Chapter XII



Sábado pela manhã e nenhum resmungo vindo de uma das gêmeas Patil, muito menos raios de sol. Atordoada, Hermione acordou e olhou ao seu redor, não reconhecendo de imediato o local onde dormia. Sentiu uma respiração pesada contra seus seios e ao olhar rápido para baixo se deparou um uma cabeleira loira praticamente grudada em seu tronco. Draco quase enfiava seu nariz entre os seios delas, mas não era algo proposital já que ele ainda dormia profundamente. Hermione achou fofo ele querer ficar tão perto mesmo durante o sono. Sua cintura estava sendo fortemente abraçada por ele, impedindo que ela sequer se movimentasse. 



-Não sei se me surpreendo com isso. 



Ela precisava muito ir ao banheiro, mas precisava acordar o namorado antes. Delicadamente começou a passar os dedos pelos cabelos loiros demorando para ter sucesso em sua missão. Draco não queria acordar tão cedo, mas ao sentir aqueles dedos delicados fazendo um cafuné ficou curioso com quem pudesse ser. 



Ele havia dormido feito uma pedra, esquecendo-se completamente de tudo ao redor, até mesmo que Hermione havia dormido consigo 



-Acho que posso me acostumar a essa visão. - Sua voz estava carregada pelo sono. Pelo menos desta vez não teve espaço para a luxúria, era irreal demais que tivesse convencido ela a ficar. 



-A princesa vai levantar ou vai ficar o dia todo na cama? 



-Agora que você me deu essa opção, prefiro ficar por aqui mesmo.  



-Mas eu não, anda Draco eu preciso ir ao banheiro. - Suas bochechas coraram. 



Só então ele se lembrou de seu estado: aquela maldita ereção matinal. Pensou que enquanto ela estivesse no banheiro, poderia se acalmar o suficiente para ela não perceber. De fato, deu certo, já que quando a garota voltou para o quarto ele já estava completamente normal. 



Draco estava completamente recuperado. Achava que nunca em toda sua vida tivesse tido tanta disposição para fazer qualquer coisa. Com certeza havia sido a melhor noite de sua vida até então. Surpreendeu Hermione a abraçando por trás enquanto ela observava a moldura vazia onde Samuel costumava ficar. 



-Me desculpa por ontem. Eu não tinha o direito de repetir aquilo. - Ele passava seu nariz pelo pescoço da garota, se deliciando com o aroma forte que inspirava. 



-Não tinha mesmo, mas eu entendo. Você realmente estava cansado. - Soltou um breve suspiro ao sentir ele começar a distribuir beijos molhados por toda a extensão de seu pescoço que alcançava. - E eu prometo pensar na sua proposta. 



-Você não sabe o quanto isso me deixa feliz. - De fato, aqueles olhos azuis acinzentados brilhavam pela alta possibilidade de dividir o dormitório com sua companheira.  



-Sabe o que me deixaria ainda mais feliz? - Hermione não percebeu que ao falar essa frase despertaria um instinto no veela de querer agradar a companheira ao máximo. 



-O que? - havia certa ansiedade em sua voz, os olhos ficando numa completa mistura. 



-Ir tomar o café da manhã. E a propósito, você não tem jogo hoje? 



Qualquer resquício de poder veela desapareceu do rosto do sonserino. 



-MEU DEUS, O JOGO. 



Hermione achou graça ao ser solta rapidamente, com o namorado planejando rapidamente como chegaria a tempo ao aquecimento. 



-Caso você não se importe, querido, estou indo na frente. Se eu não comer o mais rápido possível é provável que você conheça um monstro, ou até pior. 



Ela nem mesmo esperou uma resposta do namora, apenas saiu e torceu para que não percebessem a sua falta no dormitório 



*** 



Quando Harry e Rony chegaram para tomar o café, encontraram Hermione já finalizando o seu. Nunca tinham visto a garota chegar antes deles, normalmente ela os esperava para irem juntos. Vale lembrar que como todo garoto que se preze, nenhum dos dois havia notado que a relação deles com Hermione havia ficado esquisita. Eles tratavam a garota como se ela fosse um dos caras e bem, caras não ligam para sentimentos. 



Apenas se um rouba a namorada do outro, e até onde eles sabiam Hermione não gostava de mulheres. 



-Que milagre foi esse que você não nos esperou, Mione? - Harry desconfiou do rosto amassado da amiga. 



-Se eu ficasse mais um minuto esperando vocês eu com certeza passaria mal. 



Eles não tinham conseguido conversar muito mais durante o restante da refeição, apenas voltando a trocar algumas palavras quando Draco entrou afoito pela porta. A respiração estava entrecortada, dava para perceber que havia corrido até ali, trazendo um visual meio descabelado e ofegante que definitivamente o deixavam mais bonito. O fato de estar com o uniforme de quadribol não facilitava nada a situação para ele. 



