Sonhos Desfeitos



N.A.1:Bem... Eu pus um item na historia que não funcionaria em um lugar bruxo qualquer, mas como estamos falando de uma embaixada espera-se que funcione. Até porque ela precisa se comunicar com a não bruxa.

N.A.2: sorry, mas o próximo capítulo vai demorar. Porque primeiro eu preciso fazer o de Nossas Vidas e estudar pra facul, além dos cursos é claro.

Por isso espero que vocês sejam caridosos e tenham pena de mim, deixando reviews. Porque ai eu vejo que tem gente lendo, gostando e que deseja o próximo capítulo e dessa forma eu meio que me sinto no dever de escrever, porque vocês estão esperando.

Acho que esse capítulo deixa a desejar e aviso que até agora eu não sei qual é meu predileto se esse ou o anterior.

É isso e Boa leitura!

Capitulo II: Sonhos Desfeitos

Sentiu como se uma porta se fechasse em sua vida. Levantou a mão pra bater e entrar. Falar para Hermione que aquela atitude era ridícula e que ela deveria deixá-lo entrar. Afinal aquele quarto também era seu.

“Correção Harry: o quarto é dela, assim como a casa e todo o resto!” Pensou.

Abaixou a cabeça e fechou os olhos. Ainda podia sentir os lábios dela, vibrava ao lembrar do toque dela em seu peito. Quase perdera o controle e a levara pra cama. Arrancando aquele robe transparente e a camisola de seda. Beijando-a e fazendo o que seu corpo pedia desde que fora embora há dois meses. Virou-se e entrou na porta em frente. Nunca pensara que iria dormir naquele quarto sozinho. Só havia estado ali uma vez e seus gritos fizeram com que Hermione dormisse ao seu lado, segurando sua mão e com a cabeça dele no colo.

Fora uma noite tranqüila para ele. Percebera que as mãos dela em sua cabeça era um toque mágico, reconfortante... “Doces lembranças” pensou enquanto entrava no quarto.

O perfume do lugar fez com que ele logo dormisse. Em seus sonhos estava em outro quarto. Estava com ela e tinha uma noite maravilhosa. Acordou com o suor lhe escorrendo pela testa. Fora tão real que chegou olhar pro lado a procura dela.

“Droga, porque eu tinha de acordar na melhor parte?” Pensava.Levantou-se jogando a coberta em seus pés. Passou a mão nos cabelos deixando-os mais revoltos. Ia pegar seus óculos na mesinha quando se lembrou que estavam no quarto em frente. Deu um sorriso.

“Ótima desculpa Potter” pensou andando até o outro quarto. Abriu bem devagar a porta pra não incomodá-la. O abajur estava aceso iluminando o rosto dela. Pegou os óculos e a olhou. Dormia encolhida e com a face vermelha. “Ela chorou” viu a fronha molhada e percebeu que ela havia adormecido enquanto chorava. “Chorou por minha causa... novamente!” Uma dor aguda se apossou de seu peito.

Derrotara Voldemort porque havia feito uma promessa a si mesmo quando os pais dela morreram.Não a veria mais chorando, não por causa dele. Não importava se era direta ou indiretamente. E foi o que ele fez. Havia matado Voldemort e graças às comemorações de seu primeiro aniversario de morte ele e Hermione estavam juntos hoje.

Aquela era uma data comemorativa em todo mundo bruxo. Sempre que essa data se aproximava ele tinha o serviço redobrado. Um serviço que o deixava cansado e com vontade de chegar em casa todo dia. Porque aquela era a verdade. Ele queria vê-la todos os dias. Ficar ali, ao lado dela, porque aquele era seu lugar. Mas como poderia viver ali sabendo que a qualquer momento um novo bruxo sedento de poder poderia aparecer? Que poderia fazer algo contra ela e...

“Você tem de viver como Harry Potter e não como o menino que sobreviveu” ela o havia dito uma vez.

Ajeitou uma mecha de cabelo que estava caindo em seu rosto. Ela tremeu ao sentir o toque e se encolheu. Resolveu cobri-la. Debruçou-se sobre a cama e beijou a testa dela.

- eu te amo Hermione...

Pode vê-la sorrir e suspirar murmurando.

- eu também te amo Harry...- ela se virou em meio ao sono - também te amo...

Sorriu e levantou saindo do quarto. Parou indeciso sem saber o que fazer. Não tinha mais sono. Este há muito o havia abandonado. Só conseguia dormir tranqüilo ali, naquele quarto. Onde sonhava com o futuro deles. Quando a ouvia fazer planos... Planos...

