DE VOLTA À FÁBRICA



CAPÍTULO 18



 



DE VOLTA À FÁBRICA



 



 



 



 



 



 



Ao primeiro disparo do canhão, seguiram-se outros. Os alunos de Hogwarts que pertenciam à Resistência utilizaram Feitiços Indumentaria Cambio e mudaram suas vestes para trajes de combate, mais adequados à ocasião. Aproveitando-se do tumulto, Voldemort e Harry fizeram o mesmo, tomando o cuidado de ocultar seus rostos com balaclavas. Em uma brincadeira marota, Tom Riddle modificou sua balaclava com duas pontas, semelhantes às orelhas do capuz do conhecido homem-morcego.



 



_Depois eu é que sou o “Filho de Maroto”. _ disse Harry _ Você quer se mostrar para Grindelwald?



_É hora de ele saber quem vai ferrar com seus projetos de poder. Além disso, faço uma ideia de para onde ele vai.



_Eu também... “Batman”. Vamos pegá-lo, antes que ele provoque mais destruição?



_Com certeza... “Robin”. _ disse Tom, usando a varinha para pintar um contorno de máscara verde com ângulos tipo asas de pássaro à volta das aberturas dos olhos da balaclava de Harry, semelhante à do jovem parceiro do Cavaleiro das Trevas.



_Mas não vai ser fácil. _ disse Harry, derrubando dois soldados da Wehrmacht com um feitiço _ Os Nazistas estão se reorganizando.



 



Com efeito, os soldados alemães começavam a reagir e a tentar disparar contra os jovens, mas o grupo da Resistência, liderado por Orion Black e Elaine Rutherford foi mais rápido e inutilizou os fuzis e submetralhadoras de alguns deles com Feitiços Reducto. O problema é que um contingente da Drachenwache engajou-se no combate e, juntamente com outros soldados bruxos, começaram a contra-atacar com feitiços e tiros. A batalha estava chegando ao castelo, onde alunos leais a Grindelwald lutavam contra outros da Resistência.



 



_Isso não está indo muito bem. _ disse Elaine, disparando um Diffindo em um soldado e provocando dolorosos cortes no corpo dele.



_Concordo com você, Elaine. _ disse Orion, convocando a submetralhadora de outro soldado com um Accio e disparando uma rajada que derrubou meia dúzia deles _ Guerra é guerra. Se for o caso de usarmos armas de fogo trouxas, que assim seja.



 



Harry e Tom estavam vendo que seria difícil sustentarem a posição até que as tropas dos Aliados chegassem, então o sonserino teve uma ideia.



 



_Acho que não conseguiremos estabelecer uma cabeça-de-ponte a tempo. Esses malditos Nazistas estão em maior número do que imaginávamos. Terei que lançar mão de um recurso extremo e eu creio que você não vai gostar muito.



_Do que é que você está falando? _ perguntou Harry, meio que imaginando o que Tom Marvolo Riddle tinha em mente _ Não me diga que você vai...



_Exatamente. _ disse Tom, adivinhando o final da frase que Harry deixara pela metade _ Me dê cobertura.



_OK, mas espero que saiba o que está fazendo. _ disse Harry, desarmando um Nazista com um Expelliarmus e atingindo-o com um chute giratório, ensinado por Renata Wigder, que pôs o alemão por terra, com três costelas fraturadas.



_Uau! Com essa potência de chute você só pode ter sido aluno de Renata. E pelos detalhes de sua balaclava e da de seu amigo, vocês só podem ser “Batman” e “Robin”, acertei? _ perguntou Myrtle, estuporando um Sargento que estava posicionando uma metralhadora de tripé. Nem todos os membros da Resistência sabiam que Tom Riddle e Harry Potter eram “Batman” e “Robin”.



_Na mosca, Myrtle. _ disse Harry _ Agora vamos equilibrar as coisas, já que será bom que tenhamos alguns prisioneiros.



 



Tomando posse da metralhadora, Harry e Myrtle enfeitiçaram sua munição para que ela sedasse os alvos em vez de matá-los.



 



_Hora do “ratatá”? _ perguntou Myrtle.



_Só se for agora. _ respondeu Harry, municiando e carregando a metralhadora.



 



Uma rajada foi disparada e um pelotão de alemães caiu por terra.



 



_Mortos, “Robin”? _ perguntou Minerva McGonnagall.



_Não, Minerva. _ respondeu Harry _ Só desacordados. Mas acho que “Batman” tem uma conduta mais radical. E ele está vindo aí, pelo barulho que estou ouvindo.



 



Gritos de alemães e um barulho de destruição ouviram-se, vindos de dentro do castelo. Uma horda de soldados Nazistas acotovelava-se para sair pela porta principal e logo Harry descobriu a razão, sentindo um arrepio e uma desagradável sensação de “dèja-vu”.



