Depois Daquela Noite



Eu juro que não faço por mal... (talvez só uma pontinha de mim... :twisted: ).
Mas me desculpem, eu to em prova. Na verdade eu vivo em prova... (pra variar... :roll: ).
Mas olha só: Eu to aqui com mais um cap. (que eu fiz agora enquanto deveria estar estudando para a prova de biologia que tenho amanhã.



Capítulo 15 – Depois Daquela Noite

Hermione acordou sentindo a cabeça estrondar. Mordendo o lábio inferior se esforçou para abrir os olhos. Eles pesavam, e arderam demais quando fez contato com a janela aberta. Ela gemeu baixinho, franzindo a testa e tentando se acostumar com a luz do lugar, ela nem se mexeu.
No fundo da sua mente algo ainda continuava martelando, ela sabia que era a porta do lugar – “se é que há porta”, pensou consigo. -, que alguém batia nela. Mas sentia-se exausta e enjoada demais para mover até mesmo suas mãos. Entretanto, a pessoa insistia e insistia tanto, que a mulher já estava se irritando.
Tudo passou quando, repentinamente, algo do seu lado se moveu. Hermione olhou de lado e, para seu horror, havia alguém. E estava se sentando.
Ela entrou em pânico se perguntando onde estava, mas nem se deu ao trabalho de olhar a volta, pois, do contrário, teria percebido que estava instalada em sua própria cama... A morena respirou fundo, fechando os olhos. Qual era a última coisa que se lembrava? Ela parou de tentar pensar, mas outro pensamento lhe atingiu como uma fecha: Quem estava ao seu lado?

Por outro lado...
Harry ouvia um barulho distante que parecia, a cada segundo, aumentar, isto é, se aproximar. Ele, todavia, queria dormir. E se não fosse esse barulho irritante, tudo estaria no mais absoluto silêncio, possibilitando o seu desejo.
Ele pôs a mão para fora da cama e tentou acertar o despertador, precisava apenas de mais cinco minutos, só. Esticando a mão, não encontrou nada... Que estranho.
Então não era o despertador? Mas então...?
Harry tentou procurar novamente, deveria ter errado o alvo, procurou, procurou... e nada. Abriu os olhos por fim, se arrependendo terminantemente, sua cabeça doía tanto... Quando restabeleceu o que lhe sobrava de sua vista, olhou para o lado, onde deveria estar o despertador, não havia nada ali, além de uma escrivaninha e seus óculos postos cuidadosamente sobre ela. Respirou fundo antes de se sentar.
Afinal, onde estava?

“Certo, se olhar pro lado, tudo iria se esclarecer” pensou mordendo o lábio inferior. Respirando fundo, ela esticou um pouco a cabeça e suspirou aliviada.
Era apenas Harry... Quantas vezes dividiram a cama? “Graças a Merlim!” pensou, um grande alívio percorrendo seu corpo.
Ela abriu a boca para lhe desejar bom dia, mas um flash veio a seu cérebro. “O corpo de Harry tão perto do seu, um beijo – ‘isso não deveria ter acontecido’ – o sofá, o tapete, as escadas... a porta, o sofá de seu quarto, o chão... –”!
Depois dessa rápida retrospectiva (“revelação”) tudo que a mulher conseguiu pensar foi:

-Er... Como paramos na cama? – o que ela não esperava é ter [i]dito[/i] de fato. Hermione soltou um gemido imperceptível.

O que ela tinha na cabeça? Quer dizer, ela *passou a noite*, dormiu com Harry Potter!
“Ou quase isso” pensou maliciosamente. Depois se arrependeu do pensamento e seu rosto transmitiu Horror... por um segundo, até lembrar de como Harry havia retirado seu vestido...

Harry olhou para o lado rapidamente. Sim, era realmente Hermione quem falava. Ele a olhou diretamente por um minuto ou dois, suas expressões variando de calma, para confusão, depois para entendimento e finalmente para choque. Hermione riu, foi a única coisa que lhe veio a mente depois de ver Harry desse modo, ele nunca entrava em choque. Sentindo-se estranhamente alegre, ela falou de novo.

