EXTRA: NOVOS CONVIDADOS.



Tudo aconteceu simultaneamente: os alunos gritando, os professores indecisos entre acalmá-los e apontar as varinhas para Sirius, e Fudge berrando mais do que a Sra. Black.


- DUMBLEDORE! VOCÊ TEM ESCONDIDO UM ASSASSINO FORAGIDO DEBAIXO DA SUA ASA! JÁ CHEGA! SHACKLEBOLT...


Mas Fudge calou-se, como se estivesse engasgado. Dumbledore ia falar, mas ele recomeçou:


- Eu exijo que pren... Que prendam... Chame dementa... O QUE ESTÁ ACONTECENDO?


Foi preciso meia hora para que o Salão se acalmasse, e mais cinco minutos para que Fudge se recompusesse.


- O que... – ofegou ele. – O que está acontecendo comigo? Por que não consegui... Black! Ele está aí, do meu lado! Eu ia mandar prendê-lo...


Sirius encarava o ministro, o mesmo que testemunhara contra ele anos antes.


- Sirius Black – começou Dumbledore. – é meu convidado. E não é assassino, nem tampouco seguidor de Lord Voldemort.


- O QUÊ?!


- ...descobrimos isso há dois anos, na época em que este castelo foi infestado de dementadores...


- Que loucura é essa?


- Há dois anos, quando Harry Potter cruzou o caminho de Sirius, descobriu que ele não era culpado dos crimes que lhe foram atribuídos.


- Não era... Dumbledore, não diga sandices! Eu vi o que ele fez! A rua explodida, Peter Pettigrew em pedaços, Black gargalhando... eu vi!


Dumbledore esperou Fudge recuperar o fôlego, enquanto Sirius olhava para os lados, sem saber exatamente o que fazer.  


- O verdadeiro autor foi o próprio Pettigrew. – explicou Dumbledore. – Peter Pettigrew causou a explosão, e forjou a própria morte, para que pudesse escapar.


- Escapar... – repetiu Fudge, abobado. – Escapar de quê?


- De mim. – rosnou Sirius.


Houve um surto de suspiros e gritos, mas Dumbledore retomou a calma.


- Peter Pettigrew, ou Rabicho, como o conhecíamos, foi quem entregou os Potter a Voldemort, e não eu. – afirmou Sirius, a voz carregada de amargura.


Harry e os amigos encaravam a cena, abismados. Harry sonhara com aquela situação milhares de vezes... Sirius podendo contar sua história, tendo uma chance de ser inocentado...


Mas se Fudge não acreditasse...


- Como assim? – indagou Fudge. – E desde quando você se transforma em cachorro?


- Sou Animago desde os quinze anos, mas uma coisa de cada vez... Peter era o Fiel do Segredo, mas ninguém sabia disso, exceto eu, Lily e James. Eu ia ser, mas, de última hora, decidimos fazer dele o Fiel. Assim, se viessem descobrir o paradeiro dos Potter, viriam atrás de mim... não desconfiariam dele, era um bruxo medíocre.


Fudge e Umbridge se entreolhavam, pasmos. Os alunos haviam emudecido, como se um Feitiço Silenciador tivesse caído sobre eles.


- Não contamos a mais ninguém, porque acreditávamos que houvesse um espião na Ordem... Cheguei a desconfiar que fosse meu velho amigo, Remo.


Remo sorriu sem graça.


- O que não sabíamos era que o próprio Peter era o espião. Ele sempre foi um covarde, sempre se escondendo na sombra de amigos mais fortes, em busca de proteção. Quando pensou que Voldemort fosse mais forte, debandou para o lado dele. Não demorou nem uma semana para contar ao mestre o paradeiro de Lily e James; foi por causa dele que Voldemort os achou, e os matou.


Agora, havia um tom de tristeza na voz de Sirius, tão claro, que até mesmo Fudge parecia tocado. Ainda assim, continuava confuso.


- Espere, espere... Estão querendo que eu acredite que Black, condenado há catorze anos, de repente é inocente, apenas pelas palavras dele?!


Dumbledore, que já esperara por isso, adiantou-se.


- Deve se lembrar de que os seguidores de Lord Voldemort possuíam uma Marca no antebraço esquerdo, a Marca Negra.


- Marca Negra?! – repetiu Fudge. – Aquela mesma que eles conjuravam no céu quando... aquela que eu vi no braço do...


- Sim. – confirmou Dumbledore, antes que mencionassem Snape. – Todos os seguidores próximos de Voldemort a possuem; mesmo os que desertaram ou se arrependeram ainda a têm marcada no antebraço esquerdo.


- Mas... Black...


Sirius, imediatamente, levou a mão direita ao braço esquerdo, e afastou sua manga. Fudge e Umbridge haviam levantado suas varinhas como se esperassem um ataque, e Dumbledore empunhara a sua para defender Sirius.


Fudge fixou o olhar no braço descoberto de Black. Não havia o menor sinal de Marca Negra, era um braço descarnado, com algumas cicatrizes, mas nenhum vestígio da Marca, como ele vira no braço de Severo Snape.


Sirius estendeu o braço na direção dos professores, e dos alunos, que por um instante levaram um susto, mas todos podiam ver claramente que ele estava limpo.


