Entre livros



 



Quem vive uma história de amor sabe que existe um lugar que apenas ela e a pessoa amada conhecem. Esse lugar comum é por vezes a nossa essência, tudo que trazemos no coração e só dividimos com nosso grande amor. Por tudo isso,  "Somewhere only we know" é tão especial e bem que podia ser a música-tema da fic (hehehe)




 


Para ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo:


Somewhere Only We Know


(Lily Allen)


http://bit.ly/2bGzziG


 


 


 


"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."


(Carlos Drummond de Andrade)


 


 


 


Distraída folheando as páginas de um livro, tentando amenizar a forte expectativa que sentia, Hermione nem percebeu a chegada de Ron. Quando deu por si, o ruivo tinha parado à sua frente, a menos de dois metros. Ele estava branco e com a fisionomia incrédula de quem vê um fantasma.


— Oi. É você mesma, Hermione? - o bruxo perguntou ao se aproximar. - Quando minha mãe me disse que uma pessoa entregaria uma encomenda para mim na livraria, pensei em você, que ama livros, mas logo tirei essa ideia da cabeça. O que você faria aqui na Noruega?


— Sim, sou eu mesma. Por que tanta surpresa? Eu queria muito conhecer a Noruega - a jovem respondeu de forma divertida, embora as maçãs do rosto levemente rosadas mostrassem a sua timidez.


— Esse país é lindo mesmo. Tem paisagens e construções espetaculares, muitas do período medieval. Sem falar nos fiordes. É fantástico ver o mar entrando pelas montanhas. Acho que você vai gostar daqui - ele tinha ainda um ar de interrogação no rosto.


— Ron, com certeza eu vou gostar. Mas não vim à Noruega a turismo. Eu queria ter uma oportunidade de conversar com você. Poderia ser em Londres. Mas como está aqui... - Hermione demonstrava sempre mais a sua coragem. - Também pensei que seria bom desejar um feliz aniversário para você pessoalmente.


— Sério? Você veio até aqui só para conversar comigo e me desejar feliz aniversário? Você sempre me surpreende mesmo. Não imaginei que pudesse fazer algo assim - Ron deixou escapar.


— Que tal a gente sentar um pouco? Essa livraria é também um café, servem alguns lanches e podemos ficar na mesa conversando - ela convidou ao ver que o rapaz estava completamente desarmado e interessado naquele diálogo.


Ron, que parecia ainda meio atônico, concordou e acompanhou a menina até a mesa mais distante, já abarrotada de livros e com uma grande cesta enfeitada com fita laranja. "São as encomendas da sua mãe", disse apontado para a cesta, pegando em seguida um pacote dourado. "E aqui está o meu presente pelo seu aniversário".


O ruivo finalmente abriu um sorriso. Hermione sorriu de volta e ficou observando ele abrir o pacote. Ron não conseguiu esconder o espanto. "Romeu e Julieta?! Já ouvi falar dessa história. É um pouco trágica, não? O casal se mata...", ele foi interrompido pela garota.


— Acho que não dá para simplificar tanto assim. Romeu e Julieta são muito jovens e encontram grandes obstáculos para viver a história de amor deles. Acabam se precipitando e o que podia ser o começo se transforma no fim - ela tenta explicar.


— Falando assim não tem como não pensar na gente - os olhos de Ron adquiriram um tom mais escuro de azul. - Nosso namoro sempre teve tantos obstáculos. E acho que, infelizmente, fomos nós que criamos a maior parte deles.


— Eu concordo com você, mas espero que nossa história não tenha chegado ao fim. Eu pelo menos não quero isso - mais uma vez ela mostrou valentia.


— Não quer? Como quase não nos falamos nesses últimos quatro meses, imaginei que você tinha achado melhor ficarmos definitivamente separados. Muitas vezes eu pensei em procurar por você, mas sempre desistia quando me lembrava de como sofria com as nossas brigas. Sei que para você também era um sofrimento - o rapaz abriu o coração.