Atrás dos apavorados soldados da Wehrmacht e da Drachenwache um monstro enorme e já conhecido de Harry rastejou logo atrás deles, semeando o terror e a morte. O colossal basilisco de Salazar Slytherin já havia devorado alguns e matado outros, com suas presas venenosas e seu olhar mortal. Mas alguns detalhes chamaram a atenção de Harry Potter.



O basilisco estava arreado e tinha uma viseira constituída de antolhos espelhados, que eram levantados quando seu ginete queria que um Nazista fosse morto pelo olhar do monstro. E quem tinha as rédeas nas mãos era ninguém menos do que o descendente do fundador da Sonserina, Salazar Slytherin, um dos Quatro Grandes.



Tom Marvolo Riddle gineteava o Rei das Serpentes, que rastejava seus dezoito metros de força e poder mortal, comunicando-se com ele em idioma Ofidiano. Harry ouvia e compreendia o diálogo entre os dois.



 



_ “Deve lembrar-se, ó Nobre Rastejante, de que os alunos deverão ser poupados. Somente os odiosos soldados da Terra dos Godos deverão ser mortos, a fim de expurgar esta terra de sua maldita presença”. _ disse Tom Riddle, em Ofidiano.



_ “Esteja certo de que isso será feito, ó Duas-Pernas descendente do Fundador”. _ respondeu a imponente cobra gigante _ “Esses Hunos que conspurcam Hogwarts serão eliminados. Também respeitarei os guerreiros das Colônias, como me pediu”.



_ “Obrigado, ó nobre Rastejante. Precisamos impedir os planos dos Hunos, pois eles pretendem atacar os irmãos das Colônias no seu próprio lar, usando máquinas voadoras e urnas de fogo dos céus que levam morte e destruição de maneira desonrosa. Não podemos permitir isso”.



 



A cada vez que o basilisco chegava perto de um grupo de alemães, Tom levantava a viseira da fera e aqueles que tinham o azar de fitarem os mortais olhos caíam mortos, imediatamente. Os alunos e demais membros da Resistência procuravam olhar para outro lado ou fechavam os olhos. No calor da batalha a maioria dos envolvidos não tinha percebido, mas Grindelwald não fora visto em lugar algum. Até que Harry atentou para o detalhe e tratou de agir.



 



_Myrtle, notou que Grindelwald não está aqui?



_O covarde fugiu? _ perguntou ela.



_Mais ou menos. Acho que sei para onde ele foi. Precisamos reunir um grupo e ir para a Sala Precisa.



_???



_O desgraçado está indo para a fábrica, Myrtle. Ele pretende lançar a “Operação Amerika Bomber”.



_O ataque com os Horten? Merlin! Não podemos permitir que isso aconteça!



_Vamos juntar um grupo e ir. Se usarmos a passagem secreta que leva até perto da fábrica, creio que conseguiremos chegar antes deles lançarem o ataque.



_Contem comigo. _ disse Elaine _ As tropas do General Patton já chegaram, nossa cabeça-de-ponte foi bem-sucedida. Poderemos ir sem que nossa ausência prejudique o desfecho.



_Quer dizer que... _ Harry deixou a frase pela metade, quando uma granada explodiu, atingindo o basilisco e por pouco não matando Tom, que havia sido arremessado por um corcoveio da gigantesca serpente, que se sacrificou para salvar a vida do jovem.



_... Que Hogwarts é novamente nossa, Harry. _ disse Tom chegando até eles, todo sujo de terra, mas sorrindo com satisfação. Por sorte um obstáculo no terreno o protegera de ser atingido pelo venenoso sangue do basilisco _ Vamos logo para lá e lembrem-se, Grindelwald não está disposto a fazer prisioneiros.



_Portanto nós não vamos dar mole. _ disse Arkanius, guardando a varinha em uma bainha na manga da jaqueta e engatilhando a Sten.



 



O grupo chegou à Sala Precisa e todos entraram pela passagem secreta, acrescidos de Myrtle, Abraxas Malfoy, Renata, Hiram, Orion, Walburga e Dumbledore, armados com suas varinhas e com armas trouxas, pistolas Colt e submetralhadoras Sten. Após algum tempo, chegaram à saída, perto da fábrica, no mesmo lugar onde Harry e Tom haviam montado seu bivaque, durante a primeira incursão.



 



_Acho que Grindelwald ainda não chegou. _ disse Harry _ Se ele já tivesse chegado, haveria atividade nos hangares.



_Além disso, temos uma vantagem. _ disse Dumbledore _ Uma coisa que Grindelwald não sabe é que parte das tropas do General Patton estão estacionadas perto daqui, apenas esperando por um sinal.



_E qual seria o sinal, Dumbledore? _ perguntou Tom, com a Persona de Voldemort em primeiro plano.