Como poderia continuar enganando-a? Pra dizer a verdade tentava enganar os dois. Estendeu o olhar e viu um homem refletido no espelho que ficava ao lado da escada. Um homem grande, olhos verde esmeralda, com cabelos desgrenhados que juntos faziam com que as mulheres suspirassem e o chamassem de lindo, forte, corajoso. Endureceu o olhar. Era como se o outro lhe cobrasse explicações, atitudes!

Diminuiu a distancia e se encarou.

-tão forte Potter!Tão forte, mas não tem coragem pra tomar as atitudes certas! – se olhou no espelho de alto a baixo – com esse olhar é capaz de fazer qualquer um implorar misericórdia mesmo sendo inocente, mas não é capaz de intimidá-la, apenas de fazê-la sofrer!

Levantou o punho como se batendo no espelho estivesse se machucando, mas sabia que aquilo não ia adiantar muita coisa. Encarou-se e era como se pedisse socorro...

O que deveria fazer? Que atitude deveria tomar? Sentou abaixo do espelho. Encolhido como quando era criança e se escondia no armário, debaixo da escada, para que Duda não o machucasse, pedindo que seus pais aparecessem e o levasse dali, querendo uma família, um lar que o amasse e o desejasse, um lugar onde não fosse mais um intruso...

Os olhos arderam e as lagrimas caíram. Chorava como um menino. “Você age como um menino Harry” ela disse uma vez, quando ele falou que tinha vontade de tomar banho de chuva, no meio do gramado dela. Riram e ela o viu brincar como uma criança. Depois cuidou dele, no meio da noite, ao despertar em seus braços percebendo que estava febril.

Sentia-se mal por fazê-la sofrer. Sempre que precisava ela estava lá, pronta pra ele. Mas e ele? Será que quando ela precisasse estaria por perto? Ou estaria em mais uma missão, tentando salvar o mundo?

Decisões. Sua vida sempre dependeu que ele as tomasse rapidamente. Mas aquela ele não conseguiria tomar assim. Indo até a biblioteca procurou um pedaço de pergaminho. Acabou encontrando um bloco com uma caneta em cima. Nunca fora muito bom com palavras, mas tinha de começar por algum lugar.

“Querida Mione”, começou a escrever e parou. Porque escrever? Porque não falar pra ela? Teria uma semana antes de voltar ao ministério... Ou não teria?

Jogando a caneta na mesa, se recostou na cadeira levando as mãos ao rosto. Aquilo não era vida. Aquela incerteza o acabaria matando, em contra partida passara tanto tempo nessa incerteza que não sabia se era capaz de viver sem ela. Será que conseguiria passar mais algum tempo longe de Hermione? Olhou para o relógio no pulso e se arrependeu. Ele piscava e uma mensagem passava pela lateral dele. Assim como Hermione havia feito com aquelas moedas pra A.D. o relógio dos Aurores tinha um feitiço pra que mostrasse quando os seus serviços eram solicitados.

Era o fim de sua semana. Pegou a caneta e com novo animo escreveu uma carta pra ela. Uma carta onde tentava esclarecer os sentimentos. Lacrou –a e foi pro quarto.

Encontrou-a na mesma posição que havia deixado. Só de olhá-la tinha vontade de quebrar aquele relógio e esquecer de tudo que não fosse os dois. Entrou no closet e pegou uma roupa pra se vestir. Depois de três anos fazendo aquilo ainda não conseguia se acostumar com aquela cena. Era como se um pedaço dele ficasse com ela a cada vez que ia embora e depois daquela briga era como se todo o seu coração ficasse ali.

Tomaria uma atitude sim e o mais rápido possível. Da próxima vez que viesse não a deixaria mais no meio da noite. Ficaria ali, o resto da noite e ela não precisaria se preocupar se ele ia ser ferido ou não. Ia pedir pra ser transferido ainda hoje. Ficaria com ela, sim, com ela. Porque tinha um lar. Hermione era seu lar. A família que tanto desejava. Seu porto seguro...

Voltou pra perto da cama e se sentou ao lado dela. Ficaria louco se algo acontecesse a ela. Pegou sua varinha conjurou uma rosa branca. Com um outro feitiço encheu o quarto de pétalas de rosas vermelhas. Pegou a rosa e pôs ao lado dela. No lugar onde deveria estar dormindo. No lugar onde tinha certeza que da próxima vez em que viesse iria usufruir, com todos os seus direitos. Beijou –a e se levantou. Abriu a porta e fez outro feitiço. Sorriu. Ao menos ela ficaria feliz em algum momento pela manhã. Olhou para a porta do quarto em que deveria ter dormido e lançou outro feitiço. Pronto. Agora só precisava ir embora. Uma ultima olhada e percebeu que deixara a carta ao lado dela. Com um ultimo aceno da varinha fez com que ela sumisse e um bilhete ficasse em seu lugar.