Fudge não sabia se ria ou chorava... Sirius Black era procurado havia dois anos, dois anos de muita dor de cabeça, e agora, ele simplesmente era inocente... o escândalo que seria... o povo o encheria de corujas questionando como pudera ter mantido um homem inocente preso por doze anos, na companhia de dementadores...


- Espere aí... isso ainda não faz sentido! Como você escapou, se não era próximo d’Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado? Se não sabia magia das Trevas avançada?  


- Virei cachorro. Foi assim também que mantive a sanidade. Os dementadores não conseguiam me afetar tanto enquanto eu assumia minha forma animaga. Além disso... – Sirius suspirou. – eu sabia que era inocente, e isso era uma coisa que eles não conseguiam me tirar. Não era um pensamento feliz, entende...


- Mas Peter Pettigrew... eu vi a cena. Eu era ministro júnior no Departamento de Catástrofes Mágicas na época, vi o que restou de Pettigrew, e você... – apontou para Sirius. – gargalhando diante daquela cena.


- Peter cortou o próprio dedo e depois se transformou em rato e fugiu. Eu surtei naquela hora, não havia mais jeito de provar que eu era inocente, ele sumira... 


- Ministro, francamente, não pode acreditar nisso...


Umbridge aparentemente saíra do estado de choque, mais disposta do que nunca a desacreditar tudo que Dumbledore e o livro dissessem.


- Essa história toda não faz sentido... Black inocente, Pettigrew virando rato; é tudo uma armação, estou dizendo.


Fudge não conseguia assimilar. Era absurdo, mas tinha que saber a verdade.


- Mas como você escapou de Azkaban?


- Já disse; me transformei em cachorro. Eu estava magro o bastante para passar pelas grades, e fiz isso. Os dementadores são cegos, não conseguiram sentir meus pensamentos na forma de cachorro, então nem me incomodaram. Corri até o mar, e saí nadando da ilha, até chegar ao continente. Quase me afoguei, muitas vezes; mas consegui.


- Pobrezinho! – murmurou Lilá. – Deve ter sido muito duro.


Sirius olhou para os lados. Haviam esquecido os alunos.  


- E... como soube que Pettigrew...


- Por sua causa, Fudge. – disse Sirius, rindo com desdém da surpresa do ministro. – Quando você visitou Azkaban, e eu pedi para ler o jornal, encontrei uma notícia, sobre uma família que tinha ganhado um prêmio da loteria. E vi, em cima do ombro de um deles, o rato.


“Ele era um Animago, como eu. Transformava-se em rato, eu o vi se transformar milhares de vezes, reconheceria aquele rato em qualquer lugar...


- Espere aí. – interrompeu Fudge. – Desde quando você e Pettigrew são Animagos? Não é uma coisa que qualquer bruxo consiga...


- Eu e meus amigos, James e Peter, nos tornamos Animagos aos quinze anos, para ajudar nosso amigo, Remo. – explicou Sirius, com simplicidade. – Remo era nosso amigo desde o primeiro dia de Hogwarts... Mas ele sempre sumia uma vez por mês, dizia que ia visitar a mãe, mas certo dia, descobrimos...


- Ele era um lobisomem. – completou Umbridge, com desprezo. – O senhor... – apontou para Dumbledore. – trouxe um mestiço perigoso para este castelo, deixou que ele dormisse com alunos inocentes, podendo, a qualquer momento, ter contaminá-las...


- Para sua informação, Dolores – interrompeu McGonagall. -, enquanto Remo Lupin estudou aqui, não houve nenhum acidente com ele, em momento algum. – (Snape bufou como um gato raivoso.) – Dumbledore tomou as precauções para que Remo pudesse estudar normalmente, e interagir com os outros alunos. E fez muito bem.


- E ainda deixou que ele ensinasse a essas crianças... – continuou Umbridge. – Eu devia ter criado uma lei anti-lobisomem muito antes, para impedir que párias como ele se aproximassem de bruxos de bem...


- CALE A BOCA!


A voz de Tonks ecoou pelo Salão. Todos haviam se virado para ela, mas ela não se importou. A raiva que sentia estava maior do que nunca daquela mulher; não conseguia mais aguentar a presença e as palavras de Umbridge.


- Se tem alguém que deveria ser tirado de perto de gente de bem, é você. – Afirmou Tonks. – Remo é a melhor pessoa que eu já conheci, e se não fosse por gente como você, ele teria uma carreira brilhante!


- Ah! – exclamou Umbridge. – Eu sou uma pessoa ruim, por evitar que lobisomens ensinem as nossas crianças? Ou por lutar contra gente como Dumbledore, que traz lobisomens para estudar em Hogwarts?


- Remo não é perigoso, nem nunca foi, Umbridge! – afirmou Tonks, com firmeza.


- É Madame Umbridge para você, Tonks!


- E é senhorita Tonks para você.


Umbridge inchou como um sapo, diante da insubordinação daquela aberração metamórfica, quando alguém interrompeu:


- Com licença. – pediu uma voz da Sonserina. – Não terminaram de contar a história.


Era Astoria Greengrass. O Salão ficou momentaneamente em silêncio.