-Bom dia.

-B-bom dia, acho – franziu a testa. Harry abriu a boca, mais o barulho que os havia acordado voltou, ambos olharam para a porta. Eles entreolharam-se.

Hermione resolveu levantar, mas parou no meio do caminho. Foi a primeira vez que Harry riu, a morena corou fortemente.

-Desculpe – murmurou olhando-a. – Eu não me segurei – e dando mais uma risada, o homem se levantou e pegou seus óculos. Enquanto, desesperadamente, a morena procurava o sutiã pela cama. Não antes de dar uma espiada no moreno, mas Harry estava de cueca.

Ele abriu a porta com cautela. E no instante seguinte havia uma mão que segurava o vestido, que na noite passada Hermione usava, pela brecha que Harry havia deixado.

-Você perdeu isso? – Marcy perguntou animadamente. Harry virou-se olhando, desse modo, para Hermione.

Que desistiu do sutiã e já havia amarrando o lençol ao corpo, como um vestido. E dirigia-se para a porta. – Obrigado Marcy – falou pegando o vestido e tentando fechar ar porta.

-Ei. Tenho que falar com você.

-Não vai dar agora – respondeu fitando Harry da cabeça aos pés.

-Mas Hermione – Marcy empurrou a porta. Com rapidez e força tamanha, Harry puxou Hermione para sua frente, agarrando sua cintura com se dependesse de sua vida. – Ops. Eu não queria atrapalhar – falou com um sorriso sem graça. – É que depois dessa noite, eu pensei que vocês... – eles enrubesceram - er, você sabe. Bom, eu já vou indo...

-Me desculpe!

-Tudo bem, Harry. Mas bem que eu avisei que um dia a Marcy poderia te pegar desse jeito.

-Não era bem disso que eu estava falando... – suspirou arrepiando *ainda mais* o cabelo.

-Não se preocupa ta Ok? – tocou sua mão. – Foi uma noite. E só. Nós estávamos com um teor alcoólico elevado no sangue – Harry sorriu. – E aconteceu, hã, sem querer.

Harry balançou a cabeça negativamente. - A verdade é que eu não consegui manter minhas mãos afastadas de você por muito tempo.

A morena ergueu a sobrancelha rindo. – Se você prefere falar desse modo...

-Foi o seu vestido, Mione! Eu disse que ele tinha poderes sobre mim.

-Eu percebi, quando você o tirou – retrucou contendo o sorriso, enquanto Harry sentia o gosto queimar. – Acho que você já aproveitou bastante meu quarto, com licença?

Ele a olhou por mais um minuto. – Harry, está tudo bem, mesmo. A gente não vai mudar por causa de uma... ou quatro transas... Ainda somos amigos, você sabe – disse nervosamente colocando o cabelo para trás. Estava sentindo o corpo tremer por aquele olhar dele, ele estava novamente tentando decifrá-la e da última vez que isso aconteceu... bem, eles terminaram na cama.

-É impressionante como você sempre fala o que quero ouvir – a abraçou. – Certo – falou um tanto constrangido. – Vou deixá-la em paz.

-Você bem que poderia fazer o café da manhã – pediu pensativa.

-Tudo bem, mas vê se não abusa.

-Sei que você ainda vai me agradecer por isso. Agora vamos! Compre logo. Ou eu compro e invento uma data para lhe dar.
“E não é que a Gina estava certa?”
***

E os dias passaram com piadinhas de ambos os lados. Vez ou outra Harry e Hermione suportavam piadinhas maldosas de Marcy. Mas fora isso estava tudo “quase” Ok.
Hermione nunca seria mais a mesma, e sentia isso. Harry, tão pouco. Por isso o quase. Quer dizer, ela não poderia ser mais a mesma, porque quando ela tentava lembrar do seu amor platônico, quase poderia sentir as mãos do moreno trilhas caminhos por seu corpo. Você pode pensar que aquilo se resumia mais ao desejo, mas não era, ainda mais quando se tratava de Harry.
*

Aparatou.
A casa estava vazia. Ele estava sozinho.
Harry sentou-se no sofá, mexeu a varinha para ligar o som, retirou os óculos e fechou os olhos. A gravata sem cerimônia removida, os sapatos, já descalçados.
Dia cansativo.