— Mas sofro mais estando longe de você, Ron. Sabe, depois que foi embora de Londres, tive a oportunidade de me aproximar da Michelle. Hoje, quando me lembro da cena de ciúme que fiz, fico tão envergonhada... Eu não sabia que ela tinha sido criada pela avó, que graças a Deus ficou bem. Michelle me falou do namorado, da morte trágica dele num acidente de vassoura, do preconceito que sofria por ser filha de um aborto com uma trouxa. E também que você era um dos únicos aurores que parecia olhá-la sem preconceito, sem aquele ar de superioridade. Hoje, ela está em outro departamento, como deve saber, e parece mais integrada no Ministério. Disse também que está saindo com um bruxo que trabalha no Gringotes. Parece muito bem - Hermione disparou, sendo acompanhada com interesse por ele.


O rapaz perguntou como sabia tanto da vida de Michelle. Sem demora, Hermione contou que havia ficado arrependida da forma como a tinha tratado e procurou por ela. "Acredita que, sempre que eu a encontrava, ela dizia que eu devia ir atrás de você? Falava que formávamos um casal perfeito, que não podíamos nos afastar".


— Por isso que você está me procurando agora? - Ron foi direto.


— Não. Na verdade, eu queria ter te procurado muito antes. Mas como foi você que terminou o namoro, achei que não adiantava tomar a iniciativa. Quando Gina falou que tinham uma encomenda para entregar a você, percebi que não podia esperar mais. De alguma forma, eu precisava acabar com esse sofrimento - ela confessou.


— Que sofrimento, Hermione? - o rapaz não estava poupando a jovem bruxa.


— Quer saber a verdade? Eu sofro muito longe de você. Sinto a sua falta. Choro todos os dias lembrando de você - ela foi mais transparente do que planejava.


— Eu também choro todos os dias, Mione. Sempre demoro a pegar no sono pensando em nós dois... - agora foi a vez dele surpreendê-la.


— Não entendo porque tudo entre a gente tem que ser tão difícil...- Hermione não queria mais esconder o forte sentimento que tinha por Ron.


— Você acha que, se a gente voltar agora, vai brigar menos? - Ron a olhava daquele jeito intenso que a encantava.


— Eu não sei. Fico tentando entender o que aconteceu... Depois que voltei da Austrália, fiquei mais impaciente, ciumenta, impulsiva. O sentimento que tenho por você não mudou, mas essas minhas reações! Sei que faço você sofrer. E sofro também. Por isso pensei que seria melhor ficarmos separados. Mas você me faz tanta falta... - Hermione estava confusa e revelava todas as contradições que a perturbavam.


— Eu também sinto muita falta de você. Fomos feitos para ficar juntos. Você não sente isso? - ele deu um lindo sorriso. - Que tal a gente tentar de novo?


O sorriso foi o seu sim. "Não temos outra opção, eu acho. Precisamos tentar", a voz dela saiu de forma suave. Ron envolveu as mãos da garota e a encarou com decisão. Hermione queria fugir daqueles olhos azuis que pareciam ler os seus pensamentos, mas não conseguia.


— Mione? - ele a chamou com certa aflição. - É proibido se beijar na livraria?


— Que eu saiba, não é proibido - o sorriso da bruxa agora foi tímido e suas faces enrubesceram.


— Ainda bem. Por que assim a gente não precisa sair daqui. Eu preciso urgentemente beijar você - Ron sorriu antes de inclinar o corpo para que os lábios dos dois pudessem se encontrar por cima da mesa.


O beijo suave, de reconciliação, trazia muitas promessas. Ao abrirem os olhos, os dois contemplaram fisionomias felizes. Estavam novamente bem, estavam em paz.


 


 


 


 * * * * * * * * * *


 


 


 


— Hermione! Não acredito. Quanto tempo... Não achei que perderia uma das minhas clientes mais especiais. Por que desapareceu? - Mark que tinha quase dois metros inclinou-se para abraçá-la e beijou as faces coradas da jovem.


— Não pretendia deixar de vir aqui. Mas tenho andado muito ocupada, Mark. Por isso não voltei antes - ela estava constrangida e receosa da reação de Ron.


— Está procurando algum livro em particular? Tenho muitas novidades - ele foi logo anunciando.


— Mark, na verdade, marquei aqui com um amigo. Ele está interessado em alguns livros e me ofereci para dar indicações - foi a primeira ideia que lhe veio à mente.


— Por acaso esse amigo é aquele rapaz ruivo que está olhando para nós? Ele chegou há meia hora e disse que ia esperar por uma pessoa - Mark falou com simplicidade.