- até logo princesa...
****************
Hermione acordou sobressaltada. Ele estava ali, ao lado dela, ainda podia sentir os lábios dele em seu rosto.

-Harry! – falou acendendo o abajur.

Nada. Olhou a sua volta e percebeu que estava envolta em um mar de rosas vermelhas. Jogou-se de volta no travesseiro sorrindo. Respirando fundo pode sentir todo o aroma do lugar. O perfume daquelas rosas era algo muito reconfortante. Pegou o robe e viu a rosa branca com um pequeno bilhete.

“Jet’ aime”

Sorriu. Ele sabia ser romântico e também sabia que aqueles gestos a faziam querer esquecer os problemas, mas dessa vez não seria assim. Embora dar um beijo nele não fosse uma má idéia... Mas sabia o que aconteceria depois que ele acordasse com um beijo. O relógio marcava cinco horas. Resolveu se levantar. Não conseguiria mais dormir. Não quando sua cabeça doía por ter chorado até tarde.

A lembrança do motivo que a fez chorar doeu. Por um lado tinha Victor com uma proposta de felicidade eterna. Por outro Harry e suas idas e vindas.

Princesa... Era assim que ele a tratava quando estava por perto. Ela era sua princesa, ele dizia, porque se parecia com uma, porque a levava em seu peito como algo precioso demais pra ser compartilhado com os outros.

Abrindo a porta do quarto encontrou o corredor repleto de flores. Seguiu aquela trilha encantada com a sensação das rosas sob seus pés. “Macia e delicada como as pétalas de uma rosa” ele falara uma vez sobre sua pele. Entrou na biblioteca e se surpreendeu ao ver que ele não estava lá. Na mesa de mogno encontrou uma carta lacrada com o símbolo do anel dele, embaixo de outra rosa branca.

“Para Hermione Granger” de um lado e do outro “De Harry Potter”. Ia rir, mas ao pensar que ele poderia ter ido embora sem se despedir dela, novamente doeu muito.

- Harry! – chamou.

Como resposta ouviu um silencio profundo no local. Saiu da biblioteca e percorreu cada canto da casa a procura dele até que resolveu entrar no quarto de visitas. A essa hora seu peito doía. Doía porque ele não poderia ter feito aquilo com ela. Não agora quando eles iam ter uma conversa decisiva. Não agora quando ele não reagia perante a proposta de Krum, praticamente a jogando nos braços de outro. Não agora que ela o expulsara depois de dois longos meses de solidão do quarto dela.

Não bateu antes de entrar. Já imaginava que estava sozinha e entrou o chamando.

- Harry!

Respondendo-a encontrou outra rosa junto com outro bilhete. Abriu já imaginando o que leria.

“Mione, estou indo atender um chamado urgente, mas não esqueci da nossa conversa. Assim que resolver as coisas por aqui eu volto correndo.

Não sei se você já encontrou, mas eu deixei uma carta pra você na biblioteca.

Sinto muito por ter de partir assim, princesa...

Um beijo.
Harry”

Sentia-se como uma tola. Um boneco de marionete que ele dispensava na hora que bem entendia. Ele disse que voltaria, certo? Não seria boba a ponto de ficar esperando.Apesar de morrer de saudades não daria o braço a torcer. Ainda podia sentir o perfume dele entre os lençóis, prova de que mais uma vez ele esteve ali e foi embora sem falar com ela.Aquela cena já virara rotina em sua vida. Conseguia se recordar da primeira vez que voltou do trabalho, deprimida, porque sentia sua falta e o encontrou em casa.
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Com as pernas parecendo chumbo ela entrou em casa. Estava cansada e deprimida. Tinha o casaco na mão, quando viu o vestíbulo com um sobre – tudo. Um pensamento... Uma lembrança. Estranhamente, não teve medo. Não teve medo algum. Sem hesitar um momento jogou o casaco na cadeira ao lado da porta e entrou na sala. Ele estava lá, sentado no sofá, lendo o jornal. Devagar abaixou o jornal e sorriu.

- alô Hermione! – a cumprimentou como se fosse a coisa mais natural do mundo estar ali sentado. Ela não conseguia falar, olhando o rosto que lembrava tão bem, com o cabelo bagunçado como sempre.