Astoria sorriu. Obviamente, ninguém esperava que uma sonserina levantasse a voz e exigisse que continuassem a história. Mas ela sabia que não havia perigo se impor; fora um ato calculado. Sabia que todos queriam continuar a história de Sirius Black e seus amigos.


- Ah, sim. – continuou Remo. – Quando meus amigos descobriram, pensei que os perderia. Mas, em vez disso, eles passaram os três anos seguintes se empenhando para se tornarem Animagos. Para que pudessem me ajudar.


- Como assim ajudar? – indagou Fudge.


- Lobisomens só são perigosos para seres humanos, não para animais. Como Animagos, eles podiam ficar comigo, podiam me segurar, se eu ficasse muito agressivo. E eu sentia meus pensamentos se tornarem mais humanos, graças a eles. Então, a partir daí... – Remo suspirou, saudoso. – Toda lua cheia, eles iam escondidos comigo até a passagem do Salgueiro Lutador...


- Passagem do Salgueiro Lutador?! – repetiu Umbridge, indignada.


- Plantamos o Salgueiro Lutador para esconder uma passagem ao local em que Remo Lupin ficava nas noites de lua cheia. – explicou Dumbledore, pacientemente. – Era um meio de mantê-lo seguro, durante suas transformações: deixá-lo sozinho na Casa dos Gritos.


- Casa dos Gritos?!


- Casa dos Gritos?!


- Sim. – disse Remo. – Era eu, me transformando naquela casa, toda noite de lua cheia.


- Eu bem sabia que não eram fantasmas. – afirmou Nick-Quase-Sem-Cabeça, pomposamente.


- Mas onde isso se encaixa com a história do Black? – indagou Dino Thomas, curioso.


- Como íamos dizendo... – desta vez, Sirius continuou. – cada um de nós conseguiu se transformar em um animal no quinto ano. Eu, em um cão; James, o pai de Harry, em um veado; e Peter Pettigrew, em um rato.


- Rato?! – repetiu Fudge, incrédulo. Lembrou-se daquela noite, quando Black fora recapturado, e Potter e os amigos afirmavam que Black era inocente, que o verdadeiro culpado era Pettigrew, que se transformara em rato.


- Sim. – continuou Sirius. – Era fácil para ele passar despercebido pelos galhos do Salgueiro Lutador, e apertar o nó que paralisava a árvore. Aí, nós entrávamos com Remo, e ficávamos com ele até o nascer do sol.


- E não era perigoso? – indagou um garoto da Sonserina.


- Não! – disse Sirius, com impaciência. – James e eu, como animais grandes, podíamos segurá-lo, quando ele ficava muito agitado.


- Mas raramente era preciso. – explicou Remo. – Com a companhia deles, minha mente era mais humana do que nunca.


Sirius e Remo observaram, à volta, os alunos murmurarem e encararem. Pareciam estar, pouco a pouco, assimilando os fatos narrados naqueles últimos instantes.


Harry olhava apreensivo o padrinho de pé, sorrindo, como se tivesse acabado de fazer um grande discurso, que desejava fazer havia muito tempo. Hermione e os outros também o olhavam, notando a felicidade no seu rosto maltratado.  


- Ele... – murmurou Harry. – Ele vai ser inocentado... Sirius vai ser livre...


Hermione e Rony olhavam a expressão esperançosa de Harry, com pesar e receio.


- Harry... – começou Hermione.


- Ele vai, sim!


- Fudge pode não acreditar...


- Ele vai!


Mas Fudge continuava profundamente confuso... Black inocente, e Animago... Pettigrew vivo e culpado de tudo... Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado de volta.... Fudge olhava de Umbridge para Kingsley, como se esperasse alguma sugestão deles. Mas devido ao silêncio, ele por fim disse:


- Black... se... se é verdade isso tudo que disseram, então, não vai se incomodar de se submeter ao Veritaserum?


- O quê?! – indignou-se Tonks. – Ainda vão tratar Sirius como criminoso?!


- Excelente ideia, Cornélio! – Exclamou Dumbledore, batendo palmas. – Vamos a uma sala mais reservada, onde poderá interrogar Sirius e encerrar todas as dúvidas.


Umbridge e Fudge se entreolharam, e, um segundo depois, o ministro acenou com a cabeça. Dumbledore conduziu Sirius, Remo, McGonagall e um Snape carrancudo até a mesma sala em que os campeões do Torneio Tribruxo haviam ficado no ano anterior.


Fudge deixou que Kingsley fosse na frente, e chamou Umbridge, em um canto afastado.


- Não sei se posso confiar em Dumbledore, Dolores...


- O senhor não devia... essa história está muito mal-contada... e essa ideia de ir para uma sala reservada... Dumbledore e Black devem estar aprontando uma armadilha. Devíamos nos precaver.


- Sim, sim... – murmurou Fudge, aumentando o tom para exceder os murmúrios do Salão. – Você tem razão, Dolores. Escute o que devemos fazer: chame Rufus Scrimgeour, ele é confiável; e John Dawlish, ele é mais leal do que um cão-guia. Não lhes explique muito, apenas diga para virem à escola, para que possam me guarnecer. Se houver algum sinal de perigo, mando prender Dumbledore e essa gente da Ordem da Fênix, com ou sem Ato Mágico.