-Apreciem bem a vista porque não sabemos quando veremos Malfoy sem gel no cabelo. - Rony desdenhou. 



Ouviram algumas meninas do terceiro ano suspirarem quando ele passou pela mesa da Corvinal. Ele que gostava de se exibir nem ligava para isso hoje, já que se não se apresasse perderia o jogo. 



-Com certeza eu vou... - Hermione sussurrou contendo um suspiro. Apoiou-se em seu braço direito se contendo para não enroscar uma mecha de cabelo no dedo. 



-O que... - Harry olhou para o lado e se assustou com a amiga – Hermione, até você?! 



Percebendo que estava sendo encarada não apenas pelos amigos, mas como Neville e Dino, a garota tratou de se recompor o mais rápido possível, ajeitando sua postura e fala. 



-Ora, vocês não podem negar que ele é muito bonito. 



-Eu nego sim! - Rony se indignou. 



-Rony, querido, você mal percebe o que está na sua frente. 



-Com isso você se refere ao fato de gostar de mim? 



Aquilo havia pego não apenas ela de surpresa, mas os poucos do sexto e sétimo ano que se encontravam na mesa. Além de um par de ouvidos sonserino muito sensível e curioso. 



-Não... - disse calmamente – Eu me refiro ao fato do Malfoy ser extremamente bonito e você não notar isso porque é um garoto. - Ela finalmente disse após perder as palavras por alguns segundos. 



-Não querendo me intrometer, mas eu sou um garoto e seu que ele é bonito sim. - Neville atrapalha a linha de pensamento dela. 



-Isso porque você consegue perceber as coisas, Neville. - Ela encarava fixamente os olhos do ruivo, sustentando um tom irônico no olhar - Não se toca depois de muito tempo e vem se gabar como se fosse uma descoberta ainda válida. Agora se me dão licença... - Hermione se levantou com um belo sorriso no rosto deixando Rony de boca aberta na mesa.  



Os garotos haviam prendido a respiração ao ouvir o amigo tomar um belo toco. Harry ficou bastante surpreso com a atitude da melhor amiga, mas bastante orgulhoso por ela ter superado ele. 



-O que ela quis dizer com isso? - Rony estava com uma aparência pálida. 



-Acho, Rony, que ela te deu um toco. - Dino concluiu. 



Se Draco já estava confiante por ter tido a melhor noite de sua vida, seu dia havia ficado ainda mais completo após o Weasley ter recebido um fora. 



*** 



Por volta das dez da manhã o jogo teve início. A partida era entre Sonserina e Corvinal e se dependesse de Draco certamente não duraria muito. Todo o time se surpreendeu quando o garoto entrou em campo completamente disposto, com uma animação nunca antes vista. Blásio tinha um sorriso de canto completamente desconfiado da situação. Ele estava na dúvida se o amigo havia conseguido marcar a grifinória ou só conseguido dormir mesmo.  



Draco aproveitava para se exibir como um macho em potencial ao voar bem alto e ao redor das arquibancadas. Poderia dizer que era inconsciente, mas sabemos muito bem que ele gostava de provocar. Sentia-se bem com os suspiros que arrancava quando passava colado as garotas, dando uma rápida piscadela a Hermione que passou despercebida por todos, exceto uma pessoa. 



Quando o jogo enfim iniciou seus sentidos estavam mais alertas. Esse seria o primeiro jogo que teria sendo um veela então não se surpreendeu pela alta capacidade adquirida. Audição e visão melhoradas, reflexo impecável. Ele quase passava despercebido pelo campo de tão rápido e cuidadoso. 



Hermione ficava com o coração na boca quando o namorado fazia alguma jogada perigosa afim de provocar o outro apanhador. Porque ele tinha que se arriscar tanto assim? A terra firme era tão mais agradável e segura. Fechava os olhos quando pensava que ele iria cair, se segurando para não gritar o nome dele. Sabia que se fizesse isso ele era capaz de abandonar o jogo para garantir o seu bem-estar. 



-Você tem que admitir que o Malfoy se superou nesse jogo – escutou Gina sussurrar para Harry. 



-Cala a boca, Ginevra. 



Querendo ou não, Harry se sentia levemente ameaçado por Draco. Se até mesmo sua ex namorada estava o elogiando... Ele não poderia ter melhorado drasticamente assim. A explicação lógica era estar sob efeitos de mágica. 



Quando comentou sua teoria com Rony e Hermione mais tarde, ficou ainda mais irritado pela melhor amiga ter saído em defesa do sonserino: 



-Harry! Escuta bem o que você está dizendo! Uma acusação dessas é bem séria, mas também existe a possibilidade de ele ter melhorado sozinho. Você implica demais com ele, até por pequenas coisas. 



