Lay all your Love on Me

Lay all your Love on Me



Desde o incidente do jardim a vida de Narcissa seguia em uma normalidade que era mais desgastante que o habitual, tudo o que normalmente a irritava ou entediava agora tinha o efeito infinitamente pior, fazendo dos dias na Mansão Malfoy um verdadeiro martírio. O motivo real da repentina mudança se encontrava no efeito que Rodolphus causara nela, é claro, apesar dela se recusar ao máximo a admitir tal fato a si mesma. Afirmar que estava mexida pelo beijo do marido de sua irmã mais velha era algo inconcebível para uma mulher como Narcissa Malfoy, a situação toda era errada demais.


Mas no fundo, por mais que insistisse em mentir para a própria consciência, havia uma semente de sentimento no fundo de seu peito, emaranhando toda a normalidade estática que sempre a preencheu. Uma pequena tendência a ignorar todo o ocorrido e permanecer seguindo o padrão dos dias como sempre fizera, e uma outra um pouco mais forte que insistia em tentar espalhar por todas as suas veias uma onda avassaladora de esperança e felicidade. Esperança pela visão de uma luz no meio de tanta escuridão, felicidade pela possibilidade de haver um envolvimento verdadeiro com alguém. Porém, a disciplina imposta tão veementemente pela família Black a Narcissa ainda se encontrava muito forte e ela era incapaz de deixar esses pensamentos fluirem por sua mente. Todos permaneceram embaçados, abafados em um canto da cabeça da loira mas não o suficiente para que ela pudesse passar os dias em paz.


Por fim, se cansou de perambular por aí procurando distrações pela biblioteca ou até mesmo pelo seu magnífico jardim. Precisava urgentemente de alguma companhia para lhe ajudar a ocupar a mente,  e mesmo quando Lucius estava em casa ele era a última pessoa com quem ela gostaria de conversar para se distrair. Fez uma lista mental de todas as amigas que poderia visitar. Aleto Carrow seria uma ótima opção, mas nos últimos meses ela e Amico estavam sempre juntos em alguma missão para o Lorde ou em qualquer outro lugar. Elizabeth Rosier havia se casado há menos de um ano e se mudara para a França, mal se lembrava quando foi a última vez que vira a amiga. Das mais próximas a ela a única que acabou sobrando foi  Bellatrix.


É verdade que a relação das irmãs era bem conturbada, as duas sempre foram muito diferentes uma da outra e por isso sempre acabavam brigando por qualquer motivo.


Porém, ambas já eram adultas,  sabiam perfeitamente como controlar as próprias emoções e evitar brigas desnecessárias, ou pelo menos Narcissa achava que sim. De qualquer forma, parecia bem animadora a tentativa de estabelecer um convívio no mínimo decente com a irmã e ela acabou de decidindo a ir até a Mansão Lestrange no fim daquela tarde. E conhecendo Bellatrix como conhecia, se avisasse que estava indo ela certamente inventaria alguma desculpa para não precisar receber visitas.




Se arrumou rapidamente para sair e ordenou aos elfos que informassem Lucius aonde ela estaria caso ele chegasse em casa antes dela. Aparatou bem em frente à Mansão Lestrange e bateu na porta, um pequeno elfo com uma voz aguda e irritante a atendeu e a conduziu até a sala de visitas indo procurar Madame Lestrange logo em seguida para avisar de sua chegada. Enquanto esperava, andando e observando o cômodo, a loira se lembrou subitamente que aquela também era a casa de Rodolphus. Ainda não tinha tomado consciência daquele fato, não estava muito acostumada a se preocupar se ele estaria ou não nos lugares aonde ela ia, mas começou a ficar inquieta devido a possibilidade de ele estar em casa. Sua inquietação transformou-se em um repentino choque de nervosismo quando viu o elfo retornar à sala com o próprio Rodolphus.


-Narcissa, mas que surpresa agradável a sua visita. Infelizmente Bellatrix saiu, cheguei há menos de uma hora e ela já não estava. - andou até chegar próximo da mulher. Aparentemente sua irmã havia saído sem avisar nenhum elfo, agora lá estava ela. Sozinha com aquele homem que a estava afetando mais do que seria considerado saudável para uma mulher casada.