Umbridge conteve a alegria, e assentiu com firmeza, saindo furtiva para sua sala. Enquanto isso, Fudge permaneceu próximo à sala onde Dumbledore, McGonagall, Snape e Sirius haviam entrado, à espera dele.


Dumbledore esperava próximo à lareira, enigmaticamente sorridente, tão calmo que incomodava os outros.


- Dumbledore. – Sirius quebrou o silêncio. – Tem certeza de que isso foi uma boa ideia? Quer dizer, foi ótimo poder contar tudo, mas agora...


- Não havia mais o que fazer. O livro revelou que você estava escondido no largo Grimmauld, e agora, Cornélio compartilha o segredo.


- Mas se ele não acreditar... – começou McGonagall.


- Não há perigo. – explicou Dumbledore.  – Lembram-se das normas da leitura? Não podem realizar nenhuma prisão com base na leitura, até que esta esteja terminada.


- Então – disse Sirius -, não podem me prender até terminarem os livros?


- Sim, Sirius.


- Quantos são os livros?


- Três. Se não me engano, este que estamos lendo é o mais longo. Mas não se preocupe, tenho esperanças de que conseguiremos provar sua inocência antes de terminar a leitura.


Sirius começou a andar de um canto da sala a outro, como se tentasse assimilar aquilo.


Seria inocentado. O livro provaria. E pensar que, pouco antes, estava preso naquela horrível casa, e agora, podia nunca mais ter que voltar a ela.


- Dumbledore?


- Sim, Sirius?


- Vou ter que voltar ao largo Grimmauld, depois?


- Por enquanto, não. – disse Dumbledore, sorrindo. – Acho que não há necessidade de esconder você, agora que o ministro sabe de tudo. Só é preciso que você deponha sob efeito do Veritaserum; isso tornará as opiniões di ministro mais objetivas.


Sirius fez uma ligeira careta; não estava gostando da ideia de ser interrogado com uma Poção da Verdade, mas Dumbledore estava certo: facilitaria tudo.


Estava pensando no que faria, quando Cornélio Fudge chegou, com dois aurores. Portados ao lado dele, pareciam dois guarda-costas carrancudos. Um sério, que parecia receoso. O outro, dono de uma juba de cabelos grisalhos, portava uma expressão austera.   


- Espero que não se incomode, Dumbledore. – disse Fudge, vacilante. – Preferi garantir minha segurança durante o nosso interrogatório.


- Certamente que não. – disse Dumbledore. – Acho que me lembro de John Dawlish. Conseguiu um Ótimo em todos os N.I.E.M.s. E Rufus Scrimgeour, já foi chefe da Seção de Aurores. Bem-vindos.


A calma de Dumbledore não serviu para acalmar Fudge. Na verdade, os dois aurores pareciam incomodados pela falta de medo do diretor. Não pareciam muito dispostos a agir contra ele.


- Bem, vamos logo com isso. – resmungou Fudge. – Dawlish, a poção.


Dawlish estendeu uma caixa, e dela retirou um frasco do tamanho de um ovo, contendo um líquido incolor.


- Ministro. – interrompeu Scrimgeour. – Este não é...


- Prossigam. – mandou Fudge.


Ligeiramente receoso, Sirius deixou que os bruxos o cercassem. Como Dumbledore pedira, estava sem varinha. Mas não pôde deixar de tremer quando Dawlish aproximou o frasco de Veritaserum. Ainda assim, abriu a boca, sem que mandassem, e deixou que despejassem três gotas em sua boca. Seus olhos pareceram sair de foco, como se estivesse sendo Confundido.


- Muito bem... – começou Fudge. – Quem é você?


- Sirius, Orion, Black – disse ele, com uma voz inflexível e desprovida de emoção.


- Você é o homem que foi condenado pela traição aos Potter e pelo assassinato de Peter Pettigrew?


- Sou.


- Você é culpado desses crimes pelos quais foi preso?


- Não.


Fudge, então, pareceu perder o chão. Scrimgeour e Dawlish se entreolharam, parecendo tão perplexos quanto o ministro.


- Ministro... – começou Scrimgeour.


- Eu sei, eu sei... quem foi o verdadeiro responsável?


- Peter Pettigrew. Exceto pela própria morte, porque ele não se matou.


- Como ele incriminou você?


- Ele causou a explosão, em seguida, decepou o próprio dedo e transformou-se em rato. Quando você e os outros chegaram, só o que restara eram suas roupas e o dedo. Assim, tudo indicava que ele havia sido pego pela explosão.


Fudge engoliu em seco; então era tudo verdade. Mas não tinha muitos motivos para se alegrar. O escândalo que iria ser...


- Bem... – murmurou Fudge. – Ah, sim. Você é ou já foi um seguidor d’Ele Que Não Deve Ser Nomeado?


- Não. – disse Sirius, pela primeira vez, em tom rancoroso. – Sempre fui contra tudo que os Comensais da Morte significam. Lutei contra eles, resgatei pessoas das garras deles...lutaria com o Voldemort em pessoa, se fosse preciso...


- Obrigado, Sirius. – disse Dumbledore, ignorando a expressão rancorosa de Fudge quando interrompeu seu interrogatório, e disse... – Bem, Cornélio, acredito que isso encerre quaisquer dúvidas que tivesse sobre a inocência de Sirius.


