Fébre





Cap 19

Ela demorou um pouco para entender o que a tinha acordado, mas logo que percebeu, abriu a janela, e deixou a coruja entrar e a reconheceu pela cor caramelo e olhos castanhos escuros, linda, era a coruja de sua família, o nome era Lerissa, já estava acostumada com ela, final, tinha sido trocada no seu sétimo ano.

Pegou a carta sem estar muito preocupada, pois estava com muito sono, depois de ter passado a noite do dia anterior em claro. Fechou a janela, não estando com a sua coruja, não tinha comida para da a ela, mas a colocou em uma mesinha que tinha em seu quarto.

¾ Não tenho nada para te oferecer, mas você pode dormir um pouco nessa mesinha! – disse para a coruja.

Ela sentou na cama e começou a ler a carta, sem nenhuma preocupação, teve um pouco de medo que a carta pudesse ter sido revistada por Lúcio mas com certeza se nada tinha acontecido ainda não tinha que temer, muito.

Começou e ler a carta, sua expressão mudou, e começou a suar frio, e logo a carta escorregou de sua mão.

“ Não, não” pensou e antes que percebesse estava chorando. “ doentes... Alice e Cris...” releu a carta para ver se realmente tinha lido aquilo!

“É verdade, Alice ficou com gripe, e passou par Cris e os dois estão com febre alta... e talvez seja mais que uma virose... droga, eles são tudo o que eu tenho, eu tenho que estar com eles, tenho...”

“ Espera... Selene precisa de min, ela está doente e precisa dos meus cuidados... mas são meus filhos, e eu não vou abandoná-los não, vou, não posso!”

“O que é que eu faço?”

Ela ficou na cama, pensando, sem saber o que fazer, o que pensar, mas não podia abandonar Selene, mas... eram seus filhos, não suportava a idéia deles estarem doentes, e pior ainda de não estar com eles.

¾ Me desculpe Selene, mas você deve saber o que eu estou sentindo, embora não tenha criado seu filho.

Ela se trocou rápido, arrumou seus cabelos, tomou mais um pouco da poção que usava para ficar acordada e também passou outra no rosto para tirar as olheiras, não queria que ficasse com aspecto de cansada.

Se virou, e foi e direção a porta, e sem hesitar, a abriu, e passou por ela.

Passou no quarto de Selene, ela estava dormindo, deixou instruções bem detalhadas para cuidarem dela, depois foi procurar Lúcio.

Não tinha medo de Lúcio Malfoy, não quando seus filhos estavam em jogo!

Passou rápido pelo corredor, apenas com dúvida de não saber onde encontra-lo. Decidiu ver numa das salas de convivência, onde ele ficava bebendo as vezes, e como suspeitava, encontrou ele lá.

¾ O que você quer? E onde pensa que você vai assim? – perguntou ele com prepotência óbvia.

¾ Eu não penso, eu vou, e como é você que paga o me salário, vou te dar essa informação, eu vou cuidar de meus filhos, que estão doentes... bom, com licença, eu vou usar a sua lareira... – disse ela saindo sem esperar resposta depois da classe com que tinha falado com Lúcio.

Sentindo que já tinha dado as satisfações suficientes, e foi para a sala onde as visitas usavam a lareira.

Simplesmente usou o pó de flú e um segundo depois estava em sua antiga casa.

Estava vazia, e com certeza esperou que estivesse assim, agora só os seus pais moravam lá e mesmo assim deveriam estar cuidando de seus filhos, fora que eram duas horas da manhã.

Foi direto para seu quarto que agora estava sendo usado por seus filhos.

Quando cegou lá, abriu a porta com cuidado e deu de cara com sua mãe, ela estava sentada do lado de uma cama, onde Alice estava. Hermione estava cuidando de Cris.

As duas viraram quando a viram entrar.

¾ Você conseguiu vir! – disse a sra, Weasley abraçando a filha.

¾ Nada me faria permanecer naquela casa... – disse ela abraçando a mãe “ a não ser a minha consciência pesada em relação a Selene”

Ela também abraçou Hermione;

¾ Vá para sua casa agora, eu cuidarei deles muito obrigada! – disse depois de abraçar a amiga, que seguiu suas instruções, sem contestar, estava muito cansada por causa da gravidez. Simplesmente se despediu e aparatou!

¾ Agora somos só nós duas... bom pode me dizer como eles tem passado e desde quando apresentaram algum sintoma?

¾ Claro, eles estão assim desde hoje de manhã... não te chamamos porque achamos que não iria precisar, - acrescentou ela rápido ao ver a cara da filha. – te mandamos a coruja no final da tarde, Hermione resolveu ficar aqui ajudando já que Rony está na Irlanda.

¾ Tudo bem, bom, eu vou examiná-los e preparar uma poção, mãe, agora você também pode dormir um pouco!

¾ Não, eu vou te ajudar, não vou deixar você sozinha e não adianta discutir! – disse a sra, Weasley e não deixou outra poção para a filha.

E assim elas fizeram a poção e logo a sra. Weasley estava dormindo em seu quarto sozinha uma vez que Arthur também estava com Rony na Irlanda.

Gina estava sozinha no quarto com seus filhos, observando-os com muito carinho Alice estava se recuperando bem, e Cris ainda mantinha alguma resistência a poção, de modo que ela agora estava mais concentrada nele, lembrando de quando ela tinha 19 e 20 e eles não deixavam ela dormir, e como ela tinha lutado nesses cinco anos, e agora tudo estava abalado, o próprio advogado dela dizias que as chances de ganhar o processo eram poucas.

Ela estava brincando com o cabelo do filho, vendo o quanto ele lembrava o pai, o quanto... mas não sabia mais em quem podia confiar, estava confusa... suas lembranças voltavam a sua mente... mãe solteira, de gêmeos na França, um pais estranho, um mundo estranho, para uma criança, de 19 anos...

Cris se mexeu, fez menção de despertar, e ela se alarmou. Ele abriu os olhos devagar, cheio de sono e muito cansado.

¾ Mãe? – perguntou ele com a voz fraca.

¾ Eu estou aqui meu amor, eu estou aqui.

¾ Você promete que não vai embora?

¾ Prometo, eu não vou, não vou deixar você doentes, não se preocupe.

¾ Não vai mesmo né? – dessa vez a voz veio atrás de Gina, ela se virou e viu que Alice também tinha acordado.

¾ Não, não vou não, eu vou ficar aqui com você até você melhorarem!

¾ Mãe, porque a gente não volta para a França? – disse Alice.

¾ Porque agora mamãe está trabalhando aqui, na Inglaterra!

¾ Mas nós somos franceses! – disse Cris como se isso resolvesse tudo.

¾ Vocês não gostam daqui?

¾ Não é isso mãe, é que a gente sete saudade de casa do parque, da Clarie, dos nossos amigos... do meu quarto... – disse Alice.

¾ Eu sei, eu também sinto falta... mas agora tudo mudou, nada é para sempre...

¾ Mas a gente vai voltar? - perguntou Cris.

¾ Eu não sei... eu não sei... e agora você dois tratem de dormir! – disse ela para os filho e logo deitou eles.

¾ Mãe? – falou Alice e Gina já sabia o que viria pela frente.

¾ Sim?

¾ Posso dormir com o Cris?

¾ E quem disse que eu quero você aqui? – disse Cris brincando.

¾ Não pode? – disse a mais nova.

¾ É claro que pode! – disse Cris.

E Alice saiu da cama e foi andando até a cama do irmão.

¾ Agora durmam! – disse para eles, e sentou em uma cadeira no canto do quarto e ficou olhando seus filhos! – disse ela.

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