Parabéns! Você estava demais!

Ele corou um pouco antes de Lilá lhe abraçar. – Quem te viu, quem te vê, Lilá – Parvati fazia uma careta de nojo atrás da amiga, referindo-se ao estado “nojento” do rapaz. Hermione revirou os olhos e foi cumprimentar o amigo.

-Você foi... Legal – ela disse com um sorriso, o abraçando. – Gina! Você estava ótima! – Hermione chamou lhe dando um beijo no rosto.

-Ah... Brigada Mione. Mas se o Harry não tivesse conseguido pegar o pomo, nós teríamos perdido...

-Mas ele pegou não é?! Alegria menina!

-Certo! Acho que vou dar uma passadinha lá no terceiro andar – Gina deu uma piscadela. – Ampliar o estoque, se é que me entende – falou sumindo na multidão.

Hermione deu um muxoxo e murmurou algo inaudível, bem, ele não ouviu o que ela disse. – O que? – ela levantou a cabeça pra encontrar o amigo. – O que disse?

-Que dessa vez não seria eu que recriminaria as pessoas da nossa casa.

-Deu uma folga pra srta. monitora-chefe?

-Digamos que sim.

-Boa idéia – ele falou olhou pro céu. – Digamos que o Sr. Monitor-chefe também merece férias – ele a olhou de lado. - Que tal uma cerveja amanteigada?

-Boa pedida Sr. “Capitão e monitor-chefe de folga” Potter – ele sorriu a guiando entre a multidão. – A propósito, boa pegada – Hermione comentou com um sorriso malicioso.
******

Mês de junho. Os NIEM’s já haviam acabado há duas semanas. Era o último dia de aula, finalmente, no outro dia pegariam o expresso.
A manhã estava quente enquanto os alunos ainda organizavam suas malas para a partida da escola, no outro dia. Enquanto uns despediam-se dos amigos, prometendo mandar cartas durante todo verão e que no expresso de Hogwarts se encontraria novamente em dois meses, outros buscavam guardar na memória as melhores partes do castelo... E assim chegou a tarde em apenas um momento a mais de despedidas.
Professora Sophia alertou que voltaria pra seu antigo serviço, isto é, comunicou que deixaria Hogwarts, pra decepção de vários alunos e professores...
******

Logo, Harry estava sem sua casa. Um local em que ele realmente poderia chamar de seu.
Os dias eram tranqüilos, onde ele “se deu” férias, sem repórteres, especulações, pensamentos recaídos na pequena Weasley... Talvez os pensamentos ainda continuassem. Decidiu que não iria se preocupar nesse mês em seu trabalho, pelo menos até junho terminasse, ele ainda nem tinha dezoito anos e suas notas ainda não tinham chegado, de qualquer modo. Só faltavam três dias para o fim de junho de qualquer modo.
Agora, era muito reconfortante estar em seu sofá sem nenhuma interrupção.

E então uma coruja, branca como neve, se apresentou enquanto entrava pela janela lateral aberta, deixando uma carta em cima de Harry e ela já não se encontrava mais lá quando Harry sentou e olhou o remetente. Franzindo a testa ele abriu.

Harry,
Sinto lhe incomodar. Mas é realmente necessário.
Não sei como falar disso, acho que será melhor de uma vez...
Aconteceu um acidente. Grave. Não encontrávamos você e não pudemos
informar mais cedo. No entanto, de algum modo, Edwiges chegou na toca e pude rabiscar isso pra você.
Poderia vir aqui?
Hermione está aqui, e está bem agora... Explicarei tudo quando chegar.

Atenciosamente,
Gina


Harry releu a carta e sentindo-se angustiado, aparatou em frente A Toca.

-Recebi a carta e vim o mais rápido possível. O que houve? – Harry disparou assim que Rony abriu a porta.

Rony suspirou. – Que bom que pôde vir. Vamos, entre.

Assim que Harry se sentou Gina entrou na cozinha. – Oh. Olá Harry – ela cumprimentou parecendo cansada. – Mamãe não está obtendo sucesso em lhe dar a poção de dormir – continuou pra Rony.

-Penso que seria melhor por na comida.

-Ela não quer comer – Gina carranqueou.

-Alguém pode me explicar o que ouve?

-Sim. É claro – ela disse nervosamente. – Hermione não está muito legal.

-O que houve?

-Os pais dela. Sofreram um acidente de carro – Rony se apressou em dizer.

-Acidente? E como eles estão?

-Não muito bem, cara – Rony comentou sombriamente.

-Quer dizer...?

-Não – Gina assegurou deduzindo o Harry pensava. – Mas gravemente feridos.

-Não sei não – Rony balançou a cabeça e Gina lhe lançou um olhar degradável.

-Vou vê-la – o moreno disse por fim.
***

-Gina você não precisa bater na porta pra entrar – Sra. Weasley ralhou virando-se. – Oh. É você querido. Entre, vamos.

-Poderia...?

-Certamente. Estarei lá embaixo se precisar de algo, querida – comentou esfregando o braço de Hermione e saindo do quarto.

Para Harry, ela parecia estar normal, ele andou até a cama de Gina – que estava desocupada – e se sentou nela – ficando de frente a amiga.
-Ouvi dizer que você não quer tomar a poção sonífera.

-Não quero dormir – ela falou fracamente, olhando Harry. – Você já sabe do que aconteceu, então.

-Sim. Gina me chamou aqui.

-Disse que não era preciso incomodá-lo – Hermione murmurou virando-se para frente, olhando o teto.

-Não é um incomodo de qualquer modo – ficaram em silêncio, Hermione ainda examinando cuidadosamente o teto. – E como está?

