Chapter I



Aquele estava sendo um início de tarde relativamente monótono para Draco Malfoy. Desde que suas aulas haviam voltado duas semanas antes, tudo parecia distante para o garoto. As aulas não eram interessantes, as garotas muito menos. Mal tinha vontade de perturbar o juízo dos primeiranistas! Ele apenas passava a maior parte do tempo sentado em um canto mais afastado, suspirando pesadamente ao se lembrar de uma garota.



Hermione Granger.



Não era segredo algum para sua família e amigos mais íntimos de que ele sempre fora apaixonado pela Grifinória; e por mais “errado” que isso fosse para sua casa e família, ele não dava a mínima. Ser rebelde estava em seu sangue. Quer dizer, apenas meio rebelde, já que nunca tivera coragem o suficiente para lhe dirigir um mero elogio.



  Draco encontrava-se jogado debaixo de uma arvore nos jardins com um semblante bastante entediado até a garota entrar em seu campo de visão. Imediatamente tanto seu coração quanto seu pênis se encheram de sangue; um fato agravado cerca de um mês e meio atrás.



  Durante suas férias ele tinha descoberto ser um veela. E não fora surpresa para ninguém que ele não precisasse do ano seguinte para encontrar a dona de seu coração e alma. Ele já sabia quem era, tendo sido fortemente demonstrado em sua primeira noite como criatura.



“Estranhamente ele se encontrava no jardim da frente de sua casa. Ele não fazia a menor ideia do que estava fazendo lá até senti um cheiro adocicado vindo de suas costas. Atordoado, virou-se e percebeu uma sombra por detrás das penas eriçadas de seu pavão albino.



  -Draco! Vai me deixar aqui até quando esperando?



  -Hermione? - confuso, o garoto coça os olhos e vê aquela figura esbelta aparecer, tendo um efeito dramático ao contrastar com a luz do sol que quase o cegava quando seu bichinho resolve ir ciscar em outro lugar.



Devo ressaltar o seu choque ao sentir Hermione se aproximar e abraçar o seu pescoço.



  -O que você...?



-Você sabe o que você é, e já sabe quem eu sou. Porque essa demora? - sussurrou em seu ouvido.”



  Desde aquela noite, todos os seus sonhos eram parecidos, envolvendo ele, Hermione e as vezes uma cama. Se irritava por tudo o que não conseguia falar com ela pessoalmente quando nos seus sonhos tinham as conversas mais intelectuais de sua vida.



  Hermione não era cega nem burra, muito menos idiota. Quando os boatos sobre a aparência de Malfoy surgiram. Ela havia ido conferir. Do seu jeito, claro, mas tinha ido mesmo assim. Ela definitivamente não sabia o que ele havia feito, porém segundo seus cálculos sua beleza havia aumentado em 110% durante o verão. Estava mais alto, seu cabelo mais brilhoso e comprido. Alguns músculos brotaram por seus braços e sabe-se Deus onde mais. Sua feição estava mais máscula, porem o suficiente para um garoto de 17 anos. Se ele já era bonito antes, agora estava impecável. Diferentemente dele, era segredo para todos de sua “paixonite” por ele. Ela não era boba, sabia que se alguém descobrisse sua reputação iria por água abaixo. Não era muito inteligente de sua parte se apaixonar por um puro sangue e descendente de comensais da morte.



Quer dizer, toda garota já teve sua paixão platônica, então ela não era tão culpada assim. Era óbvio que ele nunca trocaria palavras concretas com ela. Isso era exigir uma flexibilidade absurda dos gigantescos pré-conceitos que os envolviam.



Naquele fim de tarde Hermione estava tendo algumas dificuldades com seu questionário de poções. Havia gasto mais da metade do dia em busca das respostas, porém o número 78 não conseguia ser resolvido de maneira nenhuma. Cansada, estava prestes a desistir quando uma sombra surge em sua frente. Olhou para cima e se deparou com Malfoy a encarando profundamente.



-Raízes de Asfóleo. - sussurrou o garoto.



-Como...? - perguntou confusa, também mantendo o tom baixo de sua voz.



-A resposta. Número 78. Raízes de Asfóleo.



Se encararam por mais alguns instantes quando o garoto deu um suspiro cansado e saiu de perto dela indo para fora da biblioteca.



-Mas o que foi isso? - era tudo o que se passava pela mente da garota.


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