_Algo que chamasse a atenção, Voldemort. _ respondeu Dumbledore. Já não havia razão para manter o segredo _ Um sinal de luz ou...



_... Uma explosão. Prof. Dumbledore? Acho que poderemos matar dois coelhos com uma cajadada. _ disse Harry _ Avisar às tropas dos Aliados e inutilizar o Sensor de Atividades Mágicas do complexo.



_Como, Harry Potter? _ perguntou Voldemort.



_Com isto aqui. _ respondeu Harry, conjurando um lança-foguetes e apontando-o para o Sensor _ Está a cerca de duzentos e cinquenta metros, mas acredito que vou conseguir.



_Harry Potter, isso daí é um M72-LAW. _ disse Voldemort, olhando para o jovem, que apontava a arma para a torre _ Não acha que isso está mais ou menos uns vinte anos adiantado?



_A “Bazooka” e a “Panzerfaust” são pouco precisas e o RPG-7 soviético é desconfortável. Sinceramente você acha que, no meio de uma batalha, alguém vai se preocupar em examinar os estilhaços de uma granada para conferir se ela é da II Guerra ou da Guerra do Vietnã, Voldemort? _ perguntou Harry _ Aquilo lá deve ter defesas contra ataques mágicos, mas eles não estarão esperando um ataque com uma arma trouxa. Torçam para que minha pontaria esteja boa, pois a distância pode comprometer a precisão.



 



Harry Potter apontou o tubo para a torre do Sensor de Atividades Mágicas e disparou. A granada atingiu seu alvo, precisamente, fazendo com que a estrutura saltasse pelos ares. Imediatamente, uma movimentação em dois pontos da mata chamou a atenção do grupo. Por um lado, Grindelwald e um contingente da Drachenwache alcançava o complexo fabril e pelo outro as tropas aliadas avançavam.



 



_CHUPA ESSA, SLEDGEHAMMER! _ exclamou Harry, sorrindo satisfeito com o resultado do seu disparo _ Atinja a base, que todo o resto desaba (“Sledgehammer?”, pensaram os outros sem saberem do que se tratava, exceto Voldemort, que também sorriu).



_É a hora de fazermos a nossa parte. _ disse Dumbledore. _ Vamos!



 



O grupo avançou e, após fazer um buraco na cerca, adentrou os limites do complexo e localizando Grindelwald, que corria com alguns soldados para a entrada dos hangares. Harry conseguiu entender o que o bruxo conselheiro de Hitler dizia.



 



_ Rápido! Aqueçam os motores do supercargueiro e embarquem logo os Horten! Todos os quatro, pois tanto os EUA quanto o Brasil sentirão o peso da mão do Reich. Getúlio Vargas vai se arrepender de não ter se aliado a nós ou, no mínimo, ter se mantido neutro. _ disse Grindelwald _ O afundamento das embarcações do país dele foi só o começo. Depois que terminarmos ele terá que trocar as bombachas, isso se sobreviver.



 



No interior do gigantesco hangar o enorme supercargueiro, ainda maior do que o Northrop XB-35 aquecia seus motores, enquanto os quatro caças-bombardeiros Horten eram içados para seu interior com um guincho. Com suas armas em punho o grupo avançou, cautelosamente até o hangar, a fim de tentar surpreender os Nazistas.



Só que não adiantou, pois uma sentinela percebeu sua presença e deu o alarme.



 



_VORSICHT! WIR ÜBERFALLEN WERDEN! LASSEN SIE SIE NICHT, DASS DAS FRACHTFLUGZEUG ERREICHT (“CUIDADO! ESTAMOS SENDO INVADIDOS! NÃO DEIXEM QUE ELES CHEGUEM AO AVIÃO DE CARGA!”)! _ o grito alertou os Nazistas, que logo apontaram suas armas e começaram a atirar. Os bruxos da Resistência trataram de procurar abrigo, para não serem atingidos.



 



Harry respondeu ao fogo com sua Sten, atingindo os Nazistas com perícia. Porém, logo em seguida, eles se levantaram.



 



_Harry Potter, eles devem ter algo que neutraliza a munição sedativa mágica. Sinto, mas você vai ter que mudar para munição real. _ disse Voldemort.



 



A contragosto, Harry removeu os carregadores com munição sedativa mágica da Sten e da Colt. Pegou um carregador com munição real para a Colt nos porta-carregadores dos suspensórios e outro para a Sten no bornal com Feitiços de Ampliação Interna. Carregou, alimentou as armas e quando os alemães novamente abriram fogo, o bruxinho respondeu, fazendo a Sten cuspir sua mortal carga. Embora triste pelo que teve que fazer, conformou-se. Afinal, eram eles ou ele.



 



_Eis algo que fiz porque tinha que fazer e do que não vou me orgulhar nem um pouco. _ disse Harry, travando a Sten e pegando a varinha _ Espero não precisar da Sten nem da Colt, mas, se for preciso...