-Rodolphus! - sua voz saiu levemente estridente, era estranho conversarem daquela forma depois do que havia acontecido - Não está? Merlin, mesmo sem saber que quero tentar me aproximar ela consegue fugir, como sempre. - riu baixo ironizando a própria situação.


- Muito típico de Bellatrix não se importar muito com os outros ainda que inconscientemente. Depois de um tempo vale mais a pena não se importar também.


- É algo que eu não posso fazer, Rodolphus. Ela é minha irmã, família não é algo que se ignora, está fora das minhas capacidades esse tipo de desapego.


- Com todo o respeito, mas se ela mesma não se importa, você não deveria se desgastar tanto.


Foi o silêncio constrangido de Narcissa que trouxe à consciência de Rodolphus o quanto havia sido rude com ela. Estava tão acostumado à indiferença mútua que ele e Bellatrix compartilhavam que mal se deu conta da péssima escolha de palavras que acabara de fazer, e a loira visivelmente havia se sentido ofendida.


- Narcissa… me desculpe, eu me expressei mal. Não quis parecer rude…


- Tudo bem. - ela o interrompeu, com uma certa dificuldade em se pronunciar - Na verdade, é melhor eu ir. Se Bellatrix não está, seria mais apropriado eu voltar pra casa. - começou a se dirigir para a saída mas o homem segurou seu braço, impedindo-a de sair.


- Merlin, não. Eu insisto que fique, depois do que acabei de fazer… dizer o que eu disse dessa forma, não quero que vá embora sem que eu tenha a chance de concertar isso. Juro que não foi a minha intenção te ofender.


- Rodolphus…


- Por favor, Cissy. Não vai me deixar aqui com a consciência pesada, vai? Uma taça de vinho comigo, e eu estarei satisfeito.


Cissy. Ele a chamara pelo apelido de novo. E esse pequeno detalhe foi suficiente para tirar toda a determinação de Narcissa em fazer a coisa certa e voltar pra casa. Sabia que precisaria mentir para Lucius mais tarde e afirmar que estivera com Bellatrix, e sabia que isso era muito errado, e poucos segundos antes isso seria o suficiente para que ela recusasse o pedido e deixasse aquele lugar no mesmo segundo. Contudo, ver Rodolphus pedindo abertamente sua companhia com aquele sorriso tão adorável… Não pensou muito antes de responder ao convite.


- Bom, se você insiste… Acho que só uma taça de vinho não fará mal a ninguém.


- Perfeito, então! - a conduziu para as poltronas do outro lado da sala - Sinta-se a vontade, Cissy. Tenho um vinho ótimo aqui que imagino ser do seu gosto… - indicou um assento para ela e foi em direção à adega que ficava ao lado da enorme lareira de mármore escuro.


- Merlin, Rodolphus, não precisa tanto. Já estive aqui antes, é a casa de minha irmã esqueceu? - riu com a formalidade dele, parecia estranho mas Rodolphus se dedicando tanto a tratá-la bem a fazia se sentir relaxada e feliz como nunca estivera na própria casa, se afundou no sofá e tentou desfrutar do momento.


- Apenas quero que se sinta confortável. - respondeu instintivamente, estranhando o modo como sua voz soara sentimental com aquela simples frase, mas no fundo não se incomodou muito e apenas sorriu enquanto se aproximava novamente com uma garrafa de vinho e duas taças. - E por favor, não me chame de Rodolphus. É muito formal, Cissy. - serviu o vinho nas duas taças e entregou uma delas a Narcissa.


- Obrigada… Rold então? - sorriu e tomou um gole do vinho. Ele estava sendo tão educado com ela… educado demais ela diria. Não era comum aquele tipo de comportamento da parte dele, e a reação dele depois do beijo, pedindo desculpas e sendo evasivo. Narcissa começava a se perguntar aonde tudo iria chegar com esse comportamento da parte dele.


