Você quer ir a Hogsmead comigo



Lehleh Potter – Por favor, amiga, não se joga! Pronto, atualizei! É claro que não deisiti de vocês, desculpa a demora na postagem, mas apareci! Obrigada, Leleh pelo comentário, obrigada por ter gostado. Espero que você goste deste também! Beijos e boa leitura.



 



Atenção leitores: Entrei de férias (finalmente) mas vou viajar e ficar sem o computador, então eu corri com este capitulo (ignorem os erros de português) e não vou conseguir postar por um bom tempo, mas não se preocupem, eu volto! Beijos, espero que gostem.



 



Capítulo 8 



Você quer ir a Hogsmead comigo? 



 



Lily se agarrou a capa, sentindo pela primeira vez como era estar invisível naquele castelo, parecia que todas as portas estavam abertas para ela, quantas possibilidades. Ela se direcionou, ainda com o coração apertado para a sala da Grifinória. Um casal ocupava uma sala de aula vazia, pensando como James, que seria melhor os alunos estarem em suas próprias salas comunais, pelo menos naquela noite, ela apontou para a lousa e fez um feitiço não verbal. 



Apareceu então, em uma caligrafia fina, "Vão para as seus salões comunais agora, antes que eu tenha que dar detenções para vocês. Assinado, a monitora chefe." Lily derrubou o apagador para chamar a atenção do casal, que corou e se separou procurando por ela. Como não viram nada, confusos, decidiram sair dali antes que fossem pegos.  



Lily riu, achando mais divertido fazer suas rondas assim, precisava convencer James a lhe emprestar a capa mais vezes. O que ele diria? Provavelmente o quanto ela era hipócrita por querer usar a capa pra punir jovens infratores. Não isto seria Sirius, James diria que não emprestaria a capa para o bem, ele havia sido  feita para quebrar as regras e não para mantê-las. Agora se Lily quisesse escapulir para uma aventura era muito bem vinda! Sim, isso que James diria. Lily tremeu um pouco, o que será que estava acontecendo lá fora?  



Ela chegou a sala comunal, ainda estava um pouco cheia, principalmente por alunos do quinto e sétimo ano, que tinham mais tarefas do que os restantes. Lily identificou suas amigas sentadas no meio de pergaminhos e livros, mas não estava com vontade de falar com elas. Apertando ainda mais firme a capa, ela subiu as escadas e encontrou seu dormitório vazio. 



Ela se despiu da capa, a colocando delicadamente sobre a cama e vestiu seu pijama. Quando foi pegar o cobertor achou a camisa de James que os rapazes a haviam emprestado. Ela vestiu, no lugar de sua blusa do pijama. Sentiu ainda o leve perfume de James e isso acalmou seu coração. Entorpecida, ela foi até a janela do quarto, sentando no umbral  e olhando para os campos do castelo, talvez procurando pelos garotos, a capa de James bem presa em seus braços. 



Lily perdeu a noção do tempo em que ficou ali, mas sabia que já estava há bastante tempo quando suas amigas entraram, todas juntas. 



- Lily – disse Marlene com um tom preocupado na voz - Não a vimos subir. Esta aqui a muito tempo? 



Lily apenas balançou a cabeça afirmativamente, os olhos fixos nos terrenos do castelo.  



- Você esta bem? - Marlene tentou novamente, mas novamente recebeu apenas uma aceno da amiga. Sabendo que Lily queria ficar sozinha, Marlene fez um sinal para que as outras meninas fossem deitar. Ela segurou o ombro de Lily em um gesto carinhoso e disse – Vou deitar, se precisar de algo me chame, sim? 



Lily deu um sorriso fraco e agradecido em direção a Marlene, mas logo voltou-se novamente para a janela. Não demorou muito e ela pode ouvir as meninas ressonando, no sinal claro que todas já estavam dormindo. Cansada de ficar ali onde não conseguia ver nada, e muito angustiada para dormir, ela se direcionou silenciosamente para o salão comunal. Já não havia mais ninguém e claramente os elfos já haviam passado por ali. Lily reacendeu a lareira com um floreio da varinha, sentou no sofá acompanhada de seu livro favorito, quem sabe Austen a distraísse das suas aflições, porém foi inútil. 



Darcy lhe lembrava James, em sua arrogância tradicional, seu amor por Lizzie, mesmo fazendo tudo errado para conquistá-la, será que James era também tão cego as suas próprias falhas, até que Lily as pusesse em holofotes? 



Lily afundou a cabeça nas almofadas do sofá ouvindo apenas o fogo crepitar na lareira e apertando seu livro e a capa de James nos braços, seus pensamentos povoando sua mente até o ponto que ela não sabia mais identificar o que era sonho o que era realidade. 



 



James atravessou o jardim, seu sorriso desaparecendo conforme se aproximava do salgueiro lutador. Ele deu uma ultima olhada por cima de seu ombro, porém Lily já havia desaparecido, James só esperava que ela tenha ido para dentro do castelo. Ele apressou o passo e encontrou-se com Sirius e Peter parados perto do Salgueiro Lutador, ambos com o olhar preocupado. 



- Será que...? - perguntou Peter 



- Não - disse Sirius – Ainda não - ele estava olhando o mapa do maroto com a varinha iluminando – Crouch e Avery estão saindo do castelo agora. Precisamos entrar, James, eles vão entrar pela casa em Hogsmead, não conhecem o túnel. 



- Sim, vamos – James concordou – Peter eu preciso que você fique na casa dos gritos. 



- Eu? Por que eu? - o jovem Peter estremeceu - Não gosto disso, Prongs. 



- Vamos, ninguém vai reparar em um rato, eu e Sirius vamos chamar muita a atenção - vendo que Peter retrucaria - Além disso não estou com a capa. 



- Não? - foi a vez de Sirius questionar. Mas James ignorou. 



- Posso contar com você, Peter? - disse James – Para espioná-los? 



Peter pareceu dividido, olhando de James para Sirius provavelmente imaginando uma maneira de escapar daquela situação, mas foi com um suspiros resignado que ele concordou com um aceno. 



- Então vamos – disse James sorrido – Eu e Padfoot traremos Moony para fora, você fica lá com eles até que saibamos o que eles querem e o quanto eles sabem. 



Os três concordaram e Peter se transformou em um rato, Sirius em cachorro e James permaneceu em sua forma original, era difícil passar no túnel em forma de cervo. No minuto seguinte o Salgueiro paralisou e os três entraram no túnel.  



James, Sirius e Peter chegaram juntos a casa dos gritos, Sirius abriu o alçapão que levava ao térreo da casa e Peter passou por entre as suas patas, Remus estava lá, seus olhos amarelos atentos, as narinas dilatadas esperando sentir os cheiros conhecidos dos amigos. Sirius brincou um pouco com o lobisomem e o arrastou pela orelha em direção ao túnel por onde eles ainda acabaram de sair.  



James assistiu Remus retesar e Sirius insistir, ele resfolegou batendo os cascos no chão e chamando a atenção para si . Não tinham tempo, precisavam tirar Remus de lá urgente. O Lobisomem pareceu sentir a seriedade e se permitiu acompanhar os amigos túnel afora. Sirius foi na frente, seguido de perto por Remus com James logo atrás, suas galhadas roçando no teto baixo do túnel. 