Rony e Harry olharam abismados um para o outro certamente Malfoy havia feito alguma coisa para bagunçar a cabeça de todas as garotas da escola. Ora, quando que Hermione Granger o defenderia com unhas e dentes dos garotos? 



*** 



Draco andava em direção ao Salão Principal para jantar quando sentiu seu pulso ser puxado para um corredor deserto e escurecido. Ele sentiu um arrepio gelado subir pela sua espinha temendo ser outra garota o assediando. Só naquele dia já haviam sido duas, mas relaxou o corpo ao perceber que se tratava de Hermione. 



-Não sabia que a certinha da Granger frequentava corredores escuros. - Ele implicou passando os braços pela cintura dela, prensando contra a parede. Aquele rosto tão próximo ao seu, testas quase coladas... 



-Não sabia que o grande Malfoy se deixava ser pego tão fácil. - Ela abraçou o pescoço do namorado. 



-Eu até que não deixo, mas com toda essa situação veela tem sido meio difícil evitar. 



-Quer dizer então que o senhor está sendo muito requisitado pelas garotas, é? - ao morder seu lábio fez que a confusão voltasse aos olhos de Draco, porém permanecendo o azul acinzentado. 



-Você fala demais, Granger. 



Após perder a sua pouca paciência atacou com ferocidade os lábios macios da namorada, sendo correspondido a altura. Era bastante arriscado beijá-la no meio do corredor, mas já havia sido provocado o suficiente. Sentia que estava sendo devorado e não duvidava nada daquela leoa, ao mesmo tempo que Hermione sentia-se em meio ao um abraço sufocante de uma cobra. Quando ele mordiscou seu lábio ela teve que controlar um suspiro que seria alto o suficiente para entregar a posição deles, apenas soltando um: 



-Acho melhor não continuarmos aqui. 



-A santinha da Granger está insinuando que deveríamos ir para o meu quarto? - seu tom era divertido. 



-Então ele não é meu também? Ótimo, eu tentei e você não pode negar. - Ela estava divertida ao ver a cara dele de quem havia feito merda. 



-Eu não quis dizer isso Hermione... 



-Vamos perder o jantar se continuarmos aqui, Malfoy. 



-Mas eu pensei que você quisesse ir para o meu quarto... 



-Você se faz de burro ou já é de natureza? O seu quarto é no mesmo corredor que a cozinha! 



-Oh... 



*** 



A estadia deles no dormitório veela seria deveras interessante. Era escondido, quase ninguém sabia da sua existência, era exclusivo e do lado das cozinhas onde os elfos domésticos se encantaram pela criatura. Ele era mais que um aluno, era quase um igual para igual (em termos mágicos já que era muito mais fácil a comparação de criatura para criatura do que humano para criatura). 



Se ele tinha que aprender como se portar com elfo doméstico? Mas é óbvio! Porém nada que Hermione resolvesse com o tempo. 



-Você precisa trtá-los com educação, Draco 



-Mas a função deles é nos servir, Hermione. 



Ela respirou fundo. 



-Como se sentiria se eu começasse a te tratar com indiferença, grosseria e só te procurasse quando quisesse trocar um pouco de saliva? - ela estava perdendo a paciência. 



-Eu morreria, Hermione... Você é o meu mundo, a minha vida... A sua indiferença acabaria comigo, eu me sentiria usado. Um lixo de criatura já que não conseguiria ficar com outra pessoa para descontar a frustação. - Ele ficou amado depressivo e levemente assustado. 



-É exatamente assim como eles se sentem, querido. Você deveria conhecer o F.A.L.E qualquer dia desses... 



-Pode ter certeza que eu já conheço... - sussurrou na esperança que ela não ouviria. 



Hermione escutou o que o namorado dissera, porém preferiu ficar em silencio, deixando um sorrisinho convencido sair de seus lábios. 



Parece que no final das contas ele realmente era apaixonado por ela muito antes disso. 



*** 



-Você não tem medo quando está voando? 



Eles haviam jantado o que pegaram na cozinha e agora descansavam sentados no chão, recostados no sofá, apenas com o som do crepitar da lareira. Os garotos estavam imóveis (provavelmente dormindo), Samuel ainda estava desaparecido. 



Situação que lhes proporcionava toda privacidade possível. 



-Por que eu teria medo? 



-É que é... Tão alto... E perigoso. Sabe o que acontece se você se desequilibrar da vassoura enquanto faz uma acrobacia? Você cai no chão e se quebra todo! Isso se não acontecer coisa bem pior! 



-Como todos rirem de mim? E quando digo todos me refiro ao Potter e Weasley, só para esclarecer. 



-Isso não tem nem comparação, Draco. É sério. 



-Você não precisa se preocupar com isso, docinho. Há anos que eu pratico quadribol. Eu sei exatamente o que estou fazendo. E além do mais, meus reflexos melhoraram muito mais depois da transformação. Isso e ter dormido com você. 