 



Parecia não haver mais soldados da Wehrmacht no caminho deles que foram progredindo, até que chegaram ao gigantesco hangar. O descomunal supercargueiro recém havia começado a aquecer seus motores, mas Harry conseguiu perceber a silhueta de Grindelwald na cabine de comando. Prestando a maior atenção possível para quaisquer inimigos que pudessem estar ocultos nas sombras. Elaine estava logo atrás de Harry, percebendo que os Horten não estavam no hangar, provavelmente já tendo sido içados.



 



_Algo está errado. _ disse Elaine, junto a Harry _ Os Horten já devem estar dentro do supercargueiro, mas não estou percebendo nenhuma movimentação...



 



Elaine Rutherford não terminou a frase. Um som abafado e um gemido da garota chamaram a atenção do bruxo.



 



_ELAINE! _ exclamou Harry, abraçando a jovem e sentindo que a frente de suas roupas estava úmida e quente.



_Harry... _ sussurrou Elaine, logo em seguida emudecendo e ficando com os olhos vidrados, um filete de sangue escorrendo de sua boca.



 



O bruxo logo descobriu que a umidade e o calor se deviam a uma mancha no peito da garota, que ia aumentando e escurecendo a frente da jaqueta verde-oliva que ela vestia. Sangue. Sangue da garota, esvaindo-se do corpo de Elaine Rutherford, que perdeu toda a firmeza e ficou largado nos braços de Harry Potter.



 



_Fale comigo, Elaine, pelo amor de Deus! Não faça isso comigo! Diga alguma coisa! _ Harry estava desesperado, recusando-se a aceitar o que acontecia.



_Ela está morta, Harry. _ disse Dumbledore _ Não há mais nada a fazer.



_Mas... mas... q-quem fez isso? _ perguntou Harry, incrédulo. Um riso estridente nas sombras chamou sua atenção (“Não, isso só pode ser um pesadelo”, pensou ele).



 



O riso continuava, enquanto o som de passos se aproximava. Uma figura parou a cerca de uns cinco metros deles, oculta da cintura para cima pelas sombras.



 



_Ora, ora. Parece que o meu disparo não atingiu somente a garota, mas também quebrou o coração e as asas do passarinho. Eu estava mirando em você, “Robin”, Mas como não estou muito habituado com armas de fogo, sendo melhor com a varinha, acabei atingindo essa jovem, Elaine Rutherford, se não me engano. E se ela é a filha do Sr. Rutherford e você se importou tanto, então o maldito “Robin” só pode ser... Georges Delvaux?!



 



A figura saiu das sombras, deixando todos boquiabertos. Envergando o uniforme negro das SS, um rosto conhecido os observava, semiensombrecido pela pala do quepe com a insígnia Totenkopf. Mas não era o mesmo rosto que Harry e Tom já haviam visto antes. A pele era branca como giz, ainda mais branca do que a de Lord Voldemort, quando em sua aparência ofídica. Os lábios pareciam feitos de rubi, a boca permanentemente distendida em um “Rictus sardonicus”, um esgar que era semelhante a um sorriso insano. Ele tirou o quepe, mantendo sua Walther P-38 com silenciador apontada para o grupo, com a boca do cano ainda fumegando (o que explicava o som abafado que haviam ouvido), mostrando que seus cabelos pareciam ser formados por fios de esmeralda.



 



_Klaus? _ perguntou Voldemort, recusando-se a acreditar na figura que via à sua frente _ É você, Klaus von Feuer-Adler?



_Não mais, “Batman”. _ disse ele, olhando para os bruxos _ Aliás, se “Robin” é Georges Delvaux, então “Batman” só pode ser seu melhor amigo, agente e empresário, Tom Marvolo Riddle, acertei?



_Acertou. _ disse Voldemort, removendo a balaclava, Harry fazendo o mesmo perto dele _ Mas como?



_Como sobrevivi àquele banho químico? Talvez um milagre, alimentado pelo meu desejo de vingança contra os responsáveis por ele. Jurei que “Batman” e “Robin” pagariam por essa mutilação. Minha pele ficou totalmente despigmentada, meus lábios parecem puro sangue e meus cabelos ficaram verdes como esmeraldas. Além disso, ela ficou sensível por semanas, precisei de muita Poção Analgésica para suportar a ardência e acabei sofrendo um efeito colateral. Os vestígios dos produtos químicos, associados à poção, prejudicaram a inervação do meu rosto, deixando este sorriso permanente. Mas foi a mão do Destino, eu acho que não poderia ser de outra maneira.



_Por quê? _ perguntou Walburga, que havia fechado os olhos de Elaine, com Harry ainda abraçado ao corpo da garota, ambos em lágrimas _ Por que não poderia ser de outra maneira?