Assim que estavam no meio do túnel Remus pareceu ouvir e sentir um cheiro de algo atrás deles, ele viu o amigo olhando para ele e fez um sinal negativo, derrubando um bocado de terra do túnel, Remus ainda permaneceu uns segundos atento, as orelhas empinadas em sinal de alerta, mas logo desistiu e seguiu Sirius. 



Os amigos logo se embrenharam na floresta, tentando se manter afastados da orla, onde algum comensal pudesse vê-los. Eles exploraram como se fosse qualquer noite de lua cheia, mas a ausência de Peter e a tensão dos amigos podia ser sentida e a noite não foi tão divertida quanto as demais. 



Foi com alívio que eles viram o sol despontar no leste e Remus se contrair e dar lugar de volta ao rapaz pálido e casado. 



- O que aconteceu? - perguntou Remus tremulo no frio do fim de Outubro enquanto James e Sirius retornavam a sua forma original. 



- Lily ouviu que Comensais iriam fazer sua iniciação na casa dos gritos – disse James tirando sua capa e passando para que Remus se protegesse.  



- Certo – Remus respondeu descontraído - Essa foi por pouco hein? 



- Remmy – Sirius sussurrou enquanto eles andavam de volta para o salgueiro lutador - Nós achamos que eles sabiam que tinha um lobisomem lá dentro. 



Remus parou o corpo tenso o olhar perdido, o medo estampado no rosto. 



- Mas eles não devem saber que é você, uma hora dessa a noticia já teria espalhado – disse Sirius agarrando o amigo pelo cotovelo e levando para a casa dos gritos – Peter ficou lá para sabermos o que eles sabem. 



Remus assentiu. 



- Mas alguma coisa que eu devo saber? - ele perguntou. Sirius olhou para James que ficou pálido. Remus novamente parou e encarou James – Prongs, mais alguma coisa que eu deva saber? 



- Er... - comessou James - Não foi uma coincidência Lily nos avisar que eles entrariam na casa dos gritos. Ela, bem... ela sabe que você tem um probleminha peludo. 



Os olhos de Remus escureceram dois tons e ele olhava para James desacreditado. Remus saiu andando com raiva e como prevendo o motivo deste arrombo do amigo James disse: 



- Não fui eu que contei – resmungou James - Ninguém de nós contou, Moony, ela descobriu sozinha. 



- Como? - disse Remus bravo  - Como ela descobriu então? 



- Sabe, Moony, não é tão difícil – Sirius disse com as mãos no bolso. É bem obvio, quando se para para pensar, eu e Prongs descobrimos a anos. 



- Mas vocês são meus colegas de quarto e... 



- E Lily estuda conosco há sete anos – disse James – Ela é uma garota esperta Remmy, duvido que ela te trate diferente por isso. 



- Eu não, eu sou um monstro, James – resmungou Remus irritado. 



- Aham! - disse Sirius sorrindo – Corram para as colinas o todo poderoso Moony vai pegar vocês. 



- Não tem graça, Sirius – disse Remus com os olhos serrados. 



- É só um problema peludo alguns dias do mês, nada demais – disse James cansado - Agora vamos antes que Ponfrey não te encontre lá. 



Os três saíram da floresta, James e Remus tremendo um pouco por conta do frio, logo eles encontraram Peter perto do Salgueiro lutador andando de um lado para o outro. 



- Vocês demoraram – ele resmungou antes de se transformar em rato e abrir a passagem do salgueiro para que Remus entrasse. 



Depois de Remus desaparecer os três forma para o castelo em passos largos, Peter quase correndo para conseguir acompanhá-los. 



- O que descobriu, Wormtail? - perguntou Sirius logo que entraram no castelo.  



- Eles ficaram bem decepcionados quando entraram na casa dos gritos, realmente parecia que eles acharam que iam encontrar algo.  



- Eles quem? - perguntou James tomando a direita em uma passagem secreta. 



- Os Lastrage – disse Peter em uma careta – Rodolfo e  Rebastian. Avery e Mulciber estavam lá também. Ao que parece que foram os dois que disseram ser uma boa ideia mandar Crouch Junior para lá. Rebastian estava furioso com Avery, disse que tinha sido uma perda de tempo. Mas Crouch estava radiante. 



- Mas ele sabem que Remus ... - James estava com medo de completar o pensamento. 



- Em nenhum momento disseram o nome dele – disse Peter dando de ombros – Parece que Snape manteve a palavra de não contar sobre o Moony, mas deve ter deixado escapar dicas que tinha um lobisomem lá. Duvido que voltem, os Lestrage pareciam estar bem possessos com Avery e Mulciber. 



- Excelente – disse Sirius relaxando – Moony esta a salvo, o problema peludo esta a salvo, e eu preciso dormir. James não tem nada que você faça que me fará ir a aula hoje. 



James sorriu concordando. 



- Visgo do diabo – disse James para o retrato.  



- Bom dia – bocejou a mulher gorda - Não vou sentir saudades quando vocês forem e eu puder dormir até tarde como qualquer quadro descente deste castelo. 



- Você sabe que vai morrer de saudades de nós - disse Sirius piscando um olho com um sorriso cafajeste – Quem mais vai dizer que você esta divina hoje? 



- Você acha? - ela perguntou sorrindo e corando. 



- Sim, com certeza – respondeu Sirius segurando o riso. 



- Maravilhosa – disse James 



- Estupenda – completou Peter  



- Oh, garotos assim vocês me deixam mal acostumada – a mulher gorda abriu o retrato e deixou eles passarem. Assim que o retrato fechou novamente eles caíram na gargalhada. 



- Aposto que ela nos deixaria entrar mesmo sem a senha – disse Sirius – Ela é tão fácil de conquistar. 



James iria responder, mas viu uma cascata de cabelos ruivos caindo pelo braço do sofá e foi em direção a ela, encontrando Lily dormindo agarrada com a capa dele e um livro sob a sua bochecha. Ele sorriu, nunca a vira tão adorável. 



Sirius olhou para ele levantando uma sobrancelha e Peter fez que ia falar algo mas parou no meio do caminho. 



- Temos que buscar o Moony – disse Sirius ainda olhando pra ele. 



- Eu sei – disse James - Só vou convencê-la a ir para a cama e já subo. Vão se arrumando, não vou me atrasar. 



Sirius assentiu e acotovelou Peter que ainda parecia petrificado olhando para Lily, os dois subiram as escadas com as cabeças juntas sussurrando alguma coisa. James se encaminhou até o sofá, ajoelhou-se no chão, assistiu Lily dormir tranquilamente. Com toda a calma ele retirou o livro que ela estava lendo, ele folheou, parecia bem antigo e com certeza era trouxa, o livro estava grifado em algumas passagens e a contracapa tinha uma dedicatória: "For my obstinate, headstrong girl, Daddy". James sorriu, não tinha descrição melhor para Lily. Ele fechou carinhosamente o livro e pós ao seu lado. 



James elevou as mãos, e acariciou a bochecha dela com um toque suave. Ele a sentiu mexer e sussurrou: 



- Acorde, Lils, você vai ficar com dor nas costas. 



Ela sorriu, mas não abriu os olhos ou se mexeu. James sorriu e acariciou o rosto dela novamente.  