— Ah, sim, é ele mesmo - respondeu a menina dirigindo-se até Ron.


Ele estava de pé, com os braços cruzados, e a cara de poucos amigos. Será que tinha visto o entusiasmo com que Mark a recebera? Provavelmente sim.


— Oi, Ron. Tudo bem? - ela perguntou ao chegar em frente ao rapaz.


Ron a saudou com dois beijos no rosto e um olhar desconfiado. Antes que ele pudesse dizer algo, Hermione o questionou: "Por que você marcou nosso encontro aqui nessa livraria"?


— Achei que você ia gostar. Você adora uma livraria. Qual o problema? - ele estava realmente intrigado.


— Nenhum problema. É que essa é a livraria do meu ex-namorado - cedo ou tarde, ele descobriria. Melhor contar logo.


— O quê?! - o rapaz arregalou os olhos.


— Isso que você ouviu. Essa livraria é do meu ex-namorado - ela respondeu com tranquilidade.


— Por isso é que ele conversou de uma forma tão animada com você! - Ron já estava irritado.


— Fazia muito tempo que a gente não se via. Ele não entendeu porque eu sumi daqui, já eu que eu sempre frequentava essa livraria, e muito menos porque eu apareci hoje - Hermione foi sincera.


— Você devia ter me falado! - ele a questionou.


— Curioso... Você me falou mais cedo que estava investigando tudo sobre mim, mas, pelo jeito, não sabia do Mark - ela o olhou profundamente.


— É, eu sou um péssimo investigador. Meu forte mesmo é o combate e a prisão dos bruxos das trevas e seus aliados. Mas vou melhorar nessa primeira habilidade -  Ron sorriu um tanto sem graça, antes de fazer uma proposta inusitada. - Vamos então para outro lugar?


— Pelo que entendi, você disse que devemos ficar longe dos olhares do mundo bruxo, nos encontrando apenas em ambientes trouxas. Como vamos sair agora daqui? - a jovem foi assertiva.


— Tem razão. Vamos sentar naquela mesa lá do canto. Pode ser? - o rapaz convidou.


Mal os dois sentaram e começaram a conversar sobre trivialidades, Mark chegou andando apressado e com um sorriso no rosto.


— Com licença, com licença - falou com entusiasmo. - Então esse que é seu amigo, Hermione?


— Sim, somos amigos desde o tempo da escola - ela respondeu.


— Muito prazer! Richard Walker - Ron mentiu o nome.


— O prazer é todo meu, Richard. Eu sou Mark e gostaria que ficasse à vontade aqui na minha livraria. Você tem interesse em qual tipo de livro? - o rapaz era muito simpático.


— Gosto de livros de esportes - Ron deu a pior resposta possível na opinião de Hermione.


— E qual é esporte que gosta? Algum em especial? - o livreiro fez a pergunta que Hermione temia.


— Nem adianta falar. Por que com certeza não vai ter livros sobre esse esporte – o ruivo respondeu sem pestanejar, parecendo não perceber que as maçãs do rosto de Hermione já estavam vermelhas.


— Tenho livros de muitos esportes diferentes. Qual é o seu interesse? Dogdebol? Hóquei subaquático? Bassobol? - questionou Mark demonstrando estar informando sobre modalidades pouco comuns.


— Nenhum desses - Hermione deu um chute na canela do ruivo ao perceber o que estava para acontecer, mas foi inútil - Ui! Já ouviu falar em quadribol?


— Ron... quer dizer, Richard está brincando! - Hermione foi rápida, antes que o bruxo falasse algo mais que não devia - Ele adora fazer essas piadinhas. Esse esporte não existe!


— Claro que existe! - Ron insistiu.


— Hermione, pode existir sim. Pelo que me lembro, esporte não é exatamente a área que mais te interessa. Eu também conheço muitos esportes apenas pelos livros. Mas sempre estão surgindo novas modalidades - Mark tentou se solidarizar com o cliente em potencial. - Infelizmente, eu não tenho publicação alguma sobre quadri... Como é mesmo o nome? Bem, seja qual for, fico te devendo uma publicação sobre essa modalidade, Richard. Você não quer ver um livro sobre rugby? Basquetebol? Beisebol?