-Bem, isso acabaria com a teoria de doping do Harry. 



-Ele falou o que?! - Hermione nunca tinha escutado Draco dar uma risada verdadeira e quando ele se permitiu isso percebeu que era u som encantador. 



-Ele estava convencido que não tinha como você ter melhorado assim do nada. 



-E o que você fez? 



-Disse que era bobagem e para parar de implicar com você. 



-Uau, deve ter sido duro para eles ouvirem dois elogios seus para minha pessoa no mesmo dia. Que foi? Minha audição é aguçada, escutei quando disse que sou muito bonito no café da manhã. - Seu tom era convencido – E também a patada que deu no Weasley. 



-Aquilo foi surpreendente. Nunca desconfiei que ele soubesse daquilo. 



-Hermione, meu amor, você não sabe disfarçar muito bem não. Estou surpreso por não ter demonstrado nada sobre a gente ainda. 



-Acho que isso aconteceu quando mostrei na cara dura o quanto estava interessada no café..., mas não fique com essa cara, você estava provocando hoje! Não só eu como todas aquelas garotas... 



-Você está com ciúmes, Hermione? 



-Não, apenas constatando um fato. Você vai saber quando eu ficar com ciúmes.  



-Você não precisa, sabe que só tenho olhos para você. - Ele fez um carinho com sua mão direita em sua bochecha, amenizando a situação com seu tom de voz calmo. Realmente, uma visão encantadora: ele sentado no chão, sua perna direita dobrada com seu braço anteriormente apoiado nela, enquanto a perna esquerda estava jogada no chão, colada a de Hermione. 



-Eu digo o mesmo para você, Draco. Eu entendo que é bem mais complicado, mas se você quiser manter a sua condição em segredo não poder fazer escândalo por alguém respirar perto de mim. Uma hora ou outra vão acabar descobrindo. 



-Vai chegar um ponto que eu simplesmente não vou ligar mais pra isso e nada nem ninguém vai me impedir de mostrar para todo mundo que você é minha. - Ele roçava os seus lábios, convidando para um beijo. 



Hermione nem sequer ouviu a última parte já que estava completamente perdida naquela aura de sedução que o veela exalava. Com toda calma do mundo ele juntou suas bocas e diferente do beijo anterior não teve nenhuma afobação. Lentamente Hermione abriu a boca sentindo o contato daqueles lábios quentes se encaixarem perfeitamente sob os seus. Era um beijo romântico, delicado. Ela se arrepiou por completo ao sentir a língua morna do sonserino pedir espaço e atenção. Aquele contato mais íntimo juntamente do carinho na nuca a fez perder o controle de seu corpo.  



Com um pouco de ajuda e sem quebrar o beijo a garota subiu e se sentou na coxa que estava esticada no chão, ficando com metade do corpo entre suas pernas. Em momento algum haviam apressado as coisas, continuavam se beijando calmamente, cada vez mais absortos na situação. Hermione se continha ao sentir as mãos do namorado passearem pelo seu corpo enquanto se distraía com sua boca macia e convidativa. Draco estava completamente perdido no beijo, só existiam os dois no mundo para ele. Aquela língua pequena e afiada que Hermione tinha o deixava em estado de êxtase. Separou-se por alguns momentos notando a face corada da garota juntamente de seus olhos castanhos com um brilho extra. Aquela meia luz proporcionada pela lareira deixava o ambiente ainda mais acolhedor. Sorriram antes de voltarem a se beijar com um pouquinho mais de intensidade dessa vez. 



-Eu nunca pensei que fosse ter o privilégio de um dia beijar a sua boca, Draco. - Hermione confessou completamente embriaga pelo charme veela. 



-É um privilégio me beijar? É isso que dizem? 



-E que você tem o melhor beijo de Hogwarts também. Eu discordo, acho que tem o melhor beijo do mundo. 



-Você tá legal, Hermione? - suas bochechas pálidas ficaram rosadas com o elogio. 



-Nunca estive melhor. 



Aquilo não estava nada normal. 



-Efeito do charme, você se descontrolou e ela ficou embriagada. - Jacques informou perante a cara de desespero de Draco. 



-Você estava vendo isso? 



-Não, mas o seu descontrole foi tão forte que me acordou. Ela precisa se afastar de você por um tempo. Mande ela para a torre da Grifinória. Não se preocupe, com o tempo vocês dois vão aprender a se controlar. 



-Hermione, você ouviu o Jack. Porque não volta pro seu dormitório e nos vemos amanhã, uhn? - ele fazia um carinho colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. 



-Até amanhã, amor. 



Ela realmente não estava em total controle de suas faculdades mentais já que foi dar um passo para fora e a parede se fechar que sua mente começou a clarear. 



-Jesus Amado, o que eu quase fiz? 


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