Porque?

Cap. 20

De manhã, seus filhos já estavam melhores, embora ainda estivessem com febre, a sra. Weasley fez café e cuidou deles enquanto Gina dormia um pouco em seu quarto, apenas algumas horas que não conseguiram repor duas noites de sono perdidas.

Acordou quebrada como se não tivesse dormido nada, mas disposta a cuidar de seus filhos.

Se levantou e tomou uma ducha só pensando em como estaria Selene e se ela estria muito mal...e não parava de pensar em Draco... embora estivesse ignorando esse fato.

Não pensava em quando voltaria para a mansão Malfoy e com certeza, não estava com paciência para discutir com Lúcio Malfoy.

Ela fechou o chuveiro, se trocou, e desceu para tomar café.

¾ Oi mãe, como estão meu filhos?

¾ Estão bem a febre baixou.

¾ Tome café, depois leve para eles!

¾ Eu tomo com eles lá em cima!

¾ Tudo bem!

E Gina levou as bandejas flutuando atrás dela, até seu quarto, onde seus filho já esperavam acordados.

¾ Vocês estão bem agitados... agitados demais! – disse ela para seus filho enquanto colocava a bandeja na cama.

¾ Mãe, a gente gostaria de perguntar um coisa...

¾ O que? – perguntou Gina despreparada para a pergunta que vinha a seguir.

¾ Porque a gente é loiro de olhos azuis, e todo o resto da família é ruiva e você também...e só o tio Rony tem olho azul?

Ela demorou um tempo a entender a pergunta.

¾ Porque vocês são parecidos com o pai de vocês! – disse ela assim que acordou.

¾ É estranho... – disse Alice.

¾ Eu sei... – disse Gina.

¾ Mãe?

¾ O que Cris.

¾ Para que escola a gente vai?

¾ Eu não sei, eu não sei ainda! – disse ela que realmente não sabia o que iria acontecer daqui para frente. – agora vamos parar de papear e comer! – disse ela para os filhos.

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Ela leu a carta sem saber o que pensar, em parte porque já esperava isso, em parte porque ela sabia que poderia acontecer, mas estava rezando para que pudesse ter uma noite de sono normal!

Mas estava lá escrito, na letra de Draco Malfoy, falando que Selene estava ruim, e precisava de cuidados, mas agora ela não podia deixar seus filhos, não queria deixa-los sozinhos, já tinha prometido, e não queria... mas sabia que tinha que dar uma passadinha na Mansão, e não sabia como falar isso para seus filhos.

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Ela saiu da sala, foi direto para o quarto de Selene estava um pouco irritada consigo mesma, ela não tinha tido coragem de falar para onde ia para seus filhos, apenas disse que iria no Beco Diagonal comprar ingredientes para a sua poção. ] Não iria dizer que a paciente precisava mais dela, porque eles não iam entender, não com apenas 4 anos!

Ela não estava com vontade de dar explicações e estava aflita, queria ficar com seus filhos, não agüentava mais esconder tudo de Draco, tinha medo, mas queria ver a reação dele...

¾ Onde você foi? – perguntou Draco da porta do quarto de Selene.

¾ Bom, como eu estou trabalhando para você, vou lhe informar, minha mãe está com uma virose, e por isso eu não quero demorar muito aqui! – disse ela sendo convincente.

¾ Tudo bem...e é muito grave? – perguntou ele com preocupação sincera.

¾ Nem tanto mais eu não quero deixar ela sozinha justo agora que meu pai está viajando... – disse ela se perguntando por que estava dando satisfações a ele “ porque ele perguntou... e você também está muito nervosa... e é impossível se acalmar!”

Ela entrou no quarto seguida dele, e lançou um olhar para ele no mínimo esclarecedor, mas que ele propositalmente não entendeu...

Selene estava dormindo, como havia há deixado, e não ia acordar tão cedo.

Ela dosou um pouco de uma poção dourada, colocou um pouco de outros ingredientes. Mas podia ver como estava perturbada por estar com Draco agora sentada em uma cadeirinha no canta da sala.

Ela lançou um olhar do tipo “você não se toca de que eu não quero você aqui?” ,ele não pareceu entender, mas Gina teve certeza de que ele entendeu, assim que abriu um sorrisinho cínico, e se acomodo mais na cadeira.

“ Sei, mãe doente...se eu não te conhecesse teria acreditado, mas eu te conheço e sei quando você está mentindo!” pensou ele.

Gina ficou muito brava mas sabia que fazer algo só iria encher mais a bola de Draco, então simplesmente ignorou. Ela andava de um lado para o outro, e sabia que os olhos dele a acompanhavam “como se eu já não tivesse problemas demais!” pensou ela.

Draco ficou lá durante um hora, com Gina pensando, como é que estava agüentando.

¾ Exercitando a paciência? –perguntou ela.

¾ Acho que é você que está fazendo isso! –disse ele em tom controlado.

¾ Bom, eu aprendi a ter paciência...

¾ Eu também... - “que lindo, nós dois estamos mentindo!”

¾ Por favor, somos dois adultos... então eu gostaria de pedir, educadamente que se retirasse... – disse ela tentando ser cordial.

¾ Não... ou melhor, só se você for comigo! –disse ele.

¾ Não posso já disse que minha mãe está doente e que eu estou aqui só de passada!

Ele se levantou, foi até ela e disse:

¾ Há quanto tempo você não descansa? – perguntou ele.

¾ Isso não te interessa!

¾ Assim você é que vai ficar doente!

¾ Obrigado pela preocupação!

¾ Eu estou falando sério!

¾ Por favor, não quero discutir aqui! Estou cuidando de Selene agora... saia agora e me espere lá fora, como já vi que não vai desistir!

¾ Claro! – disse ele, saiu e ficou esperando do lado da porta.

“ Espero que não demore!” pensou ela.

Ela só demorou mais 10 minutos, depois saiu, para falar com ele.

¾ O que você quer? – perguntou ela.

¾ Venha! – disse ele, e guiou ela a sala que tinha guiado há um tempo antes, quando Selene estava quase morrendo.

¾ Eu estou com pressa! – disse ela assim que ele fechou a porta.

¾ Você deveria descansar, deve estar exausta! Há quanto tempo não tem uma boa noite de sono?

¾ Tenho certeza que você não me trouxe até aqui para falar isso, mas se você realmente quer saber, desde que eu cheguei a essa casa!

Ele se aproximou muito dela, a distância entre eles era muito pouco, um podia sentir a respiração do outro.

¾ O que você está me escondendo?

¾ Nada.

¾ Não adianta mentir!

¾ Eu não confio em você! – disse ela ainda mantendo o sangue frio.

¾ Porque? – disse ele planejando a pergunta para o que veria a seguir! ¾ Porque? Você me pergunta porque? Você me abandonou, você brincou comigo! E você ainda vem me perguntar porque eu não confio em você? Aliais, porque você está fazendo isso? Porque, porque você está me confundindo, porque, porque tudo mudou, porque você me trata assim, me conta, o que mudou, porque você me desprezou há cinco anos? Porque você era um ótimo namorado... e de repente...

¾ Se você realmente quer saber porque, não falte! – disse ele, entregando um papelzinho para ela. – agora vai, que sua mãe está te esperando!

Ela saiu sem falar mais nada, colocou o papelzinho no bolso, e foi cuidar de seus filhos.

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