— Não, não, nenhum desses. Mas não se preocupe. Hermione vai me dar dicas de alguns livros. Você pode ficar livre para atender outros clientes, ok? - Ron foi logo dispensando Mark.


— Tudo bem. Vou deixá-los à vontade. Hermione, estou muito feliz em reencontrar você - disse beijando a mão da jovem com gentileza - Richard, muito prazer em conhecê-lo. Se precisarem de alguma ajuda, estou à disposição.


A cara emburrada e as orelhas muito vermelhas de Ron não deixavam dúvidas. Ele estava morrendo de ciúmes de Mark. O rapaz não tentava ou talvez não conseguisse disfarçar esse sentimento, que Hermione conhecia muito bem. Assim que o livreiro se afastou o suficiente, ele comentou: "Sujeito simpático demais, Hermione. Chega a ser chato".


— Eu não acho. Mark é um encanto de pessoa - a jovem defendeu.


— Se você acha Mark tão encantador assim, por que desmanchou com ele? - Ron não deixaria passar a oportunidade de fazer aquela pergunta.


— Bem, ele não é exatamente o tipo de cara que me interessa como namorado. Mark é um bom amigo, isso sim - ela não titubeou ao responder.


— Você precisava namorar ele para descobrir isso? - o bruxo estava muito sério.


— Diria que... Precisava! Mark me ajudou muito no momento em que eu lutava para esquecer uma pessoa - ela o olhou intensamente.


— Sei - Ron não poderia perguntar mais sem admitir o próprio sentimento. - Ele é bem alto, né?


— É, eu gosto de caras altos - Hermione continuava a olhar de modo fixo para o ruivo que tinha, no máximo, cinco centímetros a menos que Mark.


A jovem se divertia ao ver essas reações do rapaz, que ainda tinha as orelhas vermelhas. As pequenas cenas de ciúme confirmavam que Ron não era indiferente a ela.


— Ele também é bem narigudo! – o bruxo parecia querer encontrar defeitos nesse novo rival.


— Pois é, eu também tenho uma preferência por narigudos, você sabe - respondeu de forma jocosa, olhando para o nariz comprido de Ron.


— Você vive trocando um narigudo por outro, já percebi - o bruxo, que certamente lembrava-se de Krum, não correspondeu ao sorriso dela.


— Verdade. Com exceção de Bob, que não é narigudo - ela falou com espontaneidade.


— Bob? - o rapaz a olhou com censura. - Hermione, quantos caras você namorou depois que nos separamos?


— Dois. Mas foram relacionamentos muito curtos e estou há mais de um ano sozinha - a garota fez questão de enfatizar. - Você não sabia do Bob?


— Ah, claro! É assim que você chama o Robert Veronese, não é? Desse eu soube. Aliás, investiguei bastante sobre ele. O cara é rápido. Depois de você, já namorou mais três bruxas - Ron elevou um pouco a voz ao dar aquela informação.


— Que ótimo para ele. Não tenho ciúmes. Só uma pessoa me deixa enciumada e não é, decididamente, o Robert - Hermione afirmou.


— E eu conheço essa pessoa? - ele revirou os olhos.


— Não sei. É um cara alto, de porte atlético, inteligente, divertido, um excelente auror. Pertence a uma família bruxa tradicional e estudou em Hogwarts. Talvez você o conheça - ela tinha uma expressão divertida.


— Porte atlético? - Ron sorriu, deixando Hermione constrangida - Hum... Conheço muitos bruxos assim. Alguma outra característica especial?


— Só mais alguns pequenos detalhes. Ele é o sexto de sete irmãos, tem cabelos vermelhos e olhos azuis. Ah, sim, e é muito ciumento também - a menina abafou o sorriso mordendo levemente os lábios.


— Detalhes sem importância. Não faço ideia de quem é esse cara de quem diz ter ciúme - ele gostava daquela espécie de jogo.


— Precisa, de fato, treinar mais suas habilidades investigativas - ela sorriu antes de mudar de assunto. - Mas você me chamou aqui para falar algo em especial?


— Certo, Hermione. Hora de falar de assuntos mais sérios ainda. Está preparada? - Ron aguardou uma resposta.


— Sim. E muito ansiosa também - a jovem admitiu.