- Rold, há quanto tempo não me chamam assim. - se sentou na poltrona ao lado, já havia percebido a desconfiança dela ainda que discreta, e ele sabia que seria confuso para os dois. Mas pensara tanto nas últimas semanas e precisava ter uma conversa com Narcissa, o que ele não esperava era que ela fosse aparecer em sua casa do nada, então apenas usou da situação ao seu favor. - E como vai você? Me lembro de uma Narcissa não muito contente da última vez que a vi, o maravilhoso jardim que cultiva em sua casa a tem ajudado?


- Na verdade, nem meu maravilhoso jardim tem sido o suficiente para preencher os meus dias. Merlin, cheguei a vir visitar minha irmã! - riu irônica da própria situação, mas esta era tão lastimável que mesmo com todo o esforço para parecer descontraída o desespero e o nervosismo eram palpáveis em sua expressão.


-Cissy, eu falei que podia contar comigo quando quisesse…


-Bem… não sei se devíamos ser tão íntimos assim, sabe que não é certo... Especialmente depois daquilo... Merlin, estou tão confusa! O que está acontecendo aqui, afinal?! – ela já não se esforçava mais para parecer perfeitamente equilibrada ou feliz, deixou todas as emoções confusas que tumultuavam seu coração tomarem conta de sua expressão e seus gestos, as palavras saíram com um ar cansado, de quem implora por um momento de paz e sossego.


-Eu também estive confuso por um bom tempo, e ainda estou um pouco na verdade... A questão é o que isso tudo não é tão errado como parece. Digo, o que aconteceu depois da nossa conversa em seu jardim…


- Foi errado! Nunca deveria ter acontecido, eu sou casada e você também, isso não se faz! - a loira já se exaltava, notas agudas de histeria podiam ser ouvidas em alguns pontos de sua frase.


- Por que?! Meu casamento definitivamente não pode ser levado a sério, eu não a amo e pelo que você deu a entender também não o ama. Então me diga, por que nós somos tão errados assim? - era revoltante essa insistência dela em seguir os padrões impostos por todos na sociedade bruxa, era visível que concordava com ele, apenas não queria admitir.


- Não existe nós, Rold.


- Mas pode existir se você quiser…



Narcissa se encontrava em uma situação única, por toda a sua vida agiu conforme o que sua família determinava, sem nunca poder tomar alguma decisão de verdade. E então ela tinha uma escolha em suas mãos, e a tentação de ceder aos encantos de Rodolphus era enorme. Ele trazia a ela uma sensação que nunca sentira antes, de alguém que se importa verdadeiramente com ela, algo que Narcissa sempre desejara e Lucius nunca lhe proporcionou.


Ela simplesmente permaneceu estática, sem saber como reagir. Abriu a boca uma ou duas vezes para falar mas as palavras lhe fugiam a cada segundo.


- Cissy, vou ser sincero com você. – o silêncio dos momentos que se seguiram já se tornava insuportável, ela não se pronunciava então ele diria tudo o que havia para se dizer, se abriria totalmente. - Nunca imaginei que fosse ter algum sentimento por alguém, muito menos que fosse por você, nunca fomos próximos assim. Nem sei ao menos o que estou sentindo, apenas sei que gosto da sua companhia... Algo tão simples é capaz de trazer a mim uma paz interior que eu há muito tempo não sentia. – ele despejava as palavras com uma urgência que subia do fundo de seu coração, raspando em sua garganta e forçando junto com as palavras todos os sentimentos que sentia por aquela mulher - O que aconteceu no jardim foi um momento confuso meu, peço perdão pela incoerência de minhas atitudes de forma tão súbita naquela noite. Mas ao mesmo tempo não me arrependo de nada, porque foram tais atitudes que abriram os meus olhos para algo além da vida medíocre que sigo todos os dias, algo mais profundo... Não sei explicar.


-Rold…


-Espere, não tome uma decisão precipitada ainda, eu só quero te pedir uma chance para entender o que é isso entre nós. E não negue que há alguma coisa aqui, você não recusou o beijo de imediato, afinal. – ele nem ao menos tentava conter a euforia que corria pelo próprio corpo, apenas via a possibilidade de Narcissa negá-lo e despejava tudo o que vinha à sua mente para tentar convencê-la. Apenas respirou fundo e se deu conta do próprio descontrole quanto ela o interrompeu pela segunda vez.