- Harry!- jogou a bolsa e as luvas na cadeira – Harry! – repetiu, percebendo que ria estupidamente.

Sua depressão tinha sumido como fumaça e a alegria inundou-a. Ele levantou-se, quando ela foi em sua direção. Segurou as mãos estendidas dela e puxou-a para perto.

-não vou ficar aqui apertando suas mãos! – ele disse em seu ouvido e beijou-a na boca com determinação. Foi como se uma grande onda a engolisse. Os braços dela o envolveram e ela se abandonou no aconchego do corpo de Harry, sentindo uma grande euforia.

Ele sorria feliz quando finalmente se afastou dela.

- bem, foi uma recepção e tanto! Acha que pode tolerar minha companhia por alguns dias?

Então ele ia ficar? Ficar!

- oh, sim, é claro... Claro! Porque não me avisou que viria?

-queria fazer uma surpresa. Ver sua reação a minha chegada.

-então já viu!

- vi mesmo! – ele falou com bom humor.

A envolvendo em outro beijo lhe deu uma mostra de que aquele seria apenas um dos primeiros daquela noite.

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Tudo que ela não tinha quando ele ia embora era humor. Saiu do quarto decidida a esquecer que ele havia voltado na noite anterior. Continuaria levando sua vida e se ele iria voltar para conversarem que a esperasse. Por isso escolheria um tailleur neutro e chegaria normalmente no trabalho.

Desta forma Jacquie não poderia fazer insinuações como as da noite anterior e ninguém suspeitaria que ela Hermione Granger tinha um namorado secreto e que eles estavam brigados. Aquela situação sempre a deixava apreensiva. Tinha um romance secreto com o seu melhor amigo e este era ninguém menos que Harry Potter, o bruxo mais famoso dos últimos tempos.

Afinal, quem suspeitaria dela? A assistente pessoal do embaixador, a mulher mais profissional que eles já haviam visto. Séria e compenetrada, Hermione não dava brechas para que ninguém se intrometesse em sua vida pessoal e não seria agora que as coisas iam mudar.
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Harry olhou para o seu chefe. Não sabia que trocar de posto ia ser tão complicado. Havia chegado e ido direto falar com ele. Queria levar o café da manhã pra ela, ainda hoje se possível.

- como assim eu não posso deixar de ser um agente de campo?

- não é que você não pode deixar de ser Harry... É que eu preciso que você vá nessa missão. É muito importante...

- não, não é importante! – gritou pouco se importando se ele era seu chefe e se seus colegas ouviam.

-pense Harry... Você não tem ninguém. Porque tanta pressa?

Ele encarou o outro e o viu se encolher perante seu olhar

-se eu não falo sobre minha vida isso não é motivo para deduzir que não tenho uma vida fora dessas paredes!- passou a mão no cabelo impaciente – quero ter uma vida normal!

Charles o olhava sem reação. Se fosse outro auror já teria mandado se retirar de sua sala ou até mesmo o demitido, mas sabia que ele não estava errado. Harry também sabia disso e ao menos uma vez em sua vida ia se prevalecer de ser quem era.

-escuta Harry... Só mais essa missão e depois você se torna um agente fixo, OK?

-não brinque comigo Charles, não brinque comigo! – gritou e se aproximou do outro pra falar – ou você vai descobrir porque me chamam de Harry Potter, o menino que sobreviveu não uma, mas duas vezes!

Saiu da sala enfrentando olhares aturdidos de todos que cruzavam seu caminho.Todos sabiam que ele não agia daquela forma. Participou da reunião da missão com a mente longe. Queria ligar pra Hermione e lhe falar que não poderia aparecer que sentia muito, que assim que pudesse voltava...

Havia um telefone na rua em frente à cabine quebrada do ministério. Rapidamente, passou pelo aglomerado de pessoas que começavam a chegar pra mais um dia de trabalho. Já eram oito da manha e sabia que Hermione, assim como essas pessoas, não se encontrava mais em casa.

Cruzou a rua e pegou umas fichas que tinha no bolso.Discou o numero da embaixada. Sabia de co, apesar de nunca ter usado.

Um toque, dois toques, três...

-alguém atende, por favor...

Quatro toques...

- Embaixada Inglesa, bom dia!- a secretaria falou

- gostaria de falar com a senhorita Granger, por favor! - esqueceu de falar bom dia pra mulher, sabia, mas a situação não pedia educação - é urgente...

A mulher demorou a responder o que o deixou mais nervoso ainda

-quem gostaria?

