Amortentia



lehleh Potter - Um pouco dramatico o capitulo passado, neh? Mas tudo vai se resolver, eu espero. Torço para que eu não tenha te deixado morta por muito tempo (desculpas por isso). Sua FIC esta na minha lista assim que eu arranjar um tempo, mal consigo escrever ultimamente! Mas não esqueci de vc. Muito obrigada por ler... espero que ainda esteja ai!

Beijos e boa leitura:



Capítulo 7 




Amortentia 
 




- É realmente ótimo voltarmos ao normal – resmungou Peter sentado na mesa do almoço, uma semana após o desastroso jogo contra a sonserina, ouvindo James resmungar enquanto Lily passava sem se quer olhar para ele – Realmente acalentador. 




- Você não deveria estar bravo por ela não te contar – disse Remus para James – Ela estava apenas esperando o jogo passar... 




- Eu não estou bravo por ela não me contar – respondeu James emburrado. 




Remus arqueou a sobrancelha descrente. 




- Ok, eu não estou bravo só com isso – disse James frustrado largando o garfo em exasperação - Eu estou irritado por ela defendê-lo a todo custo, ele a machucou... 




- Ele não queria machuca-la, Sirius nos disse que ela entrou no caminho do feitiço quer era direcionado a ele – disse Remus contradizendo. 




- Mas assistiu os outros a machucarem e não fez nada – respondeu Sirius irritado – Nesta estou com James... 




- Achei que você era time Lily agora – Peter cutucou Sirius – Depois desta historia de que ela te salvou. 




- Eu devo muito a ela, e confesso que ela me surpreendeu – respondeu Sirius dando de ombros – Mas nada me impede de achar que ela está errada. 




... 




- Você sabe que James está certo – disse Mary olhando para James que encarava sua amiga sem piedade - Você esta protegendo, Snape – Mary fez uma careta 




- Eu não estou protegendo ninguém - disse Lily largando o garfo irritada – Eu só queria que ele parasse de me encarar com raiva. 




- Ele não vai fazer isso enquanto você não conversar direito com ele – disse Emmeline sabiamente. 




- O que adianta? Todas as vezes que eles conversam ou saímos surdos ou loucos – disse Mary emburrada. 




- James mudou, Lily – sussurrou Marlene – Nem para o quadribol ele esta ligando, ele vai aos treinos se esforça, mas da para ver que ele não queria estar ali. 




- E o que eu tenho a ver com isso? - Lily deu de ombros. 




- Tudo, sua teimosa. – disse Mary dando o peteleco na testa dela. 




- Certo, Lily, sei que prometemos, há muito tempo, não tocar mais neste assunto – disse Marlene – Mas por que proteger Snape, logo agora? Não é como se ele fosse inocente. 




- Eu não sei, as vezes eu acho que a culpa é minha de ele se transformar nesta pessoa que eu não conheço mais. - respondeu ela. 




- Culpa sua? - Marlene elevou a voz um pouco, completamente indignada - Você fez de tudo por este menino, você o defendeu, você foi a melhor amiga que ele poderia ter, você fez de tudo, Lily, de tudo. E o que ele fez em retorno? Te chamou de você sabe o que! 




- Eu sei, é que... droga... ele foi meu melhor amigo por anos e de repente ele se tornou tudo que eu mais desprezo. – Lily bateu os punhos frustrada na mesa – Mas, mesmo assim, eu não consigo lhe causar mal, eu não consigo odiá-lo. 




- Você gosta dele? – perguntou Mary séria, chegava a ser cômico ver a menina sempre sorridente questionar isso de Lily com tanta sobriedade - Você o ama? 




Lily olhou para a suas mãos e depois procurou por Snape na mesa da sonserina, ele estava aos cochichos com Avery, rindo soberbo. Então os olhos dela se voltaram para James, ele estava sério, trazendo ao seu semblante um toque misterioso, como se ele fosse outra pessoa, diferente do garoto arteiro. Lily estudou a linha definida da mandíbula dele, os olhos castanhos por trás dos óculos de armação fina, a boca ligeiramente curvada em um sorriso constante e os cabelos completamente negros e desajustados, combinando tanto com sua personalidade.  




James a encarou por um breve segundo, com o olhar cheio de mágoa e desgosto. LIly sentiu a espinha gelar e desviou os olhos. 




Ela afundou a cabeça nas mãos, sabia o que sentia, ela gostava de Severus como amigo, quase como um irmão, ele era tudo que sobrara da sua vida antes de ser uma bruxa, quase como uma lembrança perdida da sua infância, quando seu pai ainda estava vivo e Petúnia era sua amiga. Mas este carinho era supervalorizado, como as lembranças costumam ser, ela sabia disso. Em compensação, seu coração perdia o compasso por outra pessoa, tão diferente de Severus, quanto um trouxa se difere de um bruxo. 




- Não - Lily levantou seu rosto mais calma e serena, conhecia seus sentimentos, por mais que não estivesse pronta para dize-los em voz alta – eu gosto de Snape, não da maneira que você esta pensando Mary, é que com ele é quase como se desfazer de um vestido da sua infância, você se lembra de quão bonito era, mas por mais que se esforce ele não serve mais. 




- Você sempre pode fazer um feitiço de engorgio nele – disse Dorcas rindo – Sempre funciona com os meus. 




Lily riu com a inocência da menina. 




- Cala a boca, Dorcas – disse Emmeline – Isso é um assunto sério! E James, Lily? 




Lily olhou assustada e respondeu mais rápido que deveria. 




- Eu não gosto de James...Potter, droga! 




- Não estava perguntando isso – disse Emmeline segurando um sorriso, enquanto Marlene revirava os olhos e Mary ria na cara dura. - Embora sua resposta tenha sido reveladora – As bochechas de Lily se coloriram - Estava questionando o que você vai fazer com ele? 




Lily olhou de novo para James, Sirius percebeu e lhe deu um tchauzinho com um sorriso maroto nos lábios. Ela desviou os olhos quando James se levantou sua cabeça para procurar o motivo da agitação de Sirius. 




- Potter não é problema meu – disse ela em um suspiro – Nem eu sou problema dele. 




- Não foi isso que nós ouvimos – sussurrou Mary para Marlene que assentiu. 




 




- Ela não para de olhar para você - disse Sirius ainda rindo depois de ver Lily desviar os olhos.  




- Ela só esta com medo que eu vá atacar o amiguinho dela – ele resmungou remexendo a comida.  




- Olha eu jurei que nunca diria isso na minha vida, mas aqui vai: Estou com saudades do James Confiante – Peter sorriu apontando sua colher para James. 




Olha eu jurei que nunca diria isso na minha vida, mas: Eu concordo com Peter – riu Sirius recebendo uma uva na cara, jogada por Peter. 




- Nós temos reunião dos monitores hoje – disse Remus – seria bom se fizessem as pazes. Ou todos irão perceber que o casal maravilha está brigado. 




James olhou mortalmente para Remus. 




- Não somos um casal! – disse James amargo – Mas você pode nos substituir, Remus se isso é tão importante. O maravilhoso monitor pode começar confessando sua enorme queda pela McDonnald, e, quem sabe assim, a pobre Jane Collins parasse de suspirar nas reuniões de monitoria. 




Ouch – disse Sirius assistindo o rosto de Remus se contraindo nervoso – Isso foi golpe baixo, Prongs. 




- Isso não lhe diz respeito, James – disse Remus com a voz baixa e ameaçadora - Não desconte seus problemas em mim. 




- Então não me venha me dar sermões, Remus. Se não quer que se metam na sua vida não se meta na vida dos outros – James largou o garfo e olhou para um Remus ofendido. 




- Ei, ei – disse Peter – Parem os dois.  




- Eu desisto – disse Remus se levantando ainda encarando James – A hora que o Potter estiver menos sensível, como um hipogrifo machucado, nós conversamos. Mas, James, não reclame que estamos todos nos bandeando para perto de Lily. 