-Rodolphus! Merlin, pare um pouco e me deixe pensar! – nunca em vida ela imaginaria que ouviria aquilo tudo vindo de Rodolphus Lestrange. Na verdade, depois do choque de desilusão que sofreu ao se casar, não esperava ouvir nada próximo disso vindo de ninguém. Estava ainda mais chocada e depois de vê-lo tão emotivo em um quase discurso, ela já não encontrava mais motivos para dizer não à situação. Se levantou para poder respirar melhor, deixou sua taça na mesa de centro e andou até a lareira, cruzou os braços de costas para ele respirando fundo. – Eu nunca tive um relacionamento assim, entende. Não vou mentir para você, eu senti algo com o beijo, e venho pensando nisso desde então…


- Mas... – se dirigiu até mais perto de Narcissa, ficando a apenas dois ou três passos dela.


- Mas ainda assim não consigo me imaginar vivendo dessa forma, tão fora de tudo o que sempre foi planejado…


- É exatamente por isso que é o certo, porque vai ser uma decisão sua, uma realidade muito mais verdadeira do que o padrão de vida imposto a nós no momento em que nascemos. – chegou ainda mais perto, pousando as mãos dos delicados braços da loira e falando baixo próximo ao seu ouvido - Fuja disso, Cissy. Fuja dessa angústia que está constantemente nos perseguindo. Vamos criar a verdadeira felicidade juntos…


O toque dele tão delicado somado à voz grave levemente rouca em seu ouvido fez com que um arrepio percorresse toda a espinha e seu coração batesse em um ritmo descompassado. Naturalmente, ela se afastaria por ter um homem que não fosse seu marido tão próximo a ela, mas o único instinto que sentiu foi o de se aproximar mais dele. Merlin, Narcissa realmente estava afetada por Rodolphus, e não havia mais como negar a si mesma o quanto ela queria se jogar nos braços dele. E foi exatamente o que ela fez. Suspirou e se virou de frente para ele.


- Merlin, tudo bem! – olhou para ele repousando as próprias mãos nos ombros de Rodolphus enquanto as mãos dele escorregavam até a cintura. – Me ajude, Rold... Não aguento isso sozinha, preciso de alguém…


- Mas é claro que ajudo, sempre que você quiser – os dois sussurravam tão baixo que ninguém além deles seria capaz de ouvir o que estava sendo dito, os rostos muito próximos e os olhares fixados um no outro, todo o sentimento reprimido por tanto tempo agora era despejado sem precisar de muitas palavras, eles se entendiam perfeitamente e apenas a presença do outro bastava. – Vou cuidar de você, não se preocupe…


Ele afagou a bochecha de Narcissa levemente e a beijou, dessa vez com mais cuidado. Puxou-a mais para perto pela cintura e aprofundou o beijo, Narcissa envolveu os braços em seu pescoço e não ofereceu nenhum tipo de resistência, se deixou levar pelas reações que Rodolphus despertava nela. Reações que ela apenas conheceu ali, sozinha com ele como nunca imaginara que aconteceria.



Naquele momento, nada mais parecia importar, tudo o que Narcissa sentia era a presença de Rodolphus com uma forma nova e tão maravilhosa de carinho que foi capaz de alterar seus sentidos completamente, ela apenas reagia impulsivamente a tudo. O beijo se tornava mais profundo, os toques mais intensos com uma pontada até de desespero. Talvez a situação estivesse sendo conduzida dessa forma por pura carência, a angústia acumulada pela constante rejeição de ambos finalmente despejada a partir da procura sedenta por atenção; mas era inegável que havia um sentimento entre ambos, mesmo que ainda fosse primitivo, a possibilidade de evoluir para algo maior era marcante. Afinal, eles combinavam sob muitos aspectos, se opunham em muitos outros, e era exatamente por isso que encaixavam tão bem, semelhanças suficientes para nascer uma afinidade mágica em cada um e diferenças suficientes para que um completasse perfeitamente o outro. Mas naquele momento nenhum dos dois pensava nisso, só havia lugar para a externalização do que havia em seus corações, independente do que acontecesse no resto do mundo.