-Estou OK – respondeu embora sem olhá-lo.

-Não acha melhor beber a poção? – perguntou casualmente. – assim, quando você acordar à noite se sentirá melhor e-

-Estou bem, Harry.

-Sim, eu sei – ele suspirou, mas ela não percebeu. – Você já disse isso, quando perguntei, mas deve estar cansada não? É nesse sentido que estou falando, claramente.

Hermione deu um sorriso forçado. – Não, não estou cansada. Obrigado pela preocupação, de qualquer modo.

-Vai ficar tudo bem – ele falou aproximando-se.

-Não sinto isso – ela apertou seus lábios. – Não me deixaram vê-los. Eu acho... eu acho que nunca mais vou vê-los, Harry.

-Não pense assim. Não pense nisso – ele apertou sua mão. – vai ficar tudo bem.

-Eu sei – ela balançou a cabeça de um lado para o outro. – É só que... do mesmo modo que sei que ficará bem, não é do modo que quero entende? Sei lá, no final das contas vai estar certo, mas eu não sei se ainda os terei, entende? – finalmente olhou pra ele.

-Você sempre os terá. Onde quer que estejam – ela suspirou.


-Se você precisar de qualquer coisa, Ok? Você assim como Rony podem aparecer a qualquer hora – ele falou lhe dando um abraço. Enquanto Gina entrava com uma bandeja.

-Deve estar com fome, acertei?

-Não – Hermione disse firmemente. Gina deu um muxoxo enquanto pôs a bandeja numa cadeira próxima. Harry tentou não rir.

-Já sabe não é? – Hermione assentiu. – Eu vou.

-Já? – Gina perguntou.

-Sim Gina. A Mione deve querer estar um pouco só.

-Sim. Ei, Harry. Pode vim aqui quando quiser, viu?

Ele apenas deu um pequeno sorriso.
***

Hermione abriu os olhos, cansada de fingir estar dormindo. A noite já estava bem avançada e Gina dormia na cama ao lado. Mas depois da notícia que tivera não conseguia dormir. Em todo momento se forçou a não chorar, ela não agüentava mais, os olhos marejando. Sem consciência, levou a mão à cabeça, suspirou uma vez mais e se levantou. Pôs uma roupa e prendeu o cabelo, pôs a varinha no bolso e se concentrando, aparatou.


Sem os óculos ele abriu a porta. E ela estava lá, mordendo o lábio inferior, os braços cruzados como que se protegendo, o nariz e os olhos vermelhos. Depois de um suspiro, ele não precisou de mais para abraçá-la, sentindo o corpo dela ceder, e quietamente ele a encaminhou para dentro e, tão quão quieta ela apenas aceitou.
Ele a sentou no sofá e voltou ao quarto, pegou seus óculos e depressa, foi para a cozinha, voltou logo depois com uma bandeja.

-Acho que seria bom você comer, o que acha? Pelo menos um biscoito – ele pediu quando ela balançou a cabeça. – Tudo bem – disse acariciando seus cabelos.

-Deve estar se perguntando o que diabos faço aqui, a essa hora – ela suspirou, ele a olhou firmemente.

-Não mesmo – respondeu com sinceridade. – Não fui eu que disse que estaria aqui para o que precisasse? – ele murmurou levantando seu queixo. Ela assentiu. – Então vem cá – ele abriu os braços. – Me dá um abraço.

Hermione ficou no mesmo lugar. Imóvel.
Então Harry se aproximou e a abraçou. Ela fechou os olhos por um momento, perdida. Só sentiu estar agarrando com força sua blusa, e enterrando o rosto na curva do pescoço dele, e sentiu lágrimas, sentiu medo, mas não sentia mais frio... E ela o ouvia, as palavras serenas, amenas, reconfortantes. Algumas vezes suas palavras sendo abafadas pelos soluços dela. Mas ela não ousava soltá-lo, sentia sua mascara se ir com as lágrimas, todo medo sendo expressado, toda sua angustia... Não queria mais guardar consigo.

-Eu não sei... – sua voz falhou.

-Está tudo bem. Vai ficar bem. Nós faremos ficar. Eu farei.

Ela não precisava bancar a forte. De algum modo ele sabia o que ocorrera, ela sentia.

-É estranho, Harry. Eu me sinto perdida... Não sei o que fazer, é tudo tão nebuloso – ela falava entre soluços.

E por todo tempo ele a ouviu, sem nada dizer. Era tudo o que precisava. Ela adormeceu.
Olhando-a por um momento, Harry soube que a amiga estava finalmente dormindo. Ele secou seu rosto e a deixou no sofá por um momento, voltou minutos depois com um cobertor, que logo cobriu a amiga e ele a pôs no colo. E aparatou.
Sentiu aliviou por Hermione não acordar e pelo quarto onde estavam encontrava-se em penumbra... Acostumando os olhos a falta de luz, passou a andar ao encontro da cama que deixaram para Hermione. A deixou ali, tirou os sapatos dela pondo embaixo da cama. E a olhando, arrumou o cobertor que havia posto nela, lhe cobrindo novamente. Franziu a testa e tirou a varinha do bolso dela, soltou seu cabelo, deixando o laço dela na cabeceira da cama.
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(continua)
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Espero que tenham gostado :mrgreen:
Bem ‘light’, né?
Desculpem os erros.
Comentem, por favor.
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Bruninha! Parabéns miga!!!
Esse cap. é dedicado a você tá?
E não para de escrever não porque eu to amando suas fic's! Não to conseguindo postar porque não to com tempo mais to adorando!!!
Beijão. Parabéns mais uma vez!


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