“O corpo de Hermione tão perto do seu, um beijo – ‘isso não deveria ter acontecido’ – o sofá, o tapete, as escadas... a porta, o sofá do quarto dela, o chão... –”! Ele abriu os olhos.
E, por fim, ele entendeu a pergunta dela. Como pararam na cama?
“Como paramos na cama? Como?”.

Os pensamentos dele sendo esquecidos quando duas mãos cobriram seus olhos.
-Mione? – perguntou duvidoso ela não tinha esse costume. Esse costume era de... – Gina?

-Ah. Pensei que não iria acertar – fez biquinho. – Como vai Harry?

-Estou bem. E você? A Mione não está.

-Estou bem. Eu vim para vê-lo – disse sorrindo. – Não atrapalho né?

-Claro que não. Você nunca atrapalha – a ruiva deu mais um sorriso. – Quer alguma coisa? – perguntou se levantando e indo a direção da cozinha.

-Não precisa – disse segurando seu braço. – Eu só queria dizer uma coisa – ela o soltou. – Bem, fazer...

-Sim? Alguma ajuda em pesquisas?

-Não - Harry franziu a testa. Gina suspirou. – Vou tentar... – ela se aproximou perigosamente. – Ser bem clara – e seus lábios tocaram o de Harry.

A mulher sentiu-se aliviada quando Harry, simplesmente, correspondeu. Merlim, ele era tudo que imaginava... Gina tocou seu rosto acariciando-o. Aquilo tudo era tão inexplicável, delicioso... Ela poderia ficar horas com Harry, desse modo. Mas isso não aconteceu, fora ouvido um barulho de chicote, e eles tiveram de se separar.

Hermione estacou no chão, olhando-os sem reação alguma. – Me... me desculpem eu, er – ela deu as costas e subiu as escadas.

Harry se afastou de Gina, indo ao encontro da amiga. Deixando a ruiva sem nada entender. Hermione, por sua vez, tentava voar enquanto subindo as escadas, sentindo o corpo tremer em náuseas, não se lembrava de sentir tanto nojo de algo como aquela cena... Ela fechou a porta, encostando-se a porta. Logo, no entanto, se afastou, lembrando de Harry junto a si ali. Ela expirou com força, aquela dor tinha de parar.

-Hermione? Posso entrar? – era Harry. A mulher fechou os olhos por um momento e tentou ao máximo se acalmar.

-Entre – antes que ele falasse, porém, ela o fez. – Me desculpe, Harry – ela falou rapidamente. – Não foi minha intenção atrapalhar-

-Você nada atrapalhou – cortou. – e não precisava ter subido, a casa também é tua.

-Se não reparou, não quis dar uma de vela – replicou sarcasticamente, sem se conter. Ainda sentia-se ferida mesmo sabendo que Harry não tinha culpa, assim como Gina. Mas aquilo era uma mágoa que veio sem permissão.

-Você não seria uma vela – ele suspirou.

-Só veio aqui pra dizer isso – indagou o fitando. – Que a casa também é minha. Para não me importar com seus “amassos” no meio da sala? – Hermione havia tentado ao máximo se livrar do ciúme, definitivamente fracassou.

-Não são “meus ‘amassos’” – reclamou – até parece que trago mulheres sempre aqui – reprovou. – Além do mais estamos falando da Gina – Hermione ignorou toda fala de Harry. – E nós, Gina e eu, não estamos namorando, juntos, ficando, nos amassando ou seja lá como você queira denominar!

Ela riu. – Entendo.

-Sua ironia me comove.

-É difícil acreditar em suas palavras quando eu vi.

-Pois o que quer que tenha visto, sua opinião foi precipitada.

Hermione ia retrucar, desistiu. – Você não me deve explicações – sorriu radiante para si enquanto falava.