Remus pegou seu prato e se encaminhou até onde estavam as meninas do sétimo ano da Grifinória, sentando-se do lado de Lily. James assistiu todas as garotas juntarem as cabeças perto de Remus, provavelmente exigindo explicações. Exceto Lily que lhe encarou serrando os olhos. 




- As vezes eu odeio o Remus – resmungou James desistindo completamente da sua comida. Já estava mesmo fria de tanto que ele mexeu. 




- Eu também - concordou Sirius engolindo uma porção generosa de purê - Principalmente quando ele esta certo, é insuportável. 




- Você também? Por favor Sirius, eu não aguento mais sermões por algo que eu não fiz – resmungou James. 




- Eu não disse nada – Sirius pôs as mãos para o alto em sinal de rendição, segurando o riso. 




- Mas pensou – resmungou James de volta com uma das sobrancelhas erguidas. 




- Não posso fazer nada com relação a isso, posso? - Sirius deixou o riso sair, criando um pequeno curvas de lábios em James. 




- Quando foi que mudamos tanto? - perguntou Peter coçando a cabeça - Quando Padfoot ficou tão razoável, Prongs rabugento e Moony insolente? 




Sirius gargalhou gostosamente enquanto James ainda tentava segurar o sorriso. 




- E você Wormtail, quando ficou tão sabido? - disse James finalmente se deixando sorrir 




... 




- O que você esta pendurando ai, Evans – Sirius, que havia acabado de passar pelo buraco do retrato, se aponho no ombro de Lily enquanto ela colocava um aviso no quadro de recados. 




Hogsmead – respondeu ela fazendo uma careta – Dia vinte nove. 




- Esta pensando em ir com alguém? - perguntou Sirius sério. 




- Por que? Isso é um convite? - Lily ergueu uma sobrancelha para ele.  




Sirius espelhou a expressão dela acrescentando um sorriso debochado nos lábios. 




- Por que? Você aceitaria? - ele respondeu. 




- Duvido que tenha coragem! - Lily sorriu e cruzou os braços encarando Sirius desafiadoramente. 




- Por que diz isso, Evans? - O sorriso de Sirius sumiu de seu rosto. 




- Porque você tem medo que eu aceite – disse Lily, desta vez ela que estava sorrindo amplamente – Se eu aceitasse, você estaria em maus lençóis com Poter e com Marlene, e você não quer isso, ou quer Black? 




Lily quase gargalhava da cara desconfiada de Sirius. Ele se mexeu incomodado, ergueu uma sobrancelha avaliando Lily seriamente. 




Você não teria coragem – a voz dele saiu incrédula, mas no fundo ele sabia que aquilo não poderia ser um blefe. 




Se você tem tanta certeza, por que não pede? - os olhos eram pura malicia e deleite. Sirius quase riu de pensar que conhecia aquele olhar, só quem outra pessoa. Se havia alguem que pudesse ser, ao mesmo tempo tão diferente e tão parecida com James Potter, esta pessoa só poderia ser Lily Evans. 




- Ei, Pads – disse James alegre descendo a escada seguido de Peter - Onde você estava? Só estávamos te esperando para... - James viu Lily e seu sorriso murchou – Ah, olá, Evans. 




- Oi, Potter – ela sussurrou apreensivamente, o sorriso triunfante morreu de seu rosto e seus olhos procuraram rapidamente ler James antes que ela desviasse o olhar corando levemente. 




- Bem, o que vocês estão fazendo aqui? -perguntou James apreensivo olhando do rosto inexpressivo do seu amigo, para o semblante culpado de Lily. 




- Evans estava me convidando para Hogsmead – disse Sirius alegremente – Estava quase dizendo para ela que infelizmente ela não faz meu tipo. Não é, Evans? 




James engasgou e encarou Lily. Os olhos dele estavam frios e o maxilar trincado, como se ele estivesse segurando injurias e xingamentos que teimavam em sair a qualquer sinal de fraquezaLily sentiu angustia e culpa, como se ela estivesse traindo-o de alguma forma. 




- Mentira! - Lily resmungou olhando feio para Sirius – Só estava provocando Sirius.  




- Então, você não vai com ninguém - James olhou para ela esperançoso. 




- Lene e Mary, provavelmente. - ela respondeu dando de ombros e corando um pouco – Talvez Emme e Dorcas. O ultimo ano esta nos deixando nostálgicas e apegadas. 




- Imagino – resmungou James deixando os ombros cair – Bem, acho que terei que me contentar em ir sozinho. 




- Ouvi a Meg Willians comentando que adoraria ir com você – disse Lily em um fio de voz – Ela é bonita. 




Willians? Aquela ruiva da Corvinal? – James olhou para ela triste e viu Lily assentir – Sim ela é bonita, mas não faz meu tipo, eu acho. 




- É, acho que você esta certo – ela murmurou lembrando da garota tímida e frágil. 




O silencio reinou entre eles e Sirius que observava a conversa bufou. 




- Vocês são dois imbecis – Sirius resmungou. 




Lily corou um pouco mais e se foçou em arrumar o aviso, que aparentemente deveria estar torto, devido ao grande esmero que ela empenhou no processo. 




ProngsPads, acho que estamos atrasados – disse Peter discretamente apontando para a janela, onde podia se ver a Lua Cheia começa a iluminar os terrenos da escola. Lily não percebeu o gesto, pois ainda se recusava a encarar James. 




- Sim, vamos – James tentava esconder o tom de decepção em sua voz – Sirius? 




- Eu já vou indo, uma ultima palavra com a Evans – ele encarou James, uma conversa muda se passou entre os dois e James concordou e saiu com Peter em seu encalço. 




- O que foi Sirius– Lily o encarou cansada – Vai me humilhar um pouco mais? 




- Não te humilhei, isso foi para você aprender a não blefar comigo – Sirius deu uma piscadela e depois ficou mais sério - Eu sei que você gosta de James, Lily. Sei que ele nunca foi um modelo de príncipe que você sonhou... 




Eu nunca sonhei com nenhum príncipe, Sirius – disse ela suspirando cansada, Sirius a encarou debochado e ela retrucou com mais veemência – Nunca sonhei com alguém perfeito, mas princípios... Isso é completamente diferente, como posso almejar algo com alguém que pensa diferente de mim em coisas tão fundamentais? 




Se você esta falando de James, você precisa rever seus conceitos. Quantas vezes, de fato, você sentou e conversou com ele sobre seus ideais? Sobre seus medos ou perspectivas? – Lily ficou quieta e Sirius suspirou – Ele não é este idiota vaidoso que você acredita que ele seja. 




Lily levantou uma sobrancelha cética e cruzou os braços. Sirius bufou. 




Ok, ele era um idiota – disse Sirius - Nós éramos idiotas. Muita gente é aos quinze. Mas as coisas mudaram Lily, logo vamos sair da escola, e se você pensa que James não sabe o que vai enfrentar lá fora, ou que ele não definiu o lado que ele está e o que fazer, você esta enganada. Todos nós sabemos 




Lily olhou para ele assustada, como se tivesse vendo Sirius pela primeira vez. Seu rosto era pura seriedade, não havia deboche ou nenhum traço de ironia. Ele a olhava profundamente, provavelmente esperando ela contra argumentar. 




Ninguém muda tão de repente – sussurrou ela e logo que disse isso se arrependeu. 




Não foi de repente, Evans – disse Sirius com uma superioridade de um mestre ensinando um aluno particularmente difícil - James sempre foi o que é hoje, sempre teve os mesmo princípios. Só era muito idiota para enxergar além do seu próprio umbigo. 




Lily suspirou e encarou Sirius. 




Quando você ficou tão razoável? 




Você é a segunda que me diz isso hoje – disse Sirius rindo – Acho que preciso azarar um sonserino para voltar a minha antiga forma. Estou andando muito com você, Evans. 




