Quadribol



CAPÍTULO ONZE


Quadribol


 


Quando entrou novembro o tempo esfriou muito. As serras em torno da escola viraram cinza-gelo e o lago parecia metal congelado. Toda a manhã o chão


se cobria de geada. Hagrid era visto das janelas dos andares superiores do castelo degelando vassouras no campo de Quadribol enrolado num casacão de pele de toupeira, com luvas de coelho e enormes botas de castor. Começara a temporada de Quadribol. No sábado, Harry e Lilian estariam jogando sua primeira partida depois de semanas de tratamento: Grifinória contra Sonserina. Se Grifinória ganhasse, subiria para o segundo lugar no campeonato das casas.


 


Quase ninguém vira os gêmeos jogarem porque Olívio decidira que, sendo uma arma secreta, a participação deles deveriam ser mantidas em segredo. Os gêmeos  frequentemente sumiam à noite e viviam exaustos, devido ao excesso de treinos marcados por Olívio. Desta forma, faltanto alguns dias, o plano de Olívio de manter tudo em segredo foi totalmente por água abaixo.


 


Lily ajeitou a gravata e colocou as vestes. Harry pegou os óculos e os dois se encontraram ao pé das escadas conversando normalmente quando foram interrompidos. Era Hermione.


 


—  Vocês não vão querer descer agora. — ela disse, segurando uma pilha de livros. —  Aconteceu um pequeno probleminha.


 


—  Que probleminha? - perguntou Harry ajudando a amiga com os livros. Antes que Hermione respondesse, Olívio irrompeu fulo da vida pelo buraco do retrato.


 


— Ei, vocês dois! estamos ferrados! Ferrados! Forram você? Falei para manterem sigilo. — gritou Olívio rapidamente.


 


— Calma aí, para de gritar, depois explica o que foi que aconteceu. Por que estamos ferrados? — começou Lily.


 


—  Olívio, não foram eles! A notícia vazou por si só, e pronto! sedasse Hermione.


 


— Alguém pode me dizer o que esta acontecendo? - perguntou Harry, ficando meio irritado com a confusão ao seu redor.


 


— Não é óbvio? - comentou Rony, entrando pelo buraco do retrato. — O segredo vazou. Todo mundo sabe que vocês estão no time de quadribol.


 


Silêncio.


 


Olívio começou a ir de vermelho-fúria para branco-nervosismo em questão de segundos. Ele se assentou numa poltrona próxima e começou a suar fribrancos.


 


— E agora o que vamos fazer? Mesmo faltando dias para o jogo a Sonserina pode treinar. Ferrou, ferrou.


 


— Calma, não seja tão dramático.


 


— Esta bem? Mas o que vamos fazer agora? Era para ser um segredo! Vocês são armas secretas!


 


— Olívio, eu tenho uma ideia! — disse Hermione de repente. — Vamos mantê-los como armas secretas.


 


— Como assim? — ele perguntou.


 


— Precisamos soltar o boato de que eles só entraram no time para inteirar sete, e que jogam quadribol pior que um trasgo. Se fizermos isto de maneira convincente, a Sonserina vai subestimar o time completamente e as nossas chances de vencer aumentam. — ela explicou.


 


— Uau. Brilhante! Muito bom Hermione, vou informar o resto do time imediatamente. Dizem que Lilá Brown e Parvati Patil são as novatas mais fofoqueiras da Grifinória. Se isso chegar no ouvido delas, estamos feitos.


 


Rony, Hermione e Olivio desceram na frente. Lily e Harry deviam esperar cinco minutos para ir atrás.


 


— Vai ficar todo mundo falando e apontando. —  começou Ash.


 


— Já falam e apontam de qualquer forma só pelo sobrenome e desde quando você liga para o que os outros fala? Vamos, é um boato mentiroso. Vai dar certo.


 


— Esta bem.


 


Quando os gêmeos chegaram na mesa do café, estavam de fato todos comentando. Haviam pessoas dizendo que iam ficar correndo embaixo com um colchão. Haviam pessoas que desejavam sorte. E é claro, haviam pessoas na Grifinória que reclamavam por um teste não ter sido aberto. Se era só para completar um time, porque escolher qualquer um ao invés de fazer o teste? Estas pessoas, o time tentava ignorar.