— Mione, se você quer salvar o sentimento que existe entre a gente, precisa tentar me entender. Eu continuo a ser seguido. Fui enviado para uma missão dentro da Romênia na semana passada e quase fui morto. Pelas características dos ataques, não é difícil deduzir que existe uma conexão entre eles - o bruxo começou e fez uma pausa ao ver a cara de espanto da garota.


— Por isso que quer se encontrar comigo apenas em locais trouxas? - Hermione fez a primeira de muitas perguntas.


O ruivo tentou esclarecer, de forma resumida e bem clara, o que estava acontecendo. Acreditava que toda essa perseguição que vinha sofrendo era para impedir uma reaproximação dos dois. Contou que o chefe dos aurores romenos, Ștefan Hablinschi, tinha essa desconfiança e havia passado novas coordenadas para ele.


— Não fale para ninguém que estamos nos encontrando. E para quem não sabe, não informe que um dia fomos namorados - o rapaz deu algumas orientações a mais para a garota.


— Ron, seu chefe pode estar enganado. Como eu já contei, aquela bruxa australiana separou muitos casais. Não acredito que sabia quem eram ou conhecesse as suas histórias. O feitiço terminou. Eu mesma o reverti - Hermione não aceitaria com facilidade ficar novamente distante do ruivo.


— Espero, sinceramente, que Stefan esteja enganado. Mas enquanto não descubro as razões desses ataques, precisamos ter muito cuidado. Talvez seja melhor não nos encontrarmos, mas acho que não suporto isso - o olhar dele foi tão intenso que Hermione sentiu um frio na espinha.


— Mas se for assim, todos que se aproximarem de você também correm perigo. Por acaso deixou de se relacionar com outras pessoas? Não tem mais vida social? Se Marian convidar você para tomar uma cerveja amanteigada, não vai aceitar? - ela deixou escapar.


— Hermione, olha... é que ... você é importante demais para eu permitir que possa se ferir ou sofrer algo ainda mais grave - o bruxo parecia preocupado.


— Mas você não respondeu a minhas outras perguntas - Hermione insistiu.


— Se eu tenho vida social? Sim, mas não muito intensa - o rapaz deu um risinho. - De vez em quando saio com alguns amigos da Romênia para tomar uma cerveja amanteigada, se não tudo fica difícil demais. São todos aurores, sabem se virar. Ah, e não saio mais com a Marian, se é isso que preocupa você.


— Mas nesse grupo tem outras mulheres? - ela continuava a ser ciumenta.


— Não estou saindo com outras mulheres e nem tenho interesse nisso. Agora só quero sair com você - ele abriu um belo sorriso e Hermione sorriu de volta, feliz com aquela resposta.


— Vamos ter mesmo que nos encontrar poucas vezes e sempre em locais trouxas? Não existe outro jeito? - Hermione voltou a insistir.


— Infelizmente não. É pegar ou largar! - o rapaz deu uma piscadela.


— Eu queria que fosse diferente, mas, se não tem outro jeito, que seja assim - ela conformou-se.


Aquele momento tão esperado foi concluído de forma muito rápida. Pelo menos essa foi a impressão de Hermione. Ron pediu que ela escrevesse num papel o local que sugeria para o próximo encontro dos dois. "Entro em contato para dizer o dia e o horário", ele se despediu dando um beijo na testa da garota.


 


 


 


 


* * * * * * * * * * * *


 


Oi, gente! 


Aproveito para comunicar que concluímos o primeiro terço da história. Serão pelo menos mais 20 capítulos. Espero que tenham fôlego para me acompanhar!


Gostaria também de enviar uma notinha "motivacional" especialmente para os leitores fantasmas. Sim, eles existem! Não sei se por timidez, pouca empolgação com a história ou preguiça, ficam sempre silenciosos. Sabe, eu queria muito saber a opinião de algum de vocês. Seja por aqui, pelo twitter, e-mail... 


Beijos :*


 

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Comentários (1)

  • AninhaGWeasley

    Hahahaha! Esses dois são muuuito ciumentos!!! Primeiro Rony se mordendo de ciúme por conta do Mark! Depois Mione investigando se Rony sairia com Marian, a ex-dele, e tb querendo saber se no grupo de amigos dele tem outras mulheres! Gosto dessas ceninhas hahaha

    2016-09-12
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