- um amigo! -falou exasperado, já se irritando.

- a senhorita Granger parece que ainda não chegou, quer deixar recado?

Percebeu que se demonstrasse impaciência não ia conseguir nada e resolveu usar de todo o seu poder de persuasão. Respirou fundo, aquela era uma boa causa e ele não estaria falando nenhuma mentira. Pigarreou para limpar a voz e falou, no seu melhor timbre:

-bem... Senhorita, eu sou um amigo da senhorita Granger e eu sei que ela não é de se atrasar a menos que esteja doente e como eu a deixei em ótimo estado hoje pela manha, lhe garanto que ela esta ai sim. E ao menos que você queira vê-la muito, mas muito chateada, poderia me fazer à gentileza de transferir a ligação pro ramal dela?

A menina se assustou com aquela informação, da maneira que ele imaginou. Dava graças aos céus por não ter se identificado. Sabia que agora ela iria olhar para Hermione com outros olhos, a sabia. Relaxou quando ouviu aquela musiquinha chata de transferência de ramal, mas isso não durou muito tempo, pois sabia que a parte mais difícil viria agora...
******************
Hermione entrou animada em sua sala. Jacquie pedia informações de sua noite, imaginando que o seu "faraó" tivesse reclamado o posto. A amiga ainda havia feito uma piada pra descontrair e por isso Hermione estava esquecendo do que Harry havia feito quando seu telefone começou a tocar. Sentou-se em sua mesa e viu Jacquie se despedir com um aceno em direção a sua sala.

-Hermione Granger, bom dia – silêncio... - alô?

- Hermione? Sou... - ela sabia quem era e isso fez com que segurasse o fone com força e o cortou

- eu sei que é você. O que foi? Pensei que anos no mundo bruxo tivessem feito esquecer como se usa um telefone.

Harry fingiu não ouvir o tom sarcástico na voz dela. Conhecia-a e por isso reconhecia que ela não estava de bom humor. Ela atendera o telefone de outra maneira. Ele a ouvira rir antes de falar com ele e a voz que havia atendido o telefone era risonha. Resolveu ir direto ao assunto.

- eu quero te avisar que eu vou ter de passar uns tempos...

- fora? – ela perguntou amarga – porque será que isso não me surpreende?

Ele fechou os olhos do outro lado. Não queria estar ali.Será que ela não entendia que ele queria estar com ela, que não queria aquela vida de andarilho mais, que estava disposto a mudar por ela? Pensando nisso ele se lembrou da carta, onde dizia todas essas coisas.

- Hermione... Você leu a carta que eu pus na biblioteca? - ela se encostou na cadeira e olhou para o jardim. O dia estava tão bonito.Queria tanto que seu dia também estivesse alegre daquele jeito.

- não Harry. - seu peito doeu - eu queimei.

Pode ouvir a respiração dele falhar do outro lado

- você o que?

- queimei, sabe... Jogar no fogo?

Harry se sentiu tão mal naquele momento que pensou que estavam lhe lançando uma maldição imperdoável

-escuta Hermione...

-olha Harry, eu acho que qualquer coisa que você queira me dizer não pode ser dito por uma carta. Chegamos em um ponto na nossa relação...

- não... Você não podia... - ela fingiu que não ouviu e continuou

- chegamos em um ponto Harry onde somente uma boa conversa pode resolver e acho que qualquer coisa que você tenha a me dizer se não foi dita até agora pode esperar e ser dita pessoalmente.

Dizendo isso ela fez menção de por o telefone no gancho, mas antes que pudesse fazer isso o ouviu implorar do outro lado.

- por favor, Hermione, não desligue!

- me de um motivo pra que eu não desligue!

Ele ia falar quando alguém bateu do lado de fora da cabine. Era um senhor querendo usar o telefone, fazendo um sinal, mostrando o relógio. Harry sabia que estava há um bom tempo ali, mas não sairia tão facilmente. Não antes de encerrar a conversa com Hermione.

- olha Hermione, eu te amo e o que vivemos não pode ser apagado assim de uma hora pra outra. Eu não sonhei que você estava nos meus braços há dois meses e...

Ela fechou os olhos antes de falar.

- você disse tudo Harry. O período que passamos juntos foi um sonho e no momento estou passando por um pesadelo, alias um que eu sempre tenho quando você me deixa de uma hora pra outra e sinto muito, mas estou tentando por uma ordem na minha vida e voltar ao mundo real.