- Acho que sim. – murmurou Fudge, que parecia à beira das lágrimas. – Arre, quando isso vier a público...


- Quando vier a público, as pessoas de bem ficarão felizes em saber que um homem inocente foi liberto. – Rosnou Sirius. – E é melhor não contrariar a verdade dessa vez, Fudge.


Fudge, então, recompôs seu modo ofensivo.


- Cuidado, Black, cuidado! Sou o ministro da Magia, e você ainda está sob observação! Bem, Dumbledore...


UUUUUUUUHHHH


- ...acredito que tenhamos de tomar providências....


UUUUUUUUHHHH


... com relação a Black...


UUUUUUUUHHHH


... se não me engano, o tal Ato Contratual me proíbe de revelar aos outros o que foi revelado aqui, então não posso levar a inocência de Black a público no momento... mas o que...


UUUUUUUUUHHHH


Um ruído cada vez mais alto invadiu a sala, semelhante a um assobio de ventania.


Então, a lareira ao lado acendeu. E não eram chamas comuns; eram brancas e claras.


Um jorro de luz irrompeu das chamas e pairou em um canto vazio da sala, similar aos nomes dos campeões saindo do Cálice de Fogo, acompanhado do assobio, mais alto do que nunca.


Ninguém reagia. Professores, aurores, ministro e Sirius pareciam hipnotizados pela luz, que começava a se dispersar, e revelar três formas.


- Que... – murmurou Fudge.  


Aos poucos, os presentes puderam discernir três pessoas, jovens, dois garotos, uma garota.


Um garoto de magricela de cabelos negros muito bagunçados, de jeans e camiseta. Uma garota sardenta, de cabelos ruivos muito espessos, e roupas igualmente comuns. Um garoto de cabelos louro-platinados e desarrumados, de sobretudo negro. Todos parados, como se tivessem acabado de aparatar pela primeira vez.


Pouco a pouco, os três recém-chegados começaram a se mexer. Abriram os olhos, que observavam tudo com cautela, como se estivessem em um país estrangeiro.


- Que... – balbuciou Fudge. – Quem... Quem são...


- Será que deu certo? – disse a menina ruiva, que observava os detalhes da sala com seus olhos azuis.


- Acho que sim. – disse o garoto de cabelos rebeldes, agora olhando os presentes com olhos verdes muito vivos.


- Olá! – cumprimentou o garoto de cabelo platinado e olhos cinzentos. – Que dia é hoje?


A maioria dos presentes se entreolhou, como se um alienígena tivesse lhes perguntado que planeta era aquele.


- Sábado. – disse Dawlish, confuso.


- Acho que não foi muito claro. – disse a menina, com um tom de reprovação. – Por favor, que mês e ano é este?


- Setembro, - informou Dumbledore, descontraidamente. – E o ano é 1995.


- Conseguimos! – bradou o menino de olhos verdes. – Estamos em 1995!


- Esse lugar não mudou muito, não é à toa que não conseguimos saber que ano era – disse a ruiva.


- Você insistiu que a gente não aparecesse no meio do Salão, Rosinha. – disse o garoto loiro.


- Seria muito arriscado. – Afirmou a garota. – E não me chame...


- Com licença. – ouviram a voz de McGonagall. – Será que os recém-chegados fariam a gentileza de se apresentarem? – pediu ela, em tom severo.


Os três estremeceram, mas Rose sorriu.


- Certamente, professora McGonagall. – disse a garota, pomposamente. – Eu sou Rose.


- Eu sou o Al. – disse o garoto de cabelos negros e olhos verdes, fazendo um aceno.


- E eu sou... Scorpius. – disse o garoto de cabelo platinado, parecendo constrangido.


Dumbledore, então, aproximou-se sorridente.


- Bom dia – cumprimentou ele. – Acredito que estejamos diante dos responsáveis pelo envio dos célebres livros?


- Sim, senhor. - confirmou Al, olhando o diretor, deslumbrado.


Rose e Scorpius, igualmente deslumbrados, observavam que o diretor os analisava com atenção. Não duvidavam que, logo, ele deduziria quem eles eram.


- Quais são seus nomes, mesmo? – disse Fudge, ainda confuso.


- Al, Rose, Scorpius. – apresentou Rose, novamente. – Mas preferimos manter nossos nomes completos em segredo, por enquanto. Continuando, Professor Dumbledore, é um prazer conhecê-lo. Por curiosidade, em que parte do livro estamos?


- Terminamos o quarto capítulo do primeiro livro, Harry Potter e a Ordem da Fênix. – disse Dumbledore, e seus olhos azuis penetrantes encontraram os olhos verdes de Al.


Os professores, Sirius e Fudge o imitaram. Todos reconheceram os traços de Harry Potter no menino: os mesmos cabelos, mesmos olhos, mesmos traços do rosto... Exceto que parecia mais velho do que Harry, e mais robusto, apesar de magricela.


- Então, estamos na parte em que Sirius vai... Sirius, olá!


Al acenou para o bruxo, e os amigos o imitaram. Sirius observava perplexo aquele garoto, parecidíssimo com o afilhado. Sua mente tentava formular alguma explicação, e sua boca parecia travada.