- Sua mão esta gelada – ela reclamou mas manteve o sorriso, continuando com os olhos fechado. James gargalhou e assistiu Lily sorrir mais ainda. 



- Esta frio lá fora – ele respondeu calmamente, mas isso fez com que Lily abrisse os olhos e o encarasse assustada, o sorrindo sumindo de seus lábios. 



Ela levantou ainda agarrada a capa dele e se sentou assustada analisando o rosto de James como se não o visse a anos. 



- Você esta bem? - ela perguntou nervosa – Onde estão Sirius e Peter? E Remus? Por Merlim, deu tudo certo? 



- Calma – disse James querendo sorrir mas comovido com a preocupação dela, ele se sentou ao lado de Lily no sofá e suspirou antes de continuar - Estão todos bem, Sirius e Peter estão lá em cima e Remus deve estar sendo escoltado para a ala hospitalar neste minuto. 



- Estão deu tudo certo? - Lily olhou curiosa – Eles não encontraram Remus? 



- Sim, tudo certo – James sorriu – Conseguimos tirar ele a tempo de lá. Nenhum ferido, não que eles não tivessem merecido... 



- Oh, Merlim estive tão preocupada. Remus não se perdoaria – ela respondeu aliviada e sorrindo. 



- Sim, ele não se perdoaria – James sorriu também - Obrigado, Lily. 



Ela abanou a mão em sinal de que não era necessário agradecimento. Ela olhou para aquilo que vinha abraçando e estendeu para James. 



- Acho tenho que te devolver – ela estendeu a capa – Ela é sensacional. 



James pegou a capa e sorriu orgulhoso. 



- Era do meu pai, ele herdou do meu avô e assim por diante – disse James sorrindo carinhoso – Meu pai me deu no dia que eu recebi a carta de Hogwarts, ele disse que sabia que eu pegaria de qualquer jeito mesmo. 



- Sua mãe não se importou? - perguntou Lily sorrindo  e imaginando tudo que uma criança de onze anos poderia aprontar por estar invisível. 



- Claro que se importou – James gargalhou – Mas papai pode ser convincente quando quer. 



- Não creio que seja só seu pai – Lily riu e James lhe piscou o olhou convencido. 



Se instaurou um silencio enquanto James olhava carinhoso para a capa e Lily olhava para o rosto dele não acreditando que ele havia saído de um encontro com um lobisomem sem se quer um arranhão. 



- Eu preciso tomar um banho – disse James levantando o rosto. Lily desviou o seu corando por estar olhando fixamente para ele antes – Vamos encontrar com Remus para tomarmos café. Você deveria ir deitar na sua cama, não temos aulas esta manhã. 



- Não estou com sono - Lily negou se levantando do sofá - Posso ir com vocês? 



James a encarou, os olhos dela estavam brilhantes e os cabelos caiam desajeitados por cima de uma camisa social claramente masculina, suas entranhas brigaram entre si e James mordeu o lábio com ciúmes do dono daquela roupa. 



- James... - ela chamou novamente olhando curiosa – Posso ir com vocês? 



- De quem é essa camisa? - ele perguntou abruptamente. O ciúmes claro na sua voz. 



Lily corou intensamente e desviou os olhos para olhar a barra da camisa, ela mordeu os lábios sem responder. James se irritou um pouco mais, as mãos fechadas rente ao corpo. 



- Já sei – ele disse amargo - Não me interessa, não é? 



Lily se assustou e olhou para ele, ficando ainda mais vermelha, ela percebeu que ele estava sério. James não havia percebido que era a camisa dele. Ela pensou em mentir, mas parecia não fazer sentido: 



- É sua – ela respondeu olhando para ele – No dia que atacaram a mim e Sirius, minha camisa estava rasgada. Os meninos acharam que você não se importaria e eu esqueci de devolve-la. Mas espere um minuto e já te trago. 



Ela fez menção de sair mas James a segurou pelo braço olhando para ela sem expressão. 



- É minha? - ele perguntou e Lily assentiu - Não me devolva então – ele deu um sorriso encantador – Ela fica melhor em você. 



- Mas... - Lily começou, mas James a interrompeu. 



- Só não me devolva, ok? - A voz dele era suave e um sorriso delicado aparecia em seus lábios. Lily assentiu e ele a soltou relutante. 



- Você tem quinze minutos – James sorriu – Te encontramos aqui em baixo. Não podemos demorar muito ou Remus vai se remoer por termos esquecido dele. 



Lily sorriu graciosamente agradecida, concordando com o tempo dado por ele. Ela subiu os primeiros degraus deixando James para trás. 



- Hei, Lils – disse ele chamando-a atenção. 



- Sim? - ela virou sorrindo 



- Me empresta seu livro – James levantou o livro que ela estava lendo. Lily pareceu relutante – Vou tomar conta dele como se fosse minha própria vida. 



Ela sorriu e concordou com um assentir da cabeça. James sorriu e folheou o livro. 



- Só se você me emprestar esta capa incrível  - James a encarou com a sobrancelha levantada. 



- E o que a monitora chefe iria fazer com uma capa da invisibilidade? - James contestou sorrindo. Lily apenas deu de ombro e sorriu travessa. James suspirou e antes que percebesse já estava concordando. James sabia que nunca poderia negar qualquer coisa para aquela mulher, ele estava perdido. 



Ele a viu sumir rumo ao dormitório feminino e suspirou resignado, carregando a capa e o livro nas mãos ele subiu para o seu próprio quarto sussurrando: 



- E eu achando que não poderia ficar ainda mais apaixonado por você, Lily Evans – ele sacodiu a cabeça resignado – Como eu estava enganado. 



Assim que James entrou em seu dormitório foi atacado por um Sirius curioso. 



- Então, como ela descobriu sobre o Remmy? – perguntou ele 



- Eu não perguntei – James respondeu indo em direção a seu malão e o abrindo. 



Peter saiu espantado do banheiro com a escova de dentes ainda na boca. 



- Não? - ele perguntou, as palavras emboladas devido a espuma em sua boca - Então o que vocês ficaram fazendo lá em baixo? 



Sirius olhou para Peter indignado e deu um tapa na nuca dele, fazendo com que Peter engasgasse com a pasta de dente. 



- Isso é pergunta que se faça? - disse Sirius se fazendo de indignado. Depois olhando para James com o olhar sério - Então, Prongs, o que vocês ficaram fazendo lá embaixo? 



Peter olhou com raiva para o amigo, mas não disse nada, voltando ao banheiro para enxaguar a boca. 



- Conversando – respondeu James que continuava a olhar o malão como se procurasse algo - Vocês viram alguma camisa minha por aí, tinha certeza que eu tinha trazido uma a mais. 



Sirius o encarou avaliando e depois disse. 



- Emprestamos para Lily - disse Sirius ainda o encarando – Mas você já sabia disso. 



James só sorriu e concordou indo em direção ao banheiro, cantarolando alguma coisa e o sorriso estampado no rosto. 



- Ele esta bem? - perguntou Peter arrumando a gola da camisa e olhando para a porta do banheiro. 



- Teremos que perguntar para a Evans – Disse Sirius enquanto calçava seu tênis e estampava um leve sorriso no rosto. 



