O Cotidiano Matinal



 



Capítulo dois – O Cotidiano Matinal



 



Quando a família Perone aterrissou na sala já era tarde, os moradores tomaram um banho e foram se deitar. Adam continuava encantado com seus materiais novos, sobretudo sua varinha. Colocou a caixa retangular de tom vinho e aveludada em seu criado mudo, em um lugar onde ele poderia ver se acordasse no meio da noite. Estava cansado, entrou no sono muito rápido e tinha que dormir porque havia uma festa no dia seguinte.



           Adam acordou com raios de sol vindo de sua janela, levantou-se e deu uma olhada seus materiais novamente com alegria. Foi ao banheiro e depois para à cozinha, na qual o café da manhã o esperava. Pães doces, leite com achocolatado e uma banana eram seus lanches quase todos os dias. Ao descer, viu seus pais que já estavam à mesa comendo.



           - Augusto, está dormindo até agora? – Felipe perguntou com a boca ligeiramente cheia.



           - Acho que sim, papai. – esperando que o pai acordasse o irmão a força.



           - Ele sabe que hoje iremos sair e ele sempre atrasa tudo... Irei acordá-lo agora. – Felipe deu uma mordida em seu pão, pegou a varinha e com um gesto brusco a balançou. Ouvi-se um som de porta sendo aberta “na marra” e logo após sons de buzinas altas tocaram no andar de cima da casa. Adam deu risadinhas e sua mãe olhou com desaprovação para a atitude de seu marido com Augusto e também para as risadas de Adam. O garoto analisou a varinha do pai que era muito bela, era negra e talvez menor que a dele. E como estava empolgado com sua conquista no dia anterior, decidiu perguntar:



           - Pai, de que é feita sua varinha?



           - Ébano, 29.5cm, Pena de Fênix, rígida. – dera um sorriso para o filho que retribuiu. – Gosto muito dela, nós temos grande contato. Querida a sua é Macieira, 33 cm, escama de sereia e é pouco flexível? – virando-se para a mulher para ouvir sua resposta.



           - É sim amor – ela soltou um sorriso largo – Sempre se lembra da varinha de todo o mundo. Informações desnecessárias que você guarda, amor – todos na mesa sorriram. Augusto entrou na cozinha com cara completamente amassada, sentou-se a mesa e automaticamente pegou o pão. Começou comê-lo.



           - Do Augusto é de ébano também, 34.2cm, pelo de unicórnio, inflexível. – Olhou para o filho esperando sua aprovação, o garoto virou com uma cara amarrada e fez um sinal afirmativo ligeiro. Adam achou que o pai iria xingar o irmão por ter reagido com desprezo, mas ele somente sorriu orgulhosamente de recordar do que era feito a varinha de Augusto, levantou-se da mesa e se dirigiu à porta. – Terminem logo que daqui a pouco iremos para a festa da nossa família. – e deixou o aposento.



           Adam terminou momentos depois, quando estava saindo da cozinha, Augusto tentou derrubá-lo colocando o pé grande na frente do caçula, porém Adam foi mais esperto e simplesmente passou por cima. Ao chegar ao seu quarto deu uma olhada em seus materiais mais uma vez, não se cansava disso. Arrumou-se e estava pronto em cerca de quinze minutos. Tempo depois ouviu a voz da mãe, que era delicada, chamando-o para partirem. Adam desceu na frente e eles tiveram de esperar o irmão mais velho, o que era bastante típico no cotidiano familiar. Quando Augusto desceu, Felipe estava com o rosto fechado, irritado com a demora do filho primogênito. Assim, entraram na lareira para irem à festa da família e, com o Pó de Flu, desapareceram nas famosas chamas verde-esmeralda.



 


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