Eu deveria saber que não passava de uma ilusão - disse ela fingindo desespero, mas com um sorriso no olhar. 




 Bem Evans preciso ir, mas você devia dar uma chance para James, ele gosta de você. Eu sei que não parece, mas ele é uma boa pessoa e não morde, eu prometo. Quer dizer, a não ser que você deixe, eu acho. 




- Sai daqui, Sirius – ela resmungou escondendo o riso. 




- Você ainda vai me agradecer, Evans. -  ele saiu e foi seguir os garotos. 




Lily encostou na parede pensando em tudo que seu novo amigo lhe dissera. Talvez ela só precisava de mais provas do que as palavras de um bom amigo, ou será, que cultivar uma amizade como aquela não seria prova suficiente? 




 




A lua cheia aquele mês e as tempestades constantes, que outubro trouxe, permitiram que os rapazes explorassem Hogsmead sem problemas. O tempo ruim e as especulações que os fantasmas da casa dos gritos ficavam mais agitados na lua cheia, fizeram que os moradores do supersticiosos vilarejo se mantivessem em casa. E quando o vilarejo ficava pequeno eles voltavam para a floresta proibida, apostando corrida entre os galhos mais esparsos ou explorar os caminhos mais fechados de forma calma e animada. 




- Nunca mais, ouviram bem? Nunca mais – disse Peter tremendo um pouco quando eles saiam da passagem do Salgueiro Lutador e iam para o castelo, ainda não havia clareado e James olhava o mapa se certificando que não havia ninguém no seu caminho de volta. Remus esperaria Madame Pomfrey para  liberá-lo. 




- Deixe de frescura, Wormtail. Eram só algumas aranhas – respondeu Sirius sorrindo. 




- Algumas aranhas? - disse Peter esbugalhando os olhos - Conheço hipogrifos que não atingiram aquele tamanho.  




- Você esta exagerando – disse Sirius. 




- Tente se transformar em um rato e ficar perto de uma aranha daquelas – Peter resmungou. 




- Aposto que tem maiores – disse Sirius rindo – Podemos perguntar a Hagrid, ou melhor, podemos procurar hoje a noite. 




Shiuuu – James interrompeu um xingamento de Peter para Sirius – Madame Pomfrey. 




Sem precisar falar mais nada, Peter se transformou em um rato e Sirius jogou capa de James por cima dos dois. A enfermeira passou por eles um minuto depois,  indo ate o salgueiro libertar Remus. James e Sirius ainda permaneceram quietos até que o barulhos dos passos da enfermeira morresse dentro da névoa da manhã. 




- Foi por pouco – disse James suspirando e voltando a andar juntamente com Sirius embaixo da capa – Estamos saindo cada vez mais tarde, ela podia ter nos pego se demorássemos mais cinco minutos. 




- E qual seria o problema? Não é como se não fossemos acostumados a andar por ai sem sermos vistos... 




Mas parece que o problema é andar por ai sem serem ouvidos. 




James virou o rosto com a boca um pouco aberta, ele encontrou Lily Evans de pé, vestida em seu uniforme com o braços cruzados e uma das sobrancelhas erguidas. Ela estava olhando um pouco para esquerda de onde eles de fato estavam.  




James olhou para Sirius, que abria e fechava a boca como se fosse um peixe. Sair dali sob a capa sem a Evans escutar seria impossível. James viu Peter, ainda como rato, parado um pouco mais distante, esperando o que fazer, provavelmente imperceptível a monitora chefe. 




Como você esta sempre em todos os lugares, Evans? – resmungou Sirius e James esperou pelo gritos, mas ao invés disso Lily deu uma risadinha. 




Isso é um segredo, Black – disse ela sorrindo - Vocês poderiam aparecer é completamente desagradável falar com pessoas invisíveis. 




James olhou para o Mapa em suas mãos e pensou o quão idiota ele era de ter parado de olhar para ele assim que Madame Ponfrey havia passado. Ele sinalizou para Sirius esperar e sussurrou "malfeito feito" apagando o mapa e o guardando dentro das vestes antes de ele e Sirius se revelarem. 




Isto é uma capa da invisibilidade? - Lily olhou encantada enquanto James enrolava a capa – Elas são raras não são? Pelo menos foi o que o professor Kattleburn disse, quando nos ensinou sobre os seminvisos. 




A minha não é de pelo de seminviso – disse James metido acariciando sua melhor herança por cima do uniforme – Você estava andando de novo pelo castelo, sozinhaNão tem senso do perigo? 




Claro que tenho. – disse ela insolentemente – Pelo visto vocês também estavam andando por aí. 




Mas não estávamos sozinhos – disse James a olhando por cima dos óculos - O que estava fazendo? 




Provavelmente o mesmo que vocês - ela sorriu misteriosa. 




Provavelmente não - disse Sirius com um sorriso levado. 




Lily sorriu como se soubesse de um segredo, James a encarou confuso. 




É talvez, não seja levar um amigo até a ala hospitalar – disse Lily alegremente. 




Oh, meu MerlimPonfrey – disse James segurando a mão de Lily e a puxando em direção a uma sala de aula vazia com Sirius em seu encalço - Ela vai passar por aqui em minutos. 




Lily olhou para James incrédula. 




Caramba, Potter. Você é monitor chefe, não precisa fugir. 




Sirius não é - ele respondeu a soltando depois de fechar a porta atrás de  Sirius – E ela sabe que não estou aqui por conta da monitoria. 




Então - disse ela cruzando os braços ainda com um sorriso no rosto – O que estão fazendo tão cedo... ou tão tarde... nos corredores? 




Hum, como é mesmo? – sorriu Sirius - Não te interessa, Evans. 




Lily mostrou a língua para ele. 




James riu dela, mas voltou com seu semblante sério de antes ao perceber o assunto desviado. 




Vamos, Lily, onde você foi? Você sabe não deveria andar por aí desacompanhada – James percebeu o olhar nervoso dela - Ninguém deveria, olhe para nós, estamos sempre em grupo.  




Lily bufou, mas decidiu que valia a pena compartilhar a sua aventura se queria saber a deles. 




Gilly Gwerdore, primeiro ano, – Lily deu sorriso cansado - Conseguiu por fogo nas cortinas de seu dormitório e não sabia apagá-lo, as amigas dela me chamaram e eu tive que apagar o fogo e trazer Gilly para a enfermaria, ela queimou um pouco as mãos e estava bem nervosa. 




E por que você? - disse Sirius. 




Bem, sou monitora chefe - disse ela dando de ombros - E porque o monitor chefe não estava em seu dormitório, para que ela o chamasse. 




Como você sabia? Duvido que Gilly tenha ido me procurar – disse James olhando para ela curioso. 




Não ela não foi, mas eu fui te procurar.. – ela disse quase num sussurro, arrancando um sorriso de Sirius e um olhar incrédulo de James - Não queria repetir o evento da ultima vez que perambulei no escuro por esta escola - ela terminou dando de ombros torcendo para que eles ignorassem o rubor de seu rosto. 




Oh, meu MerlimLils – disse James passando a mão nos cabelos, um misto de alegria e nervoso – Desculpe, mas... pelos sapatos velhos de Morgana, porque as coisas acontecem quando eu não estou? 




Lily olhou incrédula para ele. 




Será que é por que você nunca esta onde deveria? - ela arqueou a sobrancelha convencida e viu o rosto de James  passar de culpado para um sorriso convencido. Ela não pode deixar de sorrir. 




Touché, Evans – disse James sorrindo mais ainda – Mas você poderia ter chamado outro monitor.  




Metade dos monitores acha que eu sou a culpada por termos perdido a partida de quadribol - disse ela sorrindo triste – Bem e a outra metade... Digamos que eu estaria mais arriscando eles por andarem comigo do que me ajudando de fato. 