Se abraçavam forte, ela se agarrava com urgência à camisa do homem, cujas mãos seguravam sua cintura e seus cabelos para se certificar que estivessem o mais próximos possível. Ele a conduziu alguns passos mais adiante até encostarem no corrimão da escada que levava ao segundo andar, a mão em seus cabelos puxou os fios para que seu pescoço ficasse visível e pudesse deixar ali uma trilha de beijos e mordidas que a fizeram ofegar e suspirar profundamente. Narcissa soltava gemidos baixos com os lábios do homem em um local tão sensível, infiltrou a mão pelo colarinho por baixo da camisa dele e arranhou sua pele com as unhas, entrou com a outra mão em busca de cada vez mais contato com ele, mas aquilo não era o suficiente e começou a desabotoar a camisa de Rodolphus, suas unhas deixando marcas vermelhas por todo o caminho em que tocavam e assim que se livrou da peça de roupa colou novamente os lábios em um beijo sedento.


Ele se arrepiava por inteiro com os toques dela, já imaginava o quanto aquelas unhas o deixariam marcado no dia seguinte, e faria questão de deixar suas marcas também, Lucius estava viajando afinal. Levantou a saia de seu vestido até alcançar a fenda que ia até o joelho, puxou a perna da loira para encaixá-la no quadril e ter livre acesso a toda a extensão da coxa, explorando o local com voracidade e fazendo a respiração dela se acelerar cada vez mais com as mãos fortes do homem em seu corpo. Até que por fim se cansou com o pano em seu caminho, abriu o fecho do vestido de uma vez e o arrancou jogando-o para longe; após isso a olhou, guardou na memória cada detalhe do corpo dela semi nua, com uma lingerie preta que contrastava perfeitamente com o tom de pele e os cabelos dourados. Rodolphus sempre achou que Bellatrix fosse a mulher mais bela com quem estivera, sabia que muitos o invejavam pela esposa que tinha, e ele sabia se aproveitar disso. Mas a visão de Narcissa ali, depois do que acontecera entre os dois, com os sentimentos que ele nutria por ela, confusos, mas ainda assim sentimentos; aquela visão o maravilhara como nenhuma mulher jamais fez em sua vida.


Ver Rodolphus Lestrange varrendo seu corpo com o olhar transbordando em luxúria e desejo, ela quase nua na frente dele, ambos sozinhos na mansão, era tudo muito fora de seu mundinho, tudo perfeito e excitante demais. O desejo presente nos olhos e na expressão dele a atiçaram ainda mais, a loira o puxou para perto de si e inverteu as posições colocando-o contra o corrimão e desenhando um caminho de chupões do pescoço passando pelo peitoral até o abdômen enquanto desabotoava suas calças. Conforme ela ia descendo ficava mais difícil para Rodolphus conter os gemidos, apertava seus ombros e braços tentando se controlar mas já ofegava pesadamente e um ou outro som rouco deixava sua garganta. Ao chegar perto do cós, Narcissa abaixou as calças e a cueca, empurrando-as para o lado e olhando para ele com um sorriso lascivo. Segurou seu membro com uma das mãos e começou lambendo com calma toda a extensão antes de colocá-lo por completo na boca e tirar sem se demorar muito, voltou então a lamber mas dessa vez na glande, a umedecendo com cuidado e lentidão a área. Ela fazia questão de não ter pressa, se divertindo com as reações do homem, que soltou um gemido longo ao sentir o contato da língua dela naquele local e teve sua respiração e seus batimentos totalmente desregulados com cada ação dela. Quando finalmente Narcissa o abocanhou e iniciou movimentos acelerados e repetitivos, ele não mais conseguiu manter os olhos abertos, jogou a cabeça para trás e não se preocupava com o quanto seus gemidos pareciam loucos de prazer.


