O Som Tenebroso



Capítulo oito – O Som Tenebroso


         Adam e Igor já haviam trocado suas vestes, mas esperaram um pouco para saírem para o corredor, devido ao grande fluxo de pessoas. Eles ficaram conversando. Após o grande número de alunos havia diminuído. Os primos saíram, mas antes Igor disse:


            - Tu não iras sair não? – perguntou à estranha com seu sotaque português.


            - Agora não, tenho que fazer uma coisa antes de voltar a Strambo. – sua voz era fria, que chegava a dar calafrios em Adam. Viraram-se e partiram para a saída do trem, que era bem longe dali.


            - Aquela menina é bem estranha, não achas? – perguntou Igor já saindo pela a primeira porta de saída.


            Adam ria, mas pensara que ela parecia ser uma boa pessoa. Ao meio do barulho dos dois, Adam ouvira um ruído, parecia uma batida enlouquecida.


            - Silencio! – Adam fez uma cara de garoto pensador com o dedo indicador encostando ele em seus lábios. – Estou escutado algo. – O próximo momento foi um pouco engraçado. Igor esticara muito o pescoço de volta para dentro do trem.


            Eles deixaram seus pertences do lado de fora da locomotiva que ainda soltava fumaça e foram investigar o barulho desconhecido. Quando mais andavam o barulho ficava mais forte. O medo dominara os dois, e sua consciência pediam para voltar, pois provavelmente seria um animal ou uma coisa que poderia feri-los.


            Repararam que era da próxima cabine que o som vinha, pararam. Ficaram ali parados um bom tempo somente escutando, tremiam. Agora o lugar estava completamente vazio, escuro e sem mais ninguém por perto, uma serenidade muito sombria. Começaram a voltar, mas escutaram um grito abafado e falava “Socorro, estou preso!”.


            Os dois voltaram e pela a janelinha da porta da cabine, viram um garoto de estatura baixa, mais ou menos do tamanho de Adam. Ele era loiro, tinha olhos verdes e era muito branquinho. Adam tentou abrir a porta, porem ela parecia emperrada. Igor tentou ajuda-lo, mas estava trancada.


            - Meninos me fecharam aqui, com magia, chame alguém para poder usar um contrafeitiço. – Ele falava muito rápido, mas os garotos absorveram o que estava querendo dizer. Quando Igor virou para poder ir chamar ajuda, bateu de cara com a menina pálida, ele soltou um berro de horror. Ela levantara a varinha, Igor gritara “Adaam a menina é louca, vai nos matar!”. A garota balançou o braço e pronunciou Alohomora, a porta fez um claque e com somente um dedo a garota empurrou o portal e ele se abrira.


            Todos sorriram menos a garota, claro, que dera meia volta e caminhava para a saída. Os garotos a seguiram. Igor não sabia onde esconder a cara pelo o que tinha gritado. Quase na saída aparecera uma mulher corpulenta, de cabelos altos, grisalhos e óculos redondos que refletiam fácil qualquer luminosidade.


            - Vi os malões na estação e percebi que nem todos os alunos já estavam a caminho do castelo... O que ainda está fazendo aqui senhorita Keller? E com esses três alunos do primeiro ano? – sua voz se tornou muito rígida, mas a pálida garota respondera com o mesmo animo, sem modificação do tom de voz.


            - O menino foi preso por alguém na cabine. Fomos retira-lo de lá Professora Muriel Helik. Percebi pelo o som que escutei vindo desta direção, havia bastante desespero. – A professora fora convencida com o argumento facilmente, então a garota devia ter uma reputação boa para os profissionais da escola, pensou Adam.


Foram saindo ligeiro porque estavam atrasados para A Ceia de Iniciação. Andaram por uma estação subterrânea e logo subiram uma escada de pedra, percebera que o local era abaixo do colégio. Subiram mais um ramo de escada e seguiram num corredor, iluminado por tochas e as paredes de rocha mais clara do que da estação. Muriel pedira para o menino loiro contar a história de como fora parar preso na cabine.


            - Eu estava na cabine, com mais uma garota e um garoto. O garoto havia saído e parecia estar temendo ou tramando alguma coisa e não voltou. A garota fora colocar suas vestes de colégio. Eu já estava com as minhas, tinha embarcado desse jeito. – apontara para o corpo, mostrando suas vestes. - Estava lendo, mas ai apareceram três garotos, altos e bem mais fortes que eu. Vieram com um papinho estranho e um reconhecera que sou da família Melnick. Então me menosprezaram, chatearam, me xingaram e por fim disseram mal dos meus parentes... Sabe, eu não tenho culpa de ser um sangue-puro, por mim preferia nascer trouxa. – abaixara a cabeça e continuou com a voz tristonha. – Depois que minha família ficou conhecida como “A Família Russa de Comensais da Morte” durante e depois da Segunda Guerra Bruxa, sofro pelo o sentimento dos outros, vítimas e seus conhecidos, que foram afetados pela minha família... Bem, eu sou diferente deles, mesmo que eles tenham melhorado bastante seus comportamentos, ainda sou diferente. Todos percebem que sou assim e acho que me mandaram pra cá, para saber se eu entraria para Slytherin. Se eu era um verdadeiro membro da família Melnick... Queria mostrar que sou melhor pessoa do que eles, indo pra qualquer outra casa. – sua voz havia levantado junto com sua cabeça com um astral enorme, porem depois voltou a ser realista. - Mas é bem provável que eu vá para Slytherin, está no meu sangue. – O garoto abaixara a cabeça.


            Na ultima frase do menino, Adam teve certeza que sabia o que o garoto sentia, pois tinha a mesma sensação que iria para casa que menos se identificava.


            - Se você pensar que não se encaixa bem em certa casa é só você pedir e ter fé nisso. – A Professora Muriel não olhara para trás para dizer estas palavras, apenas continuava a andar rapidamente, quase corria.


            Subiram mais e mais escadas e vagarosamente Adam sentia que não estava tão frio e úmido como a uns andares abaixo. Saíram num pátio, no qual havia quatro estatuas, duas de mulheres e duas de homens. Passaram por eles entraram num hall, no qual havia uma escada e uma porta, ambas muito altas.


            - Pronto! Chegamos. – dissera a professora corpulenta de cabelos altos.

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Comentários (1)

  • -

    kkkk, essa menina pálida é muito misteriosa! Aparece do nada e salva o menino preso... kkkk

    2013-08-31
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