James levantou a mão com o intuito de consola-la de alguma forma, mas desistiu no meio do caminho, fazendo um gesto muito atrapalhado antes de bagunçar o cabelo. Sirius bufou e revirou os olhos ao assistir o amigo.  




Idiota – resmungou Sirius levando um pisão no pé de James. 




Bem, não importa mais, Gilly esta sendo curada pela Madame Ponfrey ou está com vergonha demais para sair da ala hospitalar, acho bom para aprender a não se exibir por saber fazer mais magia que os outros -  Lily sorriu provavelmente lembrando de alguma situação parecida que ocorrera com James e os outros anos atrás - Mas estamos fugindo do assunto, vejo só dois de quatro. Onde está Peter? 




A falta da pergunta sobre Remus perturbou James que a encarou tentando avaliar o que ela estava tramando, mas Lily sorria inocentemente, nenhuma malicia no olhar. 




Está na cozinha – disse Sirius mais rápido que James – Com Remus, aliás. 




Imagino que sim – os olhos de Lily brilharam e ela sorriu mais ainda – E vocês dois? 




Estamos aqui com você - disse Sirius bufando como se a resposta fosse obvia. 




Lily não se intimidou e encarou James, como se soubesse que ele era o elo fraco, o que não conseguiria ou não queria mentir para ela. Ou talvez ela tenha ficado mestre em ignorar Sirius, o que era um feito, mesmo James, com anos de curso ainda tinha dificuldade em ignorar Padfoot. 




- Percebi – ela sorria e encarava James que começava a se sentir incomodado e ao mesmo tempo impotente em desviar os olhos dos dela – Por que não estão nas cozinhas com eles? 




Não estamos com fome – para James parecia um esforço gigante falar para Lily soou como se ele  estivesse desafiando-a. 




Hum, então estão fugindo da Madame Ponfrey para abrir o apetite então.  




James e Sirius se olharam e não conseguiram não rir. 




Evans, você seria ótima se tivesse menos escrúpulos – sorriu Sirius – E isso é o máximo de elogio que posso te dar. 




Fico lisonjeada – disse Lily sorrindo e fazendo uma mensura exagerada na direção dele. 




Olhe, quem diria que esta pestinha seria tão educada – riu Sirius – Quase uma dama. 




Lily mostrou a língua para ele. 




Esquece o que eu disse  Sirius fez cara de sofrimento. 




Lily gargalhou e o estomago de James deu piruetas ao ouvi-la. Ele sorriu e disse. 




Eu ainda a acho genial. Srta Evans, me dá a honra de acompanhá-la até seu dormitório – ele ofereceu o braço em um semblante comicamente sério, como um verdadeiro cavalheiro do século XIX faria - Prometo estar no lugar certo desta vez. 




Lily riu e fez outra mesura a ele e segurou o braço que ele oferecia de forma pomposa. Sirius abriu a porta e aguardou que os dois passassem antes dele. 




Pena que a Sra. Potter não está para nos ver, hein James? - Sirius ria alegremente e depois virando-se para Lily – Ela passou anos tentando nos ensinar a sermos cavalheiros educados. 




Ela acha que nunca conseguiu por nada em nossas cabeças - respondeu James – Pobre mamãe. 




Mas continua tentando – disse Sirius – O que mostra grande perseverança por parte dela. 




Ou a famosa teimosia dos Potters – riu Lily. 




Não somos teimosos e sim determinados e resilientes – sorriu James. 




O que significa que são turrões e cabeças dura – disse Sirius em tom de confidência para Lily. 




James fechou a cara para Sirius, mas sentiu um leve apertão de Lily em seu braço, e ao se virar para ela viu um sorriso estampado em seu rosto e ela lhe disse: 




Só estamos brincando, você não fica bem tão sério - disse ela inocentemente, alegre quase intima. James segurou o ímpeto de lhe beijar e apenas sorriu em resposta a fazendo assentir – Muito melhor – Ela sussurrou. 




James estampou seu rosto com um sorriso mais largo e não se permitiu tirar, Lily corou levemente, mas Sirius percebeu um leve curvar nos lábios dela. Eles continuaram andando em silêncio até chegarem ao sétimo andar. 




Prontinho, Srta Evans – disse James se desvencilhando dela ao chegarem na borda do retrato – Devidamente entregue, conforme prometido. 




Vocês não vão entrar? - ela pareceu um pouco frustrada ou havia sido apenas impressão de James? 




Nop – disse Sirius alegre – Vamos encontrar com os outros. 




Então para que vieram me trazer? Eu sei... 




A gente sabe que você sabe andar sozinha – cortou James de forma carinhosa - e ninguém duvida da sua capacidade de se defender. 




Principalmente quando nós mesmos já sofremos com belas azarações - resmungou Sirius. 




O que Sirius quer dizer – completou James - É que ninguém deve andar sozinho por ai. 




Não foi isso que eu quis dizer... - Sirius levantou a sobrancelhas. 




Mas era o que você deveria querer dizer – James deu um tapa nele – Bem não importa . Só não ande sozinha, acorde Marlene se for preciso – diante de uma careta ele disse em tom de desculpas - É eu sei... momentos desesperados requerem decisões desesperadas. 




Lily riu e James percebeu que estava muito mais comum este gesto do que as caras de insatisfação e desapontamento que geralmente ela produzia perto dele. 




Bom, então vejo vocês na aula? 




Sim – sorriu James. 




Sim? - Sirius olhou incrédulo. 




Sim – James respondeu sorridente. 




Eu te odeio, Evans – resmungou Sirius – então, se vou ter encarar o velho Slug hoje quero um café reforçado, vamos James ainda temos que... encontrar o rapazes. 




Vamos, até mais tarde Evans – disse James. 




James saiu e Lily ficou do lado de fora do retrato mordendo o lábio inferior e vendo-os partir. Antes que eles virasse o corredor ela suspirou e o chamou em voz alta: 




Potter – ela pareceu assustada por pronunciar o nome dele – Posso falar com você um minuto? 




James e Sirius se olharam por segundos. Sirius assentiu e virou o corredor antes que James voltasse para ela e esperasse ansioso pelo o que ela tinha a dizer. 




Potter, eu... eu queria pedir desculpas por esconder de você e fazer os rapazes mentirem, principalmente, e por ter gritado – ela olhou para baixo – eu acho. 




Eu que peço desculpas, você não precisa da minha ajuda e eu... - disse ele frustrado – Eu só não entendo por que você quer defender logo ele... 




Eu não sei.. - ela lhe olhou e James acreditou na sinceridade estampada em seus olhos verdes – Severus... Snape – ela se corrigiu balançando a cabeça - Foi meu melhor amigo por tanto tempo, ele é quase o que restou da minha infância. Me diga, o que você faria se Sirius fizesse algo muito errado? 




Sirius nunca faria "algo muito errado" - disse James ficando bravo - Não compare... 




Não estou comparando – interrompeu ela antes que ele prosseguisse – Sirius e Sev... Snape são muito diferentes, eu concordo, mas Sirius é seu amigo... 




Meu melhor amigo. - disse James. 




Sim, seu melhor amigo – disse ela concordando – Consegue imaginar se um dia ele fizer algo realmente idiota, algo que você odeia? Você desistiria dele? 




James pensou um pouco, estava defendendo Sirius, mas sabia que ele poderia ser muito drástico em suas brincadeiras. Ele pensou em seu amigo, ele nunca desistiria de Sirius, dos outros talvez, mas não de Sirius. 




Lily deve ter lido os olhos dele porque disse: 




Foi o que imaginei – ela sorriu tristemente – Mas de qualquer forma eu não tinha o direito de gritar com você. Acabei colocando uma culpa em você que nem te cabia. 




Eu só queria que você me deixasse ensinar uma lição a eles – disse ele frustrado bagunçando os cabelos – Eles precisam saber que você não esta sozinha, que nós vamos estar ao seu lado sempre, Lily. Se não, você vai ser um alvo, e por mais que eu saiba que você da conta de vários deles, mas não de todos. 