-Certo – falou lentamente. – Vou falar com Gina.

-Não sei por que saiu de lá.

Harry se voltou para a morena franzindo a testa, mas não soube o que responder. Ele não tinha idéia do que fazia lá, pra ser sincero. Balançou a cabeça e se retirou.
Hermione pegou a varinha e enfeitiçou a porta, trancando-a e lançando sobre o quarto um feitiço silenciador. Ela sentou-se de fronte a escrivaninha, tinha a impressão que suas pernas não agüentariam seu peso. Quando se olhou no espelho não sentiu vontade do chorar, sentiu vontade de esmurrá-lo – o espelho -, e o fez.

-Reparo – e novamente ela o quebrou com um soco. E suas mãos sangravam, mas não sentia vontade de parar. – Reparo – e mais uma vez. – Reparo - ela continuou, até reparar a dormência em suas mãos.

Hermione sentia tanta raiva de si... Olhando para as mãos feridas. Doíam, de todo jeito, não tinha importância de fato.
Nem aquela dor fazia seu coração parar de gemer, ele estava mais estilhaçado que os cacos que outrora estavam por toda parte.
As mãos sangravam, e ela só conseguia olhá-las como se não existissem, mesmo enquanto as mesmas latejavam. Com um feitiço, as curou.
“Então a medicina bruxa serve para isso...” pensou com ironia. - Sem marcas – falou quando observou de perto as mãos.

“Mas não quero algo para o físico. Quero minha alma de volta, sem marcas. Ninguém pode fazer isso, não é?” sentiu a garganta queimar. “Ninguém pode me tirar dele

-E eu me odeio por isso. Por me deixar apaixonar. Por não resistir por mais tempo.

“Resistir por mais tempo” sorriu com amargura. “Isso pode ser feito?”

-Responda-me Srta. Perfeição – questionou olhando o espelho. – Isso pode ser feito?

Se você pudesse entrar na minha cabeça, me diga, você ainda iria
Me conhecer?
Se você acordasse na minha cama, me diga, então você iria me
Abraçar?
Ou você iria apenas deixar isso seguir, me deixando lá para
Perguntar porquê
Não consigo te tirar dessa cabeça que eu chamo de minha
E eu vou dizer


“É fato que estou incondicionalmente apaixonada por Harry. E não sei até quando. Não sei se irá passar. Eu só queria que, todas as vezes que o olho, não sentisse vontade de tocá-lo.
Que não sentisse vontade de beijá-lo, senti-lo e muito menos de estar perto dele. Eu queria não sentir nada. E quando me afastasse, que não sentisse nem saudade, nem desmazelo por mim quando penso nele.
Não queria chorar quando ele me magoa, e muito menos me ferir, ou feri-lo. Queria poder ignorar quando ele o fizesse, ou melhor, queria que ele não tivesse esse poder, de me magoar.
Queria sair de seu mundo e não sentir remorso, e não pensar que poderia ser mais feliz ao seu lado. Não queria criar ilusões, ou sonhar com ele. Preferiria não ter coração, eu acho...
Queria poder desprezá-lo. Será que assim, ele finalmente olharia para mim?
Deveria me afastar. Queria ter tanta coragem para isso”.

A mulher abaixou a cabeça. “Eu só queria que ele sentisse, pelo menos, uma pequena parcela do que eu sinto”.
*

Quando se despediu de Gina, alegando não se sentir muito bem, Harry estava muito confuso para prestar atenção no que a ruiva dizia.

Oh não, eu não posso te deixar ir, minha garotinha
Porque você está sustentando meu mundo, então eu preciso de
você
Sua imitação do meu jeito de andar e a sua maneira perfeita de
falar
São apenas duas das milhões de coisas que eu amo em você


Ele ainda não sabia porque havia tentado explicar para Hermione alguma coisa.
“Não havia nada para explicar” pensou irritado. “Ela me viu beijar Gina. Fim da história”.

-O que poderia explicar, seu idiota? – perguntou para si mesmo enquanto se olhava no espelho do banheiro de seu quarto.