- você não pode fazer isso com a gente! –ele falou em tom de suplica

- realmente... Eu não posso continuar fazendo isso com a gente. Por isso que estou lhe pedindo que só volte a me procurar quando estiver disposto a conversar pessoalmente.

- você não pensa em nós?

Percebeu que ele estava desesperado e também se desesperou. Estava sendo difícil, mais até do que imaginava. Sentiu que lágrimas se formavam em seus olhos e agradeceu por estar sozinha.

- não fale isso Harry...- respirou fundo – estou pensando na gente, estou pensando em mim... Porque não agüento mais Harry... Estou sofrendo! – ela gritou – estou sofrendo com essa conversa assim como sofri com a de ontem e acho que já ta na hora deu pensar em mim e esquecer um pouco de nós!

- Hermione...

Ela não chegou a ouvir o que ele dizia. Havia desligado antes mesmo que ele abrisse a boca. Harry ficou olhando para o telefone assim como olhara para a porta do quarto dela na noite anterior. Não sabia que ela sofria tanto e agora podia imaginá-la chorando do outro lado, tentando esconder as lágrimas dos outros. Continuou olhando para o fone que tinha em mãos.

Agora uma senhora batia na porta. Olhou aturdido para ela. Onde poderia ter parado o homem que estava ali? No mínimo já deveria ter ido embora. Colocou o fone no gancho e fechou o sobre - tudo. Uma garoa fina caia e assim que saiu da cabine sentiu como se aquelas gotas fossem lágrimas dela e ele não fosse capaz de interrompê-las, apenas de causá-las.Andou cabisbaixo até a entrada de visitantes do ministério e ficou ali. Parado, com a chuva a encharcá-lo. Sentiu que alguém tocava em seu ombro e se soltou. Não queria falar com ninguém queria apenas...

- vamos lá Potter! – olhou pra ele e fechou a cara – ficar aqui não vai resolver seu problema. Vamos logo pra essa missão. Quanto mais rápido começarmos mais rápido voltamos.

Harry sabia que ele tinha razão

- está bem Malfoy, vamos...

Desencostou-se do muro e seguiu com o colega até o seu destino. Esperava que realmente aquela missão não demorasse muito.

- sabe Potter, eu me preocupo com você. Nós passamos longos períodos longe de quem conhecemos e eu não vejo você sair com ninguém. – Harry o olhou desconfiado – é serio. Eu sou fiel a Gina e espero esse tempo todo, porque sei que ela vai estar lá, mas e você? Não tem nada sério Harry e não se envolve com ninguém a não ser com o seu serviço.

Ele se soltou e pôs as mãos nos bolsos. O que Draco dizia não era de todo mentira, só não sabia o que ele queria com aquilo.

- e onde você quer chegar com isso?

-por um acaso mudou de gosto foi? – Draco falou rindo, mas Harry não viu isso

Pegando o outro pelo colarinho Harry o encostou contra a parede e o ameaçou

- você tem amor à vida Malfoy? – falou irritado. Estava esgotado e queria descontar sua raiva em alguém – porque se tem acho bom me dizer logo o que quer ao invés de ficar fazendo piadas sem graça!

- calma Potter! Vim em missão de paz e não pra falar sobre isso.

Harry o soltou e tentou se acalmar

- então o que você quer?

- bem... – o outro abaixou o rosto e Harry soube que ele não tinha coragem pra dizer aquilo que ia dizer – eu pedi a Gina em casamento sabe? -ele olhou para Harry em expectativa – você sabe como é não? Eu vivo viajando, essa vida é horrível pra qualquer relacionamento... Então a pedi. Eu não sei o que vai acontecer durante esse período que vamos passar fora, por isso eu tentei mostrar a ela que eu a amo e que ela pode esperar algo sério do nosso relacionamento.

Harry sorriu. Estava feliz pelos dois e ao mesmo tempo se perguntava porque ele não tivera coragem de fazer isso também. Porque não pedira Hermione em casamento antes?

- Harry?

Voltou à atenção pro colega.

- sim?

- eu queria que você fosse o meu padrinho.

O moreno parou de andar

- você quer o que?

Draco suspirou e continuou

- é que você é como um irmão pra Gina e apesar de todas as diferenças você é o único nessa equipe ou naquela família que acredita e confia em mim. Além do mais se nenhum dos Weasleys for, ela vai ficar feliz em saber que alguém nos apóia.

Harry sorriu e voltou a andar

- está bem... Mas com a condição de que você vai ter de entregar um relatório mensal de como está se comportando.

Draco riu

- tudo bem chefinho...