Lily abriu e fechou a boca, mas não tinha argumentos. James se aproximou dele um pouco mais, ficando centímetros um do outro. 




Você não tem ideia de como eu fiquei quando ouvi aquele idiota falando que machucou você - disse James, Lily encarou os olhos dele tão perto dos seus, ela via um fervor que a fez estremecer – Eu queria ver se você estava bem, queria parar aquela partida, queria bater naquele bastardo até ele  ter medo de se quer pensar em você. Nunca fiquei com tanta raia na vida, Lily. Nunca me senti tão impotente, com tanto medo. 




Lily tremeu com a força na voz dele, todos os sentimentos descritos se impondo sobre ela. Pela primeira vez ela pensou na extensão do que James sentia a respeito dela. Ninguém que a quisesse só por capricho seria tão enfático. Lily se sentiu aproximando de James automaticamente, conseguia sentir sua respiração ofegante perto do seu rosto. Ela lutou com a vontade de encostar seus lábios ao dele, mas por um momento recobrou a consciência e se afastou, permitindo que uma lufada de ar esfriasse seu corpo quente. 




 - Eu sinto muito, James – disse ela apertando seus próprios braços entorno de si, talvez com medo que eles pudessem sair de seu controle – Sinto mesmo, mas eu não podia, não só por causa de Snape ou dos outros. Eu não queria mais ninguém machucado. 




Eu não me importaria – disse ele amargo – se esse fosse o preço para ver eles machucados... 




Eles são comensais, James – sussurrou ela com uma nota de pânico – Eu vi a marca... 




James estacou e seus olhos fixaram em Lily assustados, ela parecia fragil como nunca James havia visto, ela se abraçava e sua voz tinha um toque de pânico. Antes que ele pudesse se segurar, James a abraçou a apertando firmemente por entre os braços. 




Só me prometa que não vai mais andar sozinha – ele disse com os lábio colados no topo da cabeça dela – Se eu não estiver ou um dos rapazes, peça a Marlene ou as meninas. Vou dizer para os jogadores do time te seguirem se for preciso e os monitores, ninguém deve mais andar sozinho, vamos arrumar um esquema para os primeiranistas também. 




Lily riu entre o abraço dele e eles se desvencilharam. 




Então estou perdoada? - perguntou ela estendendo a mão. 




Só se você me perdoar também - disse ele sorrindo e apertando a mão dela. Lily sorriu e assentiu contente, sacodindo a mão dele em sinal de concordância. 




Amigos? - ela sorriu. 




A não ser que você queira algo mais... - James sorriu travesso. 




James... – ela disse em voz de advertência. 




Ok, desculpa – ele disse, mas não parecia arrependido – Amigos, então. 




Lily sorriu e James suspirou, estava perdido, ele faria qualquer coisa para ver aquele sorriso, mesmo que isso significasse ficar longe dela. 




Acho que preciso ir, Padfoot deve estar quase voltando aqui para me buscar – James passou as mãos no cabelo e ela concordou. 




Lily o assistiu se virar com as mãos nos bolsos, não antes de dar um sorriso de canto de boca e sair pelo corredor. Apenas quando ele virou a esquina para seguir em direção aos salões principais ela soltou o ar que não sabia estar segurando e virou-se para o retrato da mulher gorda. 




Visgo do diabo – ela disse calmamente. 




Muito bem, minha menina – disse o retrato a olhando carinhosamente - É preciso ser uma pessoa muito corajosa para admitir seus próprios sentimentos. 




Mas eu não admiti nada... - Lily respondeu, mas foi em vão pois o retrato já se abria para permitir sua entrada. 




... 




Então o que ela queria? - disse Sirius quando James o alcançou. 




- Pedir desculpas, eu acho – disse James continuando a andar com seu amigo ao seu lado. 




Então agora vocês estão bem? - disse Sirius assustado. 




Somos amigos, ao que parece. 




E você vai se contentar com isso? – a sobrancelhas de Sirius levantaram em um gesto desconfiado. 




Vou fazer o que, Sirius? – disse James desolado – Ela não gosta de mim, não vou força-la a algo que ela não quer.  




Você desistindo? - Sirius balançou a cabeça resignado – Logo quando estava tão perto. 




Perto do que, Padfoot? - disse James suspirando – Perto de se tornar amigo dela e ouvir o quanto ela gosta do Miller. 




Ela gosta do Miller? - Os olhos de Sirius pareciam dois pires de tão esbugalhados e ele fazia uma careta de nojo perante a imagem de Lily e monitor corvinal 




Não, claro que não - respondeu James apressadamente – Pelo menos acho que não. Por que ela te disse alguma coisa? 




Pra mim? Não! - disse Sirius – Mas você acha? 




Acha o que Sirius?  




Miller e Lily - Sirius disse com uma nova careta. 




Não, por Merlin, não - James quase gritou. 




Merlin, então por que você disse que ela estava afim dele. 




Eu não disse isso – resmungou James – Foi um exemplo. 




Um péssimo exemplo – resmungou Sirius – Agora vou ficar com esta imagem mental na minha cabeça. 




Que imagem mental? - questionou Peter que saiu de um corredor se aproximando deles. 




Lily e Miller – disse Sirius. 




Eles estão juntos? - Peter questionou com os olhos esbugalhados. Neste momento passaram algumas garotas cortinais cochichando e olhando para eles e dando risadinhas. James ignorou completamente. 




Logico que não! - resmungou James ficando de mal humor – Ela não ficaria com ele. Ele é... 




Um arrogante, metido e egocêntrico – completou Sirius. 




Exato – respondeu James satisfeito. 




Neste ponto eles entravam na enfermaria de Madame Ponfrey como se fossem donos  do lugar. A enfermeira desviou os olhos de seu jornal apenas para o momento de vê-los entrar e bufar em desgosto, mas voltou a sua leitura como se não pudesse impedir de eles entrarem. 




Quem é um arrogante, metido e egocêntrico – sorriu Remus de sua cama – Espero que não seja eu. 




Claro que não é você - disse Sirius – Como está, Remie 




Tudo dói - disse ele dando de ombros – Grande novidade – Remus baixou a voz e sussurrou somente para que os amigos ouvissem – Fiz algum desastre? 




Tirando algumas aranhazinhas – disse Sirius e Peter bufou e resmungou "aranhazinhas  é o". 




Mas o que as aranhas diminutas eram ficou sendo um mistério, pois Sirius interrompeu o amigo e Peter fez cara de bravo, James estava alheio a tudo e Remus não pode deixar de perceber isso. 




 Vocês não me disseram quem vocês tão brilhantemente estavam elogiando – perguntou ele novamente encarando James. 




Miller, monitor corvinal – disse James 




E o que ele fez para merecer tanto apresso? - Remus deu um risinho fraco. 




Aparentemente ele e Lily estão juntos – disse Peter em tom formal. 




Lily? - Remus se sentou assustado – Lily Evans e Theodore MIller? - repetiu ele. 




Eles não estão juntos  - disse James enojado – Ele é um idiota, ela nunca ficaria com ele... 




Por que não? - interrompeu uma menininha sardenta do outro lado da enfermaria, ela parecia alerta demais para alguém doente, mas não fazia menção alguma de sair dali – Ele é bonito – Gilly  Gwerdore encerrando o assunto. 




Mas é um idiota, como James disse – Sirius contra-atacou, mas a menina sorriu mais presunçosa como se fosse a pessoa mais sábia do universo. 




Ele não é idiota – Gilly parecia indignada – Ele é um máximo, bonito, monitor, sempre cheio de amigos. Ele inclusive parece um pouco com vocês. 