_Ora, minha jovem, você jamais leu os quadrinhos daquele país decadente, os EUA? _ perguntou o bruxo das SS _ Afinal de contas, “Batman” e “Robin” jamais estariam completos sem a existência do... “CORINGA”!



 



Uma gargalhada insana e estridente seguiu-se às palavras de Klaus von Feuer-Adler. A prova de que ele havia ficado tão louco quanto o personagem de quem tomara o nome e a aparência.



 



_Vamos, “Coringa”. Temos uma América para bombardear e não podemos perder tempo. _ disse Grindelwald, todos ouvindo a voz da “Varinha do Reich” pelo sistema de alto-falantes.



_Jawohl, Herr Grindelwald. _ respondeu Klaus, que demonstrou preferir ser chamado pelo novo apelido _ Será um prazer pilotar um desses Horten e levar aos americanos o peso da mão do Reich.



 



Outra risada insana saiu da boca do “Coringa”, enquanto ele corria e embarcava na enorme aeronave, que parecia até com os desenhos de uma concepção de Aerotransatlântico que Harry já havia visto na revista “The Eagle”, com os desenhos e esquemas de L. Ashwell Wood. O jovem bruxo olhou para aquele monstro, que começava suas manobras de taxiamento no hangar, preparando-se para a decolagem e saiu de seu estado de choque. Levantou-se e caminhou em direção ao avião, que começava a rolar pela pista.



 



_Harry, o que você vai fazer? _ perguntou Dumbledore.



_Vou entrar naquele avião, Prof. Dumbledore! _ respondeu Harry, empunhando sua varinha e checando suas armas, um brilho intenso iluminando seus olhos verdes e seu corpo parecendo envolto por uma aura vermelho-dourada de pura fúria.



_Mas como é que você vai entrar? _ perguntou Voldemort.



_Vou desaparatar para dentro dele. _ disse Harry, resoluto.



_O avião está se movendo e você sabe que não é possível desaparatar para dentro de um veículo em movimento. _ disse Voldemort.



_Você estará correndo um grande risco de se estrunchar ao tentar fazer isso, Harry. _ Dumbledore tentou dissuadir o jovem bruxo.



_Isso porque ninguém nunca tentou! _ exclamou Harry, correndo em direção à aeronave e se preparando para desaparatar.



_HARRY!!! _ exclamaram todos, mas ele já havia desaparecido de onde estava. Naquele momento, a gigantesca asa voadora saiu pela abertura externa da pista, abandonando o solo.



 



Harry Potter aparatou em um dos depósitos do supercargueiro, satisfeito ao conferir que não havia se estrunchado, estando em perfeitas condições físicas (“E como ninguém havia dito a ele que era impossível de se fazer, ele foi lá e fez”, pensou o bruxo). Testou a porta do depósito e a abriu, vendo que não havia sentinelas no local. Com a varinha em uma das mãos e a Colt na outra, Harry chegou à área de carga principal, onde os quatro Horten estavam prontos para serem lançados, seus pilotos trajando macacões de voo.



Quando um dos pilotos sentiu uma pressão da Mãe Natureza e foi ao banheiro, Harry o colocou para dormir, com um bem aplicado Feitiço Morpheus. Rapidamente o bruxo tirou o macacão do piloto e o vestiu.



 



_ “INCARCEROUS! TRAVALINGUA!” _ as cordas mágicas imobilizaram o piloto e o feitiço seguinte colou sua língua ao palato, impedindo que emitisse qualquer som que alertasse os outros Nazistas.



 



A aeronave já estava no ar, logo os Horten seriam liberados para cumprirem sua macabra missão (“Já estou aqui e consegui incapacitar um dos pilotos. Agora, preciso dar um jeito de conseguir pilotar. E como eu não conheço lhufas de pilotagem dos Horten além do que vi nos documentários da BBC, acho que vou ter que buscar o conhecimento na mente desse cara”, pensou Harry, empunhando a varinha).



 



_ “Legilimens!” _ utilizando as habilidades de Legilimência, aprendidas no quinto ano e aperfeiçoadas nos anos posteriores, Harry Potter acessou a mente do piloto, absorvendo seus conhecimentos de pilotagem, até que se sentiu preparado para aquela missão.



 



Harry retornou à área de carga principal e à doca dos Horten, já com o capacete na cabeça. Grindelwald estava ali e parecia estar meio impaciente.



 



_Bom, Helmut. _ disse Grindelwald _ Eu já estava preocupado, pensando que teria que te substituir. Embarque no Horten Nº 2 e prepare-se para o lançamento.



 



Harry subiu e deitou-se, assumindo seu lugar no caça-bombardeiro a jato, aguardando as ordens. Ao seu lado, o copiloto parecia estar no auge do nervosismo.



 



_Acalme-se, rapaz. _ disse Harry _ O avião não vai te morder.