Permaneceram ali alguns minutos e Rodolphus chegou a um ponto no qual soube que não se seguraria mais por muito tempo, levou as mãos aos cabelos dela e a afastou de si, puxando em seguida a mulher para que se levantasse e a conduzindo até o pé da escada dois passos ao lado deles. Tomou seus lábios em um beijo possessivo explorando cada canto de sua boca, rompeu o beijo e sussurrou ainda com os rostos próximos:


- Eu quero você, Cissy. - virou-a de costas para si, a mão deslizando até uma das pernas e dobrando-a para que ficasse apoiada no segundo degrau.


- Rold… - sua voz saiu como um gemido, ondas de prazer reverberando por todo o seu corpo com a voz dele tão próxima de si e novamente os toques das mãos fortes do homem em seu corpo. Gemeu de surpresa quando ele rasgou a calcinha e deixou os trapos caírem no chão, e em seguida posicionou a própria perna no primeiro degrau para ficar ainda mais próximo dela com seu membro sendo pressionado contra a bunda da loira - Vem...vem dentro de mim...- aquela provocação era tudo o que ele precisava para se colocar na entrada da mulher e penetrá-la com força, estocando urgente e rapidamente contra ela.


Foi a vez de Narcissa delirar, arqueou as costas tamanho era o prazer de ter Rodolphus dentro de si tão intensamente, as mãos dele a seguravam forte na cintura ajudando nos movimentos e seus gemidos já eram gritos ecoando pela sala, se agarrava ao corrimão na sua frente tentando se controlar e prolongar o momento, mas acabou não aguentando e se entregou ao orgasmo, gemendo longamente com o prazer imenso que a invadiu e com os arrepios que percorreram seu corpo. Rodolphus a segurou firme pois sabia que as pernas da mulher estavam bambas depois de tudo e ela não conseguiria se manter de pé sozinha. Pegou-a no colo e se dirigiu para o maior sofá na frenda da lareira, os dois deitando lado a lado, ela apoiando a cabeça no peito dele e ele brincando com seus cabelos, observando o tom que ele adquiria à luz do fogo. A simples presença dela era capaz de trazer para si a mais plena paz, limpando sua mente de todas as perturbações do dia a dia, o perfume adocicado que emanava dela o inebriava e tudo o que conseguia ver era o brilho de Narcissa. Seu cabelo, sua pele, seus olhos, sua boca, sua voz… A única Black cujo nome não era de uma estrela ou de uma constelação e ainda assim ela parecia mais bela e magnífica que qualquer outra aos seus olhos.


Foram as badaladas do relógio de pêndulo que o tiraram do devaneio em que se encontrava, Narcissa deu um pulo em seu colo ao perceber que já eram oito horas.


- Merlin!! Tenho que voltar para casa, o tempo passou tão rápido. - disse surpresa e um tanto assustada se sentando no sofá e quase indo pegar seu vestido ao lado da escada quando Rodolphus se adiantou e buscou-o para ela, trazendo também as próprias calças.


- Aqui, Cissy. - estendeu a mão para ajudá-la a se levantar e entregou o vestido. - Uma pena, mas realmente, não pode passar a noite aqui.


- Obrigada - sorriu para ele e se vestiu rapidamente, torcendo para que Lucius não estivesse em casa e lamentando ter que se separar de Rodolphus.


Ele vestiu as calças enquanto a observava se vestir também, assim que terminaram ele a conduziu até o hall de entrada e parou no meio, virando-se de frente para ela e segurando seu rosto para selar um beijo calmo e carinhoso. Diferente de momentos antes, as línguas se moviam devagar, abriam caminho entre si harmonicamente e cediam espaço para o outro na própria boca, como uma dança de dois amantes; separaram o beijo e se envolveram em um abraço demorado.


- Te mandarei uma carta, ok? Marcaremos outros encontros - sussurrou contra a pele de seu pescoço.


- Tudo bem, mas mande durante a noite, para entregar no jardim. Assim Lucius não vai saber.


- Pode deixar. Promete não morrer de saudades? - falou em tom de brincadeira e riu e se afastou um pouco, segurando as delicadas mãos nas suas.


- Não seja tão convencido, Rodolpus! - riu junto com ele e deu um tapa de leve em seu ombro. - Ai Merlin, sem brincadeiras agora, preciso ir. - deu um selinho rápido nele antes de dar alguns passos para trás e sorrir, aparatando em seguida.