 


Era realmente uma sorte que Harry e Lily agora tivessem Herminione como amiga. Não sabiam como poderiam ter dado conta dos deveres de casa sem ela, diante dos treinos de Quadribol convocados por Olívio à última hora. Ela também lhes emprestara o livro Quadribol através dos séculos, que acabara rendendo uma leitura muito interessante.


 


Os gêmeos aprenderam que havia setecentas maneiras de cometer faltas no Quadribol e que todas haviam ocorrido durante a copa mundial de 1473, que os apanhadores eram em geral os jogadores menores e mais velozes e que a maioria dos acidentes graves no Quadribol parecia acontecer com eles, que embora a pessoas raramente morressem jogando Quadribol, havia juízes que tinham desaparecido e reaparecido meses depois no deserto do Saara. Hermione tornara-se menos tensa com relação às inflações ao regulamento desde que Harry, Lily e Rony a tinham salvado do trasgo montanhês e se tornara uma pessoa mais simpática. Na véspera da primeira partida d Quadribol dos gêmeos , os três foram até a quadra congelada durante o intervalo das aulas, e ela fizera aparecer para eles um fogo azulado muito vivo que podia ser levado para toda parte em um frasco de geléia. Achavam-se parados de costas para o fogo, se esquentando, quando Snape atravessou o pátio. Harry reparou logo que Snape estava mancando. Harry, Lily, Rony e Hermione se aproximaram mais para esconder o fogo com o corpo, tinham certeza de que era proibido Infelizmente alguma coisa em suas caras culpadas atraiu a atenção de Snape. Ele


veio mancando até onde eles estavam. Não vira o fogo, mas parecia estar procurando uma razão para ralhar com eles.


 


— Que é que vocês têm aí, Potters?


 


Era O Quadribol através dos séculos. Harry mostrou-o.


 


— Os livros da biblioteca não podem ser levados para fora da escola — falou Snape. — Me dê aqui. Menos cinco pontos para Grifinória.


 


— Ele acabou de inventar essa regra — murmurou Harry com raiva, enquanto Snape se afastava


 


— Claro que inventou, fico lendo fora do castelo o tempo todo e nunca ninguém disse que não podia. — disse Lily com raiva.


 


— Que será que houve com a perna dele?


 


— Não sei, mas espero que esteja realmente doendo — falou Rony com azedume.


 


A sala comunal da Grifinória estava muito barulhenta aquela noite. Harry, Lily, Rony e Hermione sentaram-se junto a uma janela. Hermione verificava os deveres de Harry e Rony para a aula de FVerific, já tinha verificado de Lily que sempre estava certo. Ela nunca os deixava copiar ("Como é que vocês vão aprender?‘), mas ao lhe pedirem para ler os trabalhos, eles recebiam as respostas certas do mesmo jeito.


 


Harry sentia-se inquieto. Queria de volta Quadribol através dos séculos, para se distrair do nervosismo que a partida do dia seguinte estava lhe provocando. Por que deveria ter medo de Snape? Levantou-se e disse a Rony, Lily  e Hermione que ia pedir a Snape para lhe devolver o livro.


 


— Antes você do que eu — responderam eles juntos, mas Harry tinha a impressão que Snape não iria recusar se houvesse outros professores ouvindo.


 


Ele foi à sala dos professores e bateu à porta. Não obteve resposta. Bateu outra vez. Nada. Talvez Snape tivesse deixado o livro na sala? Valia a pena tentar. Entreabriu a porta e espiou para dentro e deparou com uma cena horrível. Snape e Filch estavam lá dentro sozinhos. Snape segurava as vestes acima do joelho. Uma das pernas sangrava, lacerada. Filch entregava ataduras a Snape.


 


— Droga — dizia Snape. — Como é que se pode ficar de olho em três cabeças ao mesmo tempo?


 


Harry tentou fechar a porta sem fazer barulho, mas...


 


— Potter!


 


O rosto de Snape contorceu-se de fúria ao mesmo tempo em que ele largava as vestes para esconder a perna. Harry engoliu em seco.


 


— Eu vim saber se o senhor poderia devolver o meu livro..


 


— SAIA! SAIA!


 


Harry saiu, antes que Snape pudesse descontar algum ponto de Grifinória. Evoltou correndo para baixo.


 


— Conseguiu? — perguntou Rony quando Harry se reuniu a eles.


 


— Que aconteceu?


 


Num murmúrio, Harry lhes contou o que vira.