 



Quando os três amigos desceram, Lily já estava esperando com um sorriso no rosto e um leve rubor nas bochechas, James a viu e desarrumou seu cabelo abrindo um novo sorriso. Ela estava completamente arrumada, o uniforme impecável, os cabelos arrumados em um rabo de cavalo simples. A única coisa fora do lugar era a gravata um pouco frouxa e um botão aberto. A monitora perfeita.  



Lily sorriu ao perceber que todos estavam bem. Ela pulou contente e abraçou Sirius quando eles chegaram. 



- Vocês estão bem? - Ela perguntou segurando o rosto de Sirius e virando de um lado para outro para conferir se não havia nenhum arranhão. 



- Estamos bem, mamãe - Sirius resmungou mas sorriu junto com ela. 



- E você, Peter? - ela segurou o rapaz pelos ombros olhando para ele. 



- Ótimo - disse ele rindo. 



- Que bom – Lily largou Peter e sorriu para James – Vamos? 



- Onde "vamos"? - perguntou Sirius indo atrás dela e de James. 



- Ver o Remus, onde mais? - ela sorriu saindo pelo retrato e sendo seguida por eles. 



- Tem certeza que essa é uma boa ideia? - disse Sirius diretamente para James  - Remus pode ficar arredio. 



- Ele não tem como escapar, tem? - disse James dando de ombros 



- Não - Sirius e Lily disseram em uníssono. 



- Então, que seja mais cedo possível - respondeu James dando de ombros. 



- Vocês acham que Remus pode ficar chateado, sabe, por eu saber? - perguntou Lily enquanto se colocava ao lado de Sirius e James. 



- Remus pode ser um pouco... - começou Sirius tentando achar as palavras corretas. 



- Sensível - completou Peter – Com o fato dessa coisa toda de lob...  



- Do seu probleminha peludo – completou James antes que o amigo terminasse. 



- Sabe, eu e as meninas sempre ouvimos vocês falarem do probleminha peludo de Remus – disse Lily pensativa – Mas achávamos que ele tinha um coelho muito mal comportado. 



James, Sirius e Peter caíram na gargalhada e Lily não pode deixar de sorrir. 



- Realmente dá toda a dimensão do problema – Lily disse e os garotos substituíram os risos por rostos curiosos – Quer dizer, faz parecer nada, e realmente não é nada, não é?  



Os meninos sorriram para ela. 



- Exato – disse James lhe dando um breve aperto em sua mão enquanto Sirius a abraçava pelos ombros com um de seus braços e outro era apoiado nos ombros de Peter. Todos imediatamente mais relaxados. 



James começou a assoviar uma melodia relaxada e foi logo seguido por Sirius e Peter que se perdia um pouco no tom, mas Lily logo reconheceu. 



- Beatles – disse ela confusa – A Little help from my friends. 



- Sim – respondeu James alegre -  Você conhece? 



- Claro que sim, eles são a maior banda de todos os tempos – Lily respondeu – Mas são trouxas. Quer dizer, eles não ensinam bandas trouxas em estudo trouxas, ensinam? 



- Ah, não - respondeu Sirius emburrado – Bem que poderiam ensinar, os trouxas são fantásticos quando se fala de musica. Mas não temos que ficar aprendendo sobre eletricidade e tomadas. 



Lily riu. 



- Então, Beatles? - perguntou ela de novo. 



- Remus – respondeu Peter – A mãe dele é trouxa e gosta de musica. 



Ela assentiu. A esta altura eles já estavam as portas da enfermaria. Os três entraram como se fossem donos do lugar, arrancando um suspiro de exasperação de Madame Ponfrey. Remus estava sentado em uma cama no fundo da enfermaria, o restante estava completamente vazio. Ele gemeu ao avistar Lily. 



A menina o encarou com admiração, ela não sabia se poderia aguentar o que o rapaz deveria sofrer todos os meses, ela reparou nas cicatrizes dele, deveriam ser de anos atrás, pois eram finas e esbranquiçadas. Ele parecia temer olhar para ela e Lily, e ela se indignou em saber que ele temia que ela reagisse de outra maneira que não se admirar mais por ele, mas ela não podia ser inocente de pensar que não haviam hostilidades vinda das outras pessoas. 



Os quatro se aproximaram da cama de Remus, Lily ficando dois passos para trás dando espaço para que Remus tomasse a iniciativa. 



- Como vai, companheiro? - perguntou Sirius batendo no ombro de Remus. 



- Cansado – respondeu ele desanimado – Mas feliz que acabou, bom pelo menos este mês. 



- Vou concordar com você - resmungou Peter sentando ao pé da cama – Acho que estou ficando velho. 



- Então, o que ela faz aqui? - sussurrou Remus. 



James olhou para trás e viu Lily olhando pela janela fingindo não prestar atenção  neles. Com um sorriso virou para Remus e sussurrou: 



- Não seja rude, com ela – depois virando-se novamente pra Lily a chamou. 



Lily sorriu concordando ao ouvir James chamar seu nome e se aproximou da cama onde Remus estava. Peter estava sentado nos pés da cama, Sirius sentara na cama ao lado, com os pés para cima, parecendo extremamente a vontade. James sentou-se no criado-mudo ao lado da cama de Remus, com um sorriso no rosto. Lily ficou de pé ao lado de James, com um sorriso preocupado no rosto, pois Remus não conseguia olhar para ela. 



- Você esta bem, Remus? - disse ela tímida. O menino respondeu com um leve dar de ombros  sem olhar ousar encará-la – Quem bom – ela continuou – Fiquei com tanto medo... 



Lily sentiu Remus retesar e percebeu que foi a coisa mais burra a se dizer, ele devia achar que estava com medo dele. Ela sentiu os olhos enxerem de lágrimas quando Remus virou a cabeça para o lado contrario dela. Ele era a mascara da vergonha e culpa. 



- Oh, não, por Deus, Remus – ela se jogou contra ele lhe abraçando pelo pescoço - Eu senti medo que você se machucasse, que eles fizessem algo contra você. Eu não me perdoaria se eles se quer tocassem em você... 



Remus olhava surpreso para Sirius ele não conseguia ver Lily da forma que ela estava  abraçada a ele. James riu observando os dois, Peter olhava espantado e Sirius piedoso com a cara assustada de Remus disse: 



- Ele esta ótimo, Lily, mas não por muito tempo se você continuar sufocando ele desse jeito. 



Lily se levantou corada, passando as costas na mão na bochecha para secar um ou duas lágrimas.  



- Desculpe – ela sussurrou baixinho. 



Remus sorriu, olhando para ela pela primeira vez desde que descobrira que ela sabia seu segredo, ela lhe sorriu de volta alegre. 



- Como você descobriu que eu... - perguntou ele vacilando 



- Tem um probleminha peludo? - Lily sorriu carinhosa enquanto os outros riam culpados – Somei dois mais dois – disse ela dando de ombros -  Você sempre pedia para mudar suas rondas na época de lua cheia, você e os outros desapareciam nesta época, sua doença  não dava sintomas em outras semanas. Seu bicho-papão é uma lua cheia. 



- Mais alguém sabe? - Remus perguntou baixinho 



- Não - disse ela balançando a cabeça - E nem vai saber por mim, fique tranquilo. 



Remus sorriu agradecido. 



