Capitulo III - Verão



        O clima quente do verão assolava o pacato vilarejo de Godric's Hollow, onde não via-se um único ser vivo nas ruas, já que os moradores resolveram tentar proteger-se do calor em suas próprias casas.



         Embora um homem ruivo caminhasse lenta e calmamente na rua do cemitério, refugiado nas sombras das espessas árvores que rodeavam o lugar. O homem ruivo que viera tantas vezes antes parecia bem mais velho, e seus olhos eram concebidos com um novo brilho, que nunca estivera presente antes.



         O rangido suave do portão do cemitério fez-se presente, e o homem andou até o túmulo de Harry Potter, ainda branco, limpo, e cercado de flores.



         O homem ruivo sorriu para a lápide.



        -Oi, Harry.-cumprimentou ele, ficando de joelhos em frente a cova.-Tenho uma coisa importante á dizer. Hermione está grávida! Grávida, Harry! De um bebê! 



         O homem ruivo não conseguia para de sorrir.



         -Ela acabou de me mandar um patrono, então não posso me demorar aqui. Mas é que... Merlin, Harry eu tinha que te contar isso! Vamos ter um bebê! Um bebê Harry, e nós até já sabemos os nomes, já decidimos no dia da Lua de Mel.



          O ruivo soltou uma risada nervosa, porem alegre.



         -Nossa, já faz dois anos desde que me casei.-comentou ele, sorriso alegre.-E agora a família Granger-Weasley vai ficar maior! 



         Ele ficou em silêncio por alguns momentos, sorrindo bobamente, antes de começar a falar.



          -Se for menina, será Rose.-disse o homem á lapide.-E se for menino...-sua voz amoleceu um pouco nessa hora.-Será Harry. Um nome bem forte, não? Harry Granger-Weasley. Eu gosto como soa.



          O homem ruivo sorriu feliz e carinhoso para o túmulo, filetes de lágrimas escapando pelo canto de seus olhos.



         -Você ainda continua o meu melhor amigo, Harry.-disse o ruivo, baixinho.-Vai ser para sempre, irmão. 



         O homem olhou em silêncio respeitoso para a cova antes de dizer:



         -Eu queria que você estivesse aqui. Para me dizer que eu serei um bom pai. Ou para que eu pudesse te nomear o padrinho. 



         Sorrindo tristemente para o túmulo, o homem ruivo só ouviu o sino, quando este já estava na segunda badalada.



         -Oh, eu tenho que ir agora.-disse o homem, ficando de pé. Ele olhou mais alguns momentos para a lápide.-Adeus, Harry. 



        E girando o corpo, o homem ruivo saiu do cemitério, refazendo seu caminho pela sombra das árvores.



  



        


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