_Fácil para você, Helmut. _ disse o outro _ À exceção do “Coringa”, você é o melhor dos pilotos que foram selecionados para a “Missão Amerika Bomber”. Só não estou me borrando porque você está aqui ao meu lado.



 



Dali a pouco, Grindelwald deu a ordem.



 



_ “Horten de 1 a 4 a postos. Preparar para liberação.



 



Acionaram as turbinas JUMO-14, que começaram a aquecer. O Horten Nº 1, pilotado pelo “Coringa”, foi liberado. Assim que os retentores soltaram o avião, o piloto acionou as turbinas a toda força, indo em direção aos EUA, pois a missão do “Coringa” era bombardear Nova York e Washington. A do Nº 2, o caça de Harry, era bombardear o Rio de Janeiro e Volta Redonda. Harry foi liberado e seguiu também, rumo à América. Os outros dois foram liberados em seguida.



 



Harry Potter localizou o Horten Nº 1 e foi atrás dele. O copiloto estranhou sua atitude e tentou reagir.



 



_Helmut, o que você está fazendo? _ perguntou o copiloto _ Nossas ordens são para ir bombardear o Brasil.



_Calma. Já que você estava tão nervoso, acho que vou fazer alguma coisa para te acalmar. “Morpheus!” _ disse Harry, colocando o copiloto para dormir, antes que ele sacasse sua pistola.



 



Livre de quaisquer interferências, Harry Potter seguiu atrás do Horten Nº1, pilotado pelo “Coringa”, ignorando as transmissões de rádio do supercargueiro. Localizando-o, logo tratou de colocá-lo na alça de mira e destravou os canhões de 30 mm, disparando uma rajada que atingiu as asas, fazendo com que uma nuvem de fumaça fosse projetada do caça. Sem condições de voo, o Horten embicou em mergulho, enquanto um dos tripulantes saltava de paraquedas. O outro não teve a mesma sorte. Sem conseguir abandonar a aeronave, pereceu quando o caça explodiu no ar (“Espero que tenha sido o “Coringa”, mas aquele calhorda é esperto demais para não sobreviver, Tenho a impressão de que foi o copiloto que morreu na explosão do Horten”, pensou Harry). O problema agora eram os Horten Nº 3 e Nº 4.



Vendo o que havia acontecido, Grindelwald deu ordens para que o terceiro e quarto aviões atacassem o segundo, mas não seria fácil. Contando com as habilidades de Helmut, adquiridas através da Legilimência, ele logo se esquivou e contra-atacou com seus canhões 30 mm, logo abatendo os últimos caças. As aeronaves foram derrubadas e as bombas de “Mercúrio Vermelho” foram parar junto com eles no fundo do oceano, totalmente inertes. Os EUA e o Brasil estavam a salvo. A “Operação Amerika Bomber” havia sido abortada pelo bruxo de óculos, que agora direcionava seu Horten para o supercargueiro, mas não para derrubá-lo. A intenção de Harry Potter era entrar no enorme avião.



Aproximando-se por trás, onde havia menos defesas, Harry neutralizou as torretas de tiro e direcionou seu Horten para a porta de carga traseira, abrindo um rombo na fuselagem com seus disparos e reduzindo a velocidade, para não arrebentar o supercargueiro e nem o seu caça.



Com um estrondo e uma chuva de faíscas, o caça-bombardeiro entrou pela traseira, pousando de barriga e atingindo a área de carga principal. Após cortar as turbinas, Harry saiu do Horten e tirou o copiloto, colocando-o em um lugar seguro.



 



_HELMUT!!! Você está louco?! _ disse Grindelwald, aparecendo no local, com sua varinha na mão.



 



Tirando o capacete de voo e encarando Grindelwald, Harry Potter também empunhou sua varinha e atacou.



 



_ “EXPELLIARMUS!” Não sou Helmut, Grindelwald. _ disse Harry, mantendo a varinha apontada para o conselheiro de Hitler _ Sou aquele que vai representar o início do fim para você.



_O quê? Georges Delvaux? “Coringa” me disse que você era “Robin”, mas como foi que você conseguiu entrar e tomar um dos Horten?



_ Ele não devia ter feito o que fez. _ disse Harry, a fúria novamente fazendo seus olhos brilharem _ Ele matou Elaine Rutherford por pura crueldade, não havia a menor necessidade de matá-la!



_Ele ficou insano depois do que vocês fizeram com ele, Delvaux. E comigo, também. Como você pôde fazer isso? Eu tinha tantas esperanças em você, seu lugar na Seleção de Quadribol da Inglaterra estava garantido. Minha maior esperança... e minha maior decepção.