 


— Sabe o que isso significa? — terminou sem fôlego. — Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no Dia das Bruxas! Era para lá que estava indo quando o vimos. Ele quer a coisa que o cachorro está guardando! E aposto a minha vassoura como ele deixou aquele trasgo entrar, para distrair a atenção de todos!


 


Os olhos de Hermione estavam arregalados.


 


— Não. Ele não faria isso. Sei que ele não é muito simpático, mas não tentaria roubar uma coisa que Dumbledore estivesse guardando a sete chaves.


 


— Aposto que gostaria. — disse Lily.


 


— Sinceramente, Hermione, você pensa que todos os professores são santos ou coisa parecida — disse-lhe Rony com rispidez. — Concordo com Harry e Lily,acho que Snape faria qualquer coisa. Mas o que é que ele está procurando? O que é que o cachorro está guardando?


 


Harry foi se deitar com a cabeça zunindo com aquela pergunta. Neville roncava alto e Harry não conseguia dormir. Tentou esvaziar a cabeça, precisava dormir, tinha de dormir, ia jogar sua primeira partida de Quadribol dentro de algumas horas, mas a expressão no rosto de Snape quando Harry vira sua perna era difícil de esquecer. Harry acordou muito cedo na manhã seguinte, ainda não tinha aparecido o sol mais não conseguiu voltar a dormir, então levantou vestiu suas vestes e desceu. No salão percebeu que tinha uma pessoa no sofá que logo reconheceu.


 


— Pelo jeito não sou o único que está nervoso.


 


— Não sei o que pensar. Só não consigo dormir.


 


— Vem cá. Tenta dormir um pouco. — disse sentando no peitoral da janela chamando-a. — Te acordo, um pouco mais tarde. — disse Harry enquanto a irmã se aconchegava em seu peito e dormia.


 


Harry acordou a irmã quando começou a ouvir barulhos na escada então levantaram e seguiram para o salão comunal já que os dois já estavam vestidos. O salão principal estava impregnado com o cheiro delicioso de salsichas e com a conversa animada de todos que aguardavam ansiosos uma boa partida de Quadribol. Harry não conseguiam comer nada enquanto Lily não parava de comer parecia o Rony.


 


— Você tem que comer alguma coisa. Veja sua irmã.


 


— Não quero nada. E ela sempre come assim quando esta nervosa.


 


— Só um pedacinho de torrada — tentou persuadi-lo Hermione.


 


— Não estou com fome.


 


Harry se sentia péssimo. Dentro de uma hora estava entrando na quadra.


 


— Harry, você precisa de energia — disse Simas Finnigan — Os apanhadores são sempre os que acabam aleijados pelo outro time.


 


— Obrigado Simas — respondeu Harry, observando Simas amontoar ketchup sobre as salsichas.


 


— Vamos Harry você tem que comer, vai só essa torrinha vai. — falou Lily lhe entregando uma torta.


 


— Esta bem mas só essa.


 


Aí pelas onze horas a escola inteira parecia estar nas arquibancadas que cercavam o campo de Quadribol. Muitos estudantes tinham levado binóculos. Os lugares ficavam no alto, mas às vezes, ainda assim era difícil ver o que acontecia. Rony e Hermione se reuniram a Neville, Simas e Dino, o fã do time de segunda divisão na fileira do alto. Como uma surpresa para Harry e Lilian eles tinham pintado uma grande bandeira em um dos lençóis que Perebas roera. Dizia: “Potters para Presidente e vic-presidente” e Dino, que era bom em desenho, tinha pintado o grande leão de Grifinória embaixo. Depois Hermione apelara para um feiticinho para fazer a tinta brilhar multicolorida Entrementes, nos vestiários, Harry, Lily e o restante do time estavam vestindo as roupas vermelhas de Quadribol (Sonserina iria jogar de verde).


 


Olívio pigarreou pedindo silêncio.


 


— Muito bem, rapazes.


 


— E moças — acrescentou a artilheira Angelina Johnson.


 


— E moças — concordou Olívio. — Está na hora.


 


— O jogaço — disse Fred.


 


— O jogaço que estávamos esperando — explicou Jorge.


 


— Já conhecemos o discurso de Olívio de cor — comentou Fred para Harry e Lily  — Fizemos parte do time no ano passado.