- Bem... – disse Rose. – Se Sirius já apareceu, então já sabem que ele é inocente, não é?


- Acabamos de comprovar isso. – afirmou Dumbledore.


Fudge apenas deu um aceno de cabeça, constrangido. E os aurores à sua volta também pareciam relativamente convencidos.


- O teste pareceu convincente. – disse Scrimgeour. – Ao que indica, Black é inocente...


- E esse Pettigrew é o culpado. – completou Dawlish, ainda confuso.


Snape observava quieto a conversa. Parecia estar se controlando para não bradar que o veritaserum podia ser anulado com o antídoto certo, de modo que desconfiassem da inocência de Black. Mas não se atrevia a fazê-lo na frente de Dumbledore.


- Bem, acho que podemos voltar a ler, agora. – disse Dumbledore, batendo palmas. – Para que possamos esclarecer quaisquer dúvidas.


- Um momento, Dumbledore! – bradou Fudge. – E essa história de Black estar escondido na Sede da sua Ordem da Fênix? Há quanto tempo está escondendo um fugitivo?


- Há alguns meses que abriguei Sirius. – respondeu Dumbledore, displicente. – Deve se lembrar do cão que estava na Ala Hospitalar...


- Era Black?! Você manteve um fugitivo ao meu lado?!


- Ministro! – repreendeu-o McGonagall. – Se não se recorda, Sirius Black é inocente...


- Inocente ou não, é um fugitivo, e há pena por acolher...


Mas Dumbledore ergueu um dedo.


- Podemos resolver isso mais tarde. Agora se eu puder perguntar – Ele se dirigiu aos garotos. –, de onde vieram vocês três?


- Eu acho que o senhor já sabe, professor. – afirmou Rose.


- Do futuro. – resumiu Scorpius.


Dumbledore deu uma risada, o que, pelo visto, não era a reação esperada pelos outros, perplexos.


- Do futuro... – repetiu Fudge, incrédulo. – Viajar no tempo é impossível... Não é?! Não em escala de anos!


- É uma longa história. – resumiu Scorpius, com simplicidade. – Acho melhor voltarmos a ler.


Fudge abriu e fechou a boca várias vezes. McGonagall e Snape olharam para Dumbledore, como se esperassem pela solução mais sensata. O diretor continuava sorridente.


- Sim, é melhor irmos. Ah, John, Rufus... – ele se dirigiu a Dawlish e Scrimgeour. – Acredito que seus serviços tenham terminado aqui...


- Eu decido isso, Dumbledore! – vociferou Fudge. – Vão, os dois, já terminamos aqui.


- Mas, Ministro. – disse Scrimgeour. – e Black?...


- Ele tem que ficar aqui... É, hum, complicado de explicar... Não comentem absolutamente nada sobre isso.


Os dois aurores se entreolharam, Scrimgeour vacilante, Dawlish determinado.


Pouco depois, os aurores sumiam por uma das lareiras, e os presentes deixavam a sala, um por um. Snape passou na frente de Sirius e saiu na frente, e em seguida, Dumbledore, McGonagall, Fudge, e os três viajantes do tempo.


Al, Rose e Scorpius iam atrás, admirando o Grande Salão.


- É exatamente como eu imaginava. – murmurou Rose.


- Claro que é. – disse Scorpius. – É igual ao da nossa época.


- Não. – retorquiu Rose. – Tem algumas coisas diferentes.


Os três observavam os detalhes do Salão, quando se viram diante da mesa da Grifinória.


Harry estava distraído com Sirius, que se dirigia à mesa dos professores, parecendo confuso, e Fudge, que parecia totalmente sem chão.


- Se fossem prender Sirius, já teriam prendido. – afirmou Hermione.


- Mas por que o Sirius parece tão confuso? – questionou Rony.


- Na verdade, todos eles parecem. – apontou Gina.


- Olá!


Harry se virou e viu o garoto ao lado. Pensou estar vendo coisas. Era como estar diante de um espelho. Não, era como estar de diante de uma versão sua maior, mais velha, e mais bem cuidada.


- Eu sou Al. – disse o garoto.


- Rose.


- Scorpius – disse outro garoto. Harry pensou que estivesse diante de outro conhecido, mas não podia ser ele. Era menos pálido, e o tom de voz era muito diferente.


Na verdade, quase todos os alunos que haviam percebido tinham s olhos postos neles. O trio começou a se sentir ligeiramente constrangido.


Estavam tão absortos nisso que mal perceberam Dolores Umbridge chegar discretamente, e se aproximar do ministro, arfante.


- Dawlish e Scrimgeour acabaram de voltar pela minha lareira. – informou ela, confusa. – Por que não estavam levando Black?


Fudge olhou de Umbridge para os três jovens que haviam se materializado em sua frente, e riu.


- Ministro?!


- Bem, acontece que Black é inocente... – Fudge deu uma gargalhada. –, e agora, temos visitas, do futuro!


- O QUÊ?!


Harry se virou. Tinha esquecido de que os outros estavam ali, distraído com Al.


- Que história é essa?


- Viemos do futuro. – afirmou Rose. – Vinte e nove anos, para ser exato.