_Não preciso lhe dizer onde pode enfiar a vaga da Seleção, Grindelwald. Aceite os fatos, a Grã-Bretanha está perdida para os Nazistas. Vocês jamais colocarão os pés na “Pérfida Albion” novamente. E eu não sou nem nunca fui “Georges Delvaux”, meu nome é Harry Potter, seu sujo! Vocês recuarão para lá do Reno e jamais voltarão a ameaçar a Europa e nem o resto do mundo. Seu líder, Adolf Hitler? Ele será lembrado como uma das personalidades mais infames que o mundo já conheceu e todos os seus parentes assumirão o compromisso solene de não deixar descendência, para que a linhagem Hitler seja extinta.



_Você fala com tamanha convicção... Harry Potter. O que o faz pensar que os fatos irão transcorrer dessa maneira?



_O quê? E você ainda me pergunta, Grindelwald? Para mim isso tudo é História, fatos ensinados na escola. É simplesmente o passado, coisas com as quais nós aprendemos para não cometermos erros no futuro. Que, aliás, é de quando eu vim.



_Você é um viajante do tempo, Harry Potter? _ perguntou Grindelwald.



_Sou mais do que isso, Grindelwald. _ disse Harry _ Venho do futuro, sim. Mas não do seu futuro. Minha realidade é paralela à sua e nela vocês jamais chegaram a sujar a Inglaterra com suas botas, não passaram de Jersey e Guernsey. E tanto eu quanto Tom Riddle fizemos de tudo para que as coisas aqui transcorressem como foi para nós.



_Como assim? _ perguntou Grindelwald, agora curioso.



_Desde que chegamos ajudamos os Aliados, bem debaixo do seu nariz. O “Raio da Morte de Tesla”, a fuga da Família Real, a destruição das represas do Vale do Ruhr, o resgate de Mussolini, para que Skorzeny fosse escalado para a missão da Conferência de Teerã, que acabou sendo abortada, a fuga e resgate de Gerovinsky, entre outras. Sem contar que ainda conseguimos salvar Anne Frank das garras de seus esbirros.



_Quem é Anne Frank? _ perguntou Grindelwald.



_Depois da guerra você saberá quem é ela, a jovem judia holandesa Anne Frank... isso se sobreviver até lá. _ disse Harry, mantendo a varinha apontada para Grindelwald _ E caso isso aconteça, o seu lugar no banco dos réus em Nuremberg estará garantido. É onde vocês, malditos Nazistas, serão julgados pelos crimes que cometeram contra a Humanidade.



_Pena que você não verá isso, Harry Potter. _ disse Grindelwald, ajeitando o quepe.



 



A fração de segundo de distração quase foi fatal para Harry. Um estampido baixo e uma forte sensação de ardência no ombro direito, provocada pelo projétil 6.35 da Mauser de Grindelwald que o atingiu de raspão, acabaram forçando o bruxo da cicatriz a largar a varinha. Mas não estava indefeso. Seu pé atingiu a mão que empunhava a Mauser e os dois se engajaram em uma luta corporal. Embora Grindelwald fosse fisicamente mais forte, ele não tinha o treinamento Ninja de Harry. O problema é que quando Grindelwald foi atingido por um chute de Harry, sua varinha ficou ao seu alcance.



 



_Agora será o seu fim. _ disse ele _ “MAGNUM IMPACTO!



 



Mas uma turbulência desequilibrou Grindelwald no exato momento em que ele lançou o seu feitiço que acabou atingindo o piloto e o copiloto do supercargueiro, que foram esmagados e caíram para frente com a fortíssima onda de choque, que avariou os manches e o painel de instrumentos. Imediatamente a enorme aeronave começou a ficar fora de controle.



A situação se complicava cada vez mais e o supercargueiro era um lugar cada vez menos seguro. Grindelwald sabia disso e ordenou que todos os tripulantes ainda vivos pegassem seus paraquedas e abandonassem a aeronave. Sabendo que ali não era o melhor lugar para ficar, a tripulação não esperou que o bruxo repetisse a ordem. Era melhor saltar sobre o mar e correr o risco de ser capturado pelas belonaves dos Aliados, que certamente estariam patrulhando o Atlântico do que encarar a morte certa naquele túmulo voador de metal.



Logo o céu ficou coalhado de pontos cinzentos, os paraquedas dos soldados Nazistas trouxas. Alguns dos bruxos tiveram um pouco mais de sorte e conseguiram pegar as poucas vassouras que haviam sido levadas a bordo, assim conseguindo ir para onde queriam, mesmo com o vento forte. E foi assim, até que restaram no supercargueiro Grindelwald, Harry, o copiloto, que havia sido despertado e estava sentado ali, ainda meio tonto e Helmut que ainda estava no banheiro, desacordado e amarrado.