 


— Calem a boca, vocês dois — mandou Olívio. — Este é o melhor time que Grifinória já teve nos últimos anos. Vamos vencer. Sei que vamos — e encarou os jogadores como se dissesse "Ou vão ver". — Certo. Está na hora. Boa sorte para todos. Alícia conseguiu convencer o médico dela de podre ver o jogo hoje e ela já está na arquibancada mas voltará para o hospital amanha.


 


— Ela esta bem? — perguntou Lily preocupada.


 


—  Sim, só tem que ficar em observação para terem certeza que a virose já saiu. Alguma pergunta?


 


—  Como foi seu primeiro jogo? —  perguntou Lily nervosa


 


—  Não me lembro muito bem. Levei um balaço na cabeça com cinco minutos e acordei na Ala Hospitalar.


 


Os gêmeos engoliram em seco.


 


—  Mais alguma coisa? Não? Ótimo. É agora galera.


 


Harry e Lily acompanharam Fred e Jorge na saída do vestiário e, esperando que seus joelhos não cedessem, entrou na quadra debaixo de vivas. Madame Hooch era a juíza. Estava parada no meio da quadra esperando os dois times, de vassoura na mão.


 


— Quero ver um jogo limpo meninos — disse quando estavam todos reunidos à sua volta. Harry reparou que ela parecia estar falando particularmente para o capitão de Sonserina, Marcos Flint um aluno do quinto ano. Harry achou que Flint tinha sangue de trasgo. Pelo canto do olho viu a bandeira, que piscava "Potters para Presidente e vice-presidente" tremulando sobre as cabeças dos espectadores. Seu coração perdeu um compasso. Ele se sentiu mais corajoso.


 


— Montem nas vassouras, por favor — Harry e Lily subiram nas suas Nimbus 2000. Madame Hooch puxou um silvo forte no seu apito de prata.


 


Quinze vassouras se ergueram no ar. Fora dada a partida.


 


— E a goles foi de pronto rebatida por Angelina Johnson de Grifinória que ótima artilheira é essa menina, e bonita, também.


 


— JORDAN!


 


— Desculpe professora.


 


O amigo dos gêmeos Weasley, Lino Jordan, estava irradiando a partida, vigiado de perto pela Professora Minerva.


 


— Ela está realmente jogando com força total, um passe lindo para Cátia Bell, um bom achado de Olívio Wood, no ano passado ficou no time de reserva, de volta a Johnson e.. Não, Sonserina tomou a goles, o capitão de Sonserina rouba a goles e sai correndo. Marcos está voando como uma águia lá no alto, ele vai mar.. Não, foi impedido por uma excelente intervenção do goleiro de Grifinória, Olívio, e Grifinória fica com a goles, no lance a artilheira Cátia Bell de Grifinória, dá um belo mergulho em volta de Marcos e sobe pelo campo e... AI, essa deve ter doído, ela levou um balaço na nuca, perdeu a goles para Sonserina.


Agora Adriano Pucey corre na direção do gol, mas é bloqueado por um segundo balaço arremessado por Fred ou Jorge Weasley, é difícil dizer qual dos dois em todo o caso uma boa jogada do batedor de Grifinória, e Johnson tem outra vez aposse da goles, o caminho está livre à sua frente e lá vai ela, realmente voando, desvia-se de um balaço veloz, as balizas estão à sua frente... Vamos agora, Angelina... O goleiro Bletchley mergulha, não chega a tempo... PONTO PARA GRIFINÓRIA!


 


A torcida de Grifinória enche de berros o ar frio, e a torcida de Sonserina, de lamentos.


 


— Cheguem para lá, vamos.


 


— Rúbeo!


 


Rony e Hermione se apertaram para abrir espaço para Hagrid se sentar com eles.


 


— Estive assistindo da minha casa — disse Hagrid, indicando um grande binóculo pendurado ao pescoço. —  Mas não é a mesma coisa que assistir no meio da multidão. Como estão se saindo. Nem sinal do pomo ainda, não é?


 


— Não — respondeu Rony. — Harry ainda não teve muito que fazer. Lily não fez nada ainda porque Olívio quer mantê-la como arma secreta até o ultimo istante.


 


— Pelo menos não se machucaram, já é alguma coisa — disse Hagrid, levantando o binóculo e espiando o pontinho que era Harry lá no céu.


 


Muito acima deles, Harry sobrevoava o jogo, procurando um sinal do pomo. Isto fazia parte da estratégia montada por ele e Olívio. “Fique fora do caminho até avistar o pomo dissera Olívio. Não queremos que você seja atacado sem necessidade”.