“Que tal: Hermione, eu não beijei a Gina, eu só correspondi” pensou ironicamente.

-Imbecil, imbecil. Ela não queria saber. E você não devia explicações.

“Por que não? A casa é dela também”.

A boca é sua, veio a resposta como um sussurro. Harry apenas sentiu, naquele momento, que precisava se explicar. Era isso. Mesmo não sabendo o porquê e o que explicar.

“Sinto-me culpado”

-Por que?

E então ele lembrou de Hermione. Sua amiga, a melhor. Ela era realmente uma grande mulher. Era especial. Sua melhor amiga.
Ele amava o jeito responsável e muitas vezes mandão dela e principalmente quando ela amolecia, preocupada... Era tão inteligente.
“E realmente havia ficado muito sexy naquele vestido preto” complementou.

Suspirou balançando a cabeça. Hermione não era apenas corpo. Além do que ele não tinha o direito de pensar pensar essas coisas.
*

As horas passaram se arrastando até a hora que costumavam jantar. Hermione não queria ficar mais presa em seu quarto. Talvez chegando a cozinha se animasse a comer...
Desceu as escadas procurando qualquer movimento, não encontrou até chegar à cozinha.

Harry estava no balcão, comendo.

-Acabei de fazer, não sabia se queria. Se quiser, é só se servir.

-Não estou com muita fome – disse o olhando. – Só vim beber um copo de suco, tenho uma pesquisa longa para fazer e não quero perder tempo. Você sabe como sou.

-Eu sei – disse voltando a comer. – demais.

-Boa noite. Eu-

-Vai pro seu quarto – ele respondeu. – Noite.

E era assim que ela se escondia, sempre. Em pesquisas, estudos... Ocupava a mente. Libertava-se da presença de Harry. Por horas a fio.

Então eu preciso de você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você


A porta rangeu, mas ela não se importou, a leitura estava em um ponto importante, e deveria ser apenas Bichento.
No entanto batidas na porta fizeram-na franzir a testa. Era Harry, novamente. Em uma das mãos uma bandeja, a morena piscou por alguns segundos tentando compreender a cena.

-Achei que poderia estar com fome. Não comeu nada desde que chegou em casa.

-Você não precisava se preocupar.

-Mas me preocupe, está bem? Agora, você come um pouco pelo menos e depois, se quiser, continua a sua pesquisa interessantíssima.

Suspirou. –Está bem.

-Isso, minha garotinha – disse como um pequeno sorriso.

Hermione fingiu não ouvir, o moreno algumas vezes lhe chamava assim, “minha garotinha”. Para acordá-la ou nas vezes em que lhe colocava para dormir. Quando ele estava alegre, quando fingia lhe dar uma bronca. Quando estava cansado...

Tudo bem, talvez algumas vezes se esquecia tanto de si que Harry lhe trazia de volta a realidade. Lembrando que ela era de carne e osso e tinha algumas necessitava imprescindíveis, como comer por exemplo.

-Obrigada.

-Não há de que. E agora, boa noite – e ele se retirou, assim como encontrou.
*
E se eu pulasse da Ponte do Brooklyn, me diga, você ainda iria
Me seguir?
E se eu te enlouquecesse hoje, me diga, você iria me amar
Amanhã? por favor
Ou você iria dizer que você não se importa e então iria me
Deixar parado aqui?
Como o bobo que está se afogando em desespero e gritando...


E o outro dia veio, com uma noite mal dormida para Hermione. Ela agradeceu a Merlim por não ir trabalhar hoje... E a morena nunca fazia isso.
“Sintomas de Potter” pensava balançando a cabeça.

Sintomas de Potter era a “crise” que algumas vezes lhe atacava, na maioria das vezes com os mesmos sintomas: olheiras, falta de apetite, certa angustia, ansiedade ou depressão... Algumas vezes agitação e agressividade. Dores no corpo. Que muitas vezes – para não dizer todas - coincidiam com sua época mais sensível do mês.
Harry, no entanto, compreendia bem estes períodos mensais... “Semana de cuidados especiais” ele sempre pensava.

