PROMESSA PARA DRACO



CAPÍTULO 7



PROMESSA PARA DRACO.



As primeiras semanas de aula passaram rápidas, em meio à deveres, testes para o time de quadribol, planos para a retomada das reuniões da AD e, claro, comentários e especulações sobre o que estaria acontecendo fora dos muros de Hogwarts. Havia ainda o fato que, embora cruzassem com Olho Tonto diversas vezes pelos corredores e ele estivesse sempre presente nas refeições, nenhum aluno sabia o que ele fazia no castelo.



- Vocês acham que Dumbledore o trouxe para escondê-lo?



- Não sei, Hermione. Mas não consigo imaginar o Moody amedrontado a ponto de se esconder...O que acha Harry?



Harry não respondeu logo. Analisou Olho Tonto, que conversava absorto com Lupin.



- Eu também não sei, Ron. Porém, não posso deixar de achar reconfortante ter ele por perto... Talvez esteja aqui para reforçar a segurança no castelo.



- Talvez... Vamos logo Harry, depois do treino temos uma porção de deveres! - Chamou Rony, levantando-se da mesa.



- Deveres que vocês deveriam fazer ANTES do treino!



- É Hermione. Mas daí nós não precisaríamos das suas anotações, e então só você teria acesso àquelas preciosidades da informação! Não acha um desperdício???



Hermione revirou os olhos e não respondeu, seguindo para a torre da Grifinória enquanto os garotos desciam para o campo de quadribol. Lá já estavam os novos jogadores, entre eles Gina, que conseguira o posto de artilheira, depois de um teste que Harry classificara como “fenomenal”.



- Muito bem pessoal, vamos praticar só jogadas individuais, hoje. Batedores, pratiquem com os balaços enquanto eu e Rony treinamos os artilheiros. br />


Ron estranhou:



- Não vai praticar com o pomo...



- Não. Vou ajudar você no gol.



- Mas...



- Ron, vou assistir aos artilheiros, o.k.?



E então fez-se a luz na cabeça de Rony e ele passou o resto do treino com um sorriso irritantemente divertido no rosto.



Harry e Rony demoraram-se nos vestiários discutindo estratégias para o próximo jogo com a Corvinal e quando chegaram a meio caminho da entrada do castelo, encontraram Draco Malfoy e sua turminha, cercando Gina.

Os sonserinos em volta riam bestamente. Gina tentou passar novamente mas Draco impediu-a, enquanto dizia alto:



- Vamos lá Gigi Weasley! Só um beijinho! Se você caprichar talvez eu não repare no seu cheiro de ranço, pobretona!



- Me deixe passar Malfoy. Eu não o beijaria nem pra me salvar do inferno!



- O que é Gininha? Só o Pottinho pode encostar a mão em você? Ah, não! O Corner e o Thomas já usaram e largaram, não foi?



Rony correu, furioso, mas Harry fora mais rápido. Agarrou as vestes de Malfoy e ergueu-o alguns centímetros do chão. Os dois brutamontes amigos de Malfoy tentaram intervir, mas Olho Tonto, vindo do nada, segurou-os pelos ombros e disse, conciso:



- Eu acho que não, senhores.



- O que é Potter? Vai puxar sua varinha pra mim em frente à toda escola? - Disse Malfoy, muito pálido.



Harry levantou-o mais um pouco e disse baixinho, mas perigosamente:



- Seu problema é comigo Malfoy, e eu não preciso da minha varinha para prometer que se chegar perto dela novamente...



Não completou a frase, e nem precisava. Largou Malfoy de qualquer jeito no chão, aproximou-se de Gina, passando o braço por seus ombros, e disse:



- Vamos Ginny.



Rony, que passou de furioso a satisfeito em tempo recorde, chegou em Draco, espichou o dedo em riste bem diante do nariz do loiro e disse em tom profético:



- E não, não se esqueça disto!



Todos os alunos das outras casas, que haviam se aproximado para ver o que acontecia, riram também, aplaudindo. Dumbledore, que assistiu a boa parte da confusão, disse para si enquanto observava Harry e Gina.



- Muito bom. Realmente, muito bom...



Os garotos e Gina, (ainda no abraço de Harry), subiram para a Torre da Grifinória e sentaram-se junto a Hermione em frente a lareira. Depois de contarem à amiga o ocorrido, Mione não escondeu a repulsa.



- Draco não cansa de nos surpreender desagradavelmente, não é?



- Ah, mas eu acho que o “ Pottinho “ enfrentá-lo sem uma varinha, na frente de todos, foi o suficiente para ele sossegar por uns tempos! - Gargalhou Rony.



- Gina, tudo bem com você? - Quis saber Hermione.



- Sim, estou bem. – respondeu a garota, parecendo meio aérea – Acho que vou me deitar... Boa noite!



E subiu as escadas, acompanhada pelo olhar de Harry.



- Se Malfoy a tivesse machucado..



- Tome cuidado Harry, para não ser você a fazer isso! - Disse Mione.



- O que você quer dizer com...



Nesse instante alguém passou pelo buraco do retrato, e foi recebido com um “Oh” de espanto de vários alunos. Olho Tonto Moody caminhou até o trio, e disse sem rodeios:



- Dumbledore precisa falar com você, Potter. Esteja amanhã ao meio dia na sala dele.



Caminhou novamente em direção ao retrato, deixando nosso herói e os amigos completamente atônitos. Antes de desaparecer pelo buraco, disse com a ameaça de um sorriso:



- Lidou muito bem com o filho do Malfoy, Potter, muito bem mesmo.



E se foi. Harry agora estava cheio de perguntas: o que Dumbledore queria com ele? Como Moody e o diretor souberam da confusão nos jardins e, principalmente, por que Moody fora autorizado a entrar na Torre da Grifinória?



Alheia a tudo isso, no andar de cima, Ginevra Weasley permitia-se, só esta noite, sonhar acordada com um herói, em uniforme de quadribol, que enfrentava o vilão para protegê-la...









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