Harry, Hermione, Rony e todos os amigos se entreolharam, abismados. Se aqueles três eram de quase três décadas no futuro, então, eles muito provavelmente eram...


- Enviamos primeiro os livros, mas tínhamos que vir para esclarecer dúvidas.


- Mas não conseguimos vir junto com os livros. – completou Al.


- É, tivemos que esperar mais umas horas. – disse Scorpius. – Precisávamos partir no momento certo...


Mas eles não conseguiram continuar, porque uma enxurrada de perguntas se seguiu sobre Al, Rose e Scorpius. Foi preciso que Dumbledore fizesse estouros de fumaça com a varinha para aquietar todo o Salão.


- Por favor, silêncio! Teremos tempo para as perguntas em seguida. Agora, sugiro que continuemos a leitura...


- Mas e o Sirius Black?! – bradou uma voz arrastada da mesa da Sonserina.


Draco se levantara. Estava tão absorto quanto os outros, mas também preocupado: se aquelas pessoas haviam vindo do futuro para ajudar a Ordem da Fênix, então eles provavelmente haviam vencido.


- Sirius Black, aparentemente, a julgar pelas evidências... – balbuciou Fudge.


- É inocente. – completou Dumbledore, com simplicidade. – E ele permanecerá aqui, como nosso hóspede, enquanto seguimos com a leitura.


Mas Draco não se conformara. Sabia que Black não era Comensal da Morte, e saber que ele era alguém de quem Potter gostasse seria inocentado só aumentava mais sua frustração. Então, no futuro, os Comensais da Morte seriam derrotados. Seu pai provavelmente seria preso ou morto, e sua família perderia tudo. Era esse o futuro reservado para ele?


Não podia deixar que fosse. Precisava pensar em algo.


Enquanto isso, Al e Rose conversavam com Harry, Rony e Hermione. 


- Vocês são...


- Vamos dizer quem somos mais adiante. – disse Rose.


- Não precisa. – disse Gina. – Já temos uma ideia de quem vocês são.


A garota pôs os olhos em Al. Obviamente, era filho de Harry. Mas de Harry com quem?


Não havia quase nenhum traço que não fosse de Harry. Poderia ser qualquer mulher. Olhou para Cho Chang conversando com a amiga de cabelos loiros. Sabia que Harry gostava de Cho. Mas Al não tinha traços asiáticos...


Mas então, sacudiu a cabeça. Estava sendo idiota. Harry não gostava dela assim, e ela já tinha um namorado, que no momento também estava na mesa da Corvinal.


Hermione percebera de imediato, quem Rose era. Tinha cabelos tão volumosos quanto os dela, e os traços do rosto... era como se Hermione olhasse o rosto num espelho, exceto... aquele nariz era mais comprido, e o rosto era cheio de sardas. E seus cabelos eram ruivos...


- Oi, Harry! – disse Al, apertando a mão dele. – Escutem, eu sei que você deve ter várias perguntas, mas não podemos falar agora.


- Temos que continuar lendo, e à medida que os fatos forem revelados, daremos explicações. – resumiu Rose. – Podemos nos sentar com vocês?


Harry, Rony, Hermione, Gina e Neville abriram espaço, de modo que eles ficassem próximos deles. Os outros pareceram não gostar, deviam estar querendo ter os viajantes do futuro para eles, também.  


- Scorp, venha.


Scorpius estava olhando para a mesa da Sonserina. Pensaram que ele fosse se sentar lá, quando ele se aproximou e se sentou timidamente ao lado de Rose, que se sentara entre Hermione e Rony, que não parecia muito feliz com a divisão de lugares.


- Muito bem! – anunciou Dumbledore! – Se todos estiverem acomodados...


- Percy! – disse Molly, com uma voz triste. – Ele ainda não voltou.


- Podemos continuar sem ele! – bradou Jorge.


- Não. – cortou Rose. – Todos os presentes têm que acompanhar a leitura. Onde ele está?


- Eu vi ele passar naquela direção. – disse um garoto da Lufa-Lufa, apontando na direção contrária a onde ficava a sala em que Al, Rose e Scorpius haviam aparecido.


Assim, a leitura do capítulo seguinte foi suspensa. Rony viu os pais saírem na direção das escadarias, à procura de Percy, e bufou.


- Sabe. – disse Hermione. – Quando ele souber o que aconteceu no futuro...


- Ele ia saber de qualquer jeito. – retrucou Rony. – Não vai mudar o que ele fez.


- Ele pareceu que estava arrependido.


- Está com vergonha de se mostrar, isso sim.


Hermione olhou para Harry, que não disse nada, e para Gina, que pelo visto, concordava com Rony. Então, voltou-se a Rose.


- No futuro de vocês, o Percy se reconcilia com a família?


Rose e Al se entreolharam.


- Desculpe, mas não podemos revelar nada do futuro até o momento certo. – disse Rose.


 Enquanto isso, Dumbledore, McGonagall e Snape discutiam as novas questões.


- Mas, Dumbledore, isso muda tudo. Este livro revelará o futuro, isso é...


- Eu sei. – assentiu Dumbledore. – Mas se eles arriscaram fazer isso, creio que saibam o que estão fazendo.