 


— Bell, passou no meio de dois, bela jogada menina! Ela vai atirar pras balizas e... Não! Soltou a goles nas mãos de Jonhson, que com um movimento certeiro marca! PONTO PARA A GRIFINÓRIA!"


 


As arquibancadas explodiram. Angelina deu uma voltinha de comemoração mas o jogo logo recomeçou.


 


Lily estava ficando entediada. Treinara tanto, queria jogar também! Ergueu o olhar para Olívio, que fez um sinal com a mão, a pedindo para esperar. Ela começou a voar em círculos lentos para se distrair depois olhava para Harry para ver como estava se saindo.


 


Quando Angelina marcou, Harry tinha feito um loops para extravasar a emoção. Agora voltara a procurar o pomo. Uma vez avistou um lampejo dourado, mas era apenas outro reflexo do relógio de um dos gêmeos e outra vez um balaço resolveu disparar em sua direção e mais parecia uma bala de canhão, mas Harry se esquivou e Fred veio atrás dela.


 


— Tudo bem ai, Harry? — Ele tivera tempo de gritar ao rebater o balaço com fúria na direção de Marcos Flint.


 


— Sonserina de posse da goles — Lino Jordan continua narrando. — O artilheiro Pucey se desvia de dois balaços, dos dois Weasley, da artilheira Bell e voa para, esperem aí, será o pomo?


 


Correu um murmúrio pelas torcidas quando viram Adriano Pucey deixar cair a goles, ocupado demais em espiar por cima do ombro o lampejo dourado que passara por sua orelha esquerda. Harry a viu. Tomado de grande agitação, mergulhou em direção ao rastro dourado. O apanhador de Sonserina, Terêncio Higgs, vira o pomo também.


 


Cabeça a cabeça, eles se precipitaram em direção ao pomo, todos os artilheiros pareciam ter esquecido o que deveriam fazer, pararam no ar, para observar. Harry foi mais rápido que Terêncio, estava vendo a bolinha redonda, as asas batendo, disparando para o alto, imprimiu mais velocidade...


 


— Ohhh! — Um rugido de raiva saiu da torcida de Grifinória em baixo. Marcos Flint tinha bloqueado Harry de propósito e a vassoura de Harry perdeu o rumo, Harry segurou-se para não cair.


 


— Falta! — gritou a torcida de Grifinória.


 


Madame Hooch dirigiu-se aborrecida a Marcos e em seguida deu a Grifinória um lance livre diante das balizas. Mas na confusão, é claro, o pomo de ouro desaparecera de vista outra vez. Nas arquibancadas, Dino Thomas berrava.


 


— Fora com ele, juíza! Cartão vermelho!


 


— Isto não é futebol, Dino — lembrou Rony — Você não pode expulsar jogador de campo no Quadribol, e o que é um cartão vermelho?


 


Mas Hagrid ficou do lado de Dino.


 


— Deviam mudar as regras, Marcos podia ter derrubado Harry no ar.


 


Lino Jordan estava achando difícil se manter neutro.


 


— Então, depois dessa desonestidade óbvia e repugnante.


 


— Jordan! — ralhou a Professora Minerva.


 


— Quero dizer, depois dessa falta clara e revoltante.


 


— Jordan, estou lhe avisando...


 


— Muito bem, muito bem. Marcos quase matou o apanhador da Grifinória, o que pode acontecer com qualquer um, tenho certeza, portanto uma penalidapenaliza a favor de Grifinória.


 


Obviamente, nesta confusão, o pomo sumiu.


 


— Capitão, quem vai cobrar? — perguntou Hooch a Olívio. Ele olhou para Ash e deu um meio sorriso. Agora que Harry tinha se revelado como o bom jogador que era, ele poderia dar a chance a Lily.


 


— Potter. - ele anunciou, deu um sorriso de canto convencido no rosto e piscou um olho para Lily.


 


Lilian pegou a goles nas mãos, sorrindo de volta; Finalmente ela ia jogar!. O goleiro da sonserina riu, a subestimando. Ela também sorriu para ele.


 


Hooch apitou.


 


Lilian fechou a cara. O goleiro não demonstrou reação.


 


Ela acumulou toda a força, mirou no aro esquerdo...... e a bola voou no aro da direita.