 



_Agora somos só nós, Harry Potter. _ disse Grindelwald _ Posso não ser um Legilimente, mas imagino que chegou a passar pela sua cabeça tentar fugir com o Horten. Só que ele está muito avariado e pode não dar certo. Vamos acabar com as suas dúvidas, meu jovem. “REDUCTO!” _ o Horten se despedaçou, ficando inutilizado.



_Eu já imaginava que você tentaria algo assim, Grindelwald. Mas e você? Como pretende sair daqui? Por acaso tem uma vassoura ou um paraquedas?



_Tenho algo melhor, Harry Potter. Uma Chave de Portal que me levará a um local seguro, de onde poderei traçar novos planos para contornar este revés. A Grã-Bretanha está perdida para nós? Dane-se, ainda temos o restante da Europa. Eu até poderia utilizar outro meio que está por aí neste gigante dos ares, mas é arriscado demais e não quero perder tempo procurando em que canastra está. Em último caso, você ainda tem um paraquedas. Auf wiedersehen, Harry Potter.



 



Com um brilho azulado, Adolf Gellert Grindelwald desapareceu do supercargueiro. Mas Harry fazia uma ideia de para onde o bruxo conselheiro do Führer havia ido. Um gemido o trouxe de volta à realidade.



 



_Então você também é bruxo? _ perguntou o copiloto, com voz fraca, levantando-se _ Faz parte da Drachenwache?



_Não, não faço... qual é o seu nome? _ perguntou Harry.



_Genehr. Otto Genehr. _ disse o jovem.



_Me desculpe por tê-lo colocado para dormir. Agora preciso tentar estabilizar este monstrengo. Sei que não dá para fazê-lo por muito tempo, mas se eu colocá-lo no rumo do Ártico... _ e Harry começou a ter uma ideia _ ... Isso parece meio “Steve Rogers” demais para o meu gosto, mas não tenho a menor intenção de virar picolé como ele fez e nem ser objeto de adoração de uma tribo esquimó, passando décadas até Namor me jogar no oceano e os Vingadores me encontrarem. Me dá uma ajudinha aqui, Otto.



_Ja, Herr Potter. _ disse Otto, sem fazer a menor ideia do que Harry Potter estava falando (afinal de contas, aquela HQ só seria publicada dali a mais de vinte anos).



_Pode me chamar apenas de “Harry”, Otto. Não é mais hora para formalidades, estamos no mesmo barco ou melhor, avião.



 



Empregando o máximo de força que puderam, conseguiram mover o manche e alterar a trajetória do supercargueiro. Quase por um milagre, a bússola e o azimute ainda estavam inteiros. Confirmando que a aeronave estava direcionada para o Ártico, travaram os controles e prepararam-se para saltar de paraquedas. Só que naquele momento, Harry lembrou-se de uma coisa.



 



Havia só dois paraquedas e eles eram três. Helmut ainda estava no banheiro e era o paraquedas dele que Harry tinha às costas.



 



_Otto, tenho que despertar Helmut, para que ele não fique aqui quando este avião cair. _ Harry foi ao banheiro e dizendo “ENERVATE” desfez o Feitiço Morpheus. Vestindo outro macacão de voo, Helmut acompanhou Harry até a área de carga.



 



_Helmut, estamos com um problema. _ disse Harry, bastante sério, assim que chegaram _ Há um paraquedas a menos. Um de nós terá que ficar e acho que serei eu, para tentar controlar este avião e fazê-lo pousar no gelo do Ártico, embora haja o risco dele explodir no processo.



_Eu também sou piloto, posso ficar. _ disse Helmut_ Este avião tem muitas coisas importantes, armas tecnológicas do Reich.



_Dummkopf! _ exclamou Otto _ A esta altura, o que menos importa são quaisquer Sonderwaffen que possam estar aqui. Eu não tenho a menor intenção de me arriscar a morrer, você tem? Harry, Grindelwald falou de outro meio de fuga deste avião e eu sei em que canastra está, você não precisa se arriscar a morrer.



_Como assim, Otto? _ perguntou Harry.



_Grindelwald estava com medo de se arriscar, pois todas as cópias do equipamento resultaram em tragédia. Mas o que está naquela canastra é o original, que espiões do Reich roubaram dos americanos e nossos cientistas e engenheiros tentaram reproduzir, utilizando engenharia reversa.  _ disse Otto, indo até uma pilha de canastras, puxando uma delas e arrastando-a até Harry _ Com isso você poderá controlar o avião e escapar no último instante. Aquele schwein não estava nada preocupado com a segurança da tripulação, quando a coisa apertou, só quis salvar a própria pele.



 



Otto abriu a canastra e mostrou seu conteúdo a Harry, que ficou boquiaberto ao ver o que era (“Muito, muitíssimo obrigado, Doc Savage. Espero poder te agradecer pessoalmente”, pensou o bruxo de óculos).



 



Aquilo mudava toda a situação e trazia esperança a Harry Potter de escapar de uma morte praticamente certa.


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