Aparatou fora da Mansão, temendo encontrar Lucius lá dentro entrou devagar no hall de entrada, parando no espelho em uma das paredes para checar sua aparência. O rosto estava acabado e o cabelo totalmente bagunçado, com alguns feitiços deu um jeito em tudo para que ficasse apresentável e seguiu até o interior da casa, as luzes estavam apagadas então ela presumiu que ele não havia chegado ainda e atravessou a sala principal em direção à cozinha para fazer um lanche rápido e ir se deitar.


Estava passando ao lado das poltronas em frente à varanda quando repentinamente todas as luzes se acenderam e ela reparou em alguém sentado na poltrona mais próxima de perfil. Ele apoiava os cotovelos nos baços da poltrona e girava a varinha na mão, virou o rosto lentamente para ela e se levantou, o silêncio se impondo entre os dois como uma atmosfera saturada pronta para explodir a qualquer momento.


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N/A: Depois de alguns milênios eu consegui terminar o diacho do capítulo T.T demorou demaaais porque eu tava enrolada com paradas de vestibular e eu tava com um bloqueio enorme maaaas ele está aí :D


Espero que tenha ficado boa a dr deles aí kkkkk eles esclarecendo tudo e tal, resolvendo ajudar um ao outro e arriscar um relacionamento fora dos padrões e tal, E a NC *-* nem ia colocar já nesse capítulo, mas a Mary Lestrange me convenceu e eu confesso que depois de uma vida de bloqueio eu ameeei escrever ela ((: e por ser a primeira nc da minha fic roldissa eu vou dedicar ela como um presente de natal pra Hellie Lestrange <333


E é isso, comentem aí por favooor e esperem os próximos porque aí começam as tretaaaass ;)




 



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Comentários (3)

  • B.Black

    SUAS LINDAS! Ai merlin, agoooora eu to pegando o jeito de alternar entre os dois, morro toda vez que vc fala que eu consigo pegar a essência dos dois *-----* MINHA FILHA, ROLD AMA PEGAR POR TRÁS, MARII KKKKKKKKKKKKK testou com a Bella e usa sempre lol e aaaaaahhh lulu vai tretar demaaais, to até com um pouco de dó da Hellie que vai chorar que nem uma bichinhaAaaaaaaaain Hellie do meu coração, pede não que aí Rold aparece até embalado com laço de presente pra descascar as tuas batatas kkkkkkkkkkkk E nem vai se vingar nem nada, porque também ce já tretou demais né fia, e espero que o próximo vá sair mais rápido já que eu to de férias e minha última prova ta quase aí :DDD então acho que consigo demorar menos hahaha 

    2013-12-23
  • Hellie Lestrange

    Eu tenho o melhor presente de natal do mundo, lalalalalala <3To apaixonada! E só não falo "quero esse rold pra mim", porque é o meu Rold! hehehehe E esse final, ainda vou me vingar pelas noites de sono que a ansiedade vai me custar!Mas, ah... cê sabe que eu amei. Meus mil comentários via wpp já falam por si só.<3 A-m-e-i <3Mais Roldissa nesse mundo! hehehe 

    2013-12-23
  • MaryLestrange

    FICOU FODAAAAAA!!!! Já te disse, mas dizer por aqui eh muito mais legal kkkk AMEI o diálogo deles, ficou muito bom pq expressou super bem tudo que eles tavam sentindo e tal, e vc capura muito bom os personagens, como eu já cansei de dizer, então a cissy fala coisas muito cissy e seu rold eh sempre muito rold, e a dinamica dos dois ficou ótima. E a NC!!!!!!!! Merlin, cissy se soltando, e rold pegando por trás, ADORO qdo ele pega por trás! kkkkkkk E que final, Merlin santo!!!! Proximo cap vai pegar fogo, Lulu vai estar putão, quero só ver!!! *------* Enfim, amei o capítulo, e pelamor de Merlin não demore tanto pra psotar o próximo! Bjoooos ;*  

    2013-12-23
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