Os dias se arrastaram e Harry não acreditou quando viu que a missão estava acabando. Iria rever Hermione e assim como Draco mostraria que estava disposto a algo sério e não seria nenhum Victor Krum que a tiraria dele.

A convicção de que tudo ia dar certo só se esvaia quando lembrava que ela havia queimado a carta e das suas palavras ao telefone. Mas sabia que merecia uma nova chance e pediu aos céus que depois de ter abusado tanto da sorte ainda tivesse alguma.
*******************
Hermione estava trabalhando muito nos últimos dias. Sabia que se continuasse nesse ritmo seu organismo ia acabar reclamando, mas não se importava. Queria acabar com aquilo o mais rápido possível. Aquela festa estava tomando o tempo de todos na embaixada e como o embaixador não tinha uma esposa pra preparar tudo acabava sobrando pra ela. Eram pedidos do bufe, da ornamentação e dos empregados normais. Todos se desdobrando para aquela festa.

Chegar em casa após mais um dia de trabalho era a melhor coisa do mundo. Pôs a comida no microondas e foi tomar um banho. Estava tão cansada que pegou uma camisa dele pra vestir. Olhou-se no espelho e riu. Parecia um vestido, mas não se importava. Até que ele resolvesse voltar era assim que ela dormiria. Era como se ele estivesse ali com ela, todas as noites a envolvendo e fazendo-a dormir. Lembrar da ultima conversa não doía tanto porque a magoa já passara. Agora ela estava vivendo a sua rotina normal, apenas esperando que ele voltasse e ela vivesse um sonho de novo e que dessa vez não tivesse pesadelos.

A festa seria no outro dia. Faria seis meses que não se viam. Tomou uma aspirina antes de dormir. Precisava estar inteira na manhã seguinte. Deitou-se e programou o despertador. Abriu a gaveta pra guardar o remédio e encontrou a carta. Estava ali, perdida entre outros papeis, esperando que ela tomasse coragem pra ler.

Respirou fundo e fechou a gaveta. Estava adiando aquele momento, reconhecia, Mas enquanto houvesse chances dele vir falar com ela não leria. Teve uma noite agitada e pela manhã, quase que lançou o despertador contra a parede. Não agüentava o barulho.

Na embaixada encontrou todos alvoroçados e preocupados com os eventos noturnos. Checou os últimos itens e freou uma Jacquie preocupada com o figurino dela.

- com que roupa você vai vir?

Hermione entregou o arranjo na mão de alguém que passou por ela. Não tinha tempo pra pensar em roupa. Aliás, a ultima coisa em que pensava era em sua roupa. Riscou um item em sua lista e olhou para Jacquie. Ela parecia desesperada e tudo que Hermione não queria era alguém fora de controle.

- se acalme Jacquie - passou o dedo em um vaso para ver se estava limpo - eu já tenho um traje... E não preciso que você me deixe nervosa com isso.

Jacquie a olhou novamente, piscando várias vezes.

- eu sei que você está encarregada de muitas coisas e eu sou só a relações publicas, mas você precisa parar um pouco! - falou tirando uma prova de champanhe da mão da amiga - você está se descabelando. Relaxa, está tudo pronto. Eu sei que essa festa é importante, mas eu não sei como é que você ainda não caiu doente com toda essa pressão!

Hermione olhou pro relógio e se permitiu um minuto de descanso. Sentou na cadeira mais próxima e olhou pra amiga. Jacqueline estava certa. Desde que chegara não parara um único minuto sequer. Concertou a postura e mexeu o pescoço. Precisava de outra aspirina se continuasse daquele jeito não conseguiria voltar à noite e sua ida a costureira teria sido á toa. “Não” se levantou “não passei meu precioso tempo como manequim por nada” decidida tomou não uma, mas duas aspirinas. Jacquie a olhou reprovadora.

- não se preocupe Jacquie. Minha roupa não vai te fazer passar vergonha!
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Harry odiava aquela festa. A achava ilógica. Poderia estar fazendo coisas muito melhores além de comemorar o aniversário de morte de Voldemort. “Como resolver meus problemas pessoais” pensou, mas sabia que Hermione estaria lá e não conseguiria falar com ela antes da festa.

Acompanhava pelo jornal as notícias sobre os preparativos da festa que naquele ano ocorreriam na França. A imaginava andando pra lá e pra cá dando ordens e fazendo com que no final tudo desse certo.

Sorriu.

Após seis meses ele também queria que tudo desse certo.
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N.A.3: é isso gente...