Sirius iria resmungar indignado mas foi cortado por madame Ponfrey: 




Srta Gwerdore, acho que você já pode ir ou perderá suas aulas – Gilly tremeu um pouco mais saiu da ala hospitalar com seus chinelos  batendo no chão de pedra - Vocês também garotos. Lupin, creio que não adiante pedir para que fique aqui. 




Sinto muito, Madame Ponfrey – ele disse sorrindo e se levantando da cama desiquilibrado – Mas não posso dar o luxo de perder mais aulas. 




Madame Ponfrey assentiu quase orgulhosa dele. 




Te espero hoje no mesmo horário? - ela disse sorrindo e depois em tom consolador por conta do fraco sorriso que ele exibiu - É a ultima noite. 




Até o mês que vem – ele disse perdendo o riso – Tenha um bom dia, Madame Ponfrey. Até mais tarde. 




Bom dia, meu menino – ela sussurrou triste os vendo sair em bando. 




Os quatro garotos saíram, cada um preso em seu próprio pensamento. Eles, sem que tivessem que se comunicar, passaram direto pelo salão principal e foram em direção as masmorras, para suas aulas de poção.  James jogou sua mochila na segunda mesa onde dividia com Sirius, enquanto Peter e Remus sentaram ao lado. 




Lily chegou com Marlene, Mary e Emmeline: 




Eu queria saber da onde eles tiraram isso – disse Lily irada, nem percebendo onde estava sentando e quase acertando sua mochila em Sirius - Eu mal converso com o Miller, como as pessoas podem dizer que estamos namorando? 




Então vocês não estão? Perguntou Peter  




Não, por Merlin, não - disse ela desesperada – Ele é um arrogante metido e egocêntrico 




Eu disse – disse Sirius pomposo – Muito bem, Evans! Essa é minha garota! 




Lily levantou o queixo orgulhosa, concordando com Sirius. 




Mas, Lily você deve ter dito alguma coisa. A rede de fofocas é maluca, mas nem tanto. - Marlene disse cautelosamente. 




Eu?? Eu, Marlene? - Lily parecia irada – Ele me odeia, foi o primeiro a dar razão para o Thorpe quando terminamos, mesmo tendo e pedido para sair na semana anterior. 




 Ele o que? - disse James nervoso. 




Lily sacudiu a mão dizendo que não era nada. 




Bom, então ele deve ter dito alguma coisa – Marlene deu de ombros – A escola inteira esta dizendo que vocês estão saindo... 




Lily bufou e os três garotos se olharam culpados. Neste momento a razão de toda aquela histeria apareceu de forma irada e se aproximou do grupo. 




Evans, o que você disse para a escola? – disse Theodore Miller espalmando as mãos na carteira de Lily  atraindo os olhares do grupo - Você quer que eu seja azarado em cada esquina, só por estar com uma... nascida trouxa? 




Se ela aguenta você também pode – resmungou James atraindo a atenção de Miller. 




Quieto, Potter – disse Miller entredentes - Não vejo você assumindo nada com a Evans também, não seja hipócrita. 




Somente por que ela não quer – disse James se levantando – E eu teria muito orgulho de andar com ela onde ela fosse, se ela quisesse. Já não digo o mesmo de você, Lily que estaria se rebaixando de estar em sua companhia, você, sim , é um prejuízo para ela. 




Potter... - Miller encarou James com cara feia por cima da cabeça de Lily que olhava de forma intensa para James. 




Garotos – disse Slughorn entrando na sala – Sei que a Srta. Evans é um troféu excelente, mas deixem as hostilidades de lado. 




Professor eu jamais... 




Não precisa se explicar Sr. Miller – disse Slughorn alheio ao olhar de ódio do Corvinal – os desígnios do amor são um mistério até para velhos sábios. Mas que bom que tivemos esta bela demonstraçã de conquista de uma donzela, pois isso reforça justamente que iremos aprender hoje. Amortentia. 




Os alunos do sétimo ano se comoveram ao ouvir o nome da poção. Miller foi bufando para o outro lado da sala dando as mãos para alguma corvinal. As garotas da sala suspiraram, esticando o pescoço para ver a poção. 




Deveríamos ter visto esta poção no ano passado, mas com o surto de sarapintose e as poções extra de curas que tivemos que fazer, tive que abdicá-los da poção mais perigosa do mundo bruxo – Slughorn disse alegre. 




Amortentia não cria realmente amor, é claro. É impossível manufaturar ou imitar amor. Não, isso irá simplesmente causar uma forte obsessão ou atração. – Slughorn para seu caldeirão - Reparem no distinto brilho pérola dela e a fumaça subindo em espiral. Mas a maior característica pode sentir no ar. Ora vejamos se a musa desta sala pode nos dizer o que é. Srta Evans? 




Lily corou, mas com uma classe distinta ela levantou-se e disse: 




O cheiro. Amortentia tem um aroma particular para cada um de nós. Para mim tem o cheiro de lilases, madeira e grama molhada – disse ela envergonhada. 




James prestava atenção no que ela disse e sentiu o cheiro no ar. Para ele cheirava como o principio de tempestade, lírios e canela, o cheiro de Lily. Ele bufou, não precisava de uma poção para jogar na cara dele os sentimentos que ele nutria por ela. 




Muito bem, srta Evans, muito bem – Slughorn sorriu para a sua aluna favorita – Agora vamos preparar e para casa quero que procurem antídotos para amortentia. Por mais que eu confie em vocês para não usarem o conhecimento com seus colegas é sempre bom ter um antidoto a mão. 




Todos os alunos se puseram a fazer a poção do amor. Lily se compenetrou, como sempre fazia quando realizava uma poção. Amarrando os cabelos rubros em um nó, evitando que eles lhe caíssem sobre os olhos, deixava a pele pálida exposta para quem estava atrás, e este era justamente James Potter, que, ao contrario da sua colega, não conseguia se concentrar na poção.  




James, você esta esmigalhando seus ovos de cinzacaro – disse Sirius olhando para o amigo com a sobrancelha erguida. 




James olhou para a suas mãos onde os ovos congelados tinha, ao invés de virar finos filetes, mais pareciam um patê gelado e gosmento. 




Esta poção é perturbadora – disse James resmungando enquanto pegava outro ingrediente - Poções é uma matéria perturbadora.  




Sirius olhou para onde Lily estava reconhecendo o porque da perturbação do amigo, sem precisar de confirmação James continuou. 




Essa maldita poção tem cheiro dela – ele sussurrou angustiado. 




Sirius suspirou olhando para Lily, teria que tomar uma atitude ou o amigo ficaria maluco logo logo. 




As vezes eu acho que ela te deu uma poção do amor – disse Sirius assustado – Aposto que ela tem a capacidade de fazer uma destas desde o segundo ano.  




- Ela não faria isso - James retrucou indignado. 




É claro que não faria – disse Sirius – Seria um esquema de tortura requintado demais, até mesmo para a Evans. 




O vapor espiralado foi infestando a sala a medida que as poções iam se tornando consistentes em seus caldeirões. A poção de Lily estava com um brilho perola tão forte que poderia iluminar a sala, se as luzes fossem apagadas, já a de James era pálida e com um tom leve de cinza, ao invés do madrepérola recomendado na altura do preparo. O professor Slughorn passou pelo calderão de James fazendo um sinal negativo, deixando James um pouco mais nervoso e pálido 




Eu preciso de ar – resmungou James enquanto virava incansavelmente sua poção. 




Rabicho do outro lado da sala, levou um elogio raro de Slughorn, ele era o melhor preparador de poções dos rapazes, enquanto o trabalho de Remus parecia tão medíocre quanto o do próprio James.  




Lily inspirou sua poção, os característicos cheiros de Lilases invadiu o seu nariz, lembrando da sua infância, mas com eles vieram os cheiros que descobrira somente em Hogwarts, madeira e grama molhada, o cheiro de James. Sua poção estava pronta, e ela, por mais que não quisesse admitir também estava. Ela procurou em sua mesa sua tesoura, faltava apenas alguns fios de cabelo seu, e pronto a poção estaria perfeita, mas pelo visto não havia tesoura.  




Ela olhou para trás e deu de cara com James, seus óculos estavam embaçados pelo vapor que subia de sua poção acinzentada, ele deveria ter acrescentado  lágrimas de sereianos demais. James parecia perturbado, como se tivesse levado um balaço particularmente forte. Seus lábios estavam pregados em uma fina linha e  a mandíbula trincada, ele soltara a gravata e ela pendia frouxa em seu pescoço, os botões superiores da camisa estava abertos. Para Lily ele nunca parecera tão bonito. Maldita poção! 




Potter – Lily disse com a voz rouca, ela coçou a garganta a fim de soar mais normal e chamou por ele normalmente – Potter – James não olhou para ela compenetrado em girar o conteúdo da sua já arruinada poção - James – Lily repetiu mais forte. 




James finalmente olhou para ela piscando, como se ela fosse uma miragem, mas não disse nada, apenas a olhou nos olhos com um profundidade que fez Lily corar. 




Pode me emprestar sua tesoura – ela apontou timidamente para o material perto dele.  




James pegou apressadamente a tesourinha dourada e entregou para LIly. Ela olhava intrigada para a poção quando pegou o instrumento das mãos deles. Por uma fração de tempo as mãos deles se tocaram e James achou mesmo que  não tivesse em segundos oxigênio que não tivesse o inebriante cheiro de canela  ele cometeria uma besteira.  




Coloque umas três gotas de essência de ditamo – disse Lily para ele. James piscou tentando entender o que ela estava dizendo – Na poção - Lily continuou – Coloque três gotas de essência de ditamo na poção, ela vai voltar a parecer o que deveria. 




Mas no livro não diz nada disso – disse James em uma voz desesperada e folheando o livro. 




Confie em mim – disse ela sorrindo. 




James assentiu e viu Lily sorrir contente. Ela pegou a tesoura dourada e separou um cacho de seus cabelos, perto da base de seu pescoço, e os cortou com a tesoura. O cachinho vermelho balançou alegremente antes de ser jogado no caldeirão. James assistiu hipnotizado quando o macio cabelo tocou a poção e esta passou a ser de um vermelho profundo do ponto onde os fios de cabelo a tocaram, segundos depois a poção voltou a cor natural e ao vapor espiralado. Lily depositou a tesoura na mesa de James. 




Ditamo – ela disse novamente para ele. James então percebeu que conseguia se mexer e pegou o frasquinho de ditamo e depositou na poção. O acre da essência com o cinza da poção estragada se misturaram e logo a poção de James brilhava perolada e o cheiro de canela invadia as narinas dele.Ele pegou a mesma tesoura que Lily usara e cortou uma mecha do cabelo e jogou no caldeirão. A poção tingiu do mesmo tom de vermelho de Lily, James suspirou mais calmo quando o professor mandou eles tirarem uma amostra da poção e limparem os caldeirões. 




Lily sorriu para ele ao ver a cor da poção dele, mas não disse mais nada e saiu com Marlene e as outras. James respirou golfadas de ar, quando saiu da sala, ele sentia suas mãos grudentas, seu consolo era que Remus parecia tão conturbado quanto ele. 




Esta foi a pior aula de todos os tempos – disse Remus tremendo ligeiramente. 




James concordou com ele veementemente. Atrás deles risadinhas femininas soaram.  




Lembrem-me de não comer ou beber nada que não tenha ficado no meu campo de visão o tempo todo – Sirius disse meio pálido - vocês viram o olhar assassino de algumas destas meninas? 




Bem que poderíamos usar desta poção também, aposto que Lily nem notaria se colocássemos no suco dela, o que acha James – disse Peter sorrindo. 




James olhou para ele mortificado e pareceu ofendido. Sirius bateu na cabeça de Peter. 




Péssima ideia, Wormtail – Sirius resmungou. 




Srta. Evans – disse o Professor Slughorn saindo de sua sala de aula procurando em ambos os lados do corredor. Lily que já estava virando a esquina, parou e sorriu. Slughorn pediu para ela viesse até ele e ela dispensou as suas amigas, voltando e passando pelos garotos com um leve sorriso, espalhando o cheiro de canela pelo corredor. Slughorn olhou desconfiado para ela - Será que posso conversar com a senhorita por um momento? O que a senhorita fez com sua poção?  




Lily sorriu travessa e seguiu o professor, James ficou entre esperar por ela e ir com os amigos. Mas quando o professor resmungou um "está dispensado, sr. Potter", James não teve outra opção se não ir embora. 




Foi com um certo desapontamento que Lily viu James partir, ele estava distraído, os olhos desfocados e um ar de desolação, que Lily confessava, lhe caia muito bem, James Potter quase nunca demonstrava que algo abalava seu mundo, sempre confiante, cheio de si, mas hoje eles estava particularmente atraente, como um garoto perdido, temeroso, humano. Lily gostava disso.  




Ela sorriu ao entrar na sala novamente, o vapor grosso e cheiroso da Armotentia infestando o lugar. Ela percebeu de longe o motivo de Slughorn ter chamado, o brilho de sua poção era inevitavelmente superior as demais poções, parecia com o brilho da lua ofuscando as estrelas, naquela sala fechada. Ela não pode deixar de sorrir. 




Srta. Evans – disse professor deveras encantado – Me diga o que colocou em sua poção, eu nunca vi uma Amortentia tão forte e poderosa, tenho pena do bruxo que tomasse um gole dela.  




Ora professor, isso seria um segredo – disse ela sorrindo – Mas eu tentaria madressilvas – O rosto do professor se iluminou em compreensão. 




As madressilvas dariam sim um aspecto mais perolado e aliviariam o entorpecimento do preparador de poções - disse o professor concordando – Muito bem pensado, Srta Evans, muito bem pensado. Seu talento é nato para preparar poções, nem parece uma nascida trouxa. Venha a minha festa de Holloween, verei se consigo trazer Argento Deoch para conversar com você, ele é o chefe do departamento de registro de poções, você se sairia excelente como desenvolvedora de novos experimentos. 




Agradeço, professor - Lily sorriu empolgada – Seria uma honra trabalhar com pesquisa. 




Ora, não precisa agradecer – disse Slughorn rindo da animação dela - Só lembre de seu velho professor ao criar uma poção particularmente genial.  




É claro que lembrarei, professor – Lily lhe sorriu. 




Você será famosa, Lily Evans – disse o professor lhe segurando a mão - Anote o que eu digo, você será muito importante para a comunidade bruxa, eu não costumo falhar em meus julgamentos. 




Lily assentiu e se despediu de seu velho professor para sair pelas masmorras. O sorriso espalhado pelo rosto, a oportunidade concreta de ter um trabalho depois de Hogwarts a animava, não poderia ficar em casa e ainda ser sustentada por sua mãe. E foi no meio de seu devaneio que ela ouviu um barulho, parecia uma discussão, com seus sentidos apurados desde o ataque que sofrera, Lily se escondera atrás de uma armadura, lançando sobre si um feitiço da deislusão. 




Eu vou, Snape, você tem medo que eu tire sua gloria – disse uma voz esganoçada. 




Eu não estou te impedidno de fazer qualquer coisa, Crouch – respondeu Snape. Mas vá outro dia, hoje a noite, não. 




Por que não? - perguntou o rapaz - Rég disse que era tranquilo, ente entrar na casa dos gritos, você sinceramente acha que mal assombrada.. Ora, se Black consegue não vejo porque não eu. 




Não posso dizer porque não hoje – Snape resmungou mal humorado - Mas pense Bartô, eles odeiam seu pai, você acha que eles perderiam a oportunidade de feri-lo de alguma forma? 




Eu não sou meu pai, Snape, quando eles verem que minha adoração ao Lord das Trevas é verdadeira, me incubirão de que eu mesmo acabe com aquele homem, eu só preciso provar para eles. 




Bartô, é a ultima vez que te peço, não vá - disse Snape. 




Não me importune, Snape. 




Se você quer assim – resmungou Snape irritado. 




Lily olhou intrigada para o rapaz que passou por ela, Snape foi em sentido contrário batendo os pés. Lily ficou intrigada, lógico que aquilo deveria ser a iniciação de Bartô Crouch Junior aos Comensais, mas porque Snape os estaria impedindo de ir? Será que era ciúmes, como achava CrouchLily esperou ainda um tempo depois que os passos morreram de ambos os lados para seguir para a torre da grifinória 




Andou totalmente presa em seus pensamentos, confiando que seus pés a levassem para o lugar correto, ao passar pelo retrato seguiu em direção aos seus colegas de sétimo ano.  




Você esta bem, Evans? - questionou James preocupado – O que Slughon queria com você? Algo errado na sua poção. 




Lily acordou de seus pensamentos inconclusivos, ela sabia que havia um motivo valido para Snape não querer que Crouch Jr fosse para a casa dos gritos hoje, mas parecia faltar uma peça. Ela olhou para James e percebeu que ele esparava que ela respondesse: 




Sim, tudo bem, James – Lily parecia destraida a ponto de se trair e usar o primeiro nome dele – Professor Slughorn só queria me convidar para sua festa de Holloween. 




E você aceitou? - Sirius fez cara de nojo, arrancando risadas de rabicho e Emmeline. 




Claro que sim – ela respondeu com um fraco sorriso, lembrando da promessa do professor de apresentá-la a um famoso estudioso em poções. O pensamento havia escapado depois da conversa esquisita dos dois sonserinos. 




James olhou desconfiado para ela, mas não disse nada. Os rapazes ainda ficaram mais uns minutos despreocupados na sala, rindo das piadas de Mary, quando se levantaram em uma sincronia quase perfeita. 




Lily olhou para eles e contou mentalmente. 




Onde está Remus? - ela perguntou com testa franzida. 




Na enfermaria – respondeu Sirius despreocupado - Não estava se sentindo bem. 




Estamos indo visitá-lo – disse James concordando. 




Inclusive estamos atrasados – completou Peter. 




Os outros dois assentiram e se encaminharam para a saída depois de se despedirem delas. 




Pobre, Remus – disse Mary triste – Ele sempre está tão doentinho, será que é muito grave? 




Ninguém respondeu e Lily mordeu os lábios, porque aquilo estava lhe incomodando tanto? Remus sempre estava na enfermaria, ou visitando a mãe doente, não era um fato extraordinário.  




Estou lhe dizendo, Mathew – disse uma primeiranista perto de Lily - Nâo terá aula de astronomia hoje, a lua cheia ofusca as estrelas, como poderemos ver alguma coisa? 




A mente de LIly brilhou em compreensão, Lua Cheia, Remus doente, Snape querendo impedir que Crouch fosse a casa dos gritos. Tão obvio. Como Lily não vira isto antes? 




Remus era um lobisomem, que se transformava na casa dos gritos, e agora estavam mandando Crouch para enfrentar um lobisomem adulto. Lily empalideceu. O que ela faria? Potter e os outros deveriam saber o que fazer. Lily se levantou em um pulo e se direcionou rapidamente pela saída do retrato, ignorando os protestos de Marlene e das outras. 




Assim que se viu livre da sala comunal LIly se pôs a correr em direção a enfermaria, os rapazes haviam dito que iriam visitar Remus, mas a lua já estava surgindo. Remus não deveria estar mais lá? Onde eles estariam? 




Lily desviou seu caminho e foi para as portas de entrada, ela tinha que encontrar alguém, e foi com alivio que viu os três rapazes rindo, nos jardins da escola, se direcionando para o salgueiro. Lily se empeliu a correr mais, e gritou o nome de James por duas vezes, antes que este se virasse e a olhasse curioso. 




James – Lily disse respirando pesadamento – Onde esta Remus? 




James olhou para ela espantado. 




Na enfermaria – respondeu ele olhando para ela sério - como dissemos. 




Não minta para mim – ela respondeu séria - eu sei que ele é um lobisomem. 




Como você sabe disso? - disse Sirius olhando para ela soando ameaçador. 




Não importa – ela respondeu apressada olhando para a lua – Me digam que ele não esta na casa dos  gritos. 




Lily, como você sabe de tudo isso? - James perguntou preocupado. 




Ele esta? - ela perguntou novamente. 




Sim – respondeu James. 




Lily abriu os olhos assustadaOlhando em direção ao salgueiro lutador, Lily se sentiu tremer. James a segurou pelos braços a forçando olhar para ele. Seu semblante estava confuso e seus olhos a perguntavam porque ela estava agindo daquele jeito. 




Comensais – ela sussurrou e assitiu os olhos castanhos de James se espandirem em alerta – Ouvi alguns deles conversando que a iniciação de Crouch Jr vai ser hoje, ele precisa entrar na casa dos gritos. 




Você tem certeza? - Sirius perguntou e Lily concordou temerosa. 




Vocês precisam tirar Remus de lá - ela pediu apressada – Se alguma coisa acontece com ele... se ele por acidente machuca o Crouch... Pobre, Remus. 




Sirius, Peter – James disse apressado para os amigos, ambos assentiram e correram para a casa dos gritos. James virou para Lily - Nós vamos tirá-lo de lá e você volte para o castelo, não deixe ninguém sair de lá, eles podem se frustrar de não encontrar Remus 




E você? - Lily perguntou temerosa. 




Vou ajudar Padfoot e Wormtail - James sorriu travesso - Só não queria que você voltasse sozinha. 




Eu sei... 




... sabe se cuidar. É eu, sei – ele riu – Espere – James tirou algo do bolso e sorriu contente consigo mesmo – Vista isso e volte para o castelo e fique lá, é sério Lily, não há nada que você possa fazer aqui fora. 




Lily segurou a capa que ele oferecia sentindo o tecido fino em suas mãos. 




É perigoso? - Lily perguntou em uma voz fina, James pareceu confuso por isso ela continuou – O que vocês fazem, o que vao fazer para parar Remus, é perigoso? 




James sorriu timidamente e lhe deu uma abraço breve. 




Não, não é - disse ele – vamos ficar bem. 




Lily assentiu e colocou a capa dele nos ombros sentindo uma sgada de emoção por estar invisível, ela viu os olhos de James brilhar de contentamento. Ela o viu dar as costas e andar e direção ao salgueiro e não conseguiu se impedir. Tirou a capa novamente e o chamou: 




James – ela gritou e ele se voltou para ela – Nos vemos mais tarde? 




Sim – ele respondeu com um sorriso – nos vemos mais tarde. 




Isso é uma promessa? 




Sim, é uma promessa. Você não vai se livrar de mim tão fácilLils – ele sorriu – Eu já te disse isso antes. 




Só volte vivo, ok? - Lily lhe olhou desolada. 




Pode deixar. Confie em mim – ele sorriu e saiu correndo. 




Boa sorte, meu amor – Lily sussurrou baixinho e se cobriu novamente com a capa, indo em direção ao castelo, mas deixando seu coração para trás. 




 



 

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Comentários (1)

  • lehleh potter

    O que foi isso? Vou me jogar no precipício, é serio, capitulo lindo, preciso de mais agora, please, é serio, vou me jogar ali. Eu não pude comentar antes porque não conseguia entrar, estava dando erro, fico feliz de você não ter desistido de nos, obrigada, continue escrevendo, vou estar sempre aqui, acompanhando essa linda historia. Ansiosa para saber o que vai acontecer com o Remus, James, Sirius e Lily, posta logo, de preferencia hoje! Ate o próximo capitulo, bjs!

    2016-09-10
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