 


— PONTO PARA A GRIFINÓRIA! E parece que por fim os boatos sobre os Potter eram apenas boatos, eles têm um talento natural para a coisa.


 


E o rumo do jogo mudou completamente.


 


— Potter, para Bell, para Johnson, para Bell, para Jonhson que deixou a goles cair? Poxa Ange... Não! Potter estava embaixo, bela pegada, ela sobe, prepara e... PONTO PARA A GRIFINÓRIA!


 


 


Foi quando Harry se desviou de mais um balaço, que passou com perigoso efeito ao lado de sua cabeça, que a coisa aconteceu. Sua vassoura deu uma perigosa e repentina guinada. Por uma fração de


segundo ele achou que ia cair. Segurou a vassoura com firmeza com as duas mãos e os joelhos. Nunca sentira nada parecido antes. Aconteceu outra vez. Era como se a vassoura estivesse tentando derrubálo.


 


Mas uma Nimbus 2000 não decidia de repente derrubar seu cavaleiro. Harry tentou voltar em direção às balizas de Grifinória, tencionava avisar Olívio para pedir tempo, e então percebeu que a vassoura se descontrolara. Não conseguia virá-la. Mas conseguia dirigi-la. Ela ziguezagueava pelo ar e de vez em quando fazia movimentos bruscos que quase o desequilibravam.


 


Lino ainda comentava.


 


— Sonserina ainda com a posse, Marcos com a goles, passa por Potter, por Bell... Atingido no rosto com força por um balaço, espero que tenha quebrado o nariz, é brincadeira, professora, Sonserina marca. Ah, não!


 


A torcida da Sonserina vibrava. Ninguém parecia ter notado que a vassoura de Harry estava se comportando de maneira estranha. Carregava-o lentamente cada vez mais alto, afastando-se do jogo, dando guinadas e corcoveando pelo caminho. A vassoura de Lilian comesou a dar algumas perigosas guinadas. Lilian parou em uma da balizas da Sonserina e se segurou para não cair.


 


— Não sei o que Harry acha que está fazendo — resmungou Hagrid. E espiou pelo binóculo. — Se eu não entendesse da coisa, eu diria que perdeu o controle da vassoura... Mas não pode ser... Parece que Lily também....


 


De repente, as pessoas em todas as arquibancadas estavam apontando para Harry no alto e Lilian na baliza. Suas vassouras começaram a jogar para um lado e para o outro, e eles mal conseguiam se segurar. Então a multidão gritou. A vassoura dera uma guinada violenta e Harry desmontara. Estava agora pendurado, aguentando-se apenas com uma mão.


 


— Será que aconteceu alguma coisa à vassoura quando Marcos o bloqueou? — cochichou Simas.


 


— Não pode ser — respondeu Hagrid, a voz trêmula. — Nada pode interferir com uma vassoura a não ser uma magia negra muito poderosa, nenhum garoto poderia fazer isso com uma Nimbus 2000. E mais a vassoura de Lilian esta assim também.


 


Ao ouvir isso, Hermione agarrou o binóculo de Hagrid, mas ao invés de olhar para Harry no alto ou Lilian, começou a espiar agitadíssima para a multidão.


 


— Que é que você está fazendo? — gemeu Rony, o rosto branco.


 


— Eu sabia! — exclamou Hermione. — Snape. Olhe.


 


Rony agarrou o binóculo, Snape estava no centro das arquibancadas do lado oposto. Tinha os olhos fixos em no campo e movia os lábios sem parar.


 


— Ele está fazendo alguma coisa, ele está azarando as vassouras. — disse Hermione.


 


— Que vamos fazer?


 


— Deixem comigo.


 


Antes que Rony pudesse dizer mais nada, Hermione desapareceu. Rony tornou a apontar o binóculo para Harry. A vassoura vibrava com tanta força, que era quase impossível Harry se agüentar por muito mais tempo. A multidão se levantara, acompanhara com os olhos, aterrorizada, os gêmeos Weasley voaram para tentar transferir Harry a salvo para uma de suas vassouras, mas não adiantou, toda vez que se aproximavam dele, a vassoura subia mais alto.Mantiveram-se em um nível mais baixo fazendo círculos sob Harry, obviamente na esperança de apará-lo se caísse... Marcos Flint apoderou-se da goles e marcou cinco vezes sem ninguém reparar.