- Pois me parece – disse Snape. –, que esses três estão brincando com o tempo contínuo, e arriscando destruir a realidade. Será que devemos confiar em três jovens tão irresponsáveis e inconsequentes?


Snape olhou de Dumbledore para os três supostos viajantes do tempo. Era possível perceber de quem eram parentes, o que apenas intensificava sua aversão à irresponsabilidade deles. Só não conseguia entender por que o terceiro estava com deles.


- Severo tem razão, de certo modo. – admitiu McGonagall. – Esses três viajaram anos no tempo, com intenção de alterar toda a história. Será que seria sensato prosseguir com esse plano?


- Acredito que haja algo mais por trás desse plano. – disse Dumbledore, misterioso. – Não acho que arriscariam viajar no tempo levianamente.


- Por que acha isso? – indagou Snape.


- Perceberam a quem eles são aparentados?


Snape e McGonagall se entreolharam.


- Só alguém muito desatento para não perceber – disse McGonagall, sorrindo.


- Tenho fortes suspeitas de que estes jovens estejam traçando um plano muito mais engenhoso, e muito mais complexo. Posso imaginá-los arquitetando a ideia: transportar os livros para o momento certo, iludir a professora Umbridge, aguardar enquanto nossas cabeças eram mexidas pelas revelações, e em seguida, surgir no lugar certo, na hora certa, quando todos estivessem ansiosos por respostas. Não é brilhante?


- Brilhante e irresponsável. – retorquiu Snape. – Não que não esperasse coisa diferente, sendo filhos de quem são. – acrescentou com frieza.


- Você percebeu, então, de quem cada um deles é, Severo? – disse Dumbledore, com divertimento. – De quem cada um é?


Snape não respondeu. Enquanto isso, Harry e os amigos continuavam a esperar pelos pais de Rony, que ainda não haviam voltado.


- Gui foi atrás deles há mais de dez minutos. – disse Rony. – Será que o Percy se jogou na Câmara Secreta? Pena que o basilisco já morreu.


- RONY!


- Deixa, Hermione. – disse Gina. – Não vamos simplesmente esquecer o que o Percy fez e...


 Gui vinha a passos apressados, parecendo impaciente.


- Rony, Gina, podem vir comigo?


- Que foi? – perguntou Rony.


- Mamãe e papai acharam o Percy. Estão falando com ele agora.


- E daí? – disse Rony.


- Ele quer que a gente fale com ele.


- Não mesmo. – disse Gina. – Tem certeza do que é do Percy que estamos falando?


Gui encolheu os ombros.


- Será que podem vir? Eu quero acabar logo com isso e continuar a ler.


Continua...
  
~~
Olá, depois de todo esse tempo? Pois é. Fiquei muito tempo reescrevendo esse capítulo. Tanto que, quando tive acesso a Internet há uns dias, não estava pronto. Eu realmente espero que gostem, e que as reações não tenham ficado exageradas, inclusive, eu aproveitei para editar alguns erros. Este foi o primeiro capítulo indepentdente, e espero que tenha ficado bom. Ainda farei outro, antes de lerem o próximo capítulo.

Gabriel Lovegood Longbottom: pois é, Gabriel, então, sua hipótese de quem tinha mandado os livros estava certa? Aposto que sim.
Sonhadora Dixon: é, ficar sem Internet é muito chato, mas eu não fiquei exatamente sem internet. É que quando eu ia para um lugar com Internet, não podia usar o computador para enviar o capítulo, por isso demora tanto. E isso quase bloqueou minha criatividade. Sobre o Percy, eu acredito na redenção dele, mas acho que deve demorar para que a família o perdoe. Ainda mais porque o livro ainda vai revelar umas coisas dele. Sobre os sonserinos, condordo plenamente. Eu não acho que todos pensem igual, imagino que a maioria dos que são contra os Comensais da Morte não se expressam por medo do que os colegas próximos deles façam. A Astoria e Tracey são duas que eu pretendo desenvolver mais adiante, para mostrar um pouco do lado desses sonserinos.

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Comentários (5)

  • Gina Lopes

    To amando a fic ❤️ Continua logo por favor

    2017-01-18
  • torimoon

    Tô amando a fic. Continua o mais rápido possível

    2017-01-12
  • Anne_Anônima

    Este é, pelo menos na minha opinião, um dos melhores capítulos dessa Fic! Quero muito ver o que vai dar na relação de Percy com os outros! Por favor, nunca cogite a ideia de abandonar minha Fic preferida!

    2017-01-08
  • Sonhadora Dixon

    Cheguei! Eu adorei que você trouxe o al, o scorp e a rose do futuro... Eles estão com quantos anos? As casas são as mesmas do Cursed Child? Isso seria uma baita surpresa para muita gente! Adorei o capítulo e estou ansiosa por mais

    2017-01-08
  • DanielaFigueiredo

    AMEI!!!! Comecei a ler a fanfic agora e obviamente que amei imenso!! Quantos anos eles têm? O Al e o Scorp estão na Sonserina e a Rose na Grifinória, certo? A história está muito boa, mal posso esperar pela continuação. Quatos anos eles têm? O Al e o Scorp estão na Sonserina e a Rose na Grifinória, certo?

    2017-01-08
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