Talvez Hermione estivesse mesmo muito mal acostumada, mas quem poderia culpá-la? Nessas épocas Harry fazia todas as suas vontades. E fica sempre perturbado quando ela sentia alguma dor.

“Era uma graça” pensou ela. “Tenho que admitir”.

E por fim ela chegou na cozinha, onde havia um recadinho.

Hoje eu trabalho até tarde, então você tem que fazer o jantar.
Por favor, vê se se alimenta...
Bom, fiz café para você. Cuide-se
Bom dia,
Harry.

P.s.:Espero que tenha bons resultados na pesquisa. Se precisar de minha ajuda me manda uma coruja.


Hermione revirou os olhos. Não era tão criança, poderia ficar um dia sozinha em casa. Algumas vezes Harry parecia pior que sua mãe.
*

-Oi.

-O que estão fazendo aqui?

-Sim eu quero entrar, obrigada pelo convite – Marcy respondeu brincalhona. Hermione revirou os olhos, lhes cedendo espaço.

-Como vai o dia?

-Até agora? – perguntou sarcástica.

-Owh. Alguém está perigosa – Marcy murmurou.

-Viemos conversar um pouco.

-Eu pensei que hoje era seu Platão, Gina.

-Troquei.

-Hum, querem alguma coisa?

-Um chá estaria bom pra mim – Marcy disse.

-Taí. Também vou de chá.

-Vamos para a cozinha! – a mulher trouxa exclamou.

-Que animação para ver uma cozinha.


-E o que vocês querem, afinal?

-Eu não sabia que era proibido vir visitar uma amiga. Pra apenas bater papo.

-Ah... certo. E o que querem falar?

As outras se entreolharam.

-Não tenho idéia – Gina falou por fim.

-Mas eu sei – Marcy falou apontando para si. – Gina, querida. Você não sabe o que aconteceu por aqui dia desses.

-Mas eu sei que você vai me contar – Gina sorriu marotamente.

-Anrhã! – parou fazendo suspense. - Uma boa festa!

-E como você não me convidou? – a ruiva perguntou para Hermione, sem estar chateada de verdade. A morena olhava sem entender para Gina.

-Uma festinha particular – continuou Marcy. – A dois, melhor dizendo – Hermione engasgou com o próprio chá.

-Ah é? – indagou com curiosidade olhando Hermione com grande curiosidade.

-Owh, sim! Você não sabe da missa um terço, querida!

E Hermione viu Marcy contando, detalhadamente, como havia encontrado seu lindo vestido preto perto do frigobar... E os ruídos muito peculiares que vinham lá de cima. E como, no dia seguinte, viu Harry e Hermione numa intimidade tremenda.

A morena tentou parar de tremer. Respirou fundo e encarou Gina, por fim.
A culpa não era sua, e, além do mais, Gina não era “dona” dos olhos verdes não é? Pensando bem, Hermione “esteve” com Harry antes de Harry beijá-la (ou vice e versa). Gina, por sua vez, estava sem expressão alguma.
Por um momento, a mulher de olhos castanhos se congratulou. Sentia-se extremamente revigorada com o pensamento de que não tinha culpa e que muitos menos se arrependida.
Sabe aquele sentimento de que um dia você cansa de pensar primeiro nos outros, era parecido o que lhe aquecia o coração nesse momento.

-Mas não foi proposital – disse tirando o orgulho e ciúme da cabeça. – Nós estávamos bêbados. Não lembramos de quase nada – Ok. Era uma mentira. Colossal. Aquela coisa, ajudar os outros primeiro, estava voltando.

-Vocês estavam bêbados? – Gina falou incrédula.

-Sim Gina, nós tínhamos ido comemorar a minha promoção. E nos excedemos. Acontece.

-Não quando estamos falando de Hermione Granger.

-Sou de carne e osso.

-Quem pôs isso na sua cabeça? – Perguntou uma Marcy irônica.

-Harry Potter sempre me lembra – retrucou secamente.