Pra quem achava que a Mione era uma heroína por esperá-lo por dois meses ai vai a prova de que ela é mais do que uma heroína. Afinal são seis meses sem ver a cara dele e oito sem se entenderem (se é que vcs entendem). No próximo vcs vão conhecer o conteúdo da carta que o Harry tanto queria que ela lesse.

N.A.4:Espero q tenham gostado e agora vem à parte mais legal pra mim...(eu sei q vocês odeiam a parte q eu deixo pras reviews, mas eu tenho de agradecer ao povo q eu vejo que lê).

Vamos lá:

Mary: valeu por betar, pelo apoio e etc, mas eu continuo dizendo q assim como você eu não acredito.

Marcx: ta ai. Espero que você não tenha se decepcionado, valeu pelo review!

Ca-cazinha: ta aqui. Espero que você tenha gostado desse também.

Mione03: no coments... Você é um amor sabia? Gente, não tem uma fic que ela não me deixe review, um capitulo sequer... E sempre tenta também me convencer que eu escrevo bem. Mas isso é outra historia.

Gaby: ta ai... Satisfeita? Eu sei que demoro, mas fazer o que né? E vou tentar não demorar com Nossas Vidas, ok? Pq como eu disse, já dei um nome pro capitulo e tudo. Agora só falta tomar coragem e ter tempo pra escrever (rsrs)

MioneGrangerPotter: menina.. Não chora... Eu não me esqueci de você, que também sempre deixa um review nas minhas fics... Valeu, pelo apoio, e brigada pelas fotos que você sempre manda pelo e-mail (viu? Eu não esqueço) ha e também brigada pelo review na song... Mas o meu livro? Bem esse vai demorar acho que mais do que as cenas HHs que você tanto pede em Nossas Vidas, mas acho que vou ser boazinha nesse capítulo com vocês.(não sai espalhando isso por ai não, viu?).

Jessy: companheira de tarde de domingo, valeu pelo review e pelo apoio... E ai, gostou?

Espero que sim... Não deixe a sua mana na mão ta? E não se esqueça de carregar um bloquinho sempre (rsrs)

Jackeline Black: valeu... Espero que tenha gostado, e qualquer coisa a gente se fala no msn.

Julia: eu vou te dizer o mesmo que eu disse pra Mary. Não acredito que escrevo bem. Apenas surto de vez em quando e o que a Mione vai fazer? Você ta vendo o que ela vai fazer... "Bola pra cima e que nenhum vento sopre pq se não eu caio” (pra você ver o estado em que ela esta).

Wendy: você também a viu como eu vejo... Que lindo, que emoção... Agora basta dizer se eu desapontei nesse capitulo.

Pink potter: menina... Você me deu um susto com aquele review de Nossas Vidas. Tinha uma semana que não chegava nada e de repente, um alerta de review na fic (rsrsrs). Mas eu quero agradecer e pedir que você não demore com as atualizações, especialmente Doce Novembro.

Granger: menina... To boba... O povo do Floreios resolveu deixar comentário... Nem acredito...

Ju: o mesmo que eu disse pra Granger. É pq eu até agora só tinha recebido um comentário de lá (rsrsrs)

Potterzinho: não precisa mais se preocupar, agora o próximo vai demorar mesmo, pq eu voltei a estudar (bua, bua, bua).

Nina karoline: valeu também pelo comentário.

Mione: como você foi a primeira a deixar um comentário no Floreios e eu agradeço imensamente pelo comentário e pelo voto 5... (no coments)

Agora o ultimo agradecimento:

Sally: Sally? Não creio... Foi você mesma? haaaaaaaaaaaaaaa! (Annette dando pulinhos de felicidade, pq faz séculos que ela pede pra essa desalmada deixar um review).

To feliz... E to esperando. Obrigado pelos elogios (Annette pasma pq a Sally a elogiou) beijos da Annette!(Annette indo embora pq sabe que a Sally odeia quando ela fala dela mesma na terceira pessoa, rsrsrs).

Já digitei o início do próximo capítulo se isso os deixa mais tranqüilos, mas não é garantia de que ele chegue logo, como eu já avisei lá em cima. Mas só tem uma coisa que eu posso garantir: Não teremos nenhuma Vivian e nenhum Phillippe, como diria a Sally (hehe).

É isso gente.

Espero que tenham gostado.

E também espero reviews (ou comentários, pro pessoal do floreios)...

Comecei a estudar essa semana e gostaria de ver uns reviews pra me alegrar. Que vocês acham de alegrar uma P.E.U.T.F.( Pobre Estudante Universitária Totalmente Falida)?

Kisses and bye!

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