- Desculpe, Lily – ele disse sorrindo triste – Acabei colocando você em risco 



- Quando eu estive em risco? – ela cruzou os braços brava – Remus, você é a pessoa mais gentil que eu conheço, não tem que pedir desculpas. 



- Eu não deveria ter vindo para Hogwarts... - Remus pareceu sofrido. 



- E lá vamos nós de novo... - disse Sirius resignado, mas foi silenciado pelo olhar mortal de Lily. 



- Quando você..? - ela perguntou mas viu o olhar dele endurecer – Quer dizer, não precisa me contar se não quiser... 



- Tudo bem – disse ele com um sorriso triste – Eu era pequeno, tinha um cinco anos, eu acho. Meu pai ofendeu um lobisomem e ele se vingou, me mordendo. - Ele deu de ombros – Meus pais continuaram cuidando de mim. Até que Dumbledore me ofereceu a vaga e garantia da minha segurança e o do demais alunos. 



 - Isso é cruel – Lily disse desanimada – quer dizer, você era só uma criança e... 



- E aconteceu – disse ele concordando – Tenho sorte de Dumbledore ser o diretor, ou nunca poderia vir para Hogwarts e tenho sorte por ter três dos melhores amigos que eu podia arranjar – ele sorriu para os três rapazes que sorriram em retorno – Bem, agora quatro grandes amigos – ele sorriu pela primeira vez verdadeiramente para Lily. 



- Com muito prazer, Remus – disse ela o abraçando de novo – A sorte é nossa de ter você com amigo. 



- Ok, tudo muito bonito – interrompeu Sirius se levantando – Mas estou morrendo de fome e se não formos logo tomar café perderemos os melhores ovos mexidos. Os elfos tendem a ficar menos cuidadosos quando tem que fazer mais quantidade. 



LIly se desvencilhou novamente de Remus e se pôs de pé ao lado de James, ela virou para ele e Sorriu vitoriosa e ele lhe devolveu o sorriso apertando a mão dela entre a sua. Peter se levantou, enquanto Remus jogava as cobertas de lado e se levantou. 



- Sr. Lupin, o senhor deveria ficar o resto do dia – disse Madame Ponfrey vindo na direção deles – Esta fraco demais e cansado. 



- Madame Ponfrey – disse Remus como se já tivesse tido aquela conversa muitas vezes. 



- Ok – ela respondeu mal humorada – Mas tome um café reforçado e tire pelo menos a manhã de folga e durma, se quiser o dia eu aviso seus professores. 



- Obrigado – ele sorriu carinhoso , enquanto saia com os outros. 



Eles caminharam silenciosos pelo corredor, Sirius se postou protetoramente ao lado de Remus, assim como James, prontos para segurá-lo caso ele caísse, o que parecia que iria acontecer a cada passo que eles davam. Eles chegaram no salão principal, no auge do café da manhã, eles se sentaram em um pedaço relativamente vazio da mesa Grifinória.  



Remus sentou mas a todo tempo lançava olhares temerosos para a mesa Sonserina. Apenas Snape lhe devolveu o olhar com um pouco de surpresa misturada a já tradicional cara de asco. James deve ter percebido que o amigo estava inquieto, pois bateu na testa e disse: 



- Esqueci, Remus, eles não sabem – disse ele alegre – Peter confirmou, ninguém sabe de nada. Eles acreditavam que a casa dos gritos tinha algo, mas ninguém acreditaria que o bom e velho Moony seria capaz de se quer desarrumar os cabelos. 



Remus sorriu agradecido, e o clima na mesa melhorou perceptivelmente, exceto por LILy que sussurrou: 



- Moony? - ela disse baixo pensando no apelido que James acabará de pronunciar, tão obvio, tão claro como um noite de lua cheia – Moony, por causa da lua? 



Sirius olhou para ela bravo e Peter assustado, Remus parecia se divertir e James lhe sorria orgulhoso. Lily retribuiu o sorriso e olhou para Remus, que parecia ser o menos hostil dos outros três. 



- Então? - disse ela sorrindo alegre – Estou certa? 



Remus lhe acenou com a cabeça e ela quase pulou de alegria, adora mistérios e adorava mais ainda quando estava certa. Um já foi – ela pensou – faltam três. 



Sirius olhou para ela desconfiado, mas como Lily apenas sorriu e concordou, não questionando os demais apelido se deixou contaminar pelo clima alegre da mesa. 



- Oh! - Lily levantou os olhos, eles brilharam sapeca, como se ela fosse uma menininha pega em uma traquinagem – Por isso você nunca se declarou para a Mary? 



Remus engasgou, Sirius batia nas costas dele com um sorriso jocoso enquanto  James e Peter caiam na gargalhada descaradamente. 



- Como você... Quem mais sabe disso? - perguntou Remus. 



- Achei que estava meio obvio – Lily sorriu dando de ombros – A gente só desconfiava, Moony, relaxe. 



James sorriu ainda mais ao ouvir ela tratar Remus pelo apelido e Lily estendeu a mão carinhosa para Remus.  



- Você deveria chamar para ir a Hogsmead amanhã com você - disse ela – Fiquei sabendo que ela não vai com ninguém, não precisa contar nada para ela por agora. Mary é bacana e divertida, te fará bem. 



Remus piscou o olho desacreditando no que LIly estava lhe falando, mas ela parecia falar seriamente com ele. Eles logo se soltaram e voltaram a comer alegremente. 



- O que Abbot esta falando com a McKinnon? A mesa dele é do outro lado – perguntou Sirius de repente olhando para a porta de entrada onde Will Abbot seguia junto a Marlene, a fazendo rir graciosamente. 



Lily só olhou e sorriu alegremente.. 



- Ele chamou ela para ir a Hogsmead amanhã - disse ela sorrindo 



- Achei que vocês fariam um passeio nostálgico - disse Sirius com a cara amarrada. 



- Íamos, mas Marlene deu o fora, Dorcas e Emme  ficar estudando para os NIENS – disse LIly dando de ombros. 



- Mas se Mary aceitar sair com o Moony... – disse James. 



- E ela vai – disse Lily com um quê maroto no rosto – Ela espera um pedido há meses. 



Remus ficou corado, mas seus olhos lampejaram alegres. 



- Então a Srta Evans irá sozinha ao vilarejo? – Sirius fez a pergunta que James vinha querendo fazer há tempos.  



- Não - Lily quase gargalhava olhando para os quatro, as bochechas vermelhas e os olhos de uma criança travessa prestes a aprontar algo – Arranjei alguém para ir comigo. 



- Quem? - James perguntou rápido demais, as juntas dos dedos pálidas de tanto apertar o garfo. 



- Te conto mais tarde – disse ela sorrindo e se levantando – Tenho uma redação gigante sobre Grindelwald para terminar para a aula de hoje. 



- Hei – ele disse se levantando junto – Vamos Lily, quem te convidou? 



Ela apenas deu de ombro.  



- Vamos, Evans me conte – disse ele quase em tom de desespero – Ou você só esta dizendo que tem alguém para me provocar? 



Ela se fingiu de séria e o encarou. 



- Acredite, Potter – disse ela – o Mundo não gira ao seu redor – E saiu dando as costas para ele. 