-Eu imagino – riu-se Marcy. A morena a olhou repreendendo. – Brincadeira.

-Garotas eu preciso ir.

-Mas já? – mulher trouxa falou.

-Mamãe, sabe como é, Mione – Gina argumentou olhando-a diretamente.

-Sei.

-Até... outro dia – e aparatou.

-O que você tem na cabeça?

-Não fiz nada.

-Vai espalhar para toda Inglaterra que eu dormir com Harry?!

-Ei! Calma – franziu a testa. – Era só a Gina. Pensei que fosse sua amiga.

-Ela é.

-Então? Qual o problema?

-O problema! O problema é – Hermione bufou com as mãos na cabeça. – esquece – respirou fundo. – esquece.

-Meu Deus! Quando drama.

-É melhor você ficar calada, Marcy – replicou lentamente.

-Não está mais aqui quem falou.

-É melhor mesmo. Se não for pedir muito você pode sair? Você não precisa sair da casa, só da minha frente por, pelo menos, cinco horas.

-Você não está muito bem, sabe?! – Hermione a encarou. Alguma coisa em seus olhos espantaram Marcy da cozinha.

-E vê se não abre a boca.
*
-É melhor você não chegar perto da Hermione hoje.

-O que foi?

-É que... Ah, nada. Só intuição... feminina, você sabe...

Harry franziu a testa.
Oh não, eu não posso te deixar ir, minha garotinha
Porque você está sustentando meu mundo, então eu preciso de
você
Sua imitação do meu jeito de andar e a sua maneira perfeita de
falar
São apenas duas das milhões de coisas que eu amo em você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você


-Você comeu?

Hermione pulou. –Você quase me matou de susto – falou com uma gota de irritação.

-Você comeu?

-Comi.

-Menos mal. A Marcy parecia um pouco assustada quando a vi, você sabe o motivo? – ergueu a sobrancelha.

-Não tenho idéia - contestou calmamente.

-É. Tem razão, pergunta tola, porque logo você saberia?

-É. Por que?

-Tudo bem, minha garotinha. Tenho uma coisa pra você...

-Tem? – indagou fingindo não se interessar.

-É. Assim, quem sabe uma caixa de um certo bombom da Dedos de Mel. Que uma tal de Granger gosta. Você conhece?

-Eu não posso comer.

-Oh não! – falou ele pondo a mão na boca. – eu esqueci que você pode engordar.

-Não tenho tendência para engordar, você sabe disso.

-Então... Deixe-me ver... Por que a Granger não pode comer? Colesterol? Não, não! É espinha, não é?

-Me passa a caixa. Acho que eu posso encontrar essa tal de Granger – ela abanou as mãos. – Você sabe, assim, às vezes ela anda comigo.

-Hmm, ta bom. Mas não esquece de dizer que foi o Potter viu? O Potter. Dá para lembrar desse sobrenome?

-Hmm? Potter... Potter. É acho que dá pra lembrar.

-Certo então. E diga a ela também, para comer depois de cada refeição e que se não fizer apreciá-los sozinha, chame Potter que ele ajudará com prazer.

-Tenho certeza que ela irá pensar no caso dele – sorriu. – E o trabalho?

-Como sempre...


-Cansativo e prazeroso – disseram juntos.

E assim o jantar foi feito e a conversa rolou até altas horas.

Eu estou sozinho
Eu estou sozinho
Eu estou sozinho
Oh não, eu não posso te deixar ir, minha garotinha
Porque você está sustentando meu mundo, então eu preciso de
você
Sua imitação do meu jeito de andar e a sua maneira perfeita de
falar
São apenas duas das milhões de coisas que eu amo em você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você
Então eu preciso de você

******
(continua)
*******
Me desculpem algum erro gritante, mas eu não corrigi...
Comentem tá? Por favor :oops:
:mrgreen: cap. estranho, mas tuuudo bem... :mrgreen:
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Música do 3 Doors Down - So I Need You (tradução)

Essa música não é não é uma graça?
Achei supercompatível com o cap...
Vai saber, eu sou meio louca mesmo :roll: :oops:

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