 


— Anda logo, Hermione — murmurou Rony desesperado.


 


Hermione abrira caminho até a arquibancada onde estava Snape e agora corria pela fileira atrás dele, nem parou para pedir desculpas quando derrubou o Professor Quirrell de cabeça na fileira da frente Ao chegar perto de Snape, ela se agachou puxou a varinha e disse algumas palavras bem escolhidas. Chamas vivas e azuladas saíram de sua varinha para a barra das vestes de Snape.


 


Levou talvez uns trinta segundos para Snape perceber que estava em chamas. Um grito súbito confirmou que Hermione conseguira o seu intento. Recolhendo o fogo num frasquinho que trazia no bolso ela retrocedeu depressa pela mesma fileira. Snape nunca saberia o que acontecera. Foi o suficiente. No alto, Harry e Lilian conseguiram de repente voltar a montar a vassoura.


 


— Neville, pode olhar! — disse Rony. Neville passara os últimos cinco minutos soluçando no casaco de Hagrid.


 


Harry estava voando rápido de volta ao chão quando a multidão o viu levar a mão à boca como se fosse vomitar, ele pousou no campo de gatas, tossiu e uma coisa dourada caiu em sua mão.


 


— Apanhei o pomo! — gritou, mostrando-o no alto, e o jogo terminou na mais completa confusão.


 


— Ele não agarrou o pomo, ele quase o engoliu — continuava a esbravejar Flint vinte minutos depois, mas não fez diferença, Harry não infringira nenhuma regra e Lino Jordan continuava a gritar alegremente o resultado, Grifinória ganhara por cento e setenta pontos a sessenta. Harry, porém não ouvia nada disso. Lilian também estava tranquila já que mostrará que era boa.


 


Hagrid lhes preparava no casebre uma xícara de chá forte, em companhia de Rony e Hermione.


 


— Foi Snape — explicou Rony — Hermione e eu vimos. Ele estava azarando as suas vassouras, murmurando, não despregava os olhos de vocês.


 


— Bobagens — disse Hagrid, que não ouvira uma única palavra do que se passara ao seu lado nas arquibancadas. — Por que Snape faria uma coisa dessas?


 


Harry, Lily , Rony e Hermione se entreolharam, imaginando o que lhe contar Harry decidiu contar a verdade.


 


— Descobri uma coisa — falou a Hagrid. — Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no Dia das Bruxas. Levou uma mordida. Achamos que estava tentando roubar o que o cachorro está guardando.


 


Hagrid deixou cair o bule de chá.


 


— Como é que vocês sabem da existência do Fofo?


 


— Fofo?


 


— É... É meu... Comprei-o de um grego que conheci num bar no ano passado. Emprestei-o a Dumbledore para guardar o...


 


— O quê? — perguntou Harry ansioso.


 


— Não me pergunte mais nada — retrucou Hagrid com impaciência. — É segredo.


 


— Mas Snape está tentando roubá-lo.


 


— Bobagens — repetiu Hagrid. — Snape é professor de Hogwarts, não faria uma coisa dessas.


 


— Então por que ele tentou matar Harry? — perguntou Hermione.


 


Os acontecimentos daquela tarde sem dúvida tinham mudado a opinião dela sobre Snape.


 


— Eu conheço uma azaração quando vejo uma, Rúbeo, já li tudo sobre o assunto! A pessoa precisa manter contato visual e Snape nem ao menos piscava, eu vi!


 


— Estou dizendo que vocês estão enganados! — falou Hagrid com veemência. — Não sei por que a vassoura de Harry estava agindo daquela forma, mas Snape não iria tentar matar um aluno! Agora, escutem bem os tquatro: vocês estão se metendo em coisas que não são de sua conta. Isto é perigoso. Esqueçam aquele cachorro e esqueçam o que ele está guardando, isto é coisa do Professor Dumbledore com o Nicolau Flamel...


 


— Ah-ah! — exclamou Harry, — Então tem alguém chamado Nicolau Flamel metido na jogada, é?


 


Hagrid parecia furioso consigo mesmo.


 


— Escutem uma coisa esqueçam o que lhes disse, isso não é assunto de vocês. Ei vocês não tem uma festa de comemoração para ir?


 


Então os quatro se despediram de Hagrid e foram para o salão comunal, a comemoração era incrível, os gêmeos Weaslley conseguiram comidas e cervejas amanteigadas para todos.

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