James ficou parado no corredor olhando para ela indo embora, os punhos fechados nervoso. Quando ela saiu pelas portas do salão principal, sem se quer olhar para ele novamente, James voltou e encontrou seus amigos ainda sentados olhando temerosos para ele.  



- Onde está o mapa? - James questionou a voz seca e brava. 



Sirius tirou o mapa do bolso do casaco e passou para o amigo temeroso. James pegou e esticou na mesa e disse "Juro solenemente não fazer nada de bom" em um sussurro, antes de vasculhar o mapa.  



Ele viu o ponto denominado Lily chegando na biblioteca e se sentando em uma mesa solitária, James ainda vasculhou toda a região envolta rosnando para cada novo rapaz que entrava na biblioteca, mas ninguém foi sentar ao lado da monitora chefe. 



Sirius o cutucou, depois de um tempo o forçando a levantar.  



- Preciso de um cochilo – disse ele resmungando – Todos precisamos – ele terminou olhando pra Remus que estava pálido e tão cansado que parecia que ia cair e dormir ali mesmo. 



James concordou e saiu com os amigos, ao chegar no seu quarto sua coruja o esperava com uma carta amarrada nos pés.  



- Se atrasou para o café, Arquimedes? - perguntou James, a coruja piou indignada, mas permitiu que James retirasse a carta de seus pais das patas da coruja.  



Ele pegou a carta e foi até seu malão pegar petiscos para a coruja, enquanto os seus amigos se jogavam na cama e dormiam praticamente no mesmo momento. Arquimedes voou para seu criado mudo beliscando a comida que James havia posto lá e apreciava o carinho que o menino lhe fazia enquanto lia carta. 



Ele sorriu quando reconheceu a letra do pai questionando se ele estava vivo, pois não haviam recebido nenhuma carta de Dumbledore a respeito dele. Havia também um envelope fechado para Sirius, que James deixou na cabeceira do amigo. Sra. Euphemia gostava de mandar cartas para Sirius como se fosse a mãe dele também. 



James se levantou, pronto para dispensar a sua coruja, quando bateu o olho no mapa do maroto ainda aberto sobre sua cama. Ele logo localizou Lily sentada sozinha na biblioteca e suspirou. 



- Aguente um minutinho, Arquie – disse ele procurando na sua mochila uma pena e pergaminho.  



Ele se sentou, molhando a pena na tinta e escrevendo uma breve carta. Ele fez um feitiço secante antes de dobrar a carta e amarrar nas pastas da coruja. 



Espere ela responder, Arquie – disse James solene - Não saia de perto dela enquanto ela não fizer isso – A coruja piscou solene, deu uma volta exibida por todo o quarto e saiu pela janela indo de encontro de a uma certa monitora chefe. 



 



Lily tentava inutilmente se concentrar em sua redação, escrevendo a respeito das atrocidades de Grindelwald e abordando principalmente a segregação que ocorrera nos países onde ele havia dominado. Mas todo momento sua concentração era atrapalhada e um sorriso percorria seus lábios e só sumiam quando ela percebia que estava ou lendo a mesma frase várias vezes, sem se quer se lembrar do que estava escrito.  



Ela vasculhou um dos livros sobre a mesa em busca de algo da infância de Grindelwald que pudesse dar indicio da atrocidades que se seguiriam quando, desta vez uma coruja, a tirou de sua concentração novamente. A coruja percorreu graciosamente a biblioteca e pousou na frente de Lily, amassando uma série de anotações. 



- Hei, quem é você? - disse Lily acariciando a coruja e pegando a carta pendurada em suas patas – Pode ir agora – ela incentivou, mas coruja só a olhou altiva e não se moveu. 



Lily deu de ombros para Madame Pince, que estava olhando para ela de forma ameaçadora. Ela sorriu, dizendo para si mesma que pelo menos havia tentando expulsar a ave, e abriu a carta. Era um bilhete simples, em uma caligrafia reta e a tinta bem marcada no papel, antes mesmo dela ler a assinatura ela sabia de quem era, James. 



O bilhete dizia apenas: 



 



Por favor me diga quem.  



JP 



 



Lily sorriu travessa, negando com a cabeça, virou o pergaminho e escreveu: 



 



Não te interessa. Agora vá dormir e me deixe estudar. 



LE 



 



James não ficou nada satisfeito quando recebeu a resposta, e como Arquie fugiu dele assim que entregou a carta, provavelmente prevendo o interminável fluxo de bilhetes que poderia se seguir daqueles dois, James não teve como responder. Ele socou o travesseiro, parte para tentar achar uma posição que possibilitasse esquecer de Lily e seu misterioso encontro, parte para extravasar a raiva de Lily e seu misterioso encontro. 



Sirius resmungou alguma coisa, após James se mexer pela que seria décima sétima vez, tentando achar uma posição. Então resignado que não dormiria enquanto Lily não lhe contasse o encontro, procurou pelo quarto algo que o distraísse e não fosse barulhento o suficiente para causar ira em Padfoot. Olhando para seu malão encontrou, sobre a capa de invisibilidade, o livro de LIly e pôs-se a ler. 



James leu até a hora do almoço, quando "delicadamente" acordou Sirius e Peter, porém deixando Remus dormindo pois estava cansado demais ou, como James preferia esconder, não havia acordado com nada do que ele fizesse. 



Lily, por sua vez, conseguiu, depois de muito custo e pergaminhos desperdiçados, terminar sua redação a tempo de ir ao salão comunal almoçar.  



Ambos chegaram no mesmo minuto as portas do salão principal, Sirius e Peter quase dormindo um no ombro do outro, o que era uma cena ridícula, já que Peter era um palmo mais baixo que Sirius. James olhou para LIly a sua frente, ela estava adorável, mesmo toda borrada de tinta e o cabelo preso as pressas em um nó mal feito. 



- Evans – ele sorriu galante 



- Potter? - ela respondeu erguendo uma das sobrancelhas. 



Os dois entrarem e foram em direção as meninas que já estavam sentadas. 



- Então ,quando você vai me contar com quem você vai? - perguntou James com as mãos nos bolsos.  



- Então, quando você vai aprender a ler? - ela respondeu com um sorriso no rosto. 



- Isso é cruel, Evans – disse James com um tom de desespero – Prometo não atacar seu acompanhante. 



- Agradeço - disse ela sorrindo – Afinal, quero que ele tenha todos os membros quando sairmos. 



 - Então é ELE? - perguntou James enquanto se sentava ao lado de Lily e assistia Peter e Sirius sentando a sua frente e colocando a cabeça na mesa para dormir. 



- Sim – disse ela a começar a se servir. 



- E você não vai me contar? 



- Não - mais um sorriso travesso. 



- Ótimo - disse James nervoso – Excelente! - ele se virou para a garota ao lado da Lily – Então Lene, quanto você gosta de estar no time? 



- Ei, isso é covardia – disse Lily brava. 



- Você começou, Evans – James apontou o dedo para ela antes de se voltar a Marlene - Então Lene, quadribol... 



- Eu adoro estar no time, James – disse Marlene confusa – Claro que adoro.  



- Amei ouvir isso, McKinnon – James sorriu - Então Lene, como somos um time, acredito que temos que nos ajudar, concorda?  



- James... - disse Lily em tom de aviso.  



- Concorda, Marlene? - James questionou mais uma vez ignorando Lily.  



- C... Claro, que sim – Marlene respondeu ainda confusa.  



- Então, Marlene, querida, você não recusaria dizer ao seu amado capitão com quem a Evans aqui vai para Hogsmead amanhã. Recusaria? 



- Eu? Eu não sei... - disse Marlene – Com a Mary, eu acho... 



- Ela não sabe ainda, Potter – disse Lily brava – Obrigada por ameaçar minha amiga, realmente muito cavalheiresco da sua parte. 



- Você me obrigou – ele respondeu emburrado. 



- O que aconteceu? - perguntou Mary 



- Potter esta sendo um idiota, de novo – resmungou Lily olhando para o garoto, mas se distraiu, pois James tirou o livro dela, da mochila e começou a ler, ainda irritado. 



- Como assim com quem você vai para Hogsmead com alguém? - disse Mary – Achei que iriamos juntas. Você vai me deixar sozinha? 



- Você não vai sozinha, Mary – disse Lily sorrindo - Só aguarde. E bem, achei alguém de ultima hora. 



- E você não vai dizer quem, não é? - disse Marlene resignada. 



Lily sorriu e apenas negou com a cabeça.  



- Ótimo - Marlene respondeu brava – Obrigada, senhorita Evans, o James vai estar insupotável no treino de hoje, se eu não voltar viva hoje a noite, eu faço questão de voltar como fantasma e te assombrar até você dizer. 



- Peraí, Lene, você vai desistir assim? - disse Mary - Não,  minha curiosidade é demais pra isso... 



- Você quer tentar? A Evans é mais teimosa que um Centauro a luz da noite. Eu sei reconhecer minha derrota. 



Lily sorriu e Mary a xingou, mas não perguntou mais  nada sobre o assunto. As meninas almoçaram tranquilamente, trocando apenas amenidades e discutindo com Marlene qual roupa ela deveria usar no encontro com Willian Abbot. James almoçava e lia ao mesmo, tempo, rindo ocasionalmente, uma vez ou outra, e trazendo o olhar de Lily para ele todas as vezes que isso acontecia. Sirius e Peter continuavam dormindo, com as bochechas coladas aos seus pratos.  



O almoço passou, e Lily se levantou para a sua aula de história da magia, saindo sozinha da mesa. James quase arrastou Sirius atrás de si, deixando para Mary a missão de acordar ou arrastar Peter para a aula de adivinhação que eles compartilhavam. 



- A sua sala não fica para o outro lado, James? – Lily perguntou quando percebeu que ele ia atrás dela. 



- É James, fica para o outro lado – resmungou Sirius percebendo por onde esta indo. 



- Vamos pegar um atalho – resmungou James - Você não vai me contar mesmo? 



- Depois da cena do almoço? - ela respondeu. 



- Que cena? - perguntou Sirius mais desperto. 



- Vamos, Lily, sabe como estou sofrendo? - disse ele 



- Você sobrevive! - ela respondeu sorrindo – Agora vai, James.  



Ela saiu andando e entrando na primeira porta que levava diretamente para a sua aula de história da magia. 



- Vai me contar o que foi isso? - perguntou Sirius voltando pelo corredor de onde eles vieram. 



- Ela é irritante as vezes – ele disse frustrado. 



- As vezes? - ele perguntou, mas se calou com o olhar mortífero de James. 



- Achei que tinha dito que você não me arrastaria para a aula, Prongs – Sirius resmungou, mas seguiu James para a aula deles, os dois bravos e quietos, um por conta de uma ruiva e o outro por se acordado para ter aula sobre tomadas e correntes elétricas. 



 



A aula de ambos terminou. Sirius havia dormido a aula toda enquanto James fazia uma lista mental dos pretendentes de Lily, não chegando a nenhuma conclusão específica, a não ser, azarar metade de Hogwarts. Lily por sua vez saiu alegre de sua aula, indo diretamente para a torre da Grifinória. Ao entrar viu uma única alma viva sentada no melhor sofá da sala, o rapaz lhe sorriu assim que a viu entrar.  



- Lily – disse Remus chamando para que ela fosse até ele – Acabou sua aula? 



- Sim, Binns estava inspirado hoje – disse ela rindo – Ao ponto de mandar perguntar nós mesmos a Dumbledore como foi o duelo com Grindelwald , para depois deixar a sala de aula.  



- Binns liberou uma turma mais cedo? - disse .Remus incrédulo 



- Ele teve – ela respondeu com um sorriso travesso - Não parávamos de questionar sobre a batalha, enquanto ele queria falar somente do contexto econômico e social da Bulgária e Noruega. 



- Você também. Lily? - Remus perguntou surpreso. 



- Ah, vamos Remus, Binns consegue transformar as melhores batalhas em monótonos monólogos, é bom ver que ele ainda tem um pouco de sangue nas veias. 



- Mas ele é um fantasma – resmungou Remus – Ele não tem sangue nenhum... 



- Está aí a graça da história – Lily riu feliz. 



- Você está andando demais com Sirius – resmungou Remus, quando novamente o retrato abriu permitindo Sirius e James. Remus sorriu ao ver a cara de cansados deles - Vocês foram a aula? 



- Sob protestos, quero deixar claro – resmungou Sirius se jogando no chão e colocando uma almofada no rosto – Pelo menos posso dormir até tarde amanhã.  



- Lily... - disse James. 



- Não - ela respondeu. 



- Mas você nem sabe o que eu ia dizer – ele resmungou fechando a cara. 



- Mas  não, mesmo assim – ela sorriu para ele - Você não tinha treino ou algo do genero? 



- Só mais tarde – ele disse se sentando e tirando o livro dela do bolso interno da capa. 



- Você deveria dormir, Prongs – resmungou Sirius por debaixo da almofada – Aposto que nem pregou o olho pela manhã. 



Lily o observou apreensiva, as olheiras dele estavam enormes, o rosto pálido e um leve tremor na mão que segurava o livro aberto já pela metade. Ele deve ter passado a manhã lendo para já estar naquele estado avançado de leitura. 



- Sirius esta certo – Lily disse triste - Você já treina três vezes por semana, um dia a menos não fará diferença e você parece exausto. 



James, porém, não olhou para ela e nem respondeu. Ótimo, a nova tática dele era ignorá-la. Lily resmunga algo como "homens idiotas", mas deixa passar por que nesse momento se juntam a ela Peter e Mary. Remus automaticamente melhora a postura dele ao ver os dois chegarem. 



- Vocês estão quietos – disse Mary sorrindo e sentando-se no braço do sofá, ao lado de Remus. 



- Estamos com sono – resmungou Sirius do chão. 



- Então que festa que vocês foram? – disse ela rindo – Peter dormiu a aula de adivinhação toda. Quando Madame Mantica gritou com ele, teve a cara de pau de dizer que estava tendo um sonho premonitório. 



- Fui bastante convincente – Peter estufou o peito com orgulho. 



- Ela realmente acreditou nele e até fez a análise do sonho – Mary completou. 



- Ao que parece eu vou morrer pelas minhas próprias mãos - disse ele dando de ombros – Mas como fui eu que inventei todo o sonho, acredito que não preciso me preocupar com elas por enquanto. 



Lily curiosa, questionou o sonho que Peter diz ter tido e ouviu o rapaz detalhar um sonho maluco que envolviam cobras e cachorros gigantes. Remus aproveitou que a atenção de todos estava desviada e chamou Mary baixinho, ela se voltou para ele e sorriu, esperando ele prosseguir. 



- Mary, será que você, se não tiver nada melhor claro, quer ir comigo à Hogsmead? - ele perguntar sem olha nos olhos dela, por isso perde parte do sorriso da garota loira lhe deu quando ouviu a pergunta dele. 



- É claro que quero – ela sorriu e deu um beijo na bochecha dele – Então, amanhã as nove? 



- Amanhã as nove – ele respondeu sorrindo – Excelente! 



Mas antes que pudesse falar mais alguma coisa Peter veio até ele para falar alguma coisa, e Mary fez um sinal pedindo para falar com a ruiva. Lily sorriu e se sentou mais perto de James, a lateral dela colada nele, para que Mary saísse do braço do sofá e sentava entre Lily e Remus. 



- Remus me convidou para ir a Hogsmead amanhã - sussurrou Mary feliz. 



- E você aceitou? - questionou Lily. 



- Claro que sim – Mary respondeu – Mas você sabia, você me disse hoje que alguém me chamaria para sair, o que você fez, Srta. Evans? 



- Nada – disse Lily culpada - Só mostrei o que ele era cego demais para ver. Estou tão feliz por você, Mary, Remus é uma excelente pessoa. 



- E um pão - ela sussurrou sorrindo – Mas e você, Lils, vai mesmo sair com alguém ou era balela para perturbar o James? 



Lily sentiu James retesar, era impressão dela ou James não passava a página do livro há um tempo? Ela sorriu contente e disse a Mary. 



- É claro que eu vou sair com alguém, se tudo der certo.. 



- Como assim se tudo der certo? - perguntou Mary. 



Mas Lily não teve tempo de responder, pois um furacão chamado Marlene entrou na sala comunal nervosa e apontando para Remus. 



- Você nunca mais vai me deixar ir há uma aula de trato das criaturas mágicas sozinha, ouviu? - Marlene parecia desvairada. 



- O que aconteceu, Lene? - perguntou Lily preocupada. 



- Kettleburn – ela remungou – O Professor Kettleburn foi o que me aconteceu. Acromantulas, ele disse, nada demais, achei uma estes dias na floresta proibida, o sétimo ano pode cuidar de uma acromantula. Claro que podemos, mas aparentemente ele não pode. 



- Marlene – disse Remus confuso - Você não esta fazendo sentido. 



- O professor Kettleburn achou uma acromantula – ela começou - E aparentemente ele achou incrível que os alunos do sétimo ano pudessem apreciar a criatura. 



- Ele é louco? - perguntou Peter. 



- Foi o que eu disse – Marlene resmungou – Obviamente as coisas saíram do controle, não tinha feitiço que a gente fizesse, que ajudasse, Miller acertou um conjutivictus, mas isso só deixou ela mais irritada. Foi um caos, metade da turma deve estar na ala hospitalar, inclusive Kettleburn, Madame Ponfrey esta tentando salvar a mão dele. 



- Ele é louco – disse Lily pasma – Completamente insano. 



 - O pior é que, enquanto eu leveva o professor para a ala hospitalar ele me dizia animado para não faltar semana que vem, seria mais divertigo, pois veremos caranguejos de fogo. E ele ria.... 



- Calma, Lene, passou – disse Mary. 



- Eu prometo estar com você quando vierem os carangueijos – disse Remus sorrindo. 



- É bom mesmo – mas Marlene sorriu de volta – Ah, acabei esquecendo, James você perdeu três para o treino de hoje. 



- O que aconteceu? - resmungou James. 



- John se meteu em outra briga, está de molho na ala hospitalar – James franziu a testa intrigado – E parece que Summers e Steel tiveram problemas com a aula de transfiguração, pelo o que eu entendi dos berros da McGonagall, e os dois estão de detenção. 



- Ótimo - resmungou James se levantando – Vou dormir, avise os outros que o treino esta cancelado, Marlene. 



- Ótimo? - ela questionou para Remus – Ele esta bem? 



- Você não vai jantar, James? - perguntou Lily mordendo os lábios. 



- Não - ele resmungou – Talvez você queira jantar com seu amiguinho. 



- Que amiguinho? - ela reponde cruzando os braços. A sala comunal, muito mais cheia de quando Lily chegou ali mais cedo, parou para ver os dois discutirem aos berros. 



- Não se faz de desentendida, Evans – ele disse chegando perto dela – O cara que você vai sair amanhã em Hogsmead. 



- Ahh, ele – disse ela séria - Bem, eu realmente queria jantar com ele. Mas ele está sendo um idiota. 



- Então esta esperando o que? - James se voltou para a escada batendo os pés - Ou ele esta com vergonha de aparecer? Por isso você não diz quem é, por que ele tem vergonha de você? 



- James – Remus diz em tom de aviso. Lily estava com lágrimas nos olhos encarando ele. 



- Caramba – disse James passando as mãos no cabelo – Droga, Lily. Eu não quis... Se ele esta com vergonha, ele é um idiota. Não sei o que te acontece, você tem um dom para caras assim. Olha o Thorpe, por exemplo. Se você me deixasse... se me desse uma chance... 



- Cala a boca, Potter – Lily resmungou tentando segurar as lágrimas. 



- Ótimo – disse ele bravo – Excelente! Faz o que você quiser.



Lily bufou irritada olhando para ele, os olhos parejados, as mãos apertadas na lateral do corpo. James olhou para e ela e tentou se acalmar, suspirou irritado, passando as mãos nos cabelos, frustrado. 






- Você pode me dizer pelo menos quem ele é? - perguntou ele mais uma vez, a voz muito mais controlada, ao contrario dos olhos que queimavam de raiva. 



- Você, seu idiota! - Ela disse quase com raiva olhando para ele. 



James paralisou olhando para ela com a boca aberta, tentando descobrir o que ele tinha ouvido. A sala inteira da Grifinória em silêncio, olhando de um para o outro. Até que Sirius interrompe o silencio com um assovio alto e James sai do transe. 



- Como? - ele diz em dúvida. Não acreditando no que acabara de ouvir. 



Lily ri, um riso misto de raiva contida, alivio e tristeza, os olhos verdes ainda marejados encarando os castanhos completamente confusos. 



- Eu estou te chamando para sair, imbecil – ela responde – James Potter, você quer ir a Hogsmead comigo? 


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Comentários (2)

  • lehleh potter

    Esperando que essas ferias terminem, assim vou ter um novo capitulo fresquinho.

    2016-10-21
  • lehleh potter

    Que lindo! Como o James é cego, como se não soubesse que ela estava tentando convida-lo, homens são todos iguais, tolos! O Remus deveria ter pegado esses moleques e estripado eles, só para aprenderem uma lição, é, eu sou muito perversa às vezes, só às vezes, mas eu sei que ele ia ficar muito mal se soubesse que fez o mal a uma mosca, que pena, se fosse eu não seria bem assim, enfim, capitulo lindo, amodorei, não demore se não eu vou atrás de você e te jogo um Kedavra! Beijos